segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Capítulo 64

  Acordei antes da Lívia e fiquei a olhando dormir, se existe coisa que eu mais gosto de fazer além de comer e dormir, é acordar antes dela e ficar a olhando. Aos poucos ela foi dando sinal de iria acordar.

-Bom dia! – Sua voz sai rouca.

- Bom dia! – Lhe dou um selinho e levanto para ir ao banheiro.  – Fiquei deitada aí, senhorita! Eu já volto! – Faço uns pacinhos engraçados e saio de ser quarto.

  Assim que paço ao lado da porta da Mel, vejo tudo arrumado e então escuto barulhos na cozinha.

- Bom dia! – apareço atrás dela.

- Meu coração Bruno! Não faça mais isso, não sou habituada a ver meu ídolo andando pela casa da minha prima! – Ela fala com as mãos no peito e eu começo a rir.

- Se acostume. – Beijo sua testa e reparo no que ela tá fazendo.

- Ei, some daqui, volta para o quarto, estou preparando o café de vocês e quanto estiver pronto levo lá, então não fiquem nus! – Ela fala enquanto me empurra para fora e eu gargalho de novo. Essa menina é uma figura.

Passo no banheiro faço minhas necessidades e volto para o quarto.

- Do que você estava rindo? – Lívia estava a mesma posição.

- Da sua prima! – Beijo seus lábios e me deito ao seu lado. – Ela tá preparado nosso café e disse para não ficarmos nus! – Explico e ela ri.

  Ficamos conversando e combinando aonde iríamos durante o final de semana, já que segunda ela trabalha e eu volto para Los Angeles.

- CASAL MAIS LINDO DO MUNDO! – Melody grita da porta e vem correndo e se atira na cama, bem ao nosso meio.

- Se você quebrar minha cama eu vou pegar a sua! – Lívia fala e ela ri.

- Não seja ranzinza Lívia! – Ela joga os braços no pescoço da prima mesmo deitada. – É seu aniversário, você está com o meu ídolo lindo e gostoso bem aqui, tem eu e um café maravilhoso que eu mesma fiz só por causa do seu aniversário! 

- Você é melhor que isso Melody. - Lívia brinca com ela.

 - É, eu sei, só não quero ser clichê com você quando o meu ídolo está do meu lado, sabe, soa estranho! 

- Eu mereço mesmo né garota, nem no dia do meu aniversário você dá uma folga para os meus ouvidos sobre esse cara! - Lívia ri logo em seguida. 

- Se você chamar ele de chato, acredite, irei roubá-lo para mim! - A Mel cruza os braços. 

- Ei, ei, ei, não briguem, tem Bruno Gostoso Mars para todas! - Eu abro os braços e levo um tapa e um beliscão, um de cada uma. 

- Calado! - Ambas falam e eu solto uma gargalhada.

[...]

  Lívia POV’S

  Já era quase final da tarde e estávamos curtindo a paisagem da praça enquanto comíamos pipocas quando sentimos alguns flashs seguidos em nossa direção, olhamos em volta e na calçada havia um homem sorrindo com uma máquina profissional a postos. Isso nos renderia problemas, eu pensei.

- Vou ali pedir para ele parar. – Bruno se levantou rapidamente.

- Calma Bru! – Segurei sua mão antes dele sorrir e puxá-la.

  Via os dois em certa distância, Bruno estava de costas para mim e parecia bem amistoso, já o cara ria ironicamente e olhava para a câmera em suas mãos. Foi um ato bem rápido, o homem fechou a mão e acerou um soco no rosto de Bruno, sem motivo algum. Levantei rapidamente e segui na direção deles.

- PAREM! Por favor! – Eu pedi nervosa.

- Fique longe, Lívia! – Bruno respondeu sem se virar, mas agora ele estava bem irritado. Seu punho estava fechado e pronto para retrucar o soco quando o cara lhe acertou de novo e ele cambaleou para trás.

- Mars, volte para onde estava e me deixe fazer o meu trabalho em paz! – O homem gritou e depois trincou os dentes.

- Só depois que parar de... – Bru ia retrucar, mas eu agarrei seu braço.

- Esquece isso, vamos embora! – Digo apressada.

  Olhei para o cara com o sorriso irônico nos lábios e puxei o Bruno o sentido contrário do homem. Eu sei que no fundo eles continuariam ali até um parar dentro de uma ambulância e depois ambos iriam para a delegacia, mas eu nunca deixaria isso acontecer, principalmente se essa pessoa fosse o Bruno!

  Logo entramos em casa, foi questão de cinco minutos. Larguei as chaves na mesa e ele sentou-se no sofá. Olhei-o seriamente, os socos foram certeiros e lhe renderam dois cortes, um no canto da boca e outro abaixo da sobrancelha, eram pequenos, mas ainda assim, cortes.

- Você não deveria ter ido lá! Olha só como está agora! – Digo enquanto contorno seu rosto com as mãos.

- Aquele idiota estava tirando fotos nossas. – Bruno ainda estava nervoso e seus punhos mantinham-se fechado.

- E você sabe que não poderia ir tirar satisfações de paparazzi que você não conhece, é perigoso! – Falei alto indo até o quarto para pegar as coisas e fazer um curativo nele.

- Eu não estava tirando satisfações caralho, só pedi para que parasse e ele simplesmente riu e me acertou um soco no meio da cara! – Soltei um risinho, Bruno estava com o ego ferido. Larguei as coisas para fazer o curativo ao seu lado e segurei suas mãos, o fazendo parar de apertar os punhos e se acalmar um pouco.

- Tudo bem, me deixe cuidar disso agora e se acalme! – Falo. Pego o remédio e aplico em um algodão e levo-o em direção a sua boca, ele faz careta. – Vai arder! – Aviso e aplico o produto.

- Porra, isso arde muito Lívia, para! – Ele segura meu pulso firmemente e afasta.

