sábado, 20 de dezembro de 2014

Capítulo 69

Música de novo, clique aqui, abra o vídeo e o deixe carregar, na hora certa eu aviso para dar o play! 


- Gente, o Sean é muito gato! - Tory fala baixinho, deitando-se de barriga para cima na cama de Fay. 

- Obrigada porque eu que apresentei o amigo gato! - Fay manda beijo para mim. 

- Lívia, fala a verdade, quantas vezes vocês já ficaram? Porque eu sinceramente não acredito que ele gosta de você e você deu um fora nele! - a maluca californiana fala indignada e eu sorrio. 

- Fora foi passado! - as duas soltam gritinhos e batem palmas para o que eu acabo de dizer. 

- A gente assim comendo chocolate e bebendo refrigerante me faz sentir como adolescente - Fay faz careta. 

- Agora mudando de assunto, Fay e Ben, quando rola? - eu mudo o foco do assunto. 

- Já rolou! 

- Uhuuuul!!! - Tory e eu gritamos juntas. 

- E como foi? Digamos que o caminho do Ben não seja nada santo também, então... - Tory gesticula e leva um tapa na cabeça, de Fay,

- Toma jeito Vitoria Ward! - eu falo brincando.

- Ele é bom! Na verdade, desde que o conheci ele sempre foi bom em tudo, nos conselhos; na amizade; nas brigas; no trabalho; nas brincadeiras; e principalmente na cama! – diz ela, e fica com as bochechas coradas. – Apesar de ser bem tímido, ele é bom!

- Só bom? Fala a verdade Fay! – Tory brinca.

- Ele foi o melhor, pronto! Agora parem de me deixar sem graça! – Fay enterra o rosto nas mãos e ri.

[...]

- Vamos dar uma volta? – Ryan pergunta e desliga a televisão.

- A neve derreteu um pouco, talvez a patinação no lago esteja funcionando. – Ben sugere.

Eram quatro horas da tarde e o sol já estava se pondo, dando lugar a uma noite bem gelada, mas sem neve. Isso era bom, dava um tempo para todo aquele gelo acumulado derreter.

- Você vai comigo? – Sean pergunta enquanto eu tranco a casa.

- Vamos dividir, meninos com meninos e meninas com meninas! – ele ri da minha cara, mas concorda.

Chegamos à praça e o lago não estava congelado, mas em compensação eles montaram uma pista de patinação próxima. Alugamos os fulops, patins de gelo, e começamos com nossos passos amadores.

- Eu nunca pensei que um dia poderia fazer isso, mas.... (inicie o play aqui, a partir de 1:04) LET IT GO, LET IT GO, CAN'T HOLD IT BACK ANYMORE, LET IT GO, LET IT GO, TURN AWAY AND SLAM THE DOOR. I DON'T CARE, WHAT THEY'RE GOING TO SAY, LET THE STORM RAGE ON. THE COLD NEVER BOTHERED ME ANYWAY! - Tory performa Elsa, e quando termina joga sua toca no chão, como a personagem faz com sua capa. 


- Touca, volta aqui que eu me importo sim e tá um frio da porra. – Tory vai patinando até onde estava caído o acessório e nós todos caímos na gargalhada.

- Deveriam ter te contratado para fazer a Elsa! E eu deveria ter filmado isso! – Ben fala e faz bico, nós perdemos um lindo momento.

- Sem autógrafos hoje meus fãs! – diz ela rindo.

Eu já estava com mais confiança nos pés, diferente do Sean, que atrapalhado como é, só sabia cair. Fay e Ben andavam juntos, sempre com as mãos dadas; Ryan sempre segurava Tory quando ela ameaçava cair, mas na verdade ela patinava melhor do que ele. 



- Você vai acabar se machucando! - falo rindo enquanto Sean se levanta depois de cair de novo. 

- Eu nunca pensei que fosse tão difícil fazer isso! - ele também ri. 

- Você mora aqui a quantos anos? - eu pergunto.

- Desde que nasci, apenas viajo muito! - Sean responde-me.

