- Não! – respondo e volto a ligar para outro número.
- Esquece Lívia, é uma hora da madrugada! Vamos, eu te dou uma
carona! – Bruno ainda insiste.
- Não haja como se isso fosse de grande importância para você! – digo
friamente.
- Não precisa falar assim também, estou tentando ser gentil! – sua
mão toca a minha, entrelaçando-as.
- Não tente, não seja! – solto-as e ele suspira.
- Vai, vamos, não tem táxi há essa hora e eu sei que você não quer
atrapalhar a noite deles. –eu já estava ficando irritada pela insistência e
pela sua voz que ainda me dava certos arrepios. Bufo e saio andando na frente,
passo pelo portão e parando ao lado do seu carro, e sem trocar uma palavra,
seguimos até o Hotel que eu sei que ele sabia qual era.
- Obrigada Bruno, passar bem! – tiro o cinto e quando vou abrir a
porta ele a tranca.
- Não seja apressada! Eu posso subir? Poderíamos ficar conversando
durante a noite e comedo doces, como fazíamos antigamente. Eu tenho um violão
aqui... Posso levá-lo também! – ele dizia baixo enquanto passeava suas mãos
pelo meu braço e rosto. – Vamos relembrar os velhos tempos. – Bruno passa seus
lábios em minha bochecha e depois a língua, mas sem beijar, apenas fazendo um
carinho.
- Não, Bruno... – minha voz já falhava.
- Ou podemos nos divertir mais! – ele mordisca minha orelha.
- É errado, você, hm, sabe!
- Sim, meu amor, eu sei, mas as coisas erradas são as melhores! –
levo outra mordida e descemos do carro, com rapidez e urgência, tamanha que mal
eu reconhecia, ou melhor, conhecia muito bem.
A pouca movimentação do Hotel fez com que eu me preocupasse menos
com o amasso dentro do elevador, mas quando paramos no meu andar eu fui
obrigada a usar o resto de sanidade que eu ainda tinha para afastar nossos
lábios e andar no corredor como uma pessoa normal.
- Senta aí, só um segundo! - Bruno aponta para a cama no meio do
quarto e vai até o banheiro.
Ouço o barulho do chuveiro sendo ligado e automaticamente a
banheira sendo cheia. Fico brincando com os meus dedos nervosamente e por segundos
libero meus pensamentos e reparo na merda que eu estou prestes a fazer, são
rápidos segundos de sanidade que se perdem quando eu levanto o olhar e vejo o
Bruno encostado na porta do banheiro apenas de cueca com seu sorriso mais
safado estampado. Sem pensar duas vezes eu vou em sua direção e grudo nossos
lábios mais uma vez. Suas mãos deslizam sem pudor e com muita agilidade ele
abre a minha calça e começa a empurrá-la para baixo, ajudo-o me livrando por
completo dela e da parte de cima da roupa.
- Vem porque eu senti muita falta desse seu corpo. - Diz ele e me
puxa para dentro do banheiro.
Eu retiro minhas peças íntimas e entro na banheira, a água morna e
a espuma me fazem relaxar até Bruno entrar por completo nela e começar com seus
beijos de novo. Suas mãos correm pelo meu corpo e ao mesmo tempo em que me banha,
ele se aproveita da situação para ir além dos limites, deita-se sobre o meu
corpo e acaricia tudo o que pode e eu seguro um gemido entre os lábios. As
carícias não dão um tempo.
- Precisamos ir para a cama! - Bruno fala baixo e rente ao meu
ouvido. Eu concordo.
Saio primeiro e ele logo cola seu corpo quente e molhado no meu e
me acompanha até a cama, sem ao menos parar de me tocar. Sento na beirada da
cama e ele permanece de pé na minha frente, passo meus olhos por todo o seu
corpo e de novo a sanidade bate, e parecendo perceber Bruno toma meus lábios,
agora com mais calma e no mesmo ritmo seu corpo pesa sobre o meu e finalmente
deito por completo na cama.
Sem aviso prévio, os dedos dele encontram a minha intimidade e
começam a fazer um carinho torturante, por falta de fôlego eu paro nossos
beijos e arqueio um pouco o pescoço e Bruno aproveita para descer seus beijos
deixando um rastro de selinhos pela minha barriga, nas minhas coxas e pouco
antes de chegar no meu sexo, o qual ele beija antes de começar a massagem com a
língua.
