quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Capítulo 33


  Phil assegurou-se algumas vezes de que eu daria conta de dar um jeito no Bruno e bom, nunca tive que cuidar de pessoas bêbadas, mas realmente espero que seja tão difícil. Entrei com ele no banheiro e suspirei pela não sei, talvez décima vez naquela noite, o cheiro forte de Whisky estava se empregando a mim e era nojento assim como todas as mulheres que dançavam com ele a uma hora atrás.

- Tá gelada... - Ouvi ele balbuciar feito criança.

- Para tirar o efeito do álcool! - Respondi largando a toalha limpa sobre o vaso. - Termina aí e vai deitar! - Eu disse o deixando sozinho para que terminasse o banho que na realidade eu não tinha tanta certeza se conseguiria sozinho.

  Como já estava tarde e ele ainda demoraria a desocupar o banheiro eu vesti meu pijama, retirei a maquiagem com removedor e algodão e me deitei no canto da cama. Sinceramente eu gostaria de ter ido embora com as meninas pois cada vez que eu via uma garota com vestido curto e mãos nervosas perto dele eu sentia meu peito arder e minha mente praguejá-las pelo ato e sim, eu não deveria me sentir assim, ainda mais tratando-se do Bruno, mas era como se eu não tivesse comando e eu sentisse... Ciúmes? É, talvez.

  Escutei um barulho estrondoso vindo do banheiro e me levantei rapidamente, ele estava com a mão na testa e a toalha mal enrolada em volta de sua cintura.

- Ai! - Ele disse quando me viu e eu acabei rindo.

- Bruno... - Trinquei os dentes depois e ele parecia muito mais sóbrio do que quando chegamos.

- Desculpa... Se eu ao menos conseguir sair de dentro do box sem quebrar a cabeça, ficaria feliz! - Resmungou com cara feia e finalmente saiu. Talvez abrir a porta de vidro do box ajude. Segui logo atrás dele para ter certeza que não aconteceria nada.

  Ele guiou-se até sua mala vezes ou outra tropeçando em seus próprios pés e respirando fundo para seguir enfrente. Deitei-me virada para janela dando liberdade para que ele se trocasse logo ali e eu sei que estando virada ou não para janela ele se trocaria sem problemas bem onde estava.

  Deitou-se ao meu lado aparentemente de boxes e uma camisa, senti ele tentar alinhar-se a mim mas me mantive quieta onde estava, aquela sensação estranha ainda estava dentro do meu peito e porque? Ela não deveria, não mesmo!

- Lív? - Resmungou baixinho e eu respondi apenas um "hum" simples. - Porque não dançou comigo? - Perguntou com a voz mais firme.

- Estava conversando com seu pai e irmãs e era o que você deveria ter feito também! - Respondi grosamente.

- Eu queria dançar... - Ia continuar mas calou-se.

- E dançou, com várias. Então boa noite! - Mantive-me firme e de costas a ele que insistiu em maior contado soltando um risinho baixo.

- Tá com ciúmes Lívia? - Perguntou e eu senti todo meu estômago congelar, virei-me para ele e neguei.

- Apenas me preocupei com a quantidade de bebida que você tomou. - Respondi, o que de fato era também uma verdade.

- Eu senti ciúmes de você lá no bar quando aquele homem se aproximou. - Ignorou meu comentário anterior.

- Não deveria, eu disse que não dava chances a esse tipo de homem. Ah, esquece isso! - Eu disse respindo fundo.

- Ter ciúmes significa que a pessoa é importante para você - Ele disse me olhando. - Agora não sei se sou importante para você. - Fez um biquinho torto.

- Você é importante para mim Bruno! - Respondi analisando todo seu rosto e senti suas mãos invadirem meu corpo puxando-me para perto de si, virei de costas a ele novamente e formamos uma conchinha.

 Ele não duvidou em momento nenhum sobre sua importância para mim, ele só queria saber se eu senti ciúme e usou a "importância" para descobrir. Acabei dormindo logo em seguida. Me acordei durante a noite várias vezes com os barulhos da descarga, provavelmente o Bruno estaria pondo toda bebida para fora e agora definitivamente eu acordei, e com uma dor de cabeça das fortes, imagina se eu realmente tivesse bebido ontem... Vi Bruno deitado ao meu lado assistindo tv.

- Bom dia. - Eu falei com as mãos na cabeça.

- Bom dia. Dor de cabeça? - Perguntou e eu assenti de leve. - Quer um remédio?

- Eu tenho, obrigada! - Falei e me levantei.

  Fui direto ao banheiro tomei um banho rápido e fiz higiene bucal. Saí enrolando o cabelo em um coque no alto da cabeça, senti os olhos do Bruno me seguirem, mas não liguei. Peguei minha bolsa no canto do quarto e fucei até achar os comprimidos, tomei um e quando larguei a garrafinha de água na mesinha ao lado senti mãos agarrarem minha cintura.

- Para de me ignorar! - Ele pediu roçando os lábios em meu pescoço.

- Eu não tô fazendo nada Bruno! - Virei-me para ele.

- Então me diz tudo que tá pensando e sentindo, eu não quero continuar nessa situação com você, me desculpa. - Disse sincero.

- Eu pensei que...Que talvez você tivesse um pouco de respeito em relação a mim, porque... Porque me esforcei para passar seu aniversário ao seu lado e porque você fez parte de vários momentos especiais na minha vida e de repente você estava ali na minha frente dançando com todas elas como se... Se nada tivesse acontecido, e acredite, me senti sendo molhada por um balde de água fria. Mas eu disse, esquece isso, até porque era para sermos só amigos e acho que nos precipitamos naquela manhã.- Não sei de onde saia aquelas palavras, elas apenas vinham explicando exatamente como eu me sentia e talvez não quisesse acreditar. Ele ficou me olhando, apenas abaixei minha cabeça e saí de perto.

  Eu não quero que ele venha, diga que me ama e peça-me em namoro, eu quero apenas que entremos em um bom senso, nada de magoas e sofrimento. Se for para tocar seus lábios uma vez e depois me sentir assim, eu prefiro nunca mais tocá-los e ter apenas sua amizade e a certeza de não sentir isso nunca mais.