- Quem mandou você atrapalhar o trabalho do fotógrafo? Seja um homem e aguente! – Solto meu pulso e passo o algodão novamente no canto de sua boca.

- Aaaah! Hmmm! – Ele gemia e eu tentava ser rápida.

- Que fiasco Bruno! – Largo as coisas.

- Eu deveria denunciar aquele filho da puta, amanhã ele vai vender nossas fotos para uma revista e ganhará us bons dólares.

- Caramba Bruno! Chega! – Eu estava ficando nervosa. – Vou fazer o jantar.

  Viro as costas e o deixo sozinho.  Eu entendo o quão chato é ter a intimidade fotografada assim, mas também não é para tanto, são fotos que podem ser desmentidas amanhã ao invés de partir para delegacia e tornar o caso muito maior e talvez sofrer ouros danos.

  Termino de cozinhar o molho e salsicha e ponho tudo na bancada, junto com os pães e todo o resto que compõe o cachorro quente.

- Tá pronto! – Falo mais alto e Bruno logo aparece.

- Olha me desculpa, eu só não queria que nossas...

- Bruno, escuta: eu disse para você esquecer isso! – Respondo séria enquanto corto um pão para mim.

- Certo, vai desfazer essa cara de brava comio? – Ele pega as coisas da minha mão e larga na mesa, logo depois põe minhas mãos em seu pescoço.

- Você é tão chato, tão teimoso que às vezes tenho vontade de te enforcar, mas aí você vem e quebra minhas pernas com esse sorriso! – Contorno sua boca com os lábios e ele ri.


- Ao menos eu consigo contornar as situações sem ter meu pescoço arrancado! – Ele brinca e sela nossos lábios. 

Eu tinha essa parte do paparazzi escrita a um tempão, desde que o Fred morrerá, mas eu aprendi que mesmo que você não consiga encaixar agora, escreva e guarde, na hora certa você saberá que deve usar, então aí está! uahsuha, quando eu ia imaginar isso? A criatividade é algo que eu não tenho total controle.
Enfim, espero que gostem e principalmente que comentem! <3 Assim eu não demoro!

sábado, 20 de setembro de 2014

Capítulo 63

 O show havia começado quarenta minutos mais tarde do que o previsto por causa de um problema na instalação dos equipamentos do John, os teclados, parece algum fio havia umedecido e parara de funcionar. E isso quer dizer que: o show havia terminado mais tarde e consequentemente eu perdi o voo para a Carolina, que antes já era tarde, depois de perdido só piorou.

  Chegar ao aeroporto em plenas quatro horas da madrugada não era algo que estava nos planos, principalmente por causa da Melody, ela jovem de mais para ficar naquele saguão sozinha, mas naquele momento, realmente não existia nada que eu pudesse fazer.

- Meu amor, acorda! – Depois de pegar minha mala e ir até a área de desembarque do aeroporto e encontrar a Melody dormindo no banco, ri e chamei-a.

- Hm... Ahm... Por Deus! Bruno você demorou! – Ela disse abrindo os olhos e ficando de pé rapidamente.

- Me desculpa, eu tive uns problemas antes do show e aquilo me atrasou! Mas e então? Como vai? – 
Eu abraço-a depositando um beijo no alto da sua cabeça.

- O fato de eu estar com sono, frio e dor no corpo não muda a felicidade de você finalmente ter chego! – Ela sorri.

- Você é maravilhosa, menina! Então, vamos? Ainda pretendo comer em algum drive-thru. – Retiro meu casaco, que por sinal era novo, e coloco nas costas dela que agradece.

- Bruno, você definitivamente é um bolinha! – Ela ri da minha cara, eu não ligo, não a essa altura da madrugada.

  O motorista estava no estacionamento, ele buscou a Mel em casa antes de vir aqui e agora ficará comigo até eu ir embora, isto é, segunda-feira de noite. Passamos num McDonalds e eu pedi um duplo pampa com fritas, já ela optou por um mc wrap de franco.

- Você vai dormir ali na sua prima, ou prefere ir para casa? – Eu pergunto de boca cheia e ela ri.

- Se não se importar, vou dormir ali, minha mãe não ficará feliz por me ver chegar a essa hora em casa. – Ela faz uma careta.

  Terminamos de comer dentro do carro, já estacionado na frente do prédio. Deixei uma gorjeta ao motorista por causa do horário e disse que assim que precisasse eu ligava, então descemos e o porteiro nos parou.

- Tedd, tudo bem? Preciso entrar! – Mel fala com ele.

- Tudo, mas quem é o rapaz? – Ele pergunta de volta.

- Namorado da Lívia. Ele veio da Califórnia para fazer uma surpresa de aniversário para ela, amanhã. Desculpe pelo horário, mas ele é cantor e saiu tarde do show. – Mel gesticulava com as mãos enquanto falava com o homem.

- Certo, eu não deveria, mas confio em você senhorita. – Finaliza ele e finalmente podemos entrar.

- Desculpe por chegar a essa hora, era o único horário que eu consegui.  – Bruno se explica e estende a mão para cumprimentá-lo.

- Espero que eu não tenha problemas rapaz, a segurança aqui é complicada. – O senhor responde.

- Não terá, obrigada! – Diz Bruno e os dois vão de elevador até lá.

- Bruno, é o seguinte. O quarto dela é esse e o que eu estarei é ali, então fique a vontade. Se quiser tomar banho, ter um pequeno banheiro aqui, então você não fará barulho. E se quiser, pode deixar sua mala ali no quarto que eu vou dormir. Mas vou exigir uma camiseta sua para eu guardar, sabe, uma troca justa! – Ela diz baixo e seus olhos brilham.

- Você negocia bem, até! Vou colocar a mala ali mesmo! – Vamos até o quarto que ela dormirá. – E aqui está a minha camiseta, e cuide dela, é importante! – Lhe entrego uma xadrez.