Aos poucos eu sinto minhas pernas amoleceram e um gemido sair por
entre os meus lábios e Bruno acelerar seu trabalho de limpar tudo lá em baixo.
Ele sorri satisfeito e gruda os meus lábios novamente. Uma de suas mãos seguram
meus cabelos com dificuldade, já que estamos deitados, e a outra ele deixa
apoiada na cama e seus lábios tomam meus seios. Era uma briga frenética que ele
tinha com sigo mesmo sobre qual dos meus seios eram melhor e a rapidez com que
ele movia a língua mostrava sua ansiedade.
Minha respiração não ajuda e vários gemidos escapam da minha boca,
assim como meus olhos não permanecem abertos por muito tempo. Aquilo era de
mais para mim.
- Você continua a mesma! - diz entre dentes, e volta a sugar meus
seios completamente enrijecidos.
- Você... Também! - mordo meus lábios e puxo seus cabelos com a
minha mão, fazendo-o olhar diretamente nos meus olhos.
Bruno sorri e vai levantando seu corpo aos poucos, posicionando
entre as minhas pernas. Eu presto atenção em cada movimento, até que com rapidez
ele me invade por completo, solto um grito de dor, fazia algum tempo que eu não
tinha relações sexuais e isso realmente doeu.
- Desculpa, eu não resisti! - Ele sorri novamente.
Seus movimentos insanos diminuem a velocidade quando ele percebe
que eu não estou completamente à vontade, e por fim para, mas sem retirar seu
membro de mim. Bruno aproxima seu corpo do meu e toma meus lábios e com um
pouco mais de delicadeza volta a mexer-se. Passo as unhas em suas gostas e se
arrepia, meus olhos reviram-se e prendo seus lábios entre meus dente com um
pouco de força, aquele era o primeiro orgasmo.
Bruno colaca-se de joelho na beirada da cama e eu fico com a
melhor visão de seu corpo nu e seu membro animado, esperando apenas para ser
usado novamente. Engatinho em sua direção e começo com levez carinhos apenas
com a mãos, depois leves lambidas, outras mais extensas e outras mais rápidas,
fazendo-o desejar meus lábios em seu membro. Forço seu membro na minha boca até
o máximo que consigo e o tiro, Bruno solta um gemido ajuda e no procedimento,
mais algumas vezes eu o empurro até a garganta e tiro para que então eu possa
finalmente satisfazê-lo com movimentos mais rápidos.
- Por favor... Hm...O dente machuca! - Bruno reclama.
Meus dentes mal o tocavam e eu sei aquilo era bom, estava longe de
machucar, mas ele tinha medo que eu o fizesse. Eu sabia também que ele já não
aguentava mais o vai e vem e logo se libertaria dentro da minha boca e apesar
de nojo, eu deixaria.
- Meu Deus! - ele passa a mão na testa depois eu paro de brincar
com seu membro.
Não era o fim, pelo contrário estávamos recém começando a disputa
de quem tortura mais. Bruno respirou fundo algumas vezes e me chamou, ajudou eu
a levantar da cama e ficar de pé encostada-se à parede, eu não acreditava que
ele estava prestes a fazer aquilo, ele se abaixou na minha frente e abriu um
pouco as minhas pernas e começou a passar a língua por tudo novamente. Eu não
tinha nem onde segurar se caso as minhas pernas enfraquecessem, e isso estava
acontecendo. Às vezes meu corpo escorregava um pouco pela parede e o Bruno
empurrava sua língua mais para dentro, ou então ele sugava minha intimidade e
eu puxava seus cabelos, definitivamente eu não aguentava mais.
- Hm Bruno! Eu não aguento... Aaaaah... Hmm... Por favor. - minha
voz enfraquecia tanto quando as minhas pernas.
- Diz que você precisava disso! - ele fala sem dar um tempo lá em
baixo, quando não é sua língua são seus dedos.
- Eu... Você sabe Bruno! - mordo meus lábios a ponto de quase
cortá-los.
- Não, eu não sei e preciso que me explique! - ele fala calmo e
enfia seu dado indicador.
- Aaaah! – resmungo e passo as minhas unhas fortemente em seu
braço.
- Eu tenho a noite toda. - Diz ele e coloca seu segundo dedo.
