Los Angeles. Estar aqui é mexer no passado literalmente, mas
eu não posso faltar com os detalhes do casamento da minha melhor amiga. Cheguei
ontem a noite (sexta) e vou embora amanhã. E hoje será o "Dia".
- Bom dia flores do dia! – ela fala quando eu saio do
quarto, já arrumada. – Você vai ir de salto? – continua.
- Quer calar a boca? – puxo seu braço e a carrego até a
cozinha rapidamente. - O Ryan está aqui, e sim, vou de salto porque já estou
inchada o suficiente e se eu não agir normalmente vai ficar na cara!
- Não está aqui quem falou, desculpa! – Tory joga as mãos
para o alto.
Tomamos café no caminho, eu comi só frutas picadas porque
abusar de manhã é pedir para por para fora e isso era o que eu menos queria que
acontecesse!
- Até mais tarde meninas, vou encontrar os caras no segundo
piso! – Ryan despede-se quando entramos na loja dos vestidos, à frente do
elevador.
- Se escolher merda, já sabe o vai acontecer não é?
- Eu te amo também Tory! – ele sorri sarcasticamente para
ela e entra no elevador.
Tory já tinha um vestido em mente, porém vários modelos
impressos numa folha e outros milhares para experimentar, sem contar o das
madrinhas e mãe.
- Você vai gerenciar as madrinhas, quando eu estiver mais ou
menos decida mando te chamar, ok? – ela pede, seguro suas mãos tremulas e beijo
sua testa, saindo em seguida para a ala dois.
Deixei Madson, Cher e Jenifer escolherem vestidos primeiro e
apenas sorria com cada escolha. Mad e Cher são primas da Tory e Jenifer uma
amiga, a qual eu amava apesar de não manter contato. E não, não estava dando
certo, pois uma escolhia um, uma amarelo, outra azul e a outra rosa, tava uma bagunça e
um falatório que deixava qualquer pessoa tonta. Cheguei à atendente que estava
ficando doida e a levei para um canto.
- Desculpe por isso. – sorrimos. – Bom, sou a melhor amiga
da noiva e ela pediu para que os vestidos além de serem iguais, serem em tom de
bege com pedrinhas ou lantejoulas. – explico mais ou menos o que eu havia
entendido.
- Certo, vamos ali naquelas araras. Espero que elas não se
matem! – brincou a moça.
Eu não sei quantos vestidos eu peguei na mão, mas apenas
três agradou cem por cento e eles que eu iria levar para as meninas decidirem e
depois passar para a aprovação da Tory.
- Ei, gente! – falo alto. – As opções
são essas e estão de acordo com o pedido da Tory. – mostro os três e a decisão
vem à tartaruga.
- Cada uma experimenta um e no corpo de vocês a gente decide
o que acham? – a atendente sugere.
- E você Lívia? – Cher pergunta.
- Eu, hm, experimento o escolhido, por enquanto vou deixando
a noiva a par das escolhas! – mostro o celular e em fim elas entram nas
cabines.
[...]
Era a minha vez, entrei na cabine com o vestido e avisei a
atendente que provavelmente ele iria precisar de muitas alterações porque eu
estarei uma baleia no dia do casamento, ela achou graça.
- Se não falasse eu nunca iria imaginar! – ela ri. –
Parabéns, sua barriga está linda!
- Shiiu!!! Elas não sabem ainda, só a noiva e você!
- Oh, me desculpe! Vejamos...
O vestido era lindo, ele delineará a minha pança e
também a cintura fininha das meninas, ele era perfeito e acredito que para
todas. Era ele, sem dúvidas.
Voltei para a ala das noivas com sensação de missão cumprida
e agora o trabalho número dois, ajudar a noiva em apuros.
- Eu... Eu não sei! Eu amei os dois! – ela estava com a voz
tremula.
Tentei fazer votação por tópicos com ela e não deu certo,
era a mesma nota aos dois, mas um detalhe muito importante, um tinha renda e o
outro não, e renda foi um pedido do Ryan.
- E sobre o pedido do Ryan? – aponto para linda renda que
tinha no vestido.
- Tinha esquecido. Agora eu me vejo mais linda nesse, é o
modelo que eu escolhi e a renda que ele disse que achava lindo e homenageia sua
avó. – e suas lágrimas começam a escorrer.
- Viu? Não foi tão difícil! – abraço ela e não consigo
conter as minhas lágrimas também. - Você tá uma princesa! - abro um sorriso e ela também.
Agora quem estava
tremula era eu. Já passava da uma hora da tarde e o Ryan disse almoçaríamos
todos juntos, e todos inclui o Bruno, que é um dos padrinhos do casamento. Até
então, eu ainda não tinha visto ele.
Num carro foi a Tory e o Ryan, Cher, Jenifer e eu, e em
outro sobrou Bruno, Phil, Matt e Madson.
O restaurante era próximo ao apartamento da Tory e eu com certeza daria uma
desculpa para sair antes e não ter que dar de cara com o Bruno.
Fui apresentada a Matt, um amigo do Ryan, e cumprimentei
Phil e Bruno rapidamente, sem muitos toques. Assim que escolherem a mesa, fomos
avisados que os pratos eram apenas massa, e isso quer dizer qualquer tipo de
massa que possamos imaginar, e bem, comecei a pensar em um prato com muito
creme branco e fui obrigada a arrastar a Tory para o banheiro comigo.