- Ah, eu nem conheço essa blusa, a famosa flanela verde. – Ela ri e senta-se na cama.

- Vocês me zoam de mais, por Deus! – Eu rio baixinho. – Então, tá. Muito obrigada Mel, por tudo, prometo que faço o que você quiser segunda-feira! – Beijo sua bochecha e pego as coisas que eu preciso para usar no banheiro.

- Okay, irá conhecer meu santuário!

- Tenho até medo! Boa noite. – Saio do quarto e corro pro banho.

  Me apresso ali para finalmente poder vê-la. Deixo as minhas coisas espalhadas pelo banheiro e vou até o quarto que a Melody disse ser o dela, abro silenciosamente a porta e me deixo levar pela sensação de saudade.

  Lívia estava deitada de baixo de um edredom fofinho e rodeada por vários travesseiros, mas reparei mesmo foi no criado mudo, tinha uma foto nossa da Disney, a das velas no momento que nos beijamos. Sorri e me agachei perto dela.

- Senti tanto a sua falta meu amor! – Digo quase inaudível e destapo um pouco de seu braço, mostrando sua pele branquinha a qual eu distribuo beijos, não resisti.

- Hm... AAH! – Ela resmunga e grita, acordando com os olhos arregalados. – Você quase me matou seu bixa. Ai meu Deus Bruno! – Ela da por conta do que está acontecendo e pula da cama em meus braços.

- Desculpa pelo susto! – Beijo seu pescoço e aperto-a mais.

- Como você entrou? Quando você chegou?  O que faz aqui? – Ela nos separa.

- Muitas perguntas que não vem ao caso, apenas quis ser o primeiro a lhe dar o feliz aniversário! – Abro um sorriso grande.


- Aww, Bruno! Você veio, lembrou, meu Deus, você é incrível! – Ela sela nossos lábios de novo.

- Agradeça a Melody! – Falo mexendo em seus cabelos.

- Surpreendente. – Nos beijamos.

  Faço-a sentar-se na cama e vou até a sacola que eu havia separado, pego o embrulho e lhe entrego o presente. Eu não sei mais o que dar de presente a ela, então basta apenas forçar a memória nas coisas que ela gosta e unir com o agradável.

- Que cd é esse? – Pergunta ela.

- Só você o tem, nem no estúdio tem mais as gravações porque essa música não é minha, então eu meio que não posso regravá-la, mas eu fiz mesmo assim, porque eu lembro que era sua música favorita! – Digo e pego seu notebook na mesa e lhe entrego. – Eu realmente espero que você goste, eu e o Phil trabalhamos duro nisso!  

- Eu tenho certeza que sim! – Lívia sorri.

  Enquanto ela faz o que deve para por o cd a tocar, eu fico pensando em nosso romance, como começamos e onde estamos agora, como cada dia, mesmo doloroso valeu apena. Mas no fundo eu sei que não é só isso, até porque ninguém morreu, graças a Deus, e se fosse, eu seria o homem mais feliz no mundo.

  Ouço a melodia calma que toquei da música Everything Has Changed do Ed Sheeran e analiso a reação da Lívia.

- Bruno, eu nem sei direito que dizer, isso é maravilhoso, você é maravilhoso! E bom, acho digno dizer que eu te amo, e eu sei que sim porque eu nunca me senti assim antes. – Seus olhos brilham com a formação das lágrimas. – Eu te amo muito, de verdade e obrigada por tudo, desde o dia que você me recebeu na sua casa pela primeira vez.

- Nossa casa meu amor! Eu esperei tanto tempo para ouvir isso que parece que é um sonho. – Brinco e a faço sorrir. – EU também te amo muito! – Abaixo a tampa de seu notebook e o coloco no chão e então puxo seus lábios.

Estão gostando? Eu espero que sim, porque logo acontecimentos bombásticos virão! uahsuah. Será que o Bruno deve chamá-la para voltar para "casa"? Hm... 
Meninas, comentem por favor! Até mais! <3

sábado, 13 de setembro de 2014

Capítulo 62


  Segunda-feira; trabalho; volta à rotina. Preciso dizer que já acordei com preguiça?! Pois é, se há dúvidas, sim, eu acordei. Separei uma roupa mais fresca por causa do tempo e fui tomar banho. Apesar de estar casada, a felicidade dominava. Terminei de me arrumar, peguei minha bolsa e fui para cozinha.

  Como eu já imaginava, não tinha absolutamente nada para comer, só o resto do meu lanche de ontem. Tomarei café lá na rádio mesmo. Tranquei o apartamento, peguei o elevador e fui para o estacionamento. O caminho até a rádio é rápido, mas como está quente, prefiro ir de carro e quem sabe no inverno eu volte a ir a pé.

- Ah, senti sua falta ô coisa! – Fay pulou da cadeira e eu ri, ela me lembrava a muito a Tory, e não era para menos que as duas se davam bem, por telefone!

- Eu também  perua! – brindo dando um beijo em sua bochecha e vou falar com o Ben.

- De volta a cidade pequena moça californiana! Eu já estava enlouquecendo sem você, a Fay é retardada! – Ben diz brincando e leva um tapa e eu acabo rindo.

- Cala sua boca, mosquito! – Retruca Fay e eu gargalho. De onde saiu o mosquito?! – Só quero saber, seu namorado começa com B e termina com Runo Mars?!

- Para de reparar e me deixe trabalhar! – Tiro a minha mão da dela e vou até minha mesa rindo.

- Ah, para Lívia! Conta pra gente! – Ben apoia a cabeça nas mãos e picas freneticamente.

- Fofoqueiros! Sim, eu estou namorando! – Sorrio e Fay bate palmas.

- Depois daquela mensagem sobre a Disney, eu tinha certeza de tudo. – Diz ela.

