segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Capítulo 24


  Bem-vindo ao final mês de Setembro! Vamos às atualizações. Infelizmente a Melody foi embora, choramos um pouco e ela me fez uma surpresa muito fofa. Teve a nossa despedida com o Bruno e os meninos no letreiro de Hollywood, noite estrelada, Marshmallow, música, histórias e risadas. Depois uma nova despedida no aeroporto e por último a carta surpresa. Eu chorei de mais, enfim, durante a semana seguinte eu tratei de pegar enviar o banner dela, do dia que conheceu Bruno, o melhor de tudo foram os recadinhos fofos e autógrafos que cada um deles deixou atrás. Mel me ligou aos prantos quando o recebeu, agradeceu e tirou umas fotos para eu mostrar pro pessoal como tinha ficado no quarto dela, ele era realmente enorme.

  À Tory se recuperou normalmente em relação ao Ryan, agora eles são apenas amigos, bem amigos e é até meio estranho ver. Ela disse que iria se aquietar e concentrar no trabalho. Eu a mesma coisa, sem gastos, festas, passeios por um tempo. Eu, ela e o Scott estamos nos dando bem, a união reina, não como era com o Fred, mas nos esforçamos. O Fred, eu sinto tanta falta dele e do jeito que ele descontraia nossos dias, das risadas, dos conselhos...


  Bruno está em turnê, recebi fotos e vídeos ótimos dos shows dele, postei no site e teve muitos elogios. Já nós estamos na mesma, não nos vemos à algum tempo e só o que resta são rápidas ligações ou sms durante o dia, mas mataremos a saudade em breve, amanhã é dia de VMA! Já estamos no Brooklyn, eu cuidarei das entrevistas rápidas quando os famosos chegam à escadaria da premiação, o Scott cuidara da filmagem e a Tory cuidara das fotos do red carpet. A transmissão será online e ao vivo pelo site da revista.

    Agora são duas horas da tarde e estamos hospedados no Mirriott Hotel, é bem chique e fica próximo onde irá ocorrer à premiação amanhã. Almoçamos aqui mesmo, dei uma organizada nas minhas coisas, peguei minhas roupas de amanhã na lavanderia – roupas de uma loja que apoia a premiação, é tudo alugado especialmente para nós –, e resolvi dar uma volta sozinha.
  Troquei de roupa, vesti uma calça jeans clara, uma camiseta branca, um casaquinho fino cinza, uma toca e meu all star branco. Simples. Peguei meu celular, cartão do quarto do hotel, um pouco de dinheiro e saí, aproveitei que a Tory estava dormindo e o Scott em outro quarto.


  Peguei um táxi na frente do Hotel e segui caminho ao meu destino. Brooklyn é realmente um lugar lindo, pessoas educadas, belos parques, boa culinária, mas para mim nada disso faz diferença, pensar nesse lugar é triste e me lembra a minha mãe...

- Entregue senhorita! – Disse o senhor.

- Obrigada! Fique com o troco! – Sorri e desci do carro.

  Adentrei ao cemitério, passei pela pequena floricultura e comprei um pequeno de açucenas, elas são lindas flores brancas que representam a tristeza e angústia, não que eu me sinta assim, em parte sim, triste por não ter tido oportunidade de a conhecer, mas o motivo é que essas eram suas flores favoritas e meu pai me contava que ela sonhava em passear por um jardim cercado delas. 

  O cemitério é dividido por campos e cada um refere-se a uma letra do alfabeto, caminhei um percurso até chegar à letra “L” e mais um pouco até chegar a seu nome, que era um dos mais distantes por ter em sequência a letra “u”, formando assim Luana Kendrick.

Sentei-me ao lado de seu túmulo, coloquei a flor e fiquei olhando a foto dela ali. Graças à boa memória do meu pai sei que ela se chamava Luana por causa de uma amiga havaiana que minha vó teve na infância, significa calma e lembra a lua, aquela que ilumina nossas noites. Dizem que eu sou ela escrita de cabo a rabo, desde as características físicas quanto psicológicas. Puxei apenas o formato do rosto e a força de vontade do meu pai.  

- Mais bela mulher que já ouvi falar, em todos os sentidos! Mesmo com esse mundo de distância que nos separa sei que um dia poderei lhe abraçar e dizer que pensei em você todos esses anos, agradecer por você ter morrido para dar a luz a mim. Lembro-me das minhas homenagens de dias das mães da escola, meu pai nunca me deixava chorar, ele dizia que eu deveria ir lá e fazer tudo que foi planejado porque você estaria me vendo e hoje sinto sua energia, amor, proteção todos os dias. Eu te amo tanto, um amor que não sei explicar, é forte e nunca acaba só cresce mesmo você não estando aqui comigo... – Sequei as lágrimas e fiquei olhando para a flor.