- E você nunca patinou aqui? Para, isso é demais para mim! - coloco a mão no peito e ele começa a rir. 


[...]

Deixamos o Ryan no aeroporto na manhã seguinte da noite de patinação. Ele chegaria em Los Angeles e iria para Vegas, disse que o Bruno tem show de virada lá e ele tinha obrigação de estar junto. Já Tory passaria o ano novo conosco, iríamos a uma festa. 

- Eu preciso de u vestido para o ano novo! - Tory fala quando sai do banho. 

- Precismos! - eu repito. Dessa vez eu me renderia ao frio.

- Podemos almoçar no shopping e aproveitar para dar uma olhada nas lojas. - Fay fala. 

- E o trabalho meu amor? - questiono-a.

- Meu intervalo! - ela ri. 

Nós três tomamos café juntas e logo Fay saiu para ir trabalhar, deixando nós duas encarregadas de chegar cedo no shopping e selecionar os vestidos que são mais a cara dela. 

Meu celular vibra na mesa, olho e uma mensagem do Sean aparece. 

"Starbucks me lembra você, o dia que derrubou café no balcão. Bom dia minha linda"

"Muito engraçado você! Bom dia, Sean!"

"Já que você não perguntou, muito bem, consegui os ingressos para a festa! E eu vou bem, e você? Haha."

"Ahw, me desculpa! Eu já sabia que você conseguiria os ingressos! Eu vou bem, hoje é dia de compras baby!"

"Mulheres e compras significa dinheiro no lixo."

"Calado! Vai trabalhar! Hahah" 

"Até mais, beijos!"

"Beijos."

Ri durante a troca de mensagens e Tory ficou me zoando. Arruamos a bagunça do café e saímos, eu iria mostrar alguns pontos da cidade para ela. Nossa primeira parada, foi a uma hora e dez do centro da cidade, no Farol de Currituck Beach. 

Nossa segunda parada foi já no shopping, acabamos perdendo muito tempo no Farol e decidimos ir direto atrás dos vestidos. Eu experimentei quatro vestidos, um mais lindo do que o outro, e  confesso que fiquei tentada a levar o mais caro, mas nas condições que eu estou, o mais barato seria o meu favorito.

- Já escolheu o seu, Liv? - Tory pergunta segurando três vestidos e eu confirmo com a cabeça. - Estou em dúvida entre esses dois! 

- Faz dunidunite! - eu falo e ela mostra o dedo do meio para mim. 

- Quer saber, foda-se! Vou levar os dois! - ela largo o terceiro no sofá dali e vai direto ao caixa com os dois vestidos no braço. 

Essa garota é fora da casinha, não é? Comprar dois vestidos de quase cento e cinquenta dólares sendo ela ela tem apenas um corpo para usar.

- Vamos para a praça da alimentação senhora riquíssima, que a Fay está chegando. - engancho nossos braços e arrasto ela até lá. 

Eu fiz os pedidos para adiantar, e logo Fay chega. 

- Tô azul de fome! - ela começa a comer rapidamente. - E aí? Algum vestido para a minha pessoa?

- Eu comprei dois, e se quiser te empresto um! - Tory sorri. 

- Opa, quero ver! - Fay diz. 

Eram dois vestidos lindos. um rendado; formato tubinho; com decote e detalhes em dourado, e o outro era mais liso com cortes na cintura e saia mais rodada.

- Fico com esse! - Fay aponta ao vestido liso de saia rodada. Era o que eu achava que ela escolheria, porque apesar de louca ela é mais discreta, e vestido rendado chama atenção e é bem o tipo da Tory.

- Mostra o seu Liv! - Tory fala enquanto guarda os vestidos. 

- Aqui! - ele tinha uma renda na parte de cima e uma saia bem soltinha, e na cintura um cinto preto com dourado.

- Adorei! - Fay comenta. - Gente, foi ótimo almoçar com vocês, e ainda bem que a Tory comprou dois vestidos porque eu tenho que voltar para a rádio agora. - ela bufa e joga o celular na bolsa. - Vou tentar chegar mais cedo hoje, podemos jantar fora! - ela sai falando e acenando para nós duas que ficamos sentadas rindo da pressa. 