  Estávamos rindo e os atualizado das coisas, eles sobre a minha vida e eu sobre a vida dele e o trabalho, mas fomos interrompidos pelas caixas de som nos avisando que faltavam apenas cinco minutos para entrarmos no ar.  Nos preparamos o estúdio e começamos, já com bagunça.

  Nunca que eu imagina virar locutora e viver sempre no meio de música, mais do que antes, e principalmente ter minha vida exposta por esses dois retardados. Fay e Ben faziam brincadeiras sobre o meu namoro e a minha viagem de férias, tudo as entrelinhas, se não eu sei que alguns iriam ligar os pontos, Lívia, ex-moradora de Los Angeles, que já foi vista com Bruno Mars faz viagem e volta namorando, é óbvio não é? Foi o que pensei.

- O clima de amor está no ar... – Fay brinca.

- Se vocês ouvirem gritos, não será eu enforcando a Fay, não se preocupem, está tudo sobre controle. – Eu falo e todos riem, até nosso diretor.

- Não se preocupem se amanhã a Lívia estiver presa! – Ben brinca também. – Já que citamos o romance secreto da Lívia, que tal ouvirmos algo mais calmo? Vamos de You and I, música nova da Pink! – E nossos microfones são desligados.

- Pensei que iam dar até meu endereço hoje! – Comento séria.

- Ah, para, sabe que eu te amo! É tudo brincadeira! – Fay se diverte.

[...]

  Eu estava morta de fome, qualquer ruído pouco estranho ouvido em nosso escritório era a minha barriga dado olá. Saí sozinha com a Fay para almoçar, enquanto o Ben decidia sobre suas férias no próximo mês. 

  Nosso almoço era na cafeteria, já que tínhamos pouco tempo e era mais perto. Pedi um muffin de chocolate, um pão de queijo e um suco de uva. Fay pediu um pastel assado e um pedaço de bolo, acompanhado por um refrigerante.

- Estou feliz por você ter se acertado com o Bruno! Mas por favor, me conta com detalhes como foi. – Ela faz biquinho e então eu lhe falo tudo, excluo apenas nossos momentos quentes.

- Além de um cantor maravilhosamente gostoso, delicioso e talentoso, Bruno ainda é romântico, lindo e ciumento! Cara, esse é o meu homem dos sonhos. – Eu gargalho e ela falta apenas babar.

- Eu sei de um homem engraçado, lindo, carinhoso, amigo, inteligente e completamente apaixonado por você do qual você mesma nem dá bola e fica babando pelo namorado das outras. – Falo séria, era verdade e eu queria que ela soubesse sobre o Ben.

- Meu único amigo é o Ben, Lívia! – Fay responde enquanto brinca com seu canudo.  

- E ele não é lindo, carinhoso e inteligente?

- Ah, não brinca assim! – Sua careta era engraçada, mas eu não ri.

- Eu estou falando sério Fay Cornish, acorda para a vida pelo amor de Deus. – Estalo os dedos na frente dela que arregala os olhos. – O Ben tá apaixonado por você, e pelo que fiquei sabendo, isso já faz bastante tempo.

- Mas ele nunca me disse nada...

- Não seja tonta mulher, acha que ele quer perder sua amizade? Do jeito que você é louca, ele tem medo de te contar e você surtar! – Explico.

- Eu nunca faria isso, digo, eu amo ele, mas como eu ia saber que ele sente algo como homem e mulher se ele nunca me disser?? – Ela fica impaciente.

- Ah Fay, você é tonta! Se ele der outra indireta e você não ver, eu vou te sacudir na frente dele e será pior. – Falo rindo.

- Que horror, me sinto a pior pessoa do mundo! – Ela faz outro biquinho.

  Terminamos nosso almoço e chegamos atrasadas na rádio, o que não é grave. Assim que entrei na sala, Fay sentou-se ao meu lado, em sua mesa e ficou analisado o Bem trabalhar tranquilo, ele estava tão concentrado no que fazia que mal piscava na frente da tela do computador.  e muito menos notava que estava sendo fitado.

  Já ao fim da nossa tarde, eu estava morrendo de dor de cabeça e só queria ir para casa dormir, o que seria impossível acontecer, já que certa prima maluca pousará essa noite. Despeço-me dos colegas e vou em direção do estacionamento, quando meu celular começa a tocar, é o Bruno. Pressiono o atender e o deixo começar falar.

- Eu sinto a sua falta. – Ele diz e instantaneamente eu sorrio.

- Eu também.

- Desculpa por ontem, mas é que você estava sozinha com um homem e não foi uma das ideias mais agradáveis que você já teve, então meio que eu me irritei um pouco. – Bruno começa a falar e eu entendo aquilo como um simples me desculpe.

- Eu sei, e sabia também logo ligaria, você é previsível!

- Hm, isso quer dizer que estou desculpado? – Imaginei aquele biquinho torno.

- Eu nem te culpei de nada para ter que desculpar depois, desculpe-se com você mesmo! E bom, faça mais isso! – Repreendo seu ato e ele solta uma risadinha rouca do outro lado.

- Se olhar por esse lado, não leve outros homens para o seu apartamento, não é legal me fazer perder a cabeça do outro lado do país! – Sua voz soa firme e eu acho graça. Porque os homens pensam assim?

-Se isso é um combinado, certo. Mas sua parte não será apenas de não perder a cabeça e sim de não levar mulheres aí! – Respondo-o.

- Radical você, né? E eu não me importo, a única que eu gostaria de trazer aqui está longe de mais.

- Acho ótimo, mas Bru preciso desligar, vou para casa agora, depois conversamos.

- Se cuida, beijo! – Ele finaliza a ligação e eu só jogo o celular no banco.

[ 4 meses... Depois]

  Bruno POV’S

- Tá pensando na Kendrick? – Philip dá um tapa na minha cabeça e eu o olho torto.

- Na morte da bezerra não ia ser, né? – Eu retruco mal humorado.