- Não... Precisamos disso!
- Eu preciso Lívia, eu preciso de muito mais. Por favor! - coloca
seu terceiro dedo e minhas pernas fraquejam, ele se delicia com toda a cena.
- Porra Bruno... Hmm... Eu precido... Aaaah... De você! - minhas
palavras saiam em gemidos e quase não dava para entender.
- Eu acho que estou entendendo. - com sua oura mão começa a fazer
outra penetração, a qual eu nunca tinha feito.
- Isso dói! - abro os olhos no instante que ele toca lá.
- Com carinho e amor não! Fica calma! - ele beija o interior das
minhas coxas e eu solto outro gemido.
- Não... Aguento! – eu falo e sem tirar os dedos lá de dentro me
leva até a cama e me faz deitar de costas.
- Eu sempre quis fazer isso e você vai ver que é bom! - Bruno
fala. Ele umedeci seu dedo e vai colocando na minha entrada ainda virgem, e só
ali eu já estava quase chorando de dor.
- Por favor, não! Bruno, não! - eu pedia e ele continuava a
forçar.
- Me desculpa! - volta a si e para. - Eu sinto muito, me desculpa.
- diz ele e eu me viro, ficando de frente para ele.
- Tudo bem! – já sentada na cama eu beijo seus lábios.
Aquilo era o que precisávamos para toda a tensão ir embora e o
fogo voltar. Minhas mãos brincavam nos cabelos de Bruno e as unhas arranhavam
suas costas sem qualquer delicadeza enquanto ele se mexia sobre o meu corpo e
seu membro dava rápidas pinceladas no meu sexo.
Sem pressa, e com muito mais calma ele me penetrou pela segunda
vez, como se quisesse guardar o momento para sempre. E eu, claro que me entreguei
mais uma vez aos desejos dele.
- Vem aqui! - Bruno vira-se na cama ficando por baixo e me ajuda a
ajeitar sobre seu corpo e começar outra penetração.
Com os joelhos na cama e os seios próximos aos lábios do Bruno, eu
comecei a me movimentar sobre seu membro. Os gemidos ecoavam por todo o quarto
e eu não me importava com os outros hospedes, o quarto inteiro cheirava a sexo
e se eu pudesse colocaria todo esse ar que se confunde aqui numa garrafa e
guardaria para sempre.
- Hmm, você é muito boa! - sua voz de sai abafada entre os meus
seios.
Acelero o vai e vem com a sua ajuda e atinjo outro orgasmo, desta
vez junto com ele, outra vez seu jato quente dentro de mim. Olho seus olhos
brilhantes e sua expressão satisfeita, porém cansada e grudo nossos lábios. Deito-me
ao lado do Bruno que fica encarando o teto e eu fico quieta esperando minha
respiração se acalmar, sem deixar de prestar atenção em seu peito que sobe e
desce com rapidez. Minutos depois, ambos mais calmos, Bruno levanta da cama,
recolhe suas roupas e se veste rapidamente e para na frente da porta do quarto.
- Eu sinto muito, mas... Irei cumprir o que eu te prometi, desculpa!
–ele suspira lentamente e sai, sem dizer mais nada, me deixando na cama como se
eu fosse seu objeto sexual.
- Eu te odeio Bruno, como nunca achei que odiaria! – viro
para o lado e meus olhos já ardiam.
Eu me sinto suja e usada, como nunca havia sentido. Ao mesmo tempo
em que eu sei que se ele me pedisse o perdoaria porque no fundo eu o amo e o
amor nos enfraquece no momento que mais precisamos ser fortes.
Little do you know how I'm breaking (Você mal sabe que estou desmoronando)
While you fall asleep (Enquanto
você cai no sono)
Little do you know (Você
mal sabe)
I'm still haunted by the memories (Que ainda sou assombrada pelas
memórias)
Eu me odeio acima de tudo, me odeio por quem eu deixei ser
transformada por esse amor que eu acreditei ser verdadeiro. Me odeio por
relembrar os momentos e acreditar naquelas palavras que vinham junto do “eu te
amo”. Tão estúpido!