  Sinto falta de todo aquele carinho de uma mãe, daquela melhor amiga, a que briga e da puxões de orelha, sinto falta de dizer eu te amo e das lembranças que não tenho dela comigo, mas não reclamo, porque tenho tudo isso com o meu pai, e talvez ter a conhecido e depois perdido fosse mais doloroso. Aprendi com sábias falas do senhor Antony que tudo na vida acontece por um motivo, porém nunca consegui os desvendar. Incógnitas da vida.

- Queria que você estivesse aqui para conhecer o Bruno, ele é lindo, atencioso, carinhoso, romântico, é um cantor que me orgulha, sabe, você não imagina que por trás das luzes que o cobrem no palco, ou as fotos de paparazzi chato existe um homem com aquele coração. E a Tory? Ela é minha irmã de coração e mais retardada amiga, queria que ela encontrasse um alguém para fazê-la feliz, mas a sorte não está com ela. – Suspirei e sequei às lágrimas novamente, é difícil conter.

  Meu celular começou a tocar, não queria atender, mas vai que seja importante, peguei-o e o nome do Bruno piscava na tela.

- Ó, viu! É ele! – Sorri e limpei a garganta para tentar esconder o choro.

- Oi Bruno! – Atendi.

- Onde você tá? Eu cheguei, te liguei um várias vezes e estava fora de área! Não tá chorando, né? – Parecia preocupado.

- Desculpa... Eu... – Não queria dizer que estava no cemitério. – Eu estou no Greenwood. – Falei mais baixo.

- Desculpa... Havia esquecido! Vou ir aí te encontrar! Espera-me! – Respondeu.

- Não Bru, não precisa vim! – Falei e escutei o “pi-pi-pi”, teimoso.  

- Ele é diferente do Fred, nossa amizade era de irmãos e com o Bruno é algo forte, existe uma atração, às vezes penso que nossos atos são irresponsáveis e aí me lembro do que ele disse sobre sermos adultos livres, ou seja, faz uma confusão e eu acabo agindo conforme o momento. – Sorri lembrando.

  Queria que ela me respondesse, depois de todos esses sentimentos que eu expus queria saber como ela se sente, se tem algum conselho, mas não, é algo que eu tenho que resolver sozinha, as vezes me assusto e tenho vontade de fugir, mas no final passa e eu sinto que fiz a coisa certa...

  Levei um susto quando senti uma massagem nos meus ombros, por instinto acabei relaxando. Olhei para cima e ali estava o Bruno com uma rosa em baixo do braço. Ele se abaixou e sentou ao meu lado fazendo perna de “índio” e colocou a flor ao lado do meu vaso.

- Desde que eu a conheci aprendi muito, descobri que a vida é feita de pequenos momentos que nada pode comprar, ele simplesmente vão lá e acontecem. Meiga, tímida, inteligente, carinhosa, linda, divertida, forte... Imagino que ela já tenha agradecido, mas eu devo fazer o mesmo, agraço por terem feito essa filha maravilhosa! – Ele falou olhando para às flores, pra que me fazer chorar mais?

- Que declaração! – Sequei os olhos. 


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OBS: Só parei agora por causa da Bianca Ferreira, reclamem com ela! 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Capítulo 23


  Ryan POV'S 

  Eu estou a ponto de enlouquecer... Vitória Ward, uma mulher incrível, linda, inteligente, meiga, engraçada, tudo que qualquer outro homem precisa, menos eu! Nossa relação está cada vez num estagio mais avançado e eu não quero isso! Não nasci para relacionamentos sérios, me sinto sufocado e aprendi que a minha felicidade é ser livre. Eu não quero magoá-la, por isso vou terminar com tudo hoje...

- Oi. –  Ela disse e demos um selinho.

- Oi... Vamos, reservei uma mesa para nós! – Avisei,

  Nos acomodamos na mesa mais ao fundo do restaurante, fizemos nosso pedido e eu estava nervoso, preciso dizer tudo que sinto sem machuca-la e tem que ser agora, mas como? Parabéns Ryan. Pensei.

- Tá tudo bem? Parece nervoso! – Ela pergunta, ferro.

- Não... É... Eu não...

- Sem voltas Ryan! Fala logo! – Mulheres autoritárias que veem um problema me fazem tremer. 