  Me sentei na beirada da cama e senti meus olhos úmidos, não, isso não, eu deveria ter imaginado. TPM filha duma... Tratei de secar a maldita umidade em meus olhos e fui me arrumar para tomar café. Agasalhei-me e saí do quarto, Bruno fez menção de se levantar e me acompanhar mas eu neguei num sinal tempo, ele intendeu e voltou para cama.

  Bruno POV'S

  Me diga, como é que alguém pode ser capaz de estragar tudo? Porque logo eu fui ter essa merda de dom? Estava indo tudo tão bem... Apenas estava! Joguei meu corpo para trás e fechei os olhos fortemente quando senti meu corpo se chocando com o colchão, mas abri em seguida  pelos toques de alguém na porta. Levatei meio sem vontade e dei uma espiada no olho mágico, Phil. Abri a porta e voltei para cama.

- Que cara é essa Bruno? - Phil disse encostado na porta, apenas suspirei, ele fechou a mesma e se aproximou! Vish, que gay. - Kam bem que tentou te avisar ontem, mas você como sempre não ouviu.

- Tá legal, vai esfregar na minha cara ou vai me ajudar? - Perguntei sem paciência.

- Vou dar a minha inútil opinião. - Ele disse e eu bufei. - Vocês acham que mandam no coração, mas não! E você, Bruno, acha que protege a Lívia mantendo essa amizade colorida de vocês, quando ao invés você está ferrando com os sentimentos dela. Qual é cara, todo mundo sabe o que vocês já aprontaram, tá na hora de firmar essa relação ou então acabar com tudo de vez, o que eu acho difícil. Olha, não estou colocando praga, mas pode ser que quando você ache que seja a hora certa seja tarde de mais e aí, não tem volta. A Lívia é uma mulher linda, por dentro e por fora e alguém vai acabar descobrindo isso e sendo mais corajoso que você, e aí negão, já era. - Ele disse eu senti meu coração parar por alguns segundos, isso não é questão de coragem, é questão de... Ah.

- Eu sinto como se tivesse que descobrir mais dela, sinto como se apenas a tivesse como amiga e não sei se isso é o certo e quando deve ser feito! - Fui sincero.

- Então, aproveita e descobre essas coisas junto com ela. Eu tava na minha ontem, mas eu vi de longe os suspiros que ela dava enquanto aquela morena de vestido vermelho tentava passar as mãos em você, assim como vi você fechar os punhos de raiva quando o homem se aproximou dela no bar, e no final dava para ver os alívio de vocês quado finalmente estávamos indo embora. - Phil falou e eu me peguei relembrado da noite em busca dos sinais que ele disse, mas foi em vão.

- Eu não quero seja uma obrigação! - Balbuciei baixinho.

- Não estou te obrigando, apenas dei um conselho inútil de amigo. - Ele disse e saiu do quarto.

  Não que eu não goste dela, eu gosto e para falar a verdade eu me senti agoniado quando por motivos dos nossos horários fui impedido de falar com ela, eu me vi sem saída, com desejo e aquele sentimento de falta, mas também não senti amor, só o que sinto é essa coisa estranha enquanto penso nela ou quanto tocam em seu nome de uma forma negativa ou positiva, eu não sei explicar. Mas no final, será que ela sente essas mesmas coisas? Eu não posso correr atrás de algo sozinho.

  [...]

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Merry Christimas!!!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Capítulo 32


  Lívia POV'S

  Já tínhamos almoçado e estávamos apenas jogando conversa fora na área de lazer do Hotel, para ficar melhor só faltava meu pai e a Tory e, por falar neles não liguei para dar notícias desde ontem, saí de fininho de perto do pessoal para ver como vai as coisas por aquelas bandas americanas. Conversei rapidinho com os dois, ambos estavam trabalhando, mas tudo certo.

  Me sentei num dos bancos e fiquei vendo a paisagem que o Hotel chique disponibilizou, toda arquitetura, pintura e decoração do local tem um charme, digo, Paris tem todo um charme, um lugar que consegue ser chique, histórico e romântico ao mesmo tempo... Me assustei com um assopro no ouvido, Bruno!

- Você tá de mais hoje, hein! - Brinquei e ele sentou do meu lado rindo.

- Tá bem agasalhada e afim de dar uma volta? - Perguntou enquanto arrumava o chapéu na cabeça.

- Sim e sim! - Falei guardando o celular no bolso do casaco.

  Pegamos um táxi ali na frente do Hotel e logo chegamos, era uma praça linda com uma roda gigante no centro, mas ele está bem enganado se pensa que vou entrar nessa gaiola, acreditem, eu tenho medo de altura, ainda mais coisas assim abertas. Num piscar de olhos Bruno já tinha conversado algo com o cara e nós dois já estávamos dentro das malditas gaiolas brancas.



- Eu morro de medo de altura! - Falei fechando os olhos fortemente e senti seu corpo encostar no meu.

- Não precisa ter medo, é seguro e eu tô aqui! - Disse me abraçando e eu o abracei com mais força, ai que vergonha.

- Mas se esse troço cair não adianta você estar...

  Fui cortada com um beijo, sua língua ágil me invadia tentando passar segurança, conseguia porém a tensão de estar num lugar alto e aberto era maior a ponto deu não conseguir me entregar ao seu beijo por completo. Minhas nãos gelaram num estante, tanto pela brisa fria do tempo ruim quanto pelo maldito medo de altura.

- Desculpa... - Falei ainda abraçada a ele.

- Quer descer? - Pergunta e eu nego o fazendo rir. - Boba! - Beijou minha cabeça.

  Conforme o tempo foi passando e eu acostumando a tensão baixou e fiquei mais tranquila, podendo assim apreciar toda essa beleza de um sol escondido se pondo em meio as nuvens cinzas davam que diversas formas abstratas ao céu, um mesclado de cinza e alaranjado... Nem é tão ruim!

- Gostou? - Bruno pergunta quando descemos.

- Amei, obrigada! - Respondi e ele sorri.

  Demos uma volta pela praça enquanto nos distraíamos com aleatórias conversas e brincadeiras. Comigo e o Bruno a conversa sempre fluiu muito bem e foram poucas as vezes que ficamos em meio aquele silêncio estranho e constrangedor.