Como avisei no grupão, eu tentaria postar dois antes do natal, e aqui está um, volto no meio da semana com o próximo! E, por favor, comentem ou o de ano novo irá demorar um pouco, okay? Comentem, estou me esforçando para não demorar... :(
Beijos! 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Capítulo 68


A cidade inteira estava abaixo de neve, à noite de ontem foi a mais fria, e como se não bastasse isso, teve também a nevasca mais forte dentro dos sete últimos anos. Era como se as tubulações dos aquecedores da casa não dessem conta de aquecer assim como as minhas roupas.

- Hey, já colocou todos os presentes de baixo da árvore? – Fay após bater na minha porta, pergunta.

- Já e você? – termino de colocar o coturno e olho-a.

- Também. Você está linda! Só falta uma coisinha. – ela retira do bolso do sobretudo uma touca de natal e coloca na minha cabeça, e em seguida, na sua própria cabeça também.

Eu estava com uma roupa simples, já que não ficaria de vestido por causa do frio. Já Fay estava com um vestido vermelho e um sobretudo preto na mesma altura do vestido, e nos pés um scarpin preto.


- O que falta? – pergunto enquanto descemos as escadas.

- O Sean chegar com os amigos e as bebidas gelarem. – ela explica.

- Ah, fala sério que ainda não gelou? Usa a cabeça Fay, coloca elas ali na frente de casa e eu tenho certeza que em quinze minutos tá tudo congelado. – eu falo e ela gargalha.

- Idiota!

Acomodo-me no sofá e atentamente acompanho o piscar das luzes na árvore. Apesar de eu não gostar da comemoração; a casa estava linda; apesar de estar muito frio; a noite estava linda; apesar de eu não estar com quem eu queria; eu estou com os meus amigos e isso é o que realmente me importa agora.



- Que horas a ceia chega? – eu pergunto a Fay.

- Sean avisou que buscaria então ela deve estar chegando! – ela sorri e a campanhinha toca. – Recebe, vou ver se está tudo certo com as bebidas.

Acho graça da careta que ela faz e vou em direção à porta. Começo a rir quando Sean começa a bater impaciente e reclamar do frio, abro a porta e quem eu vejo não é o Sean, mas sim uma Tory encolhida nos braços do Ryan.

- Aaaaaah, que frio que faz nesse lugar! – ela saltita para entro e me agarra. – Eu disse que eu não queria que você passasse o Natal sozinha, e com isso eu quis dizer sozinha sem a minha companhia, então Feliz Natal gracinha! – sua voz sai abafada em meus cabelos e meus olhos se enchem de lágrimas.

- Eu não acredito! De quem foi à ideia? – nos soltamos e ela corre na direção da Fay.

- Meu amooor! – Tory abraça Fay.

- Fay, não esqueça que o namorado sou eu! – Ryan fala alto e as duas gargalham como se fossem amigas a anos.

- Acho que vocês me devem explicações, e eu quero agora! – cruzo os braços.

- Eu acho que sou uma ótima amiga, então eu sou o seu presente de Natal! – Tory fala ainda sem soltar Fay.

- Cara, essas duas separadas já dão nó em pingo d’água, imagina agora as três juntas. – Sean bate no ombro do Ryan e ele concorda.

É claro que eu não ganhei explicações, mas a essa altura da noite eu nem as queria. Ryan havia colocado música relativamente alta para tocar e Sean espalhava as bebidas entre nós. Eu, Fay e Tory dançávamos no meio da sala e ríamos ao mesmo tempo, não que estivéssemos bêbadas, apenas estávamos aproveitando. No meio da bagunça, nem notei Ben chegando, e muito menos a Melody. Até porque, Ben chegaria só depois da ceia... O que?

[...]