- Eu não posso mais me relacionar com você! – Segurei a mão dela por cima da mesa. – Nós estamos partindo para novos estágios e eu não sou o cara certo para relacionamento sério. Eu não quero te machucar depois, por isso decidi acabar com tudo enquanto é cedo! – Disse de uma vez e seu olhar sobre mim era triste, eu realmente não queria isso.

- Tudo bem! Não posso te obrigar a nada! – Respondeu tirando sua mão da minha rapidamente.

- Olha, escuta! É melhor assim, tem caras muito melhor que eu por aí, você não me merece. Só fiz isso porque eu me conheço muito bem a ponto de saber que se fosse a uma festa eu ficaria com outra mulher. Eu sou o problema, diferente de você, que é linda, inteligente, meiga tudo que eu precisaria se não fosse esse galinha que sou, não tem jeito. – Fui sincero.

- Tudo bem Ryan! – Não me olhou.

- Promete que não vai sofrer por mim? Porque assim vai dificultar as coisas, eu gosto de você e te ver assim não será bom. – Sorrimos. – E outra coisa, podemos ser amigos? – Perguntei, talvez fosse de mais querer a amizade dela agora, mas além deu ser assim, galinha, eu não consigo ficar brigado com alguém que eu gosto e com ela não seria diferente.

- Sim! – Disse colocando uma mexa do cabelo para trás.

- Se algum idiota se meter com você me avisa, eu acabo com a raça dele! – Brinquei, consegui o que queria um sorriso tímido dela.

  Devem me achar um canalha, certo? Sei que sim. Eu acho que combinamos mais como amigos, não sou um bom companheiro para relacionamento sério, mas para amizade eu tenho a mais plena certeza que sim, e mesmo tendo falado aquilo na brincadeira para fazer ela rir é sério, se alguém machucar ela eu não sei o que sou capaz. Esse é o meu tipo de amizade.

  Terminamos de almoçar, e eu iria leva-la a revista, sei que ela não tem carro e depois disso é o mínimo, ao menos consciência eu tenho. Seguimos em completo silêncio até eu estacionar na revista, ela permaneceu todo trajeto com a cabeça repousada no banco e por muito tempo de olhos fechados.

- Chegamos! Tory, segue sua vida, seja feliz com quem realmente te fará feliz, e se um dia quiser ou precisar me chama, posso afirmar que meu papel com você será muito melhor na amizade. – Alisei seu rosto.

- Obrigada Ry! – Nos despedimos com beijos no rosto e ela saiu do carro.

  Me sinto muito melhor agora! Livre, leve e solto, esse sou eu, Ryan Keomaka!


Lívia POV’S

  Chegamos no restaurante, na verdade pizzaria! Nos acomodamos na parte dos fundos que era aberta. Fizemos nossos pedidos e informaram-nos de que levariam meia hora para servir, achei legal isso! Aproveitei que demoraria, pedi licença e me afastei para ligar pro meu pai, seria legal ele aqui aproveitando a sobrinha.

- Oi filha! – Atendeu logo.

- Pai, vem almoçar com a gente? – Pedi.

- Eu tô trabalhando anjo! – Respondeu, ah uma grande novidade.

- Pai você tá sempre trabalhando e trabalhando! É um dia só, um almoço com a sobrinha que faz alguns anos que você não via! – Fui dura, falei em tom mais alto.

- Desculpa filha...

- Não passa a dar o devido valor quando perder as pessoas importantes! Não vale a pena. – Falei e desliguei.

  Eu amo o meu pai, mas às vezes ele tem que escutar esse tipo de coisa, ele se mata trabalhando para ajudar os outros e se afasta da família. Tudo bem que é o trabalho, e é bom ajudar os outros, mas ficar com a família também é bom! A vida não é só trabalho e sim aqueles pequenos momentos dos quais ele não aproveita. Isso me irrita profundamente, agrh!

  Voltei para a mesa e fiquei dispersa...

- Algum problema? – Bruno perguntou baixinho.

- Briguei com meu pai, mas não foi nada! – Olhei para ele e dei um sorriso.

- Esquece isso agora! – Sorriu de uma forma confortante.

  As pizzas chegaram, a Mel tomou um banho de refrigerante por causa do Kam que quando foi cortar o pedaço dele e escorregou o braço fazendo-o bater o cotovelo na latinha. Eles recuperaram o riso, e terminamos de almoçar, eles pagaram a conta se fazendo de cavalheiros e voltamos para o estúdio. Chamei o Bruno para conversar.

- Bru, ela atrapalha se passar a tarde aqui com vocês? – perguntei olhando para a Mel rindo com os meninos.

