sexta-feira, 23 de maio de 2014

Capítulo 53

  Lívia POV’S

  Já é o quarto dia que estou aqui, com o Bruno, e todos os dias eu penso em seriamente ir para o Hotel, ao menos lado que não serei tratada ora friamente ora carinhosamente. Eu não sei qual o problema desse homem e olha: desisto de tentar descobrir.

  Ouvi barulho na cozinha e resolvi levantar, eram dez da manhã, provavelmente o Bruno estaria tentando fazer algo para o café. Vesti uma blusa de manga comprida preta em gola v e um shortinho jeans de ficar em casa. No banheiro fiz minha higiene e prendi meus cabelos e desci.

- Precisa de ajuda? – Perguntei chegando à cozinha, parece que alguém tentava fazer panquecas.

- Está tudo sobre controle! – Ele disse colocando a massa na frigideira e então algo dá errado, a massa forma uma bolha e estoura o sujando e talvez queimando.

- Bruno! Deixa eu te ajudar, olha aqui! – Digo mostrando a ele sua blusa coberta por massa.

-Ainda bem que sou um ótimo cantor! – Resmunga baixo e tenta limpar-se com um pano.

- Modesto e convencido também! – Mostro-o língua. – Arruma a bagunça aí enquanto pego outra blusa para você!

- ACHO QUE VAMOS AO STARBUCKS! – Ele grita quando e já estava na metade da escada, solto uma gargalhada e continuo meu caminho.

  Vou até seu closet, pego uma camisa qualquer e quando estava saindo, algo brilhou no chão e me chamou atenção: um solitário dourado. Será que ele está prestes a se comprometer com alguém? Instantaneamente meu coração se apertou, como se realmente devesse, droga!  Encostei a porta e desci com a camiseta e o anel. Respirei fundo e falei:

- Estava no chão do seu closet! – Entregando-o o anel e em sequência a camiseta.

- Ah... Era... Eu, hã...! – Ele tenta falar algo mas desiste, seu semblante muda e ele dá um longo suspiro.

- É lindo! – Respondo simplesmente. Passo ao seu lado e vou tentar terminar de fazer as panquecas. Encho uma concha de massa e antes que eu colocasse na frigideira, ele fala:

- Era para ser seu. Hã... No dia que descobrimos sobre seu pai, meu plano era almoçar com você e te pedir em namoro, claro, você estava sem cabeça e eu adiei então você foi embora sem deixar que eu ao menos tentasse protestar. Eu adiei isso por tempos e quando achei que estava pronto fui impedido e ele está aqui, até hoje, fazendo lembrar-me do quanto eu queria isso. – Bruno despeja as palavras de pressa, como se não conseguisse falar daqui um minuto e eu, bom, fiquei sem reação, meu coração acelerou e eu derrubei toda a massa no lugar errado.

- Sinto muito! – Foi só o que eu disse ainda de costas para ele tentando esconder o nervosismo.

- Não sinta! – Ele faz eu virar para ele. – Eu estive por muito tempo apaixonado pala minha melhor amiga e tinha certeza que ela também, mas tinha medo de se entregar, daí hoje, eu estou com ela sem ao menos saber se ela ainda se importa! Nós agimos como desconhecidos e, eu estou enlouquecendo! Eu estou apaixonado pela minha melhor amiga! 


- Bruno, eu...

- Eu não queria fazer você se sentir desconfortável, não iria dizer isso agora e nem quando diria, mas aproveitei o momento, retirei um peso das minhas costas e agora vou fazer o que eu deveria ter feito a mais de um ano atrás. Lívia, aceita ser minha namorada? – Bruno fitava meu rosto inteiro seriamente, eu congelei .

  Éramos melhores amigos...

- Não confunda as coisas, por favor, olha em volta, olha a vida que temos agora! Eu tenho casa, trabalho em Carolina, você tem fãs, carreira e uma turnê, acha que isso pode dar certo? – Eu não tinha o que falar, apenas na minha cabeça, isso era uma coisa impossível!

- Quer dizer que se estivesse aqui ainda aceitaria? – Seus olhos estão fixos nos meus. Pisco algumas vezes pensando no que dizer, mas ele continua. - Lívia, eu estou pergunto se aceita namorar comigo, e não as coisas que pode nos impedir, caramba, isso resolvemos depois, apenas pensa na sua felicidade, acha que gostaria de ser ver sendo minha? Gostaria de reatar de outra forma toda aquela amizade que tínhamos? A intimidade, companheirismo, confiança... Tudo! – Gostaria, meu coração grita.

- Eu não sei, eu não sei Bruno! – Digo atordoada com tantos pensamentos, não consigo olhar em seus olhos por muito tempo e mais lágrimas escorrem. 



- Só me responde uma coisa: Você era feliz com a nossa relação de amizade?