Eu já tinha uma boa quantidade de álcool no sangue, e o frio da rua não me afetava tanto. Depois da contagem regressiva e os abraços, eu me afastei de todos e me sentei nos degraus da frente da casa.  A rua estava coberta por uma grossa camada de gelo e os carros estacionados ali também, a neve não parava de cair, mesmo que pouca, ela não parava. Aproveitei o momento e comecei a fazer um boneco de neve, era bem difícil. Modelei parte por parte até que Ryan senta do meu lado e começa a modelá-lo comigo.

- Quer conversar? – pergunta ele.

- Eu sei que você tem algo para me dizer! – paro de mexer com o gelo, não queria perder meus dedos, e aperto minhas mãos com frio.

- É... Eu sei que não está sendo fácil para você e acredite, para ele também não. Eu não sabia que ele iria vir aqui falar com você, apenas Philip, em momento algum me contaram alguma coisa, acho que por saber que eu interviria até ele desistir... Mas Philip quis deixar ele quebrar a cara sozinho, e ele quebrou...

- Não Ryan, eu não quero saber! – suspiro e ele segura minhas mãos e leva próximo a sua boca e assopra.

- Eu sei, mas foi uma atitude que não afetou só vocês. Eu e a Tory estávamos voltando e ela surtou quando soube, ela quase terminou comigo, as irmãs do Bruno ficaram putas da vida e ele simplesmente voltou a levar a vida em modo “foda-se tudo”...

- É sério Ryan, eu não quero saber! Eu estou bem de verdade! Eu fiquei chateada, chorei e agora eu não preciso de explicações, porque quando eu precisei ele simplesmente disse que cansou, e isso bastou. – falo impaciente ele ri baixinho, mas não tinha graça.

- O ponto que eu quero chegar é: Lívia, você sempre terá o coração dele nas mãos assim como ele tem o seu. Não importa se vocês estão separados agora, não importa que você tenha achado melhor deixar ele uma vez, e agora ele te deixar, nada disso importa, porque apesar de tudo você é quem ele ama, mesmo que ele vá dormir com Deus e o mundo, elas nunca serão na vida dele o que você é, e isso é algo que ninguém pode mudar muito menos o tempo. Eu tenho certeza que vocês vão voltar, talvez não agora, mas vão e é isso que eu quero!

- Eu sinceramente gostei de ouvir isso, mas eu não queria. O Bruno é uma pessoa incrível e no fundo eu sei que não posso mudar o que eu sinto, mas eu também não posso parar no tempo por causa dele. Nós acabamos e se por acaso surgir outra pessoa nesse meio tempo, eu vou a deixar entrar na minha vida, mas que fique claro, eu não o odeio. Bruno fez o que ele achava certo assim como eu quando meu pai morreu. A vida é feita de escolhas e ele fez a dele e eu farei as minhas daqui em diante!

- Fico feliz em ouvir isso. Alguém tem que crescer no fim de um relacionamento, e eu não esperava isso do Bruno, ele ainda é incapaz de fazer isso! – ele ri meio sem jeito e me abraça pelos ombros.

- Agora mudando de assunto. Você a Tory? Eu sempre soube que você ia voltar atrás. – beijo sua bochecha e ele fica um pouco corado.

- É eu tinha medo de assumir um relacionamento sério, mas a falta e o arrependimento de ter terminado com ela aquela vez foi bem maior e eu fui obrigado a voltar atrás, e sabe, não foi fácil, a Tory é dura na queda.

- Mas se for com jeito, é bem fácil! – eu digo.

- Descobri isso com o tempo.

Ficamos mais um tempo conversando ali na frente e entramos, estava frio e o pessoal queria abrir os presentes. Sim, bem estranho para um bando de americanos que normalmente segue a crença de só abrir os presentes na tarde do dia vinte e cinco. Ah, isso é a magia do Natal... Ou não! 

Levo os meus presentes para o meu quarto, para manter a casa um pouco organizada e Sean me segue.

- Gostou da surpresa? – ele fica escorado no arco da porta.

- É claro! De quem foi a ideia? – pergunto enquanto arrumo as coisas.

