terça-feira, 27 de agosto de 2013

Capítulo 11


Bruno POV’s

  Morando e vodka, não tem lábios com gosto melhor que esse. Foi errado, não deveria ter me aproveitado da “animação” dela, e mais ainda ter a deixado beber todos aqueles drinks e goles do meu whisky, vamos nos arrepender, fiz uma pequena merda! Mas ela parecia tão sóbria quanto eu... – Não interessa Bruno, vocês são só amigos. – Meu consciente atrapalha meus devaneios.

  Enquanto ia sendo puxado até o meio da pista, peguei o copo de whisky da mão Phil, ele se assustou e depois riu.

- Se solta Bruno! – Ela disse divertida  e bebeu um pouco do whisky, sorri e tomei o resto.

  Aquilo desceu queimando, deixei o copo numa mesa próximo a gente e fui dançar. Músicas eletrônicas em festas são as melhores e a minha parte favorita, me sinto livre, disposto e meu dever é apenas dançar, não tem regras para ser obedecidas! Mas espera aí, que dança é essa? Isso não se faz com homens! A Lívia não me parece tão sóbria. Qual é a dela? Enlouquecer-me ou brincar comigo?

- Assim você não facilita as coisas Lívia! – Disse no ouvido dela enquanto dançava de gostas para mim.

- Aproveita. – Respondeu.                               

  Seus cabelos de um lado para o outro aflorando seu maravilhoso perfume, sua dança mantendo nosso contato visual, às vezes seu toque suave, tudo para me enlouquecer. Enquanto ela dançava de costas a mim, nos aproximei mais, deixando-nos praticamente colados, nos mexíamos no mesmo ritmo, minha respiração saia próximo ao pescoço dela e via-se quando ela se arrepiava. Tomamo-nos uma distância significativa, mas o jeito em que ela se rebolava era impossível não pensar e imaginar besteira, além do vestido se mexer um pouco em seu corpo, me dando privilegiadas visões, e só me instigavam mais... – Controle-se Bruno. –Pensei.

  Senti um toque no ombro, me virei e era o Phil, com uma baita cara de safado, provavelmente estava nos cuidando.

- Bro, nós vamos indo! – Ele disse.

- É nós também, né Lívia? – A puxei e ela sorriu torto.

- Vai querer ir na Van? – Phil perguntou.

- Não, cade o Dre? –

- Tá lá fora. – Respondeu.