- Se não fosse, você nunca teria sido meu melhor amigo! – Elas continuavam a escorrer dos meus olhos e ele se aproximou, colocou uma de suas mãos em meu rosto para secá-las.

- Então, porque acha que não daríamos certo? Poxa, acha que eu não seria capaz de fazer as coisas certas? Eu só quero estar bem e querendo ou não você faz parte disso, e eu sei que entende o que eu estou falando, então facilita as coisas, somos melhor que isso.  – Sua respiração próxima de mais, seu toque macio de mais, sua sinceridade de mais, seus sentimentos de mais, tudo de mais estava me deixando louca. – Tudo bem, eu te entendo, ao menos eu retirei um peso das minhas costas, ao menos você sabe de tudo que estava entalado dentro de mim, e se preferir não aceitar, eu vou seguir em frente, lentamente, assim como quando foi embora...

- Bru... – Eu entrelacei nossas mãos e cortei a distância que tinha entre a gente, dando-lhe um selinho. – Eu não tenho certezas, mas ao seu lado, mesmo que indecisamente elas aparecem, e eu posso tentar! – Sorri, ele também tocando meu nariz com o seu.

- Eu me sinto a Katy Perry com foguetes dentro do meu peito! – Ele diz e ri gostosamente.

- Vamos com calma, okay? – Eu pedi e ele assentiu com a cabeça.

[...]

- Aonde vai? Posso ir? – Bruno pergunta erguendo a cabeça assim que me vê descendo as escadas, toda “arrumada”.

- Não! – Respondo firme.

- Poxa, é sério? – Ele torce o nariz.

- É melhor Bruno...

- Eu fico quietinho e posso ser uma ótima companhia! – Lembro de uma criança, mas não, é só o Bruno falando.

- Eu dirijo, você fica quieto e não me segue, okay? – Pergunto ele fecha a boca com um zíper invisível.

- Ao menos o airbag é novo e o cinto é bom! – Ele resmunga baixo suficientemente para eu ouvir.

- Quieto! – Repreendo-o. Ele mostra língua e me abraça enquanto íamos até o carro. Não estou acostumada com isso, mas ignoro.

  Mesmo eu prestando atenção no transito via que o Bruno às vezes olhava para mim e mostrava um sorriso lindo, diferente de todos que eu já vi, às vezes ele olhava para a sua mão e depois para a minha, isso me fazia ter vontade de rir, mas mantive-me quieta. Não muito tempo depois nós chegamos, eu desliguei o carro, retirei o cinto e me virei para o Bruno.

- Fica aqui tá? – Pedi delicadamente.

- Tudo bem! – Ele disse, eu lhe entreguei suas chaves e antes que de eu descer ele segura meu pulso. – Se cuida! – Falou e me deu um selinho, sorri e desci.

  A cada passo que eu dava e me aproximava da entrada eu sentia uma arrepio, e uma sensação diferente. É tudo recente, mesmo depois de um ano. Eu não tinha uma exigência de flores e meu pai também não, então comprei uma toda branquinha e segui entre todas as lápides até achar a sua.

  Sentei-me ali e depositei as flores. Eu não tinha o que falar, apenas chorei com um sorriso nos lábios. Nunca senti tanto orgulho de uma pessoa, mesmo que ele ficasse mais trancado no escritório do que qualquer outro lugar, eu não o julgo, não mais, eu sei que era o que ele amava fazer. Aprendi que temos que ser gratos por fazermos o que gostamos.

  Eu fitava seu nome e sua frase “sigo em um lugar melhor, o meu lugar melhor... E você evolui sozinha, é a sua chance, meu papel acabou”. Em um determinado momento da vida, ele leu isso em um livro e sempre me dizia, mas no tom do futuro, então modifiquei e decidi que essa seria a frase, ninguém precisaria entender, sempre foi eu e ele, então nós sabendo, basta!

- Desculpe ficar aqui calada, mas eu não tenho o que falar, é o que acontece quando alguém faz da sua vida a de outra, eu sou totalmente grata. Mesmo doendo às vezes, por você ter ido, sei que isso foi bom, sei que de alguma forma que não tenha descoberto ainda, isso foi o melhor. Ah pai, eu estou feliz, apenas com saudades, e uma coisa que eu tenho é consciência e estar aqui agora é totalmente diferente de quando estive lá com a mamãe, lá eu estava triste, só reclamava, chorava e me lamentava, enquanto eu o tinha, agora eu não lamento, só agradeço, porque né, mesmo com tudo, estou feliz, tocando a minha vida... – Sorrio ao lembrar-me do Bruno. – Bom... Eu não sei se você acha certo, mas eu acho que sim, decidi vender nossa casa, ela é grande e solitária de mais para mim, talvez outra família possa ser feliz lá como nós fomos, não quero desperdiçá-la. Prometo que vou vender a pessoa certa, e sobre nossas coisas, eu sinto muito, eu não tenho onde colocá-las, não tudo, mas darei um jeito, okay? Bom, eu só vim aqui te agradecer por tudo, dizer que estou bem e que sinto sua falta, mas vou levando. Ah, diga a mamãe, que eu estou feliz agora, sei que vocês estão juntos, de novo, um dia, nós estaremos juntos, todos os três! Eu amo vocês! Preciso ir! – Sorri engolindo as lágrimas, ele está bem, feliz e bem acompanhado, eu não preciso temer nada.

  Levantei do chão, limpei minha roupa e olhei uma última vez para sua lápide. Sussurrei: “eu amo vocês, para sempre”, larguei um beijo no ar como fazia quando saia de casa e segui andando até o carro.

  Mesmo o tempo fechado e uma brisa fria que balançava meus cabelos, eu não tirava o sorriso e, não, não sou louca e muito menos egoísta, estou grata, e a melhor forma de mostrar a gratidão é sorrindo, agradecendo pelo que se tem.

  Ergui meu olhar e Bruno estava escorado lado de fora do carro observando eu caminhar lentamente, sorri para ele que abriu os braços e eu me aconcheguei ali.

- Está melhor? – Pergunta ele em meu ouvido.

- Com certeza! – Disse apertando meus braços em sua cintura ele em minhas costas, logo em seguindo dando-me um beijo no topo da cabeça. Fomos para sua casa.

- Tem planos para hoje? – Ele pergunta após se jogar no sofá.

- Não fazer nada conta como plano? – Respondo-o com outra pergunta com a mão apoiada no queixo.

- Se me incluir nisso, sim, com toda certeza! – Ele fala e eu dou uma gargalhada. – Vem cá! – Ele bate as mãos no sofá e eu me sento ao seu lado. – Sobre a distância, não se preocupe com isso.  Eu posso ir sempre que quiser para lá, durante ou nos finais, assim como você vir para cá, pode tirar férias. Podemos nos falar via internet e telefone. Eu posso dizer te dizer bom dia todos os dias se for te deixar melhor, eu posso mostrar que vale a pena, tá? Confia em mim? Será capaz de me ajudar nisso?  

- Claro que sim! – Digo. – Sempre que precisa ou não precisar! – Sorrio. Ele enfia a mão no bolso e tira o anel, mais cedo eu não dei chance dele poder confirmar as coisas, mas agora, tenho  certeza que não será só eu, será nós então podemos sim confirmar as coisas.

- Obrigada por me mostra como se apaixonar de novo! – Diz ele e põe o anel em dedo.

  Ficamos em silêncio apenas curtindo um o carinho do outro, sem amasso, apenas afeto, mas sempre tem algo que interrompe o que é bom, e dessa vez foi o celular do Bruno!

- Phil diz: eu não acredito que a loirinha não decidiu ainda fazer a nossa janta, poxa, eu to com saudades dela... Bruno, põe uma pressão aí. – Bruno leu uma mensagem em voz alta me fazendo gargalhar e sacudir a cabeça negativamente. – E então, ideias?!

- Acho que se não fizermos o jantar, Philip terá um treco! – Digo e ele concorda, responde o amigo e continuamos o que estávamos fazendo: nada!


domingo, 18 de maio de 2014

Capítulo 52


  Bruno POV'S


  Não esperava reencontrar a Lívia, ao menos não tão de repente, foi como um choque de realidade, era ela, ali a poucos centímetros de mim tentando evitar que eu a visse.  A única certeza que eu tinha era de não deixá-la fazer qualquer coisa antes de finalmente termos uma conversa franca, eu precisava contar tudo que estava entalado na minha garganta, coração e mente por todo esse tempo, mesmo não sabendo ao certo como iniciar.
 Bruno POV'S
  Enquanto ela dormia calmamente em meus braços após o filme ter terminado, eu conseguia reparar melhor nela que estava ainda mais linda, Carolina do Norte de qualquer forma a fez muito bem! Seus cabelos estão diferentes, seu tom de pele está mais saudável, ela não demonstra tanta dúvida ou insegurança, suas palavras eram decididas e francas sem nunca ser grossa, ela amadureceu muito e no fundo eu sei que ainda existe aquela velha Lívia por qual eu me apaixonei.

  Eu estava tenso, nervoso e receoso com tudo, ela chegou de repente e eu não sei como agir. Preciso de água! Me desvencilhei dela lentamente e a fiz deitar no travesseiro e ela apenas abraçou o meu com força, acabei sorrindo e saí do quarto.

- Água coisa nenhuma! Você não relaxa com água! – Digo para mim mesmo.

  Escolho meu melhor whisky, pego um copo com gelo e a garrafa e vou até o quarto de música, antes dou uma espiada na minha cama, Lívia estava esparramada com metade das pernas tapadas e o resto descoberto. Suspirei e segui meu caminho.

  Encosto a porta com um dos pés, ela não chega a fechar, mas isso não faz diferença. Largo a garrafa e o copo sobre minha mesa e dou uma olhada por todos os instrumentos, meus olhos param sobre o ukulele, faz tanto tempo que não o toco que até vieram milhares de sons em minha cabeça para que eu possa usufruir dele.

  (Dê play e se quiser, escute até o final!)

  I know girl, when you look at me
(Eu sei, menina, quando você olha para mim)

You don't know how I feel
(Você não sabe como eu me sinto)

Cause I'm usually so nonchalant
(Porque eu sou normalmente tão indiferente)

My feelings I conceal
(Eu escondo meus sentimentos)

But I want you to know
(Mas eu quero que você saiba)

Oh, I want you to know
( Oh, eu quero que você saiba

  Minha voz soava baixa junto com o som do instrumento. Por instantes, todo nevoeiro em que eu me encontrava foi embora, as minhas músicas sempre me salvam das minhas próprias besteiras, ou...

I must admit I've felt this way for more than quite a while
(Devo admitir que me sinto assim há algum tempo)

But I can't hold it no longer when I see that pretty smile
(Mas eu não posso mais segurar quando vejo o seu lindo sorriso)

Can't wait no more
(Não posso esperar mais)

Oh, I can't wait no more
(Oh, eu não posso esperar mais)

  Próprias escolhas. Ao cantar assim, meus olhos se fecham naturalmente e um filme inteiro passasse em minha mente, acabo revivendo todas as vezes que vi seu mais lindo sorriso, ou o gesto de vergonha quando ela retira os cabelos do rosto e põe atrás da orelha. Eu consigo sorrir sozinho.

Girl, to tell you the truth
(Menina, para dizer a verdade)

It's always been you
(Sempre foi você)

I'm all about you
(Eu só penso em você)

Oh, girl
(Oh, menina)

No one can do me the way you do
(Ninguém pode me fazer o que você faz)

It's always been you
 (Sempre foi você)

I'm all about you
(Eu só penso em você)

Oh oh oh oh...

I'm all bout you, oh, oh, oh...
(Eu só penso em você)


  Será que eu vou conseguir fingir que nada disse existe e ao mesmo tempo a tratá-la bem como nos 
velhos tempos? Eu nunca fui um bom "mentiroso"! 

  Olhei para a porta e ela estava ali, pisquei várias vezes e levantei rapidamente para guardar o instrumento. Não disse nada, apenas agi como se não tivesse a visto, mesmo que meu coração me entregue nesse exato momento. Peguei meu copo e servi uma boa quantidade de whisky...

- Não é hora de beber! - Sua voz soa rouca e baixa. Ela retira o copo da minha mão, põe na mesa e me abraça. 

  Encaixei meu pescoço na curva do seu pescoço, abraço-a mais forte e pretendo nunca mais soltar, mas nunca isso é o que acontece. 

- Você está bem? - Lívia pergunta após me soltar. 

  Às palavras fugiram da minha boca, eu juro que tentei despejar tudo o que eu sempre quis, mas na hora ela simplesmente desapareciam, então eu só acenei positivamente com a cabeça e me sentei no outro sofá e, antes, peguei meu copo de whisky. 

- Você parece atordoado Bruno, não estou te forçando tá? Mas se quiser podemos...

- Eu não conseguiria! - A corto e respondo, ela riu divertidamente. 

- Quando realmente queremos não há nada que não possamos fazer! - Lívia fala. 

  Respiro fundo e mudo de assunto. - É bom irmos dormir, está tarde! 

- Você que sabe!

  Tranco o estúdio deixando exatamente como estava, segui ela até ao final do corredor. 

- Boa noite Bruno e, descase, você anda muito tenso! - Ela fala sorrindo, vira-se de costas e vai para o quarto de hóspedes. 

  Fui para o meu quarto e fiquei pensando no quão perto cheguei de dizer toda a verdade, mas por uma fração de segundos eu pensei que eu poderia acabar com a boa vontade dela de ficar aqui em casa do que num Hotel. Mais eu ainda vou falar, antes dela ir embora novamente, ela só sairá daqui sendo minha, é isso! 

sábado, 10 de maio de 2014

Capítulo 51

  Tory nem havia levantado a cabeça quando eu comecei a falar, mas quando percebeu que era eu ela pulou da cadeira e veio correndo na minha direção, quase derrubou sua mesa.

- Meu Deus Liv! – Ela me abraçou. Meus olhos começaram a marejar novamente, mas dessa vez e me esforcei para não deixá-las cair. – Como você...? Quando você...? – Pergunta ela sem finalizar ao certo suas frases. Seus olhos estavam arregalados.

- Hum, quer uma água? Posso dar oi ao Scott também? – Perguntei e ele riu e ela deu passagem para e entrar!

- Olá Lívia, tudo bem? – Ele pergunta. Demos um abraço apertado e rápido.

- Tudo certo, e vocês? – Eu disse puxando a cadeira da minha antiga mesa que ainda está ali, aliás, estava sendo ocupada por outra pessoa, mas eu não conhecia, Tory não havia comentado comigo sobre isso!  

- Melhor agora! – Scott responde.

- E então, quem está aqui? – Eu aponto para minha mesa e reviro os olhos de brincadeira.

- Uma menina que trabalhava aqui, não sei se você lembra, mas a Linn, uma moreninha. Faz uma semana que passou para cá. – Tory tenta descrevê-la, mas não, eu não me lembro.

- Ah, não lembro! – Ergo a sobrancelha e ela sorri. – Bom, vocês estão liberados! Vamos? – pergunto.

- Antes, quando você chegou, cadê suas malas e porque diabos não me avisou sua praga? – Ela pergunta com aquele carinho que eu não via há tempos.

- Hoje, na verdade tem uma hora e meia. E não avisei para fazer surpresa!  E eu já passei em outro lugar, trouxe algo para usar só hoje! – Dou uma batidinha na bolsa.

- Ah, entendi, minha casa! Okay, tchau Scott! AH MEU DEUS, VOCÊ AQUI DE NOVO! – Ela pula em cima de mim e eu quase caio da cadeira. Nós gargalhamos.

- Se acalma mulher! - Digo rindo.

  Vou dar um tchau ao Scott e ela fica me apresando, prometo a ele de sair para jantar todos juntos enquanto eu estiver aqui, então ela me olhou com cara de “não veio para ficar?” e eu continuei. Saímos juntas da revista e fomos de táxi para a casa, já que ela ainda não tem o carro próprio, apenas porque não quer, enfim, não vem ao caso.

- Está em que Hotel? Porque poderia ficar na minha casa! – Ela pergunta fazendo um biquinho.

- Na verdade nenhum, eu passei em outro lugar antes! – Entramos no táxi.

- Isso quer dizer, no Bruno? – Tory pergunta como se estivesse na cara e eu ergo a sobrancelha. – Não vai dizer que pensava em não encontrar com ele?

- Eu não pensava! – Falo.

- Senhoritas, chegamos! – O motorista nos interrompe, eu abro a bolsa para pegar o dinheiro pagar o motorista, mas me impede Tory e paga mesmo com a minha cara feia.

  Descemos, entramos no prédio e subimos de escada mesmo até seu apartamento.

- Bom, sinta-se em casa! Agora me diz, quais os planos? – Pergunta ela indo até seu quarto, sigo-a, ela retira seus sapatos, eu faço o mesmo e ela troca de roupa.

- Bom, na verdade mesmo vim para decidir se coloco ou não a casa a venda, mas isso eu levo uma semana, já que é só doar e por fora algumas coisas, contratar alguém para limpar e deixar por a casa a venda, então tirei mais uma semana de folga para ficar aqui, sem nada certo a fazer! – Me estico em sua cama.

- Ótimo! Vamos preparar algo para comer, podemos ver filme e mais tarde pedir pizza! – Diz ela saindo do quarto, dou uma corridinha e a alcanço.

- Certo! – Diz ela e pega o celular. – Mensagem do Ryan. Hum... “Sabia que a Lívia voltou? Sabe se ela chegou a conversar com o Bruno? Beijos!” Vamos responder: “Sim, eu sei, ela está aqui comigo e por acaso eu acho que ela conversou e se acertou com o Bruno, pois o sorriso está de orelha a orelha”! – Tory diz.

- Não tínhamos o que acertar, mas se quer saber se conversamos, sim, conversamos!

- E o que conversaram? – Ela larga o celular na bancada e começa a retirar coisas da geladeira.

- Bom, meio que tivemos uma discussão, mas por fim decidiu-se que eu ficaria lá ao invés do Hotel, então provavelmente conversaremos mais. – A ajudo a pegar as coisas.

- E o Sean? Ele sabe? Porque até onde eu sei vocês ficaram!

- Não sabe e nem vai saber, o que acontece lá fica lá, o que aconteceu aqui fica aqui! – Respondo, na verdade eu espero que seja assim. – E o Ryan, o que tá havendo entre vocês?

- Ele é meu amigo, sabe, desde que fez seis meses que você foi nós nos aproximamos muito, eu não sei se era para ele ter notícias suas para contar ao Bruno ou se será por vontade própria, mas independente disso está sendo legal, estou vendo ele com outros olhos!

- Eu acho que ele se arrependeu... – Falo e prendo meu cabelo, aqui dentro está meio quente.

   Comemos e passamos horas conversando, já eram quase nove horas quando decidimos pedir a pizza e assistir ao um filme. Eu escolhi “primeiro da classe”, não sei sobre exatamente o que era, mas parecia divertido, algo a ver com sonhos.

  Quando estava começando, meu celular vibrou, era um sms do Bruno.