- A ideia principal foi minha, mas quem executou foi a Fay e o presente mesmo foi do Ryan, ele que comprou as passagens. – Sean fala todo orgulhoso.

- Foi o trabalho em equipe mais lindo que eu já vi. É sério, eu não sei como agradecer! – fui na direção dele e o abracei.

- Se você manter sempre esse sorriso, eu tenho certeza que para todos nós será a melhor forma de manter o agradecimento. – ele passa as mãos na minha bochecha. – Você comprou um presente para o Bruno, não é?

- Sim...

- Isso fez você se sentir melhor?

- Olha não me leva a mal, mas é o mesmo que eu e o Ryan conversamos, eu nunca seria capaz de odiar ele muito menos de esquecê-lo. Mas eu também não vou parar no tempo por causa do Bruno, então não se preocupa pelo fato de eu ter comprado algo, que por sinal eu nem sei se um dia irei entregar okay? Nós fizemos escolhas, Bruno fez o que acha que é certo e eu farei as minhas! – aproximo nossos rostos e aos poucos nossas respirações fundem-se em uma só, até nossos lábios se tocarem.


- Você está certa! – separamos nossos lábios, e com um sorriso bem sapeca na boca ele fala.



Eu proíbo vocês de me odiar! Sério, porque eu sei que isso vai acontecer. Enfim, eu nem demorei então acho que mereço comentários! Até logo delícias! :*

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Capítulo 67

Naquela noite eu não fiz mais do que chorar, o Sean ficou um pouco comigo e eu pedi para que ele fosse embora depois, já que apesar de ser sábado no outro dia, ele tinha uma viagem a trabalho para fazer e eu não queria que ele perdesse o voo.

Seriam tantos problemas nessa semana, eu teria que reatar o meu emprego aqui e cancelar o contrato em Los Angeles, e ver como ficaria o apartamento, eu tinha risco de perder tudo, o emprego e moradia e isso além de todo o emocional estava me tirando o sono. Sim, estava tudo errado. E para piorar eu estava de férias, ou digamos que sem emprego! 

- Alô! – falei afobada sem ver quem era.

- Tá em maratona? – uma voz feminina brincou e eu reconheci, era Jaime.

- Digamos que sim, minha vida tá uma bagunça! – soltei uma risadinha e me sentei na bancada da cozinha.

- Eu imagino que sim. Eu passei o final de semana tentado ligar para o meu irmão, então o Philip me contou o que aconteceu. Ah Lívia, eu sinto muito, mesmo. Meu irmão é um idiota. – ela suspira.

- Ele é! Sabe, o que mais me deixou chateada foi que eu estava com passagem definitiva para Los Angeles, eu já tinha cancelado o contrato da casa e largado o emprego. Estava tudo certo e agora eu não tenho nada praticamente, nem uma casa nem um emprego. – massageei meus olhos e suspirei.

- Eu não acredito Lívia! Vem para cá! Nem que seja para descansar, ou conversar com ele.

- Eu vou ver o que vou fazer a respeito da passagem que eu perdi, talvez eu viaje, mas não para Los Angeles, e não agora, eu preciso me distanciar disso tudo,mesmo com todo carinho que eu tenho por vocês, eu preciso porque não vamos mais voltar! – gemi baixinho e as lágrimas caíram.

- Eu sei como se sente, mas olha, estou do seu lado independente de tudo e sempre que precisar pode me ligar! Fica bem tá? Vai dar tudo certo! Se cuida! – nos despedimos e desligamos.

Bruno POV’S

Depois de voltar de viagem, a pior de todas, e passar pela pior semana, eu desliguei meu celular e fiquei trancado no estúdio nos fundos de casa. Liguei a caixa de som e deixei o Sting tomar conta dos meus ouvidos. Minhas irmãs estavam loucas da vida por eu não atendê-las desde sexta, agora já deveriam saber do que aconteceu provavelmente o Philip deve ter falado com elas, e quer saber, foda-se.