- Claro que não! Porque? Vai embora? – Ele respondeu.

- Vou sim. Tenho umas coisas para fazer ainda hoje. – Disse e ele torceu os lábios que deram forma ao bico torto dele. 

- Isso que tá de folga! – Reclamou e eu dei um tapinha no braço.

- Chato! Eu vou revelar um banner das fotos que a Mel tirou com vocês. Um presente surpresa. – Expliquei. 

- Beleza, eu levo ela quando formos embora, pode ser? 

- Tudo bem, brigada! – Ofereci meu singelo sorriso e ele retribuiu.

 [...]

- Vou tomar um banho rápido, já volto! – Mel avisa.

- Então... Não vai querer esperar aí fora, né? – Perguntei para o Bruno que negou sorrindo.

  Ele entrou e nós ficamos conversando na sala, eu pedi licença e fui no quarto, soltei meus cabelos do rabo de cavalo e peguei uma jaqueta, deu um ar mais divertido. Aproveitei a ida ao quarto para apreçar a senhorita Mars.

- O boliche é hoje ainda! – Gritei da porta e desci, ela só resmungou “já saio”.

  Eu cheguei em casa não tem dez minutos, aproveitei a tarde para pagar umas contas, lavar meu carro, revelar o banner. Cheguei e só deu tempo deu escondê-lo para ela não ver. Bruno buzinou na frente de casa eu abri a porta para eles e fui informada de um boliche agora de noite, já disse o quanto sou boa? Não acreditem nisso, sou péssima.

  Depois de longos minutos de espera a Mel finalmente ficou pronta, desceu arrumando a toca nos cabelos ruivos soltos. Ela vestia uma calça jeans clara, camiseta cinza dos EUA e um all star brilhoso.

- Hum... Não! – Bruno disse assistindo a briga dela e a toca. – Assim fica melhor! – Disse enquanto retirava a toca dela e substitua com seu chapéu Fedora. – Cuida bem dele, é de coleção! – Bruno disse e foi retribuído por um abraço apertado dela.

- Obrigada! Vamos? – Seu sorriso brilhou mais do que um sol escaldante.

- Claro! – Peguei minha bolsa.

- Esperem! Tem lugar para um velho aí? – Meu pai apareceu na escada.

- Não! Mas para um cara que quer aproveitar a noite sim! – Sorri.

- Obrigada! – Ele sorriu e me abraçou de lado.

  Realmente nossa conversa o tocou. Saímos, indiquei para Mel ir na frente com o Bruno e ela foi radiante  e eu atrás com meu pai. Bruno ligou a rádio baixinho e para a sorte da Hooligan, tocou de novo uma música dele, dessa vez Locked Out Of Heaven.

- Mel, seu dia da sorte! – Eu disse rindo.

- Com certeza! – Levantou os braços e o Bruno aumentou o volume.


  Empolgação em pessoa, só ela consegue dançar sentado no banco de um carro com o cinto de segurança, já a gente, apenas ríamos. Já no boliche eram poucas pessoas, aproveitamos isso e nos dividimos em dois quartetos para ocupar cada um uma pisca, jogo rápido. Eram eu, o Ryan, o Phil e o Kam, na outra equipe o Bruno, a Melody, meu pai e o Jay. 

  Os jogos estavam divertidos, bebíamos refrigerante com a companhia de batas fritas, nada de bebidas alcólicas, tem 'crianças' e motoristas na área. Quando o placar anunciou a minha vez meu celular começou a tocar e o nome da Tory a piscar na tela, pedi para que alguém jogasse por mim, saí do barulho e fui atendê-la. 

- Oi amor!  Atendi. 

- Tá muito ocupada?  Sua foz saiu completamente fanha. 

- Não, o que aconteceu?  Disse e lembrei-me da cara dispersa do Ryan.

- Ryan terminou com tudo!  Suspirou. 

- Ai Tory! Eu vou para aí, me dá um tempo!  Não acreditei, qual o problema dele?

- Onde você tá? 

- Boliche, mas não vem ao caso! Vou para aí!  Falei e desliguei, sei que ela diria que não precisa e que não quer atrapalhar, mas ela é minha melhor amiga, é um dever! 

  Voltei para o salão, estava na vez do Bruno jogar e que strike bonito, eita inveja desse povo que sabe jogar, enfim. Peguei meu celular na mesa e cochei com o Ryan:

- Aprendi que não se deve brincar com os sentimentos de ninguém! E realmente espero que isso tenha sido o certo a fazer, não vale a pena sofrer em vão! 

