Bruno POV’s
Morando e vodka, não tem lábios com gosto melhor que esse. Foi
errado, não deveria ter me aproveitado da “animação” dela, e mais ainda ter a
deixado beber todos aqueles drinks e goles do meu whisky, vamos nos arrepender,
fiz uma pequena merda! Mas ela parecia tão sóbria quanto eu... – Não interessa
Bruno, vocês são só amigos. – Meu consciente atrapalha meus devaneios.
Enquanto ia sendo puxado até o meio da pista, peguei o copo
de whisky da mão Phil, ele se assustou e depois riu.
- Se solta Bruno! – Ela disse divertida e bebeu um pouco do
whisky, sorri e tomei o resto.
Aquilo desceu queimando, deixei o copo numa mesa próximo a
gente e fui dançar. Músicas eletrônicas em festas são as melhores e a minha
parte favorita, me sinto livre, disposto e meu dever é apenas dançar, não tem regras
para ser obedecidas! Mas espera aí, que dança é essa? Isso não se faz com
homens! A Lívia não me parece tão sóbria. Qual é a dela? Enlouquecer-me ou
brincar comigo?
- Assim você não facilita as coisas Lívia! – Disse no ouvido dela
enquanto dançava de gostas para mim.
- Aproveita. – Respondeu.
Seus cabelos de um lado para o outro aflorando seu
maravilhoso perfume, sua dança mantendo nosso contato visual, às vezes seu
toque suave, tudo para me enlouquecer. Enquanto ela dançava de costas a mim, nos aproximei mais,
deixando-nos praticamente colados, nos mexíamos no mesmo ritmo, minha respiração
saia próximo ao pescoço dela e via-se quando ela se arrepiava. Tomamo-nos uma
distância significativa, mas o jeito em que ela se rebolava era impossível não
pensar e imaginar besteira, além do vestido se mexer um pouco em seu corpo, me
dando privilegiadas visões, e só me instigavam mais... – Controle-se Bruno. –Pensei.
Senti um toque no ombro, me virei e era o Phil, com uma
baita cara de safado, provavelmente estava nos cuidando.
- Bro, nós vamos indo! – Ele disse.
- É nós também, né Lívia? – A puxei e ela sorriu torto.
- Vai querer ir na Van? – Phil perguntou.
- Não, cade o Dre? –
- Tá lá fora. – Respondeu.
- Peço para ele dirigir! – Sorri.
Fomos saindo da
pista e indo na direção dos meninos, reparei que uns caras quase comiam a Lívia
com os olhos, e isso me deixou furioso mas respirei fundo.
- Aquilo foi um show de sedução, têm caras comentando! –
Ryan disse discretamente para mim.
- Eu sei, e você foi um né, mané! – Dei um tapa nele.
- Que isso, só apreciei, com todo respeito! – Respondeu.
Despedimo-nos do pessoal e saímos, Dre nos esperava na rua
de trás da boate, saímos pelos fundos do estacionamento, menos movimentado. Como
sou um cavalheiro em forma de Bruno Mars, assim que vi ela se arrepiar, retirei
meu casado e coloquei nela abrasando-a em seguida. Mais alguns passos e ali estava
o Dre, escorado no carro. Acomodamo-nos no banco de trás enquanto ele dirigia.
Entreguei-lhe seu celular que havia guardado antes da festa e pedi para que
avisasse seu pai irá dormir na minha casa, já que está tarde e é longe daqui. Ela
digitou uma mensagem e me devolveu o celular e o guardei.
[...]
A boate não é muito perto nem da minha casa, então
demoraríamos certo tempo até chegar e esse silêncio está me incomodando... Será
que eu fiz algo errado? Não deveria ter falado para ela dormir lá em casa? Será
que ela ficou triste por termos ido embora? Quero e vou saber o que aconteceu,
mas não agora com o Dre aqui. Apenas abracei-a fazendo repousar a cabeça no meu
peito e esperei chegar em casa...
- Obrigada Dre, boa noite! – Agradeci.