- Fala cara! - Bruno diz com o telefone na orelha, nem reparei que ele havia tocado.

- (...)

- Não sei. - Ele fala torcendo os lábios de uma forma binitinha, acabei rindo.

- (...)

- Quando eu voltar para o Hotel, vejo isso! - Responde e finaliza a ligação. - Porque tá rindo? - Pergunta em seguida.

- Você torcendo os lábios! - Ri mais.

- Como você é besta! - Torceu de novo.

  Seguimos ao ponto de táxi do lado contrário de onde estávamos e voltamos para o Hotel. Bruno disse que iria conversar com os meninos e logo subiria para descansar um pouco, fui para o quarto, retirei o casaco e os sapatos e já guardei na mala para não fazer muita bagunça no quarto que não é meu. Deitei-me, liguei a tv e fiquei pulando os canais até achar algo interessante.

- Só na folga, hein! - Bruno entrou no quarto e começou a tirar o casaco e sapatos.

- Que susto! - Pus a mão no peito de brincadeira.

- Desculpa, não quis te assustar! - Disse rindo e deitou-se ao meu lado. - Então... O que acha de festa mais tarde? - Colocou os braços atrás da cabeça e eu o olhei.

- Depois eu que estou na folga né! - Sorriu ele. - Legal, as meninas irão? - Perguntei.

- Acho que sim, a Tiara não é de recusar festas e se você for a Jaime irá para te fazer companhia. - Diz ele.

- Suas irmãos são uns amores! - Lembrei-me das palhaçadas delas.

- Igual ao irmão, né! - Beijou seus ombros e eu ri.

- Para de se achar! - Belisquei a barria dele fazendo o rir.

  Acabamos dormindo em maio as brincadeiras e risadas que fazíamos um com o outro. Acordei sozinha na cama, mas Bruno estava aqui, dava para ouvir ele cantarolando do banheiro. Olhei pela janela e já havia anoitecido, estou atrasada! Levantei num pulo da cama e fui atrás do meu celular, quase nove horas da noite! Separei a roupa correndo e bati na porta do banheiro para apreçar o Bruno, funcionou.

- Pensei que fosse emendar até amanhã! - Disse debochadamente.

- Poderia ter me acordado. Da licença Bruno! - Empurrei-o para fora do banheiro.

  Tomai o banho mais the flash de toda a minha vida e me vesti em seguida, era um vestido branco redando que ia até o meio das minhas coxas, uma jaqueta de couro marrom e nos pés uma sandália aberta da mesma cor da jaqueta. Peguei a chapinha do Hotel e fiz pequenas ondas nas pontas do cabelo e saí do banheiro.

- Que linda! Acho que terei problemas hoje! - Ele disse quando me viu e eu não entendi.

- Obrigado você também está... Problemas? Porque? - Perguntei com a sobrancelha erguida.

- Homens tarados de plantão! - Disse no meu ouvido.

- Ah, não se preocupe não dou papo a esse tipo de homem! - Falei da mesma forma e vi ele se arrepiar. Peguei minhas maquiagens e voltei ao banheiro.

- Não me provoque! - Senti duas mãos em minha sinura e seu hálito quente perto do meu pescoço.

- Bruno, sai! - Disse ele riu.

  Após expulsá-lo conseguir terminar minha maquiagem, era simples um esfumaçado marrom e muito rímel.

[...]

  Bruno POV'S

- Preciso de álcool! - Comentei com o Phil que me acompanhou até o bar, pedi duas doses de Whisky.

- Vai com calma Bruno! - Phil fala depois deu ter bebido um copo todo de uma vez.

- Fica na boa Phil! - Respondi e o deixei sozinho.

  Alguns dos meninos já estavam dançando rodeados por garotas lindas, me juntei a eles e uma morena de vestido vermelho se aproximou de mim, ela tentava passar suas mãos em minha barriga, mas a distância em que estávamos não ajudava. Eu tinha convidado a Lívia para dançar e ela preferiu ficar conversando com as meninas e meu pai só que eu não vou dançar sozinho! Fui me soltando cada vez mais enquanto o álcool fazia efeito no meu sangue.  Me entreguei e moça de vestido vermelho, deixei ela me tocar e dançar quase agarrada a mim...

- Cara, presta atenção no que faz! - Kam falou no meu ouvido refente a morena do meu lado.

  Ignorei os dois e fui para o bar de novo, pela o que? Sétima vez? Nem eu lembro mais! Pedi outro Whisky e fiquei olhando as pessoas dançando animadamente até Lívia aparecer na minha frente.

- Resolveu dançar comigo? - Perguntei.

- Se você parar de beber, sim! - Tirou o copo da minha mão!

- Ah qual é, todo mundo me cuidando hoje, credo! - Levantei rapidamente e a deixei sozinha, voltei a dançar com os meninos.

  Na verdade cuidei a Lívia pelo canto dos olhos, ela ficou no bar por um tempo, um cara foi falar com ela e ela saiu de perto e se juntou com as meninas de novo e agora vem na minha direção.

- Às pessoas se preocupam porque gostam de você, deveria ficar feliz. - Falou no meu ouvido e foi saindo, mas a segurei.

- Dança comigo? - Perguntei e ela riu ironicamente e sem falar nada voltou a sentar-se com minhas irmãs.

  Às horas iam passando as meninas e meu pai já tinham ido embora, só resta eu o Phil que está conversando com a Lívia, o Ryan que deve estar se agarrando com alguma garota por aí, Phred e Kam que estão dançando comigo.

- Oi. - Uma mulher disse enquanto dançava próximo a mim.

- Olá! - Respondi erguendo o copo.

- Me paga uma bebida? - Pediu.

- Não, ele não vai pagar! Vamos Bruno, chega por hoje! - Phil se meteu, merda!

  É, agora sim acho que bebi de mais, mas diferente das outras vezes eu não fiz nada de errado, ou fiz? Não me lembro e quer saber, que seja! Despedi-me da mulher com um sorriso torto e fomos para fora da boate, pegamos um táxi e voltamos para o Hotel.


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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Capítulo 31

- Desculpa, desculpa! – Ryan falou fechando a porta após no ver.