- O que alguns meses sem vê-la não faz com você, heim Bruno?! – Era porque eu tava com pouca paciência mesmo ou o Phil está muito debochado especialmente hoje?

- Quase seis meses, você quer dizer! Eu vou enlouquecer cara, pouco mais de uma semana é aniversário dela e eu não sei se vou chegar lá a tempo!

- Chega sim, conversa com a Tory e pede contato com a Melody, aquela prima dela, e pede ajuda para entrar no apartamento.
  Foi exatamente o que eu fiz, peguei o número da Mel e fiquei pensando se ligava mesmo, estava receoso de fazer a menina surtar e não conseguir me ajudar, mas acabei ligando.

- Alô? – Ela atende.

- Oi, Melody? – Eu pergunto meio nervoso.

- Sim, hm, por quê?

- Se eu disser quem tá falando promete que não vai gritar em meus ouvidos? – Já me preparava para ela desligar na minha cara ou simples mente reconhecer minha voz e gritar.

- Sem essa Bruno, eu reconheço a sua voz em qualquer lugar, apenas achei estranho você me ligar, aliás, como sabe meu número?  E não se preocupe, eu não vou surtar, seus ouvidos não merecem isso e eu sei que é um pouco chato... Mas o que quer comigo? – Melody falava tão calmamente que eu quem estava quase surtando.

- Você é bem matura perto de outras fãs. Eu peguei seu número com a Tory, amiga da Lívia. – Explico.

- E...?

- E eu preciso da sua ajuda, semana que vem é aniversário da sua prima e eu provavelmente vou chegar aí tarde e preciso de uma cópia da chave do apartamento dela e... Hm... Eu não sei nem como sair do aeroporto daí! – Me achei um idiota.

- Ótimo! Será um prazer ajudar. Apenas chegue inteiro aqui no aeroporto e eu te busco, se importa de uma amiga ir comigo?

- Eu preferia que fosse só você, sabe, eu não quero ser reconhecido, vou chegar tarde e cansado!  

- Eu vou tentar, porque como você disse que vai chegar tarde, minha mãe vai achar um pouco ruim eu sair sozinha. – Ela explica e eu forço a pensar em alguma coisa.

- Eu vou dar um jeito, não se preocupa, não andará sozinha. Então posso contar com você? – Me animo.

- Com certeza. Finalmente você tem tomado vergonha nessa cara linda! – Melody disse rindo um pouco.

- Tem certeza que é minha fã e não minha irmã? Porque parece falando assim! – Debocho a fazendo rir mais.

- Ah Bruno, eu queria tanto mostrar o quanto nós te conhecemos para que você não tente nos esconder certas coisas. Nós não só adivinhamos, descobrimos, olhamos, nós sentimos tudo Bruno, mesmo quando você não demonstra! – Sua voz sai mais baixa.

- Mel, você é da minha família agora, então é mais fácil, mas as outras fãs não. Não é como se mentisse e escondesse, é o fato de nem sempre serem fãs, o mundo é grande e perigoso de mais para eu me abrir assim. Eu imagino que sentem, porque eu também sinto e não sei como, não sei como podem amar tanto um ser humano assim, mas eu sou imensamente feliz com isso. – Eu queria retribuir todo esse carinho das pessoas mais do que eu posso, porque eu sei que nunca é suficiente e é isso que eu chamo de amor.

- Ah seu idiota! Bruno, não acaba com o meu coração, só porque eu vou te ajudar não quer dizer que eu não seja sua fã, eu tanto sinto que estou prestes a chorar e eu realmente não quero, não na sua frente. Aliás, aposto meu coração, que você está pensando em algo para me fazer ficar melhor. – Diz ela e eu arregalo os olhos.

- Ei, como consegue? Sim, eu estava pensando sim. Vocês são minhas ninjas!  

- Isso se chama peso na consciência, mas eu prefiro dizer que é o tom da sua voz, a calma, essas coisas. Suas fãs sabem o que se passa com você, então não tente nos enganar, ficará ridículo para você. – Diz ela e eu paro para pensar na minha voz, ela teve oscilação? Bem, nem eu mesmo sei.

- Certo, eu estou com medo de você. E não pense que ficará por isso mesmo, você irá me contar todas as suas táticas assim que eu chegar aí!

- Vai sonhando né, só porque eu te amo você acha que eu fazer tudo o que você quiser? Poupe me Bruno. – Sua gargalhada me contagia.

- Tá bom meu amor, eu faço você mudar de ideia! Então, eu mantenho contato com você. Beijos, fique bem e se cuide!

- Meu amor, eu sei que você consegue! – sua voz sai mais baixo, mas logo ela respira fundo. – Beijos, se cuida, até mais. – Melody diz e desliga.



Belezinhas, então, espero que não se importem com a passagem de tempo, mas é que ficaria chato eu encher linguiça triste aqui para vocês, já que eu sei que o que vocês mais querem é Bruli junto definitivamente. Outra coisa, eu andei me perdendo na épocas do ano, me desculpem, não reparem nisso. :( Vou passar a anotar tudo para que não aconteça de novo. 
É isso, só quero dizer que espero mais comentários, porque tá difícil, auhsuah. Cade a estimulação gratuita para a leitura gratuita?! C'mon, eu tô merecendo. Enfim, espero que tenham gostado, até mais! 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Capítulo 61

Lívia POV’S


  Ontem à noite combinei de almoçar com a Tory hoje, antes do meu voo, mas acontece que chegamos de Orlando e eu só tive tempo de trocar as malas e correr para o aeroporto novamente, e no final das contas optamos por só tomar um café, para eu não me atrasar. E no fim, nem me despedi dela.

- Não to acreditando que passou tão rápido. – Bruno comenta enquanto estamos esperando dar o horário de eu ir a sala de embarque.

- Pelo menos aproveitamos o final e eu não fui para o Hotel. – Respondo-o sorrido.