- Boa noite! – Respondeu e saiu.
Entramos em casa e ela sentou no sofá retirando logo seu
sapato, largando um profundo suspiro de alívio, será esse o motivo do silêncio?
- Tudo bem? – Perguntei sentando ao seu lado.
- Claro! Só estava com dor nos pés! – Respondeu sorrindo.
- Ah! Pensei que tivesse feito algo errado. – Não a olhei
nos olhos.
- Que? Claro que não! Nunca me diverti tanto numa festa! Foi
incrível, obrigada. – Me olhou sorrindo sem mostrar os dentes.
Já disse que o
sorriso dela é lindo? Até mesmo esse de timidez, sem mostrar os dentes... E principalmente quanto os lábios delas são carnudos? E os olhos claros marcantes, travessos? Ah...
- Bruno? – Me tirou dos pensamentos.
- É, de nada! – Ri. – Desculpa, viajei aqui...
- Posso tomar um banho? – Perguntou tímida.
- Claro!
[...]
- Dorme comigo? – Pedi.
Ela ficou em silêncio, provavelmente pensando na minha
resposta...
- Sim! – Sorriu.
Deitei e a chamei para deitar-se ao meu lado, assim feito a
puxei para mais perto de mim, fazendo repousar sua cabeça em mim novamente...
Peguei as embalagens de presente e roupas e subi, larguei sobre a cama vesti-as em seguida, me olhei no espelho, modéstia parte ficou lindo, as combinações que a Tory escolheu são ótimas, eu amei. Dobrei as roupas, vesti a minha e desci, ela terminava de lavar a louça. Peguei meu celular e nada, nem sinal, de ninguém, pai, Fred ou Bruno!
Acordei com a claridade no quarto, Liv dormia
serenamente, mas não abraçada a mim como quando nos deitamos. Levantei, fechei
mais a cortina e voltei para cama virada para ela e fiquei a olhando. Já passou
pela sua cabeça hipóteses de como ficaria sua vida se uma pessoa lhe deixasse?
Pois é, não consigo me ver longe da Lívia, dos conselhos, gargalhadas, abraços,
carinhos, e principalmente nossos beijos, mesmo sendo eles pouquíssimos. É um
misto de sentimentos quando vou vê-la, ou quando falam dela, sorrisos brotam de
meus lábios... – PARA BRUNO! PARA! – Meu consciente me contraria de novo...
- Oi. – Ela disse.
- Bom dia!
- Sabe cadê meu celular? – Perguntou com a mão na
cabeça.
Levantei e peguei o no bolso do meu casaco sobre a
cadeira, entrei a ela que agradeceu...
Lívia POV’s
Acordei com a minha cabeça latejando, parecia que ia
estourar, olhei para o lado e o Bruno estava me fitando, com um sorriso fofo
nos lábios... Pedi meu celular, estava sem completa noção de tempo, olhei eram
onze e meia, relativamente cedo para que foi dormir quase cinco horas da manhã.
Desbloqueei o celular e tinham duas mensagens.
1ª: “Tudo bem minha filha, se cuidem. Até amanhã, amo
você” – Resposta do meu pai quando eu o avisei que dormiria aqui no Bruno.
2ª: “Bom dia Liv, olha só, minhas férias mudaram esse
ano, elas serão em agosto, às duas primeiras semanas, sei que estou te pressionando
assim, mas eu não aguento mais, minha mãe disse que eu vou acabar parando num
hospital de tanta ansiedade. Desculpa, até mais!” – Mel e sua ansiedade. Acabei
rindo, pretendo conversar com o Bruno hoje, espero que não seja um abuso.
Bruno disse que ia preparar o café enquanto eu me
arrumava, assim feito desci para ajuda-lo.
- Cheiro bom! – Sorri. – Quer ajuda? – Perguntei.
- Não, já tá pronto! – Ele disse colocando o café na
bancada.
- Tem remédio para dor de cabeça? – Pedi tímida.