- Agora entra Ryan, já atrapalhou mesmo! – Bruno responde grosseiramente.

- Desculpa cara, mas estão todos indo. – Ryan se defende.

- Já vamos! – Bruno diz e ele sai.

  Tadinho do Ryan, ele não tem culpa e ele só fez o trabalho dele... Bruno havia ficado mesmo bravo e estava guardando, guardando não, jogando algumas coisas duma mochila.

- Ei, Bru! – Levantei e fiz ele olhar para mim. Segurei seu rosto com as duas mãos. – Ele não tem culpa, esse é o trabalho dele.

- O dever dele é me avisar não atrapalhar! – Respondeu grosseiramente. – Desculpa! – Desviou seus olhos para o chão.

- Desamarra essa cara e vamos! – Ri e lhe dei um selinho, ele pegou sua mochila e deu uma corridinha para me alcançar na porta.

  Decidimos comemorar o aniversário do Bruno no Hotel mesmo, só um jantar, estavam todos cansados. Durante os pedidos Jam e Phil quase enlouqueceram moça com tantas piadinhas, ninguém aguentava mais rir da cara deles e a jovem já estava cavando um buraco para se esconder. Depois de minutos de espera finalmente todos alimentados.
  
Bruno tinha seu braço transpassado em meu ombro e eu não me sentia constrangida ou um peixe fora d’água, apenas agi normalmente como todos. Conversa fluía entre eles e meus olhos já não conseguiam se manter abertos, me deixei levar e encostei a cabeça no Bruno, sentia seu peito subir e descer conforme sua respiração.

- Tá dormindo? – Ele disse baixinho e eu resmunguei que não fazendo o rir. – Vamos subir para você descansar. – Continuou e se mexeu de forma que eu me separasse dele. Ahh estava tão bom!

- O casal ternura já vai? – Tahiti percebe e fala, Bruno a oferece o dedo do meio carinhosamente.

- Algum problema irmãzinha? – Ele responde tempo depois e ela ri negando. – Boa noite.

  Todos desejaram o mesmo e nós seguimos ao elevador. Peguei meu pijama dentro da mala e fui para o banheiro, Bruno ficou sentado na cama me esperando, parecia tão cansado quanto eu. Finalizei meu banho, me sequei e vesti o pijama, escovei os dentes e voltei para o quarto. Bruno entrou no banho e eu acabei dormindo.

  Bruno POV’S
  
  Saí do banho e ela já estava dormindo serenamente. Dei uma secada nos cabelos com a toalha e me deitei ao seu lado, passei meu braço por sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim. Adormeci sentindo o cheiro do seu shampoo. Acordei com uma claridade cinzenta na janela, levantei e fechei a cortina, olhei no relógio que marcava vinte para às nove, na cama Lívia ainda dormia, me deitei de novo e fiquei a vendo dormir. Fiz um leve carinho em seu rosto e ela deu sinais preguiçosos de que estava acordando.

- Odeio quando ficam me vendo dormir! – Ela resmungou tapando o rosto com o edredom.

- É bonito, você é serena! – Falei puxando o edredom dela.

- Para Bruno! – Disse birrenta e eu me enfiei em baixo junto com ela.

- Você é boba!

- Você é um idiota! – Respondeu e se descobriu.

- Bom dia para você também Lívia! – Fingi birra e me tapei de novo enquanto ela seguia para o banheiro.

- Ai... Olha a birra senhor Peter! – Ela disse e se jogou na cama em cima de mim.

- Vai se matar sua louca! – Falei rindo, me destapei para olhá-la.

- Sorriso que eu gosto! – Passou sua mão próxima a minha boca.

- Gosto de você toda! – Respondi e ela me beliscou e depois riu.

- Levanta logo! – Saiu de cima de mim e foi ao banheiro.

  Levantei pela segunda vez, abri a janela e pude sentir a brisa gelada. Abri minha mala bagunça, peguei uma roupa e vesti em seguida. Lív saiu do banheiro e eu entrei, fiz minha higiene matinal, necessidades e saí. Ela já estava pronta. Descemos e fomos acordar o pessoal para o café.

- Bruno, para de tocar essa campainha! – Lívia me repreendeu enquanto eu afundava o botão da campainha do quarto das minhas irmãs, até alguém finalmente abrir.

- Bruno vai tomar no lugar que não pega sol sua praga! – Tahiti disse sem paciência enquanto eu ria de sua cara amassada.

- Espero vocês lá em baixo para o café! – Falei e levei uma portada na cara, continuei rindo e segui para os meninos.

- Você não presta! – Lív disse rindo enquanto eu já apertava a campainha do quarto do Phil.

- Isso só pode ser coisa do Bruno! – Alguém resmungou abrindo a porta. – Eu não disse! O que você quer? – Phil fala.

- Chamar para o café! – Disse com cara de criança travessa.

- Se eu tivesse mais acordado do que agora eu dava na sua cara! – Ele responde e bate a porta, gargalhei mais ainda.

- Faltam dois quartos! – Fiz meu trabalho até o Ryan abrir a porta.

- Bruno, eu te mato! – Ele saiu do quarto só de calção e eu saí correndo para o elevador. – Vai se vestir cara, eu não quero ver paisagem nenhuma! – Gargalhei.  

- Puta merda Bruno! – Voltou ao quarto. – Desculpa Lívia! – Disse e bateu a porta.

  Segui ao do Phred e o resto dos meninos, estava quase afundado o dedo na campainha quando ele abriu.

- Vamos tomar café? – Eu perguntei rindo.

- Eu acho bom você correr! – Ele disse com uma garrafa de água na mão, ferrou. Phred já estava acordado e vestido, desci as escadas correndo dele enquanto ouvia as gargalhadas da Lívia.

- Tá fugindo por que Bruno? – Phred pergunta correndo atrás de mim.

- Você é mais alto e forte do que eu. – Desci as escadas e senti água sendo jogada sobre mim. Parei e fiquei encarando Phred que ria da minha cara.

- Você não sabe brincar! Eu nem te acordei e estou todo molhado! – Resmunguei.

- Seja inteligente cara! – Ele disse e subiu de novo, tínhamos descido dois lances de escada.