Entrei no twitter pelo notebook e fui atrás de um usuário que eu conhecia bem, peguei o número que ficava em sua biografia e liguei do telefone de casa.

- Quem fala? – sua voz excitante atendeu.  

- Hey Laura! Lembra de mim? – sorri para o nada.

- BRUNO! Desliga essa música antes de qualquer coisa. – Laura solta uma risada e eu obedeço. – Quanto tempo, hein! Tá solteiro para mim?

- Por isso que liguei, pode vir aqui?

- Achei que nunca mais te veria solteiro, gato, me enganei então! Chego em meia hora! – ela manda beijos e desliga.

Me deitei no sofá dali e voltei a ligar o som.

- LEVANTA AGORA DAÍ E DESLIGA A PORRA DESSA MÚSICA E LIGA A MERDA DO SEU CELULAR! – ouvi minha irmã gritar e pulei de susto, a música não estava tão alta.

- O que faz aqui? – pergunto.

- Eu tenho vontade de socar a sua cara Bruno. – agora foi a vez de Tiara falar. Ela e Jaime estavam furiosas.

- Você tem noção da merda que você fez da vida daquela garota? – Jaime fala com as mãos na cintura.

- Podem parar por aí, não vou deixar vocês a protegerem...

- Ah, você vai sim! Calado Bruno! Quem fala somos nós e você apenas escuta. Okay? – bufo e fico esperando elas continuarem o teatro. Jaime fazia sinal para eu parar de bufar e eu ficava mais irritado.

- Ela estava com passagem só de vinda comprada, casa entregue e carta de demissão nas mãos. Você sabe o que isso quer dizer? PORRA BRUNO! A Lívia largou tudo para vir morar com você, seu idiota! – Tiara tinha a voz oscilada, às vezes gritava outras falava normalmente.

- Quer saber? FODA-SE! Eu cansei, eu passei uma semana sendo ignorado, estávamos há meses sem nos ver e aquele amiguinho dela estava sempre lá, qual é gente, eu sou homem e não aguento.

- Não seja otário! Ele estava lá para ajudá-la, para fazer vocês ficarem juntos. – Jaime quem falava agora.

- Acabaram? Posso seguir a minha vida sem que as minhas irmãs metam o bedelho? Obrigado! – suspiro.

- Bruno, ela se demitiu e provavelmente vai perder o apartamento. Por que não muda uma vez na sua vida? Hein? – Tiara diz.

- Eu não sei o que vocês querem, mas não me interessa! Acabou e a Lívia é forte par seguir em frente. – falei e ouvi o Geronimo latindo, Laura deve ter chego. – Quando saírem, liguem o alarme e tranquem a casa. – peguei minhas chaves e sai caminhando rápido.

- Achei que ficaríamos aqui! – Laura diz sorrindo.

- Melhor não! Vamos! As chaves? – peço e ela joga seu chaveiro em minhas mãos.

Lívia POV’S

Não cabia tanto desespero dentro de mim, eu tinha só uma semana para entregar o apartamento e meu emprego não me aceitou de volta. Tinha como ficar melhor? Ah, sim! Tory está namorando com o Ryan e eles vão dar uma festa em comemoração no mês de Janeiro, e se por acaso eu não for eles vão vir me buscar – palavras da Tory . Além de que ela não quer que eu passe as festas de final de ano sozinha, que faltam trinta e dois dias.

Fiquei três dias entrando em contato com a empresa da minha passagem aérea e o máximo que eles conseguiam fazer era mudar para Janeiro, o dia que eu achasse melhor,  desde que eu pagasse uma taxa de cento e cinquenta dólares. Tudo isso porque eu rasguei a passagem e porque da semana que vem, eu queria mudar para Janeiro. 

E eu nem preciso dizer o frio que está essa cidade, não é?  Faltam quatro dias para entrar Dezembro, e além do frio todas as casas já estão enfeitadas para o Natal, minha vida não poderia estar melhor, eu só queria hibernar agora e acordar na páscoa porque eu odeio essas festas de final de ano, e eu posso? Não!