- Também de ressaca? – Riu de mim. – Ontem... Você
estava meio bêbada ou era só para me provocar? – Ele perguntou sério, era
brincadeira, queria testá-lo, mas foi culpa da bebida.
- Culpa do álcool! – Respondi com um sorriso amarelo.
- Isso não se faz, quase não aguentei! – Ele disse e
minhas bochechas passaram de rosadas para vermelho sangue.
- Desculpa! – Falei baixo sem olhá-lo e ele riu.
Tomamos café em silêncio, ainda sinto vergonha do que fiz
nada santo para uma mulher de quase vinte e sete anos, provocar o amigo...
Merda!
[...] * Semanas depois. 20 de Julho.
- MINHA LINDA TÁ FICANDO MAIS VEEEEEEEEELHA!!! – Tory pulava
na minha cama.
- Vaca! – Xinguei-a.
- Pode me xingar, mas levanta se dá um jeito pra não matar
ninguém do coração e desce! – Ela disse saindo do quarto.
Levantei e uma dor de cabeça me tomou, e isso foi culpa da
Tory, não é assim que se acordam pessoas que estão ficando velhas! Fui para o
banheiro, fiz minha higiene e saí. Não fiz questão de trocar de roupa. Peguei meu celular e desci.
- Posso te dar os parabéns decentemente agora? – Tory
sorriu.
- Claro! – Nos abraçamos.
- Meu amor, sei que você sabe que eu te desejo tudo de bom,
mas eu vou dizer mesmo assim, quero você seja muito feliz, tenha sempre saúde e
esse humor que contagia todos, esse carisma que cativa, e nunca tire esse
sorriso lindo dos lábios... E claro, não posso esquecer de dizer o quanto eu te
amo! Parabéns Liv!
- Muito obrigada, por tudo! Mas me fazer chorar não vale! –
Respondi secando as lágrimas.
- Chorona, toma café aí, vai! – Mandou.
Sentei-me na banca frente a ela e tinha preparado um verdadeiro
banquete...
Esse mês quem fez a entrevista especial foi a Tory, com o pessoal do The Walking Dead, ela ficou super feliz, a matéria ficou ótima e as fotos nem se falam, mas mesmo assim não bateu o record de vendas da edição com o Bruno... E por falar nele, já está tudo certo para o encontro dele com a Melody, mas sem detalhes agora. Nos falamos e encontramos quase sempre, menos essa semana que foi corrido para ele, ensaios, lançamentos e entrevistas...
Hoje é meu aniversário, vinte e sete anos e sabe aquela animação? Não está em mim! Meu pai está trabalhando hoje, saiu cedo, pleno sábado, o Bruno parece que não se lembrou, o Fred também não, pelo jeito será apenas eu e a Tory... Terminei de comer, estava uma delicia, tudo que eu mais gosto e engorda...
- Seu preeeeseeenteee! – Tory berrou no meu ouvido.
- Obrigada, mas não sou surda! – Falei olhando para o celular pela milésima vez.
- Ele não deu sinal ainda? – Ela percebeu, neguei com a cabeça. - Ele vai ligar, ainda é cedo! - Me animou.
Peguei a linda caixa de presente e desfiz o laço, só por fora eu já gostei, uma embalagem com detalhes azul e branco, Tory sempre acerta em tudo! Abri, uma blusa azul clara lisa e uma saia de seda preta mais um colar dourado com pedras em tons de azul, perfeito!
- Acertou de novo! Muito obrigada, é lindo! – Abracei-a de novo.
- Sou diva meu amor! Agora vai experimentar enquanto eu arrumo as coisas! – Mandou.
Peguei as embalagens de presente e roupas e subi, larguei sobre a cama vesti-as em seguida, me olhei no espelho, modéstia parte ficou lindo, as combinações que a Tory escolheu são ótimas, eu amei. Dobrei as roupas, vesti a minha e desci, ela terminava de lavar a louça. Peguei meu celular e nada, nem sinal, de ninguém, pai, Fred ou Bruno!
[...]