  Talvez eu tenha exagerado no que disse, mas como não sei o que aconteceu o bom é jogar uma frase que combine com ambos dos meus instintos. Avisei apenas meu pai, peguei minha bolsa e saí. Ataquei  um táxi ali na frente, lhe passei o endereço e em pouco tempo já estava próximo ao prédio dela, próximo porque resolvi descer antes e passar numa fruteira que tem para comprar chocolates, feito isso, fui para seu apartamento. 



#CONTINUA? 

domingo, 20 de outubro de 2013

Capítulo 22

  Acordamos razoavelmente cedo, eu já estava pronta, vestia uma calça alaranjada, uma blusa branca, um sapato de salto preto, pulseira, a corrente que ganhei do Bruno. Nos cabelos fiz um rabo de cavalo no alto e de maquiagem apenas um delineado fino.


- Mel, anda logo! – Apressei-a.

- Calma... Pronto! – Saiu do banheiro.



- Melody Mars, vamos! – Brinquei e ela riu.


  Peguei meu óculos, celular e bolsa, descemos, entramos no carro e logo saímos. Já está tudo combinado com o Bruno e os meninos, uma quarta-feira cheia de emoções. No início da semana eu trabalhei normalmente e ela foi comigo, como visitante da revista e durante as manhãs nós passeávamos, já fomos ao museu, teatro, central park e aquário.

  O caminho foi tranquilo, o trânsito estava razoável, chegamos na frente do estúdio, estacionei e desdemos, peguei meu celular e mandei um sms para o Bruno, avisando-o, de imediato sua resposta veio, dizendo para eu entrar. 

- Vamos? –  Chamei atenção da Mel. 

- Claro! Onde estamos? É bonito aqui! –  Sorriu abertamente. 

- É o estúdio de uma amiga, tenho que pegar umas coisas com ela. Vai amar lá dentro! - Sorri e coloquei minha mão no ombro dela, indicando onde nós deveríamos  

  Adentramos, a recepcionista do Bruno deu uma piscadinha para mim,  sorri em resposta de seu ato. É agora, empurrei a porta e ali estavam eles... 

- Me belisca? –  Ela perguntou com a voz tremula. 

- Não! E não grita! –  Dei um empurrãozinho nela. 

  Ela retirou o óculos de sol e seguiu até a direção deles, estava com um olhar num ponto fixo, no caso o Eric! Cheguei perto do Phil e perguntei do Bruno, porque até então não o vi ali. 

- Ele tá lá dentro, na hora certa ele vem! - Sorriu. 

- Ah, e ela, isso é normal acontecer com suas fãs?

- Até a parte dos gritos sim! – Riu também.

  Ela ficou quieta, não deu uma palavra, pelo menos eu não ouvi nada. Ela abraçou cada um deles com os olhos cheios de lágrimas e isso me fez bem, porque sei o quanto ela esperou por isso e eu consegui ajuda-la a realizar um sonho, e realizar sonhos é uma coisa que não tem preço.

- Eu não sei o que falar! – Mel deu sua primeira frase em tom alto fazendo todos rirem.

- Diz que me ama! – Bruno disse chegando atrás dela.

  O sorriso dos dois não tem como explicar, Bruno mostrou as covinhas e dentes perfeitamente alinhados e ela o sorriso mais puro, sincero e feliz que já vi. Normalmente os artistas não tem tanto contato assim com os fãs, mas esses meninos são diferentes, gostam de estar no meio delas e principalmente de fazê-las sorrir o que é algo bem fácil, né!

- Bruno, eu... Eu esperei dois anos por isso! – Mel falou grudada no pescoço dele.

- Só tenho a lhe agradecer por todo esse carinho. Mas como vocês me amam assim? Sou tão pequeno! – Brincou ele.

- You’re amazing just the way you are! - Respondeu ela.

- Essa fala é minha! – Bruno respondeu.

  Eu cumprimentei o Bruno e os meninos que faltaram e nós fomos para a parte de trás do estúdio, lá eles ficam mais a vontade, tem mais espaço e os estrumentos. Bruno pegou um violão e pediu para Mel sentar-se ao lado dele, ela prontamente aceitou. Ri muito dos covers ridículos que o Bruno fazia com a ajuda do Phil e Kam.

- Tenho a mais absoluta certeza que se não dessem certo como banda seriam palhaços! – Eu falei.

- Tá com invejinha Lívia, porque Jesus me fez perfeita? – Bruno falou com a voz de gay.

- Crystaaaal! – Mel gritou e todos eles riram, não intendi muito bem o sentido, mas ri também.