Little do you know (Você mal sabe)
I'm trying to pick myself up (Estou
tentando me reerguer)
Piece by piece (Pedaço
por pedaço)
Little do you know I need a little more time (Você mal sabe que
preciso de um pouco mais de tempo)
Odeio a forma que o Bruno acha que pode entrar e sair e depois eu
vou agir normalmente, como se nunca tivesse acontecido, como se fosse fácil
apagar e começar de novo. Eu só quero saber qual é a porra do problema dele!
Underneath it all, I'm held captive (Lá no fundo, estou cativa)
By the hallowed sight (Da visão santificada)
I've been holding back by the feeling (Estou me segurando pelo
sentimento)
You might change your mind (De que você pode mudar de ideia)
I'm ready to forgive you (Estou pronta para te perdoar)
But forgetting is a harder fight ( Mas esquecer é uma batalha mais
árdua)
Little do you know I need a little more time (Você mal sabe que eu
preciso de um pouco mais de tempo)
Era a verdade,
eu só queria que ele dissesse o que eu gostaria de ouvir e então eu o
perdoaria, não digo esquecer por isso vai muito além de qualquer coisa, mas
estava disposta a recomeçar e fazer valer apena, mas outra verdade é que nada
pode voltar a ser como antes, nada depois que acaba de verdade vale apena
novamente e eu sou apenas uma tola que cai nessa de apenas uma noite.
Bruno POV'S
I'll wait, I'll
wait (Eu esperarei, esperarei)
I'll love you like
you never felt (Te amarei como se você nunca
tivesse sentido)
The pain, I'll wait
(A dor, eu esperarei)
I promise you don't have to be afraid (Eu prometo você não tem
que sentir medo)
I'll wait, love is here and here to stay (Eu esperarei, o amor
está aqui para ficar)
So lay your head on me (Então deite a sua cabeça em mim)
Todos sabem que eu me arrependo de ter acabado com o nosso relacionamento, principalmente depois de saber os motivos dela. Naquela época eu senti medo, muito mais medo de quando o pai dela morreu, e então eu tive a dor, todas as dores que já havia sentido voltando para o meu peito, hoje eu tenho tudo, além de arrependimento o medo e a dor porque eu sei que depois dessa noite ela voltar atrás vai ser o trabalho mais árduo.
Little do you know, I know you're hurt (Você
mal sabe, eu sei que você está machucada)
While I sound asleep (Enquanto
eu finjo dormir)
Little do you know all my mistakes (Você
mal sabe que todos os meus erros)
Are slowly drowning me (Estão me afogando aos poucos)
Levar ela para a cama e fazer como faço com groupies foi instinto
raivoso por ela dizer friamente que fingi que eu não existo e ainda por cima
mandar eu fazer o mesmo. Eu jamais conseguiria mesmo que tentasse. Todo prazer
que sentimos a cada segundo o essa noite estão me sufocando, vai muito além de
uso ou covardia, eu sei.
Little do you know, I'm trying to
make it better (Você mal sabe que estou tentando melhorar as coisas)
Piece by piece (Pedaço por
pedaço)
Little do you know I, I love you
'til the sun dies (Você mal sabe que eu te amarei até que o sol morra)
Eu não sei como eu
sou capaz de machucá-la tanto, eu faço isso sem nem perceber, e depois a
consciência apenas pesa e não me deixa esquecer-se da possível dor que ela está
sentindo. Mas quer saber o que é pior? Dor e medo são superados com o tempo.
Há um tempo eu tentei
me desculpar, me redimir, mas tudo que eu consegui foi que ela se estressasse
mais e pedisse que eu a esquecesse, e bem, foi o que eu tentei fazer, aceitar
seu pedido, por que parar de amar não é algo que esteja ao meu controle. Então
continuo aqui sentindo a dor que eu mesmo causei até que ela finalmente esteja
pronta para perdoar, e que agora eu sinceramente não acredito que vá acontecer,
porque sempre que eu tenho a chance eu afundo mais ainda o pé na merda e quanto
mais isso acontece mais difícil é de voltar atrás.
Isso tudo ainda é
amor?
Voltei, um pouco atrasada, mas em compensação com um hot maravilhoso que a Deh me ajudou a escrever a um tempão atrás, hauahsau, obrigadão Deh, quem sabe te contrato! :P
Olha, eu não sei se vou conseguir postar essa semana porque tenho três provas, então já sabem né, vou ter que estudar, mas de qualquer forma recompenso depois ou antes se der!
Beijooos até mais!