  Eu só estava querendo brincar! Voltei ao quarto e troquei de casaco porque tinha ensopado, não foi uma garrafinha foi uma de dois litros, Phred de merda!

- Vamos tomar café? – Lívia pergunta rindo.

- Vamos! – Resmunguei e descemos de novo.

  Tomamos café sozinhos, já que ninguém se animou a levantar e o Phred não desceu. Resolvemos dar uma volta, mas a minha ideia era ir ao Canal Sant-Matin, chamei o Dre para que nos levasse. Andamos numa embarcação por mais de meia hora, é um lugar bonito e romântico, cheio de árvores e flores, alguns patinhos na beirada, casais passeando com os filhos ou pessoas fazendo piquenique.

- Obrigada por me trazer aqui. – Lívia disse quando saímos da embarcação.

- Obrigado por ter vindo comemorar meu aniversário comigo! – Dei um beijo em sua bochecha e ela sorriu.

  Demos algumas voltas e nos acomodamos para comer pipoca. Pedi uma de queijo e ela de chocolate. Já imaginei essa sena para minha velhice, eu com a minha mulher sentado no parque comendo pipoca e jogando para os passarinhos, cena de filme.

- Olá, com licença! Bruno poderia tirar uma foto com você? – Uma gatona de aparentemente uns onze anos pediu.

- É claro. – Aceitei, abracei-a e ela pediu para Liv tirar, prontamente se levantou e clic.

- Obrigada Bruno e...? – Perguntou a Lívia.

- Lívia! – Sorriu.

- Lívia! Lindo nome igual a você! – A garota pegou o celular e saiu sorridente.

- Essa garota sabe o que diz! – Eu falei e a Lív me deu um tapa, mas é a pura verdade.

  Encontramos com o Dre e voltamos para o Hotel, já era quase hora do almoço e provavelmente já estavam todos acordados e com um mal humor por causa da minha brincadeira. Passamos pela portaria e era possível ouvir as risadas e barulheiras deles na área perto das piscinas. Seguimos até lá.

- Eu deveria te atirar na piscina! – Ryan falou assim que me viu e todos concordaram.

- Mas não vai! Tenho a Lívia e o Dre! – Disse.

- Ah, tira o meu da reta Bruno! Ninguém manda acordar os outros! – Lívia falou sentando-se ao lado da Presley.

- Eu que deveria é te jogar na piscina! – Falei e me sentei próximo ao pai.
  Ficamos conversando por algum tempo e finalmente fomos almoçar...


  [...] 

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Capítulo 30


  Dia 8 de Outubro.

- Pai, tem certeza? Ainda tem meia hora para mudar de ideia! – Falei conferindo no relógio.

- Tenho minha filha! Aproveita por mim e parabeniza o Bruno! – Disse ele me ajudando com a pequena mala.

- Bom, então vou indo! A irmã dele disse que está indo para o aeroporto! – Segui até a porta com sua ajuda.

- Bom passeio filha! – Nos abraçamos, dei um beijo forte em sua bochecha e saí.

  Vou com o meu carro mesmo e o deixarei no aeroporto. Hoje é domingo, estou indo me encontrar com a Jaime e por sequência o resto de suas irmãs e pai que veem do Havaí, iremos todos para Paris fazer uma pequena surpresa para o Bruno! Para conseguir minha folga de segunda, terça e quarta tive que trabalhar das sete as sete e na volta trabalharei mais três dias assim, para compensar, já a Tory não conseguiu, pesaria de mais para o Scott trabalhar todos esses dias sozinho. Ou seja, viajo hoje, chego lá no final da tarde e na quarta saio cedo e chego aqui também no final da tarde, para trabalhar na quinta!

  O combinado da surpresa é nós invadirmos o show do Bruno hoje, até encomendei um bolo numa confeitaria de lá, é infantil, mas como é para sacaneá-lo acharam ele ideal, pois é, todos sabem, menos ele! Espero que ele goste, só isso!

- Bom dia! – Jaime veio ao meu encontro assim que me viu adentrar ao aeroporto.

- Oi, bom dia! – Respondi retribuindo o abraço.

- Vamos despachar a bagagem logo e ir para a sala de embarque, talvez conseguiremos ver as meninas antes de entrarmos no avião! – Sorriu e seguimos até os guichês de check-in.

- Ótimo, se abraçar num avião é meio apertado! – Disse e ela riu.

- Por falar nelas, não conhece meu pai, não é? – Perguntou entregando nossas malas a uma moça e logo despachando.

- Não! – Senti meu corpo estremecer só de imaginar que irei conhecê-lo.

- Fica tranquila, ele é igual ao Bruno! – Tranquilizou-me. Pegou os adesivos da mala me entregou o meu e seguimos para a sala de embarque.

  Acomodamo-nos nas cadeiras e ficamos jogando conversa fora até às meninas chegar, que são igual aos meninos da banda, já chegam fazendo barulho, é impossível não perceber elas, principalmente a Tahiti e a Tiara.

- Prazer, Pete! Você é muito bonita, exatamente como elas falaram! – Elogiou-me após um abraço.

- Obrigada! – Fiquei um tanto quanto vermelha.

- Pai, não elogia de mais, ela é envergonhada! – Disse Tahiti tirando risos das ouras meninas, isso aí, todo mundo rindo da minha cara.

- O Jaime! O Bruno quase descobriu tudo! – Presley anuncia.

- Se vocês estragaram a surpresa eu juro que....

- Não! Eu menti, porque nem para isso a Tahiti presta! – Pres corta a fala da Jeime.

- Ah, qual é, a Tiara que quase estraga tudo e eu que não presto?! – Tahiti diz debochadamente.

- Tá, tá, chega! O que importa é que ele não descobriu, agora vamos logo! – Pete cortou a discussão delas, acabei rindo da Tahiti mostrando língua.

  Entramos no avião, na fileira da frente Jaime na janela, eu e Tahiti na ponta, na fileira de trás Pete na janela, Presley e Tiara na ponta. Aproveitei enquanto todos se ajeitavam para mandar uma mensagem ao Bruno.