  Os meninos contaram piadas, histórias, cantaram e passaram a coreografia de Treasure com a Mel que sabia todos os paços. Já estava quase na hora do almoço, e eu como não tinha tomado café, estava com muita fome.

- Gente, vamos comer? Nós não tomamos café hoje! - Torci os lábios.

- Vamoooos! – Phil foi o primeiro a concordar.

  Organizamos as coisas ali atrás e fomos indo para a saída, mas Bruno me chamou para conversar no escritório dele. Os meninos foram indo para van com Mel e eu o segui.

- Tranca a porta! – Pediu ele.

- O que aconteceu? – Perguntei curiosa.

- Saudade! – Ele se aproximou de mim. – Não aguentava mais não poder falar com você direito! – Aproximou seu rosto e eu fiquei presa entre seu corpo e a porta.

- Vai com calma Senhor Mars! – Toquei meu indicador nos lábios dele.

- Não faz assim! – Ele disse dirando minha mão do seu rosto e me beijando.

  Eu amo beijar ele, a forma de como nossas línguas brincam, o gosto da boca dele, as leves mordidas que ele me dá, mas hoje não é um dia apropriado para fazer isso, não com a Mel aqui. Mas foi tarde de mais para negar seus lábios.

- Vamos para lá logo! Vão desconfiar! – Separamo-nos com selinhos.

- Vamos. – Saímos da sala.

  Assim que entramos na van o Phil nos olhou com uma cara de safado que eu fiquei completamente envergonhada, eles não sabem ser discretos.

- Tem um celular tocando! – Kam avisa e era o meu, levantei a mão num sinal de "é o meu, vou atender". 

- Fala Tory! – Atendi.

- Tenho novidade! Vamos para o Brooklyn mês que vem! – Disse animada.

- Sério? Isso é ótimo! Mas porque? – Perguntei.

- Você foi escalada para as entrevistas do VMA, eu serei sua ajudante e o Scott vai cuidar da filmagem! – Disse empolgada.

- Meu Deus, que ótimo! Bom, converso com você depois. Obrigada por avisar! – Agradeci-a.

- Boa tarde amor. Beijos. – Tory falou.

- Igualmente, beijo! – Desliguei o celular e estavam todos me olhando, eu hein.

- O que é ótimo? Hein? – Bruno perguntou, ele é mais curioso que eu.

- Fui escalada para as entrevistas do VMA no Brooklyn, mês que vem! – Sorri.

- Isso é destino! – Phil disse alto, apenas ri.  

- Por falar em destino, vocês me devem algumas explicações! São amigos desde quando? Planejam isso a quanto tempo? - Mel puxa assunto.

- Eu fui na casa dele fazer a entrevista que você gostou, acabamos ficando amigos, eu conheci a banda e depois que você pediu para conhecer ela nós começamos a planejar, já estava tudo certo!  - Expliquei resumidamente.

- Que safados! Minha prima e meu ídolo planejando isso juntos! Se for um sonho, não me acorda! - Pediu e nós rimos.

- Você nem sabe o quanto eles são... - Algum dos meninos que estavam na parte mais atrás da van comentou meio alto.

- Calem a boca aí atrás! - Bruno disse e eu fiquei vermelha.

- Hum, minha prima e meu ídolo! Hum-hum! Mas formam um casal bonito! - Ela disse sorrindo.

- Mel! - Repreendi.

- É sério Liv, você é linda, o Bruno é lindo, maravilhoso, gostoso, sexy e solteiro! Qual o problema? - Ela disse na maior cara de pau.

- Gostei dos elogios! Agora mudando de assunto! Esse seu look aí de chapéu e oncinha tem um significado, né? - Bruno riu e eu não entendi.

- Mars é claro! Meu ídolo disse que queria as fãs de oncinha! - Seus olhos brilharam!

- Não tem como não amar essas meninas! - Bruno abraçou-a de lado, dando um beijo em seu rosto em seguida.

- AAH, Bruno Mars me deu um beijo no rosto! Agora eu morro! - Mel falou, aos poucos está se soltando.

  Nunca tive um ídolo assim como a Mel, que idolatra, ama, briga e se duvidar até morre por ele, mas imagino o quão surreal deve ser estar com e ele e a banda junto, sabendo que aquilo é tudo um presente para ela! Entendo essa timidez que ela ainda tem, mas espero que ela se solte mais e possa aproveitar bem o dia de hoje, porque é o tipo de coisa que custa a acontecer de novo!

  [...]

#CONTINUA?