- Você planejava ir para o Hotel mesmo depois da nossa conversa do dia que você chegou aqui? – Seus olhos não encaram os meus, mas sim seus próprios pés.

- Sim, eu não aguentava ser tratada friamente e segundos depois carinhosamente, sem ao menos saber o que eu estava fazendo de errado.  – Respiro fundo, aqueles foram os piores dias com o Bruno.

- Me desculpa. Apesar de estarmos razoavelmente bem, eu estava sufocado com a sua presença. Ver 
você desde manhã à hora de dormir estava acabando com a minha sanidade, eu perderia o sono e humor, ficava irritado comigo mesmo, eu não sabia como agir diante da situação de ter você ao mesmo tempo de não ter... – Bruno se explica. Ele tinha sua mão esquerda em minha bochecha, fazendo um carinho.

- Eu entendo, isso não foi um julgamento, já que eu sentia isso também e no final, tudo valeu apena. – Deposito um selinho em seus lábios, e ele mesmo aprofunda o beijo.

- Mars fez um ponto, uma vez na vida! – Ele comemora e eu solto risadas.

- Bru, eu preciso ir, ou eu vou perder o voo! – Falo levantando-me, e ele faz o mesmo.

- Eu vou sentir tanto a sua falta! – Seus braços agarram minha cintura e os meus seu pescoço.

- Eu também, mas me promete que irá se cuidar? Que irá maneirar na bebida e cigarros, pelo seu próprio bem? Que vai aproveitar de uma forma madura as coisas e sempre que quiser ou precisar irá me ligar?

- Prometo meu amor! Agora eu preciso desobedecer a uma regra e te contar o meu último desejo, o 
que eu mais venho pensando a todo esse tempo. – Ele beija meu pescoço e então me olha. – Eu te amo, Lívia! – Meu coração acelera. São três pequenas palavras muito fortes.

- Desculpa por eu não conseguir dizer o mesmo para você. É que essas três palavras são muito fortes e ainda é muito recente, mas se sinta como se eu não gostasse de você, eu gosto sim, e muito, só não quero te iludir com o poder dessas palavras tá? Me desculpa. – Digo tristemente. Na verdade, todo esse tempo que faz que eu conheci o Bruno, todos esse tempo que eu lutei tentando não me entregar a ele foi em vão, porque eu comecei a gostar dele instantaneamente, só não sei se é certo dizer que é amor, não ainda.

- Eu sei, não se preocupa com isso. Eu só quis dizer, porque é o que eu sinto e eu sei que na hora certa você saberá como fazer, então apenas sita o que eu quero transmitir, o meu amor, você o aceitando, já basta. – O nível fofura extrapola o termômetro, então beijo-lhe.

- É claro que eu aceito, seu besta! Não fale e nem pense asneira, certo? Mas agora eu preciso ir, Bru! Cuide-se! – Puxo seus lábios para um beijo mais intenso e deixo minhas mãos se perderem em seus cachinhos e então chamam meu voo.



-  Odeio essa parte! – Dou mais um selinho nele e uno nossas testas.

- Fica bem! – Solto sua mãos as poucos e sigo para a fila, sem olhar para trás, porque mais um olhar daquele eu ficaria aqui.

- Psiu! – Bruno faz um barulho e eu me obrigo a olhar. – Eu te amo! Se cuida! – Ele apenas mexe os lábios sem emitir som algum. Sorrio e faço um coração com as mãos e pronto, o perco de vista depois de passar pela porta de vidro.  

[...]

“Há que horas você chega? Posso ir te buscar no aeroporto? Senti sua falta. Beijos, S.”

  Um sms do Sean foi a primeira coisa que apareceu quando eu liguei o celular, assim que pousei em Carolina.

“Desculpe, só vi o sms agora e acabei de chegar. Mas podemos jantar juntos se quiser, passe lá em casa mais tarde.”

  Respondo-o enquanto entro num táxi a caminho de casa. Se ele queria me ver, porque não juntar o útil ao agradável? Já que eu preciso esclarecer que meu relacionamento com o Sean não terei 
oportunidade melhor.

  Já no apartamento, largo a mala o quarto e vou abrir a casa, que passou dias fechados, aproveito para por uma musica na televisão e dar uma limpada. Começo pelas malas, já vou desocupando-as e pondo as peças sujas na lavadoura.

[...]

  Recém havia feito o pedido dos lanches, quando a campainha tocou, deveria ser o Sean.

 - Olá! – Ele aparece sorridende.

- Ei, quanto tempo! – Sorrio e lhe dou passagem para entrar, então nos abraçamos.

- Pois é, viajadeira! Pensei que ficaria por lá mesmo. – Sean brinca.

- Nem demorei, vai! Eu já pedi lanches, se importa? – Pergunto e ele nega.

  Fomos para a sala e ficamos coversando coisas aleatórias até que ele volta a citar o quanto sentiu minha falta e leva sua mão ao meu rosto.

- Sean, eu preciso explicar uma coisa, sobre nós. – Falo nos afastando. – Eu reencontrei com o Bruno e, por favor, não me leve a mal, mas meu coração ficou lá, desde sempre e principalmente agora. – Digo com calma e não o olho, apenas brinco com o meu anel de namoro.

- Ah, eu deveria imaginar o que havia por trás de todo esse sorriso. – Diz ele se acomodando melhor o sofá.

- Olha, você é um cara incrível e é verdade, eu gosto bastante de você, mas só como amigo! Isso não é algo que eu possa escolher e...

- Ei, tudo bem! Eu te entendo! Também posso ser um ótimo amigo se quiser, não se preocupe com isso, eu sei como é. – Sean sorri e ergue a sobrancelha divertidamente.

- Quem sabe eu possa te apresentar uma amiga! – Brinco com ele.