  “Tentei procurar mensagens, frases, poemas e outras várias formas de lhe mandar algo especial, mas cheguei à conclusão não conseguiria encontrar algo que pudesse mostrar o quanto você é importante, sua sinceridade, seu carinho, palhaçadas, risadas, respeito, amizade, cumplicidade, coisas que não poderiam ser enumeradas em poemas ou mensagens prontas. O que me deu ideias a escrever foram os momentos dos quais passei com você, tudo que aprendi, a forma que você cativou a mim e outras pessoas que hoje estão a sua volta, sua beleza interior, a alegria que passa ao sorrir e as verdades que passa pelo seu olhar, sua própria essência. Você sabe que merece mais do que palavras, mas preciso fazer um final normal, desejando-te um feliz aniversário! <3 ”

  Terminei de digitar tudo e reli algumas vezes antes de mandar para ter certeza de tudo que disse. Enviei, esperei a confirmação e coloquei no modo avião e guardei-o. Já estávamos decolando, fiz como as meninas, me ajeitei melhor com o banco deitado e aproveitei para descansar, já que serão onze longas horas de voo.
  
  [...]
  
  Phil e Eric foram nos buscar no aeroporto, de acordo com eles já poderíamos ir ao Hotel que eles estavam hospedados porque o Bruno e o resto da banda já foram para o local do show.

- Vão indo, tenho que passar na confeitaria e pegar o bolo dele! – Falei depois de acomodar as malas no táxi.

- Vai saber chegar lá depois?! – Phil pergunta com cara de deboche.

- Não! – Eu disse e eles riram.

- Vamos lá loirinha! – Falou atacando outro táxi, o terceiro.

  Entramos e dei o nome da confeitaria, de acordo com o motorista não era muito longe, nossa sorte, porque já estávamos começando a ficar atrasados. Pedi que ficassem me esperando dentro do carro, peguei o bolo e voltei. Chegamos no Hotel e o Phil e Eric se despediram, avisaram que na hora certa o Ari, um rapaz que eu ainda não conhecia nos levaria ao local do show, agora era só se arrumar e ficar aguardando.

- Eu voto na Lív ficar no quarto do Bruno! – Tiara diz me fazendo corar.

- Ó, pega o cartão e se manda! – Disse Tahiti entregando minha mala e o cartão do quarto dele, na cobertura, acima de onde estávamos.

- Eu não po...

- Vai logo mulher! – Presley concorda e vai me empurrando do quarto.

    Beleza, estou sendo expulsa! Não queria invadir a privacidade dele assim, se ao menos ele estivesse aqui tudo bem, mas não! Subi um lance de escadas e passei o cartão para abrir a porta, e... WOW! Nunca estive numa cobertura antes, é como estar no topo do mundo. Larguei minha mala no canto da sala fui separar minha roupa para tomar banho, não vou ficar aqui sozinha, não mesmo!
  
  Entrei no banheiro e tinha o cheiro gostoso de seus produtos, tentei não pensar muito e sim tomar um banho rápido. Ainda enrolada na toalha peguei meu secador dentro da mala e sequei meus cabelos, os deixado escorridos, passei o spray e ondulei as pontas com achapinha. Voltei onde estava a mala e peguei a roupa que havia separado, uma calça jeans preta, blusa branca e casaco de couro vermelho, vesti e por último calcei os sapatos. Fiz a maquiagem simples com delineador e rímel, passei perfume e já estava pronta.

 [...]

- Posicionem se gente! – Ryan ordena. – Quando acabar When I Was Your Man vocês entram, deixem a Lívia para trás com o bolo.

 Formaram-se duas filas e eu bem atrás. Assim que John finalizou o último acorde no piano as luzes do palco se acenderam e todos nós entramos, os meninos de um lado e a gente do outro. Bruno se assustou e começou a rir, tinha um brilho do qual vi poucas vezes, mistura dos sentimentos dele quando está no palco e quando está entre família e amigos. Phil com sua voz grossa começou a cantar e toda plateia ajudou. Posicionei do seu lado.

- Não acredito que você tá aqui! – Ele disse baixinho olhando para frente.

- Surpresa!! – Sorri.

- Juro que pensei que dessa vez passaria despercebido, mas é impossível essas pessoas não aprontarem comigo! Agora, você! – Apontou para mim. – Eu realmente não esperava! – Falou impressionado.

- As melhores ideias vieram dela! – Phil diz.


- Eu não sei o que dizer! – Bruno riu. – E esse bolo?! – Disse retirando a língua do macaco e comendo. – Hoje eu acordei com esses meninos fazendo uma tremenda algazarra no meu quarto, depois recebi milhares de vídeos de parabéns, mais tarde essas pestes aqui me ligaram só para me chamar de velho, daí teve ela que me mandou uma mensagem linda, fora todos os recados que recebi enquanto passeamos durante a tarde, e agora isso! Eu não tenho palavras para agradecer a todos por tudo, a força, apoio, carinho, admiração... Eu amo todos vocês! 

  Todos se juntaram a um abraço coletivo no Bruno, estiquei um pouco a cabeça e dei um beijo em sua bochecha já que não poderia retribuir o abraço por causa do bolo. Ah é, um bolo de macaco!

- Filho! – Pete pegou um microfone e o Bruno se aproximou a ele dando-lhe um abraço de lado. – Lembro-me de quando você deixou nossa cara para ir atrás dos seus sonhos, todas as vezes que você nos ligava para dizer que não tinha conseguido mostrar sua demo, todas as vezes que dizia que queria largar tudo e voltar para casa porque nunca iria conseguir, você se lembra do que eu disse? – Pete pergunta e os olhos do Bruno estavam visivelmente lacrimejados.

- É caro que lembro! Se não fosse todas essas vezes que você chamou minha atenção eu nunca estaria aqui! – Bruno respondeu.

- É... Depois de várias conversas eu recebi um presente, era um cd numa caixinha preta que dizia: “Você nunca desistiu de mim, mesmo quando eu mesmo já tinha desistido você me fez tentar e tentar de novo. Finalmente consegui mostrar minha demo, ela não foi aceita, mas graças a um amigo gravei e quero que guarde, e sempre que eu estiver longe lembre-se que faço isso por vocês!”. Coloquei o cd para tocar e vi que cada esforço que fizemos lá no início valeu apena, desde uma ajuda para levantar a puxões de orelha, em troca do trabalho recebi a música Never Say U Can’t... Não só o Bruno, mas todos os meus filhos me enchem de orgulho e... – Suspirou. – Eu não tenho como descrever o quanto os amo! – Finalizou e se abraçaram, às meninas e o Eric se juntaram aos dois.