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Capítulo 21

  Melody POV’S

  Não por falta de educação e sim porque já sabem o que precisa e por preguiça não vou me apresentar. Essa semana foi tranquila, como estou de férias aproveitei para comprar umas coisas novas para viagem e descansar a cabeça mas na real o que eu consegui foi perder o sono, sabem a quanto tempo espero por isso? Dois anos e seis meses, pois é, sou fã do Bruno Mars a todo esse tempo e finalmente poderei conhecê-lo, ou não.

  Levantei cedo hoje, cinco horas da manhã, tomei banho, fiz chapinha nos cabelos, me arrumei toda, maquiagem simples só com o rímel, uma blusa azul, short branco, all star branco com costuras preto e meu colar favorito, de coração com espaço de fotos dentro que consequentemente tem o Bruno e a minha mãe, fã é fã.



- Filha, tem certeza que pegou tudo? Vai atinar achar seu avião? – Minha mãe perguntava preocupada antes deu entrar na sala de embarque.

- Peguei e é claro que vou achar ele mãe, qualquer coisa pergunto para alguém. Agora deixa eu ir! – Estava ansiosa de mais para chegar à cidade dos sonhos.

- Tá filha, me liga todos os dias. Aproveita e se conhecer o Bruno, manda ele abaixar os preços das coisas que ele vende porque não sou rica ainda! – Minha mãe disse debochada como sempre.

- Sinto informa-la, ele não fará isso! – Ri.

- Passageiros do voo 165 com destino a Los Angeles, por favor, compareçam a sala de embarque. – Uma voz enjoativa ecoou por todo saguão do aeroporto.

- Tenho que ir, uma semana estou de vota! Mãe, eu te amo! – Abracei-a fortemente. – Obrigada.

- Também te amo filha, toma cuidado! Boa viagem! – Recompensou o abraço e eu fui para a sala de embarque.


  Em poucos minutos já estava no avião, senti minhas pernas bambearem. Pus o cinto, mandei um sms para a Liv e conectei meu fone de ouvido no celular e tentei me concentrar nas músicas..

  Lívia POV'S

  Acordei cedo e vi que tinha um sms da Mel no celular. 

  "Já estou no avião, previsão de chegada é às oito horas. Até já <3" 

  "Vou me arrumar agora! Preparada para passear muito hoje minha linda? Beijos, até já" - Respondi-a.

    Nem tomei banho, já são sete horas e até eu me arrumar e chagar no aeroporto a Mel vai ficar esperando. Fui para o banheiro, fiz minha higiene matinal, fiz um delineado nos olhos e passei algumas camadas de rímel nos cílios. Voltei ao quarto, vesti uma calça jeans vermelha, uma blusa cinza e meus sapatos.


  Peguei minha bolsa e desci, no armário da cozinha tinha um bloquinho de papel e uma caneta, usei-o para deixar um recado na geladeira pro meu pai, já que não sei que horas voltaremos. Fui obrigada a atalhar o caminho por ruas de apertadas porque o movimento está forte, hoje tem show, não lembro de quem, mas não me interessa. Assim que cheguei no saguão do aeroporto vi no telão que o avião da Mel acabara de pousar, segui até a frente da porta do desembarque para espera-la, poucos minutos ela estava vindo em minha direção com o sorriso mais lindo do mundo, um que vi poucas vezes.

- Eu nem acredito! – Largou sua bagagem e me abrasou forte, retribui.

- Que saudades de você minha linda! – Falei. – Com fome? – Perguntei.

- Muita, comida de avião é muito ruim! – Fez careta e eu ri.

- Ótimo, não tem nada melhor do que um bom café da Starbucks! – Falei enquanto íamos à garagem.

- Starbucks, primeiro desejo prestes a ser realizado! - Falou animada.

  Guardei sua bagagem no porta-malas e entramos no carro, antes de arrancar ela pede uma foto, sorrio e respondo sim positivamente. Ela grudou meu pescoço e pronto.


- Finalmente... Oi Los Angeles, oi prima linda! – Disse enquanto digitava a legenda da foto. 

  Ficamos ouvindo rádio e conversando animadamente, ela me perguntava como era ser Jornalista, trabalhar numa revista importante e principalmente entrevistar famosos, então eu disse, a única pessoa realmente famosa, conhecida mundialmente que já entrevistei foi o Bruno, e só no tocar no nome dele ela ficou radiante.

- Qual a melhor coisa que vende na Starbucks? – Perguntou em dúvida no que pedir.

- Choco Chip e cupcake de baunilha com meio amargo! – Sorri.

- Vou pedir exatamente isso! – Sorriu.