- Hmm, quem sabe! – Ele concorda. – Mas falando nesse assunto, eu acho que o Ben está apaixonadíssimo e a Fay não parece notar.

- Ah, normal né, ela é lerda, dá um desconto e o Ben tem que demonstrar, aliás, acho que uma ajudinha não cai nada mal! – Pisco para ele que ri e concorda.

   Peço licença rápida ao Sean e vou atender meu celular, é o Bruno.

- Olá... Sim eu cheguei bem. É?... Vou comer um lanche daqui a pouco.

- Lívia, chegou as coisas! – Sean grita mais alto.

- Certo pega aí, por favor. – Falo tapando o celular para o Bruno não ouvir, mas é claro que ele ouviu.

- Ei, eu posso falar ou você já vai vir com mil pedras para cima de mim, porque se for assim eu já desligo... Eu o chamei aqui para explicar que seremos apenas amigos, que meu coração está em Los Angeles, e para o seu surto, ele está sendo um bom amigo, e me lembra do Fred... Você não tem que gostar Bruno, não há nada de errado, largue de besteiras... Tá, passar bem Bruno! – Desligo em sua cara.

  Esse baixinho tenta acabar com a minha paciência, mas se ele acha que eu caio nessas besteiras de ciúmes dele, coitado, não sou dessas. Toco o celular na cama e vou para a cozinha, onde Sean organiza as coisas com calma.

- Não quero causar problemas com o Bruno, me desculpa! – Ele para de desembalar as coisas e me olha.

- Que isso, ele não sabe do que fala e até amanhã já se arrependeu, esses shows fazem parte do Bruno! – Digo sorrindo.

  Jantamos na base de troca de ideias, ele me cotava dos planos com a empresa da família e eu com rádio, que não era lá muita coisa. E não muito tempo depois ele foi embora, apesar de estar um pouco tarde, ele trabalharia cedo e eu também.

Capítulo bem pequeninho sim, e continuará assim e com demora até que aumente a quantidade de comentários. Eu tenho me esforçado para não demorar, mas fazer o que né... Até qualquer diz! Espero que gostem e que deixem um comentário! <3 


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Capítulo 60

- O que é aquilo? - Lív pergunta, larga a bolsa correndo e pula na cama.

- Nada que deva ser aberto agora! - Cruzo os braços.

- Tudo bem, não está aqui mais quem perguntou! - Ela diz manhosa e vai para o banheiro.

  Pego as coisas e tiro da cama para me deitar. Fico batucando os dedos no ritmo de uma música que ouvi hoje, ela é linda. Começo a cantarolar algumas partes que eu lembro...

When enemies are at your door
 (Quando os inimigos estiverem à sua porta)

I'll carry you away from war 
(Levarei você para longe da guerra)

If you need help, if you need help 
(Se você precisa de ajuda, se você precisar de ajuda)

You hope dangling by a string 
(Sua esperança pendurada por um fio)

I'll share in your sufferring 
(Compartilharei do seu sofrimento)

To make you well, to make you well 
(Para fazer você ficar bem, para fazer você ficar bem)

- Nã, nã, nã...Merda! Porque eu não escrevi isso? Hein? - Falo comigo mesmo.

  Levanto ansioso e começo andar de um lado para o outro. A festa de hoje a noite vai me enlouquecer, eu quero que de tudo certo, mas o que diabos pode dar errado? É um baile, é coisa única, acontecem pouquíssimas vezes e pelo que já vi, sempre faz sucesso. E mesmo assim, com tudo certo, eu continuo pensando em coisas erradas que podem acontecer!

- Bruno? - Lívia poe suas mãos em meu ombro, por pouco não me assusto.

- Hm... Oi? - Finjo que está tudo bem, na verdade está.

- Porque tá ansioso assim?

- Tudo bem, você venceu! - Respiro fundo e passo por cima de todos os meus planos.  Vou até onde eu havia colocado as coisas e pego a caixa maior de toda, do vestido dela.

- Essa noite, mesmo que não ganhemos a coroação, você será a minha princesa! - Digo e ponho a caixa em suas mãos esticadas. Sorrio vendo aqueles olhinhos brilhosos surpresos. Espero impacientemente até que ela abra a caixa e veja o vestido.

- Bruno! Isso é lindo de mais! - Ela o pega e mede em seu corpo. - Para que tudo isso?

- Porque faremos algo diferente essa noite e eu quero que você esteja ainda mais linda do que de costume. - Sorrio.

- Você o alugou não é? - Pergunta ela com uma careta.

- Sim, eu sabia que você iria dizer: "você é louco? Onde vou usar isto? Ele ficará guardado e você deve ter pagado caro! - Imito mal e parcamente a voz de Lívia a fazendo rir.

- Que homem esperto! – Ela beija a ponta do meu nariz. – Mas então, será que agora já posso saber aonde vamos?

- Ainda não! – Beijo sua bochecha.
[...]

  Eu já estava pronto e ansioso, faziam duas horas que ela estava trancada naquele banheiro e só faltavam mais quarenta minutos para o baile começar.

- Amor, vamos logo, não quero chegar atrasado! – Falo enquanto estou deitado na cama.

- Pronto seu  chato! Só falta o sapato, aliás, com qual eu irei? – Ela para de frente a mala e eu fico olhando sua silhueta no maravilhoso vestido.



- Ah, calma, isso já está resolvido! – Pulo da cama e pego a segunda caixa.

- Você pensou em tudo mesmo não é? – Ele sorri. Dou espaço para ela sentar-se na cama para por o sapato.



- Bom falta à última e mais importante coisa! – Pego as duas caixinhas, onde estavam nossos últimos acessórios e lhe entrego uma.


- Um baile de máscaras! Bruno, eu nem sei o que te dizer! - Seus olhos brilham mais, a poto de escorrer lágrimas. 

- Nada! Vem cá, eu coloco em você! - Pego sua máscara e arrumo em seu rosto, e deois beijo sua bochecha. - E etão, gostou da surpresa?