- LÍVIA! ABRE AQUI! – pulei da cama, afinal são oito da manhã e eu estava bem aqui filosofando com os meus pensamentos.

- Não espera ouvir sua voz, Fay! – ri abrindo a porta, ela deveria estar trabalhando!

- Cala a santa boca e presta atenção. Minha tia tem uma casa, ela era do filho, mas ele foi para Itália, então você pode ir para lá, na verdade podemos, eu saio da casa dos meus pais e vou morar com você. Me diz que você amou essa ideia? – seus olhos brilhavam e seu sorriso era de orelha a orelha. Ah, eu definitivamente amo essa mulher. Puxei ela para um abraço e agradeci.

- Eu tenho certeza que isso foi um sim! – ela deu um gritinho e pegou o celular, ligando para alguém. – Acorda seu vagabundo! Vamos precisar do seu carro, a Lívia tem muitas coisas e eu também! BEN!

- Ah, bom dia sua cavala! – ele ri e boceja.

- Só não ligo para o Sean porque ele está longe, então largue de ser franguinho e vamos. - Fay falava animada e eu ria, era o que me restava.

- Tenho uma pergunta: eu vou ir trabalhar como? - Ben pergunta.

- Andando! Vocês tem duas pernas sadias e uma barriga para perder. - Fay fala e eu gargalho, essa garota era fora da casinha. 

- Ah, além deu ter que ir trabalhar sozinho, você ainda quer meu carro? Isso mesmo? Vá se ferrar meu amor! - Ben segura-se para não rir, mas concorda em emprestar o carro a Fay.  

Não tínhamos todos os dias da semana, já que apenas eu sou a desempregada, então carregamos meu carro com o que deu e no meio do caminho eu deixei a Fay na rádio para ela pegar o carro de Ben e seguir na frente me mostrando o caminho. 

A casa era uns cinquenta minutos do centro da cidade e não era muito grande, o que era bom. A fachada era bem bonitinha, apenas tinha uma grama bem alta, mas era o de menos. Por dentro tinha todos os móveis e coisas da família. Dei uma rápida olhada, por tudo, entrando pela porta da frente tinha uma sala de estar, mais adiante a cozinha, com uma bancada com seis bancos, que era a mesa, bem no meio. Nos fundos um pátio pequeno e fechado. Na sala tem uma escada de madeira que leva ao segundo piso, onde tem dois quartos bem espaçosos e dois banheiros, ambos suite. Voltando na sala, atrás da escada principal, tinha uma porta com outra escada que leva ao sotam, que na verdade é uma lavanderia. É um espaço bom, e está em boas condições, é uma típica casa americana de tamanho pequeno e quartos muito bem colocados. 

- E aí? O que achou? - Fay pergunta com as mãos unidas. 

- Eu adorei! Vai ser ótimo, Fay! Obrigada! - abraço-a e ela ri. 

- Eu acho que vou estar pronta para morar sozinha agora, digo, sem os meus pais. 

- Vai dar tudo certo, eu tenho um pouco de dinheiro guardado, uso ele enquanto não arrumo outro emprego... 


- Ah, eu precisava avisar, não precisamos pagar aluguel, apenas a internet, e fica bem mais em conta. 

- Eu não posso morar na casa da sua Tia e não pagar o aluguel para ela, Fay! - eu reclamo, isso é muito cara de pau. 

- Ai, fica quieta Lívia! Não enche a minha paciência com coisa de menina orgulhosa, e vamos, temos muito o que trazer, esqueceu que faltam as minhas coisas?! - Ela começou a bater palma para me apreçar e eu ri. 



Com que cara eu venho me desculpar? Pois eu não sei, mas venho! De novo, me desculpem... E eu não sei se passei em matemática, ótimo né? Provavelmente passarei as férias estudando! Okay, deixa para lá, o que importa que teve capítulo novo! o/ Pretendo - juro - não demorar, até já vou escrever mais agora! Então comentem, por favor, vocês me animam mesmo quando eu não mereço! uahsuah Beijos, amoras! :*