  Fizemos o mesmo pedido, após alguns minutos finalmente chegou. Ela disse que se sentia uma caipira na cidade grande, acabei rindo do termo dela, mas não deixa de ser verdade. Finalizamos nosso café eu paguei e fomos embora, ainda temos lugares a conhecer ainda hoje.

- Tem algum lugar especial que queira conhecer? – Perguntei quando já estávamos no carro.

- O letreiro de Hollywood e Six Flags! – Respondeu animada.

- Maior montanha russa do mundo! Corajosa você, hein! – Brinquei.

 [...]

  O dia foi completamente divertido, eu ri muito dela quando fomos na loja de roupas artistas no shopping, ela teve um surto emocional ria e chorava ao mesmo tempo, queria ter filmado mas ela não deixou. Rodamos o shopping praticamente o dia inteiro, no final da tarde viemos para casa, ficamos com meu pai e para o jantar agora pouco fomos ao Outback, a famosa costela e cebola empanada, tudo uma delícia... Bom, agora são onze e quarenta a Mel já tomou banho e tá deitada na minha cama mexendo no notebook e agora vou eu. Separei meu pijama e fui para o banheiro...

  Mel POV’S

  Enquanto a Liv foi tomar banho eu aproveitei para esvaziar o cartão de memória do meu celular, ele já estava cheio e quando eu quis tirar foto do Tio, deu espaço insuficiente e para quem não sabe isso é uma das coisas que mais me irritam na face da terra, ah é, sou apaixonada por fotografia...

- I need your love, I need your time... – O celular da Liv começou a tocar sobre a mesa, resolvi atender mesmo sabendo que seja falta de educação, pode ser algo importante, olhei na tela e o nome Bruno estava piscando.

- Alô? – Perguntei e ninguém respondeu. – Alô? Alô? A Lívia está no banho, aqui é a prima dela. – Avisei e nada do tal Bruno responder, até eu ouvir o tu-tu-tu...

  Larguei o celular no criado mudo dela e terminei de salvar as fotos no pen drive.

  Lívia POV'S

  Tomei um banho bem lento, meus pés estavam doloridos de mais porque caminhamos o dia todo e eu fiquei de salto alto. Antes que alguém perguntasse se eu gastaria a água do planeta eu saí, me sequei, vesti-me e fiz minha higiene.

- Liv, um tal de Bruno te ligou... – Ela disse vidrada no notebook, engoli a seco.

- É... O que ele disse? – Temi que ela tivesse ligado o nome a pessoa.

- Nada! Eu disse que você estava no banho e era sua prima, daí desligaram! – Me olhou sorrindo de canto.

- Ah, tá! Obrigada, amanhã falo com ele! – Disse pegando meu celular e sentando-me ao lado dela.

- Posso saber que é ele? – Ela perguntou, pensa rápido Lívia.

- Trabalha comigo! – Menti, mas foi necessário.

- Ah, bom, vou dormir! Boa noite. – Disse fechando a tampa do notebook e indo coloca-lo sobre a mesa. – Obrigada pelo dia, foi maravilhoso! – Me deu um beijo e foi para sua cama.

- Esse foi só o primeiro dia! – Sorri. – Boa noite minha linda! – Me deitei também.

  Apaguei a luz, liguei a tv e coloquei o temporizador de meia hora, com todo nosso cansaço acho que levaremos menos que isso para pegar no sono, mas enfim, peguei meu celular para mandar um sms ao Bruno.

  “Sua sorte que ela não ligou nome a pessoa! Boa noite, como foi seu dia?” – Mandei, logo em seguida veio sua resposta.

  “Eu estava com saudades de você, mas Okay, desculpa! Tranquilo, essas duas semanas os shows são no Canadá. E o seu dia, como foi?” – Como assim ele vai para o Canadá? E a Mel?

  “Divertido, passeei bastante com a Mel, ela comprou duas camisetas com a sua cara. Como assim, Canadá? Como irá conhece-la?” – Respondi-o preocupada.

  “Calma meu anjo, eu vou lá dar uma entrevista de divulgação da Turnê, daí na outra semana vou para ficar e fazer os shows”. – Ele disse e eu soltei um suspiro alto de alívio, senti meus olhos pesarem e resolvi acabar com a conversa.

  “Ah bom! Vou ir dormir, chega de coisas por hoje. :/ Uma boa noite, se cuide. Beijos” – Enviei.
 

  “Boa noite linda, se cuida também. Beijos” – Sua resposta foi de imediato, bloqueei o celular e coloquei-o sobre o criado mudo, sem demora acabei ferrando no sono. 

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