- É claro que sim! Eu nunca fui a um baile de máscaras! – Suas mãos transpassaram em meu pescoço. – Obrigada por tudo isso! – Recebo um beijo calmo. – Hm... Deixa eu colocar sua máscara! – Ela pega e faz as honras.

  A minha era uma preta, normal, sem detalhe nenhum e cobria metade do rosto.
- Bom senhorita, vamos? – Ofereço minha mãe, ela segura e vamos em direção a porta do quarto.

  Sr. Grey elogia nossas roupas e nos deseja um bom baile. Paramos na frente do iluminado castelo da Disney e fazemos as devidas saudações, eu me curvo e abaixo um pouco a cabeça, e Lívia segura um lado do vestido e se abaixa rapidamente.

- Isso é de mais! – Ela ri e me dá sua mão.

- É só o começo! – Digo e entramos no castelo.

  A decoração é clássica, as roupas dos outros convidados também. O arco da entrada era feito por penas pretas e o piso do salão era brilhoso, preto e braço. Tinham algumas mesas na lateral, uma bola de discoteca no alto do teto, um palco com Dj’s e bem ao centro do mesmo, as coroas e um pedestal de microfone.

  Indico uma mesa para nós nos acomodarmos até o início da dança, e antes mesmo de chegar lá, pego dois ponches de frutas com um dos vários garçons que passam a todo instante.

  A música é valsa clássica, mas pelo que me explicaram, até o horário da coroação, depois tocam músicas animadas para a festa que rola até a manhã do outro dia. Incrível não é?

- Bruno, você sabe dançar esse tipo de música? – Lívia pergunta segurando o riso.

- É a clássica valsa, ora mais rápida, ora mais lenta com rodopios e olhos concentrados. Foi o que me explicaram! – Eu digo e bebo meu ponche.

- Ah, sim, mas e a valsa? Você sabe? – Ela gargalha me fazendo rir junto, nenhum de os sabe muito bem como se dança.

- É... Bom, damos um jeito! – Sorrio.

  Um foco de luz paira sobre o palco e um casal muito bem vestido aparece.

- Uma belíssima noite a todos. Daremos início agora, ao desfile de casais pela pista.  – A mulher fala.

- Por favor cavalheiros, peguem suas damas e venham para a pista. – Um homem dá continuidade a fala da mulher, e então as pessoas vão para pista e em forma de roda andam como se tivessem apresentando suas damas.

- Senhorita? – Estico a mão para Lívia.

- Cavalheiro! – Diz ela.

  Vamos até o meio do são, sem soltar sua mão e andamos em círculo como todos, de acordo com o que foi pedido.

- John, olha que lindo! – A mulher no palco, volta a falar.

- Vejo que o sorteio da coroação será acirrado hoje! – O homem, chamado John, diz.

- Como funciona isso? – Lívia me pergunta baixinho.

- Os nomes são dados quando compramos o ingresso do baile, basta ter sorte. – Dou uma piscadinha para ela. Não preciso dessa de “sorte”.  

  A noite ia correndo maravilhosamente boa, dançar a clássica valsa é simples, ainda mais quando se tem as coordenas dos mestres da noite, o casal que dá informações.

- Pessoal, pedimos para que se acomodem, já iremos fazer a coroação. – A mulher diz e obedecemos.

  Somos servidos com petiscos e champanhe. É como um intervalo, e então uma equipe grande de pessoas que trabalha na organização, passa em mesa por mesa, para validar os nomes o número de cada casal, o que hoje será bem desnecessário, mas acho que faz parte o regulamento.

- Vocês são o casal número 118. – Um homem todo de preto nos avisa, e assim que passa ao meu lado fala: prepare-se. E sai andado.

- O que ele disse? – Lívia pergunta.

- Boa sorte! – Minto.

  Ficamos conversando até sermos interrompidos pelo casal que está no palco, eles estão com um envelope preto nas mãos e pedem silêncio.

- Pronto para conhecer o casal real da noite? – John, fala e ouve-se um coral de “sim”.

- Casal de número 118, Lívia Kendrick e Peter Hernandez. – Eles dizem e ela poe as mãos a boca.

- Vantagem de ser o Bruno Mars, meu amor! – Cochicho para ela que responde um palavra pra mim, começo a rir.

- Por favor, venham até aqui! – Diz a mulher.

  Seguro a mão dela e caminhamos por todo o são enquanto os casais comentam entre si, não se algo bom ou ruim. Subimos ao palco de mãos dadas e as coroas são colocadas em nossas cabeças.

- Aplausos esse maravilhoso casal, Rainha Lívia e Rei Peter! – A mulher pede.

- Que vergonha, meu Deus! – Lívia mexe os lábios.

- Jovens, podem descer, dar uma volta pelo salão, como na entrada, distribuam sorrisos e voltem para o centro da pista, que abriremos a festa. Podem descer por aqui, pedir a música para os Dj’s e dar a volta, começando dali mesmo.

  Paramos na frente dos D’js, eu nem preciso pedir uma música, apenas levanto minha máscara, mostrando meu rosto e dou uma piscadinha, eles entendem o que eu quero dizer e fazem joinha com a mão.

  Demos a volta no salão, assim como foi pedido e paramos no meio, então os mestres pedem para se que aproximem de nós para a abertura da festa, e então começa a tocar minha música remixada.

  Me movo conforme as minhas próprias batidas e faço Lívia se mexer também, junto comigo.  E no final das contas, saiu tudo maravilhosamente bem, sou o Rei do Baile de máscaras e estou dançando ao som da minha própria música sem que todos saibam quem sou eu. 

Aaaaaah, realizei meu sonho com esse capítulo, auhsuah, gostaram da surpresa?! Espero que sim. Espero que comentem e eu volto logo, prometo! <3 

Sean Emmet já está na barra dos personagens!