Não tive de tempo nem de trancar a porta, isso é horrível,
saí da cabine e lavei a boca, enquanto a Tory ficava de braços cruzados me
olhando com cara de brava.
- Você tem que contar a ele! – ela repete a frase pela
quinta vez desde que lhe contei da gravidez.
- Eu vou contar, mas não agora, não hoje! Certo? Agora vamos
voltar, e agir naturalmente como se nada tivesse acontecido.
- Mas aconteceu. – diz Tory quando saímos do banheiro.
- Para de ser irritante, garota! – digo rindo.
- Ai, como eu senti falta desse mau humor natural! – sua mão se entrelaça na minha.
- Ei, não sou lésbica e seu noivo está ali. – ela gargalha e
solta nossas mãos.
- Idiota! – mostra língua.
Eu nem cruzava meu olhar com o do Bruno, apesar de sentir
seus olhares bastante insistentes. Fiquei sentada ao lado da Tory e na frente
de Jenifer, enquanto ele estava na outra ponta.
- Tá tão quieta,
Lívia! – Phil afirma.
- Eu te disse, estou muito cansada, trabalhei até tarde e
peguei um voo mais tarde ainda. – faço uma careta e ele ri.
- Viu, se morasse perto da gente não passaria por isso. –
ele faz uns barulhos com a boca e vejo o Bruno revirar os olhos enquanto
respira fundo.
- Coisas da vida, né careca!
O pessoal decidiu partir para a sobremesa e eu decidi que
era a hora de eu ir.
- Me empresta a chave do seu apartamento? – cochicho para a
Tory.
- Fujona filha da mãe! – ela resmunga e me entrega as
chaves.
- Calada! – sorrio. – Tchau, tchau pessoal! Foi ótimo o
almoço, mas eu preciso ir! – com a minha bolsa acomodada, pego a comanda e
levanto.
Phil e Ryan
perguntaram se eu queria carona e que eles não demorariam muito, agradeci e me
desculpei, eu que estava com pressa pra comprar “umas coisas”. Paguei a minha
parte e saí, no caminho a famosa confeitaria, à que sempre que dava eu Tory e
Fred tomávamos café.
Na frente o cheiro dos doces já chama atenção, pedi dois
cupcakes, um red velvet e outro de chocolate branco com oreo. No apartamento
tirei os saltos e me atirei no sofá com os meus deliciosos cupcakes.
- Desculpa bebê, eu nem tinha notado da falta que você sente
de ouvir eu conversar com você, é só que eu não estava acostumada com a ideia
ainda. Vou dar o meu melhor, filho! – passeei a mão pela barriga.
-Hm, chocolate é uma delícia só que você só vai provar mesmo
quando estiver bem grande, e é bem assustador isso. Você já irá completar cinco
meses, eu poderei saber se é uma menininha ou menininho e então sentirei todas
as suas primeiras descobertas e movimentos. Você já é grande bebê! – dou mais
mordidas no meu red velvet e continuo a conversar com o bebê.
Acabo pegando no sono e sou acordada com batidas insistentes
na porta.
- Já vai! – levanto com uma puta dor nas costas e abro a
porta.
- Trouxe sanduíches, salada de fruta, suco e sorvete, ah, e alguns panfletos para
pedirmos o jantar mais tarde! – ela sorri balançando a bolsa.
- Que eficiência. Trouxe isso mesmo?
- É claro, acha que vai ficar dando besteiras pro meu bebê?
– ela coloca as mãos na cintura como se fosse óbvio.
- Não se acostume, viu? A sua mãe não é tão eficiente assim, ela está aprendendo, ok? – passo a mão na barriga e ela ri.
- Por isso vou trazer vocês pra cá! Aliás, esse apartamento
vai ficar vazio muito em breve. – vai colocando as coisas na geladeira e eu
fico escorada na batente.
- Calma Tory! Eu nem se que conter para o Bruno!
- Pois deveria, quer que eu ligue para ele? – ela pega o
celular.
- Não, ainda não! Eu vou vir para cá algumas vezes ainda.
- Claro, eu vou casar e você vai ganhar, poxa Lívia, ele
merece saber! – ela para na minha frente.
- Eu vou contar okay? Mas não hoje! Em breve eu estarei de
volta, talvez mais preparada. – minto já que esse sentimento de estar preparada
quase falhou quando fui contar para a Fay, imagina para o Bruno.
- Bom, isso aqui é para o bebê.
- O que? – arregalo os olhos quando ela tira uma caixinha
branca da bolsa e me entrega. – É lindo, mesmo, muito lindo! Agradece a sua Titia,
esse é seu primeiro presente! – retiro o par de sapatinhos brancos. – Obrigada,
madrinha! – abraço ela fortemente.
- Espera aí, madrinha? – ela ergue a sobrancelha.
- Acho que estragamos a surpresa filho! – levanto os ombros
e ela começa a dar gritinhos.
- Meu Deus, cala a boca mulher! – bato com o sapato nela.
- Para, sou madrinha! – seus olhos brilham igual quando ela
decidiu qual seria o seu vestido.
[...]
O lado bom de estar estudando é que esse é o último ano, em breve acaba essa correria de provas. E bom, fiquei mais velha esse mês, agora é 18!!! Hahsuah, sei que não importa para vocês, mas isso me atrasa na fic, enfim, o que importa é que teve capítulo novo! :D
Não estranhem, a fanfic está corrida mesmo, se não vai ficar tediosa. É isso, gente, espero que gostem. Beijos!