  Era um momento tão família que nem parecia que estavam frente a uma plateia emocionada, Pete conseguiu acertar em cheio o emocional de todos, principalmente do Bruno que ainda tem um show para continuar. O Phil deu algumas palavras sobre o amigo e nós saímos do palco.

- Eles tentaram acabar com o meu emocional e eu ainda tenho que terminar um show! – Bruno disse e todos riram tanto nós já nos corredores quando a plateia.

  Tiara, Tahiti e Pete desceram e foram assistir o show, eu Presley e a Jaime ficamos numa sala reservada até que o show acabasse. Eu quero ver um show dele, mas desde o começo não só com as três últimas músicas que de acordo com fontes são as mais esperadas.

- Acho que ele gostou da surpresa! – Pres puxa assunto.

-Tenho certeza! Lív, você já pode organizar as próximas, hein! – Jaime concorda e eu rio.

  Não é que eu tenha organizado, eu só consegui o número do Phil por meio do Ryan e fui conversando com ele para saber o que poríamos fazer, algo justo já que ele preparou o meu com a ajuda da Tory.

- Meninas, vamos para outra sala? – Ryan aparece.

- Vamos encontrar o pai, né Jaime? – Pres discorda.

  Não intendi muito bem, mas que tinha alguma coisa tinha, elas só poriam estar de complô para cima de mim. Segui o Ryan até onde parecia ser o camarim do Bruno, ele disse para ficar a vontade que já já ele chegaria.

- Bruno, eu... Desculpa, o... – Gaguejei quando ele entrou na sala, wtf?!

- Eu sei, eu pedi! Espera aí! – Ele respondeu e entrou porta que parecia ser um banheiro improvisado.

  Sentei-me de novo e fiquei o esperando! Nunca fui de gaguejar, nem em época de escola quando por algum motivo as coisas ficavam pretas para o meu lado, sempre fui firme em tudo que disse, mas agora... Eu não sei por que diabo gaguejei na frente dele, isso realmente não faz parte do meu perfil!

- Pronto! Agora estou apresentável! – Sorriu mostrando as covinhas.

- Gostou da surpresa? – Perguntei enquanto via ele se aproximar.

- Eu amei, nunca passou pela minha cabeça! – Falou e sentou-se em meu colo virado para mim, era possível sentir sua respiração em meu rosto.

- Que bom... Ér... Vamos encontrar o pessoal? – Tentei mudar de assunto.

- Não! Nem te agradeci ainda! – Disse segurando meu rosto com as duas mãos partindo para um beijo.

  Eita que forma boa de agradecer pelas coisas. Minhas mãos pararam em seus cachinhos bagunçados e as dele passavam da minha nuca a cintura e vice-versa, fazendo-me um carinho gostoso! Já estava sem ar quando alguém abriu a porta nos assustando...


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domingo, 1 de dezembro de 2013

Capítulo 29


Lívia POV’S

  Bruno acabou indo embora em seguida e eu fiquei arrumando a cozinha e pensando! Vou retirar às dúvidas, eu tive dois namorados até hoje, ambos durou dois anos ou pouco mais. O primeiro foi no final da minha adolescência, não tínhamos muito tempo para convivência de casal, nossas propriedades eram finalizar o ensino médio e fazer a faculdade, sabe, tocar a vida, arrumar um bom emprego e ser alguém, isso acabou esfriando nosso relacionamento. Meu segundo namorado foi depois de estar formada e empregada, vivíamos mesmo como um casal, porém nossa relação sexual era estranha, ele tinha sérios problemas e gostos nojentos, digamos que ele brincasse com a minha boca e eu aceitava coisa de uma mulher muito ingênua, mas não durou mais muito mais de dois anos. Por isso eu tenho o pé atrás, eu desacreditei em certas coisas pensando que todos os homens fossem iguais, deixei de curtir a vida como deveria, minhas propriedades começaram a ser as mesmas do meu pai, mas é claro, nunca deixei me afundar como ele.

  E sim, eu era virgem! Não acho que seja vergonhoso uma mulher de vinte e sete anos ser virgem, acredito que tudo acontece em seu tempo da forma que tem que ser, ou seja, mesmo com toda a minha vergonha, medo, desconfiança eu não me arrependo do que fizemos hoje, eu apenas não sei como agir em relação a nossa amizade estranha em que as pessoas transam, mas ah, eu ficar pensando, mirabolando mil coisas para saber como agir na frente do Bruno não vai ajudar, eu sei, tenho apenas que ser eu mesma, o que realmente importa é que ele fez do meu “trauma” uma coisa especial!

  [...]

- E aí, pai. Ficou bom? – Perguntei enquanto recolhia os pratos!

- Não venha enganar um velho de cinquenta anos! Eu vi as notinhas fiscais no lixo! – Ele disse seriamente e eu gargalhei.

- Poxa! Você acabou com qualquer sonho meu de ser cozinheira! – Brinquei e ele riu, afinal combinamos ontem, eu compraria o jantar.

  Organizei as coisas na pia e fui para sala se juntar a ele.

- Seus olhos estão brilhantes! O que aconteceu? – Ele pergunta do nada.

- Nossa! Nada de mais, só almocei com o Bruno! – Sorri e ele largou uma risadinha.

- Eu conheço esses olhos aí melhor do que ninguém! Você não me engana Lívia Kendrick! – Ele disse levantando-se do sofá

- Ah é! Pai, não viaja! – Não vejo porque contar esse tipo de coisa.

- Essas gírias! Mano, vou dormir! – Ele disse sério e eu gargalhei.

- Falou cara! – Rimos juntos. – Boa noite pai! – Nos despedimos e ele subiu, não demorei muito e fiz o mesmo.

    Fui para o meu quarto, tomei um banho rápido e deitei, mas como ainda é cedo aproveitei para ler o livro que eu tinha iniciado a mais de seis meses atrás, eu preciso devolvê-lo para a Tory, já passou da hora. Me afundei na leitura de tal forma que não vi essas duas horas passar, mas graças ao meu celular tocando pude ver o quanto já estava tarde.