  “Já fofocou muito com a fifi aí? Pensei em fazermos uma janta na casa do Phil amanhã para todos poderem te ver, o que acha? Se já estiver dormindo, uma boa noite! Beijos.”

  Li e dei risada, Tory perguntou o que era e eu disse que o Bruno a chamou de Fifi fofoqueira, ela revirou os olhos e depois riu. Respondi-o.

  “Bastante! Hum, eu acho melhor esperar um pouco, deixa passar essa semana, pode ser? Uma boa noite Bruno, beijos.”

  Larguei o celular e voltei a ver o filme.

[...]

- Ter certeza que quer mesmo ir? – Tory pergunta.

- É melhor, já anoiteceu, fica chato eu não ir, Bruno até me deu as chaves! – Eu disse abrindo a porta do táxi.

- Tudo bem então! E ah, não pensa de mais se não sai faísca! – Ela disse rindo, mandei-a a merda e o motorista arrancou. Avisei-o onde era.

  Foi maravilhoso passar esse tempinho com ela, nós conversamos a noite toda, hoje acordamos tarde e fomos ao shopping, ela tinha que comprar um presente para a menina que está trabalhando com ela que estará de aniversário semana que vem. E eu comprei um  look quase completo, calça, blusa e sapato.

- Pronto senhorita! – Avisa o senhor.

- Muito obrigada! – Dei o dinheiro e desci do carro.

  Caminhei por uns minutos e entrei na casa dele, a sala estava totalmente escura, mas tinha um pouco de luz no corredor da escada. Subi, ele estava em casa, porém, no quarto. Larguei as coisas no quarto de hóspede e voltei até o seu, dei uma batidinha na porta e ele me mandou entrar.

- Boa noite! Trouxe para você! – Eu disse mostrando a caixa de bombons que comprei no shopping mais cedo.

- Hum... Obrigado! – Diz ele. – E aí, como foi lá? – Ele nem tirou os olhos da televisão.

- Tudo certo, planos para hoje? – Eu pergunto de volta.

- Eu pedi comida, está no micro-ondas, é só pegar! – Ele disse seriamente. Eu ergui a sobrancelha.

- Tá emburrado assim porque teve que jantar sozinho? – Perguntei segurando o riso.

- Não! – Ele responde ainda sem me olhar.

- Ah Bruno, não seja infantil! – Eu disse. Fiz cócegas nele e nós dois sorrimos.

- Eu pensei que jantaria comigo já que não fomos ao Phil! – Diz ele agora me olhando.

- Desculpa, mas eu tinha muito que conversar com a Tory, mas prometo que enquanto estiver aqui vou jantar com você todos os dias!  - Coloco as mãos na cintura e ele mostra as covinhas.

- Promete? – Ele ergue sua mão com o dedo mindinho esticado para eu enrolar o meu no seu. Solto uma risada e faço isso, como fazia quando era criança.

  Bruno me puxa e eu caio em cima dele, acerto o cotovelo em sua barriga e nós dois começamos a rir, ele se vira e fica sobre o meu corpo e começa a me faz cócegas.

- Para, por favor Bruno! Chega! – Eu não aguentava mais rir e ele não parava.

- Só se você ficar aqui e comer chocolate comigo! Ou melhor, vamos ver um filme?

- Eu preciso tomar um banho antes de jantar sozinha, mas depois podemos ver um filme sim! – Sorrio saindo debaixo dele.

- Eu posso jantar de novo! – Ele comenta olhando para os lados.

- Você é muito idiota! Vou tomar banho Bruno, escolhe e arrumas as coisas para vermos o filme! – Digo e levanto da cama. Ele resmunga algo que não entendo fazendo eu rir sozinha. Saí do quarto e fui ao de hóspedes.

  Separei minhas roupas íntimas e o pijama de mangas e calça comprida. Apesar de estar no final do inverno, ainda dão noites bem geladas como hoje e durante o dia fica um clima agradável e justamente essas últimas noites, o frio aumentou bastante, mas só durante a noite, vai entender...

  Não lavei o cabelo, então saí do banho rapidamente, vesti minhas roupas íntimas e passei o creme corporal, depois vesti meu pijama. Fiz um coque nos cabelos, peguei minha toalha e saí do quarto em direção à cozinha para estender a mesma no varal da lavanderia.

- Eu faço isso! – Bruno aparece de repente, tira a toalha do meu ombro e vai para lavanderia. – Vai comer!

  Abri o micro-ondas, retirei a comida e servi num prato, ainda estava quente. Sentei-me na bancada e comecei a comer. Estava distraída vendo a parede da sala e nem percebi que ele estava estalando os dedos n minha frente, sorri.

- Desculpa!

- Escolhi terror: Invocação do Mal. – Ele diz animado e eu arquei as sobrancelhas rapidamente.

- Terror? – Repto em tom de pergunta e suspiro, eu morro de medo.        

- É só um filme. – Diz ele. – Terminou? – Bruno oha para o meu prato vazio e o retira da minha frente, eu iria lavar, mas ele não deixou, então subimos até seu quarto e nos deitamos na cama, um de cada lado para começar a assistir ao filme.

  Dei play no filme e tudo tranquilo de início, mas, ah, é um filme de terror, conforme as cisas iam acontecendo eu ficava mais tensa, principalmente com os barulhos da televisão chiando, o segundos do relógio passando, o barulho do assoalho da casa antigo fazendo barulho, as crianças tendo seus pés puxados, a mãe aparecendo com hematomas, a cada umas da malditas senas eu me encolhia ou dava um pulo a mais, vez ou outra tapava meu rosto com as mãos.

- Lív, está bem? – Bruno pegou o controle e pausou o filme, agradeci mentalmente.

- Eu não gosto disso! – Murmurei ainda com as mãos no rosto, olhando para a televisão entre meus dedos.

- É só um filme Liv! – Bruno disse e eu continuei na mesma, então ele retirou a caixa de bombons entre nós e me abraçou, como nos velhos tempos.

  Voltei a prestar atenção no filme, eu ainda estava tensa, mas ao menos a cada susto eu era abraçada mais forte e me sentia um pouco mais segura, uma coisa que eu não sentia a mais de um ano. Eu conseguia ouvir os batimentos do coração do Bruno, eles se aceleravam conforme as cenas do filme e também tinham seus carinhos em meu braço ou um beijo na cabeça, apesar de tudo, eu estava segura, eu acho.


  Meus olhos foram pesando e em meio as cenas de terror, tinha algo bom ali e era o carinho dele, não aguentei, meus olhos se fecharas e eu dormi.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Capítulo 50


- Tá legal, quer que eu te culpe? Que eu diga o quanto eu sofri? O que mais? Quer que eu diga o quanto senti a sua falta?  Que eu chorei? Feio não é? Mas aconteceu por sua causa! Você saiu daqui sem me dar nenhuma explicação, eu tive que abaixar a cabeça e aceitar o fato de que talvez eu nunca mais fosse te ver outra vez!  – Ele veio na minha direção, seus olhos estavam marejados.

- Não, eu ao quero isso! Eu não tinha o que explicar Bruno, foi a minha decisão. Eu também tive que abaixar a cabeça e aceitar o fato de que eu nunca mais vou ver meu pai! – Respondi pouco mais alto.

- Eu realmente te entendo, mas em todos os momentos eu estive aqui e eu iria continuar aqui, mas você não pensou em momento algum como eu me sentiria, você não pensou em momento algum em tudo que eu estava fazendo para te ver feliz! – Ele diz também mais alto, as lágrimas estavam correndo por meu rosto e nossa conversa se transformava em briga.

- Era a minha vida, minha felicidade e a sua também, era melhor eu ir, você precisava seguir, não era sua obrigação fazer tudo que fez, por isso eu fui, eu precisa de coisas novas, precisava de certa forma crescer! – Digo e dou uma secada no meu rosto. – Você não tem ideia do quanto foi difícil, de quantas vezes eu pensei em voltar, pensei em você, você merecia mais do que aquilo, eu merecia, minha vida merecia. Ah, eu não te devo explicações, nós passamos um ano sem comunicação, eu só sabia que estava bem por causa da rádio, pois mesmo que eu tentasse esquecer-me da sua existência meu trabalho fazia questão de me lembrar e de tudo, pois nunca foi só você! Não temos direito de exigir explicações de nenhum dos dois, a vida andou Bruno e as coisas mudaram, eu mudei! – Digo convicta, eu não vim para chorar, mesmo que eu tenha que até aquela casa.

- Eu senti sua falta, por favor... Eu preciso que fique aqui! – Ele disse mais calmo. Eu via em seus olhos a culpa sobre algumas palavras, e eu também a sentia.

- Eu não vim definitivamente, só estou aqui para acertar as coisas da casa e ver se realmente irei colocá-la para vender. Eu tenho uma vida lá agora! – Respondo.

- Você tinha uma vida aqui também. – Ele retruca.

- Bruno, não dificulta as coisas! – Eu não iria ceder, não mais. Bruno se aproximou mais e segurou meu rosto com as duas mãos.

- Esperei tanto para finalmente te rever que não posso deixar nós estragarmos tudo de novo, por favor, podemos esquecer algumas coisas e agir como melhores amigos que sentiram falta um do outro por um ano? Amigos que erraram e falaram o que não deveria, que sabem que estão errados! Por favor! – Ele diz. Eu só quero estar bem aqui, mesmo indecisamente eu quero tornar as coisas melhores.

- Eu senti sua falta! – Digo finalmente, olho dentro daqueles olhos amendoados que eu tanto queria ver novamente e aquele sorriso que me fazia bem fez-se presente de novo.

- Eu também! – Ele disse e me abraçou. Seu calor sendo sentido novamente era a coisa mais incrível que poderia acontecer, ele me faz sentir mais preparada e segura do que antes mesmo cheia de dúvidas. – Olha para mim. – Ele pede. - Promete que não vai embora? E se for, vai manter contato como se estivesse por aqui? Que vamos voltar a ser como antes? Que aquele eu te amo que disse no natal se fará presente outras vezes? Que sempre que precisar vai conversar comigo? Eu preciso saber que estará bem onde quer que esteja para eu estar bem também! – Bruno diz segurando minha mão esquerda. Eu sorri.

- Prometo!

- Tudo bem, estou melhor agora... O que você faria assim que chegasse aqui em Los Angeles? – Pergunta ele.

- Largaria as coisas no Hotel e iria fazer uma surpresa para a Tory! – Digo sorrindo, eu estou ansiosa por isso.

- Tudo bem, faremos isso! Posso te fazer uma pergunta antes? – Ele pede e eu respondo positivamente com a cabeça. – Você tinha planos de me encontrar?

- Sinceramente? Eu queria, mas não queria, não me sentia preparada e até pensei que talvez você nem se lembrasse mais de mim, mas agora, eu tenho certeza que aconteceu a coisa certa! – Digo e sorrio, ele também.  

- Okay, quer ir sozinha ou prefere que eu vá com você? – Pergunta ele.  

- Acho melhor ir sozinha, se importa se eu passar a noite com ela? – Eu pergunto.

- Só se não for para o Hotel! – Diz Bruno com a sobrancelha erguida.

- Tá bom, Bruno! – Falo. Eu estava decidida a não ceder, mas eu sempre vou ceder, em tudo na vida, eu sou assim. Tá, nem tudo!  

  Bruno me ajudou a subir a mala para um dos quartos de hóspedes e disse para eu ficar a vontade e desceu em seguida. Olhei no relógio e eram cinco horas, eu precisava separar uma roupa logo e ir para a revista, pois a partir das cinco e meia o pessoal saia e isso não deve ter mudado.

  Eu estava com uma bolsa grande, então coloquei tudo que precisaria lá e desci as escadas rapidamente. Bruno estava sentado com os braços cruzados olhando para a rua pela porta de correr da sala, ele parecia longe, então fui avisá-lo. Estalei os dedos perto dele e o chamei.

- Oi, desculpa! – Ele sorri.

- Estou indo, pode conseguir o número de um táxi, por favor? – Peço.

- Posso te deixar lá, vou ao Phil! – Ele diz e eu aceito. – Aqui tem as chaves de casa quando quiser voltar! – Ele me entrega um molho com seis chaves e um alarme, acho que são as chaves reservas.

- Obrigada! – Digo e ele dá uma piscadinha.

  Seguimos em silêncio, o caminho até lá não era muito longo então chegamos logo, faltavam dez minutos para dar cinco e meia. Eu precisava ser rápida, ainda tinha que falar com George. Lembram? Meu ex-chefe.

- Muito obrigada, nos falamos! – Digo enquanto solto o cinto, me viro para ele e lhe dou um beijo na bochecha, destranco a porta do carro para sair e ele me chama.

- Se cuida! – Diz ele.

- Você também. – Sorrio, dou as costas e vou à direção do prédio da revista.

  Dei uma abaixada no short que usava e uma arrumadinha na camisa. Coloquei a bolsa no ombro entrei na recepção da revista.


- Olá, em que posso ajudá-la? – Não era a mesma recepcionista.

- Boa tarde, gostaria de conversar com o senhor George, pode avisar que a Lívia Kendrick está aqui! – Eu disse, ela me olhou com uma cara de “ e daí que você é a Lívia”, mas pegou o telefone e ligou para ele.

- Tudo bem dona Lívia, pode subir, é o andar...

- Eu sei onde é, trabalhei aqui! Obrigada! – Sorri para não parecer grossa de mais, mas foi o troco por me olhar daquela forma, aff!  Subi de elevador, alguma pessoas me reconheceram e deram um “oi”, cheguei à sala dele dei uma batidinha e entrei.

- Boa tarde! – Eu disse sorrindo.

- Que ótima visita! – Ele diz mostrando-me a cadeira.

- Não é rapidinho. Posso atrapalhar a Tory e o Scott hoje? – Sorri e ele também.

- Só porque foi uma ótima funcionária! Aliás, voltou mesmo? – Pergunta ele.

- Não, vim resolver umas coisas sobre a casa que era do meu pai e em duas semanas eu volto! – Digo simplesmente.

- Ah, tudo bem! Vai lá, prazer revê-la! - Diz George.

-Obrigada, prazer! Tchau! – Sorri e saí de sua sala.

  Peguei o elevador e desci uns andares, segui firmemente até minha antiga sala e dei uma batidinha na porta e mandaram entrar.

- Vim avisar que estão liberados! – Eu disse sorrindo. 


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