- Alô? – Atendi sem olhar quem era.

- Não leu quem era, tenho certeza! – Bruno falou rindo.

- Ah, Bruno! Desculpa, não vi mesmo!

- Atrapalho? – Ele disse e eu pude imaginar seu olhar com sobrancelha erguida.

- Não! Aconteceu alguma coisa?

- É.. Sim! Você tem cinco minutos para se arrumar, já estou chegando! Aprece-se! – Ele falou, mas não com ar de preocupação e sim travessura.

- Não, eu tenho que... – “Tu, tu, tu...”.

- Merda! – Falei comigo mesma.

  Joguei o celular na cama e fui me vestir. Coloquei uma calça jeans preta, uma regata branca e por último uma camisa jeans como casaco. Pus minha sapatilha preta e nos cabelos apenas uma touca também preta, nada de maquiagem, ou acessórios a não ser a corrente que ganhei do Bruno que nunca mais tirei.

  Coloquei o celular no bolso e fui no quarto do pai, ele estava deitado vendo tv, assim que eu abri a porta ele me olhou arrumada e deu uma risadinha.

- Vou sair! – Falei.

- Bruno? – Perguntou com um sorriso torto.


- Sim! – Respondi. 

- Vocês dois, hein! Se cuidem! – Ele disse e atirou um beijo no ar, fiz o mesmo e fechei a porta dele.

  Desci e fui direto para frente da casa e lá estava ele, mais do que pontual.

- Oi. – Ele disse sorrindo quando entrei no carro.

- Oi. Sentiu minha falta?! – Perguntei ironicamente porque nos vimos no almoço.

- É claro, carência é meu sobrenome do meio. – Ergueu a sobrancelha debochadamente e depois riu. – Desculpa se te atrapalhei, mas está uma noite linda para o que iremos ver! – Trocou olhares entre eu e o trânsito.

- Tudo bem! – Sorri.

  Encostei minha cabeça no banco do carro e fiquei analisando a noite que como ele disse está linda. Olhando as coisas passar rapidamente por nós notei que estávamos cada vez mais afastados do centro movimentado e barulhento de Los Angeles, encontrava-se apenas uma casinha, um grande campo e mais adiante outra casa, cada vez uma mais longe da outra, lugar que a cada segundo ficava menos iluminado...

- Bruno, onde estamos indo?! – Perguntei e ele fez sinal de silêncio.

  Fiquei na minha e voltei a observar a rua sem qualquer movimentação, tudo tão mais tranquilo do que eu estou habituada a ver, chega a ser estranho. Bruno estacionou o carro no acostamento da rua e desceu, fiz o mesmo. Ele pegou um pano no banco de trás e escancarou todas as quatro portas, fiquei parada tentando entende-lo, via ele se movimentar rapidamente ligando a rádio e subindo no capo do carro...?! Mas o que?

- Pronto! – Disse de pé sobre o capo me estendendo a mão para subir, assim fiz. – Não pisa no vidro, é perigoso. – Avisou-me.

  Com um pouco de dificuldade consegui subir, ele se deitou e me chamou para fazer o mesmo, agora sim entendo. Às luzes de Los Angeles tapam todo o brilho de um céu estrelado como hoje, nunca vi o vi da forma que vejo agora, tão limpo e ironicamente cheio de luz!

- O que achou? – Bruno pergunta ao mesmo tempo em que faz eu deitar sobre seu peito.

- Lindo! – Sorri e senti seu toque por toda extensão de meu braço.

- Eu estava pensando... Sabe que dia é hoje? – Ele perguntou.

- Dia dois de Outubro... Nossa! Como tem passado rápido esse ano! – Eu disse.

- Muito! Eu lembro quando você chegou lá em casa a primeira vez, toda tímida e sem saber onde enfiar a cara! – Riu.

- Não tem graça tá legal?! Era minha primeira entrevista importante com uma pessoa conhecida mundialmente! – Ergui a cabeça para olhá-lo.

- Eu sei! – Riu de novo. – Mas foi engraçado e sinceramente parece que nos conhecemos a mais de sete meses!

  Parei para pensar no que ele acabará de dizer, realmente parece que somos amigos há anos, eu confio nele tanto quando confio na Tory e eu a conheço a mais de cinco anos, é estranho.

- Hey, seu aniversário. Já sabe o que vai fazer? – Perguntei, só agora lembrei, faltam seis dias.

- Não, estaremos fazendo shows em Paris... – Pareceu triste.

- E isso não é bom?

- É, mas estarei longe, sabe... Minhas irmãs, meu pai, meus tios, você! Não sei se conseguirei passar a data ao lado de todos. – Seu semblante mudou rapidamente, eu entendo seu primeiro aniversário sem a mãe.

- Em compensação estará com os meninos da banda e milhares de fãs enlouquecidas que te amam! – Disse e ele riu.

  Ficamos conversando por um longo tempo, ouvimos músicas e analisamos todas as estrelas do céu, desde as menores as maiores com mais brilho. Lembrei-me da fábula das estrelas que meu pai me contava quando era criança, basicamente assim: às estrelas pediram a Deus para vir a Terra e naquela noite teve uma chuva linda, elas se impregnaram em casas, carros, campos, tendo assim tudo um brilho especial. O tempo passou e todas voltaram ao céu porque a Terra era um lugar com violência, miséria, maldade e injustiça, um lugar imperfeito. Deus concordou dizendo que o céu era um lugar perfeito para elas, mas durante a contagem deram falta de uma, a estrela chamada esperança, ela ficou aqui no coração de cada uma das pessoas. Moral da história, todos nascem com esperança e não se pode deixa-la perder o brilho, caso contrário o mundo tudo que há de ruim tomara os sentimentos bons das pessoas boas. Faz sentido, não?!
  
Descemos do carro, ajudei o Bruno a fechar as portas e fizemos o trajeto de volta. Já estava sentindo meus olhos pesarem...

- Liv, deita o banco do carro e vai descansando. – Bruno falou passando a mão em minha perna, feito isso não demorei a pegar no sono.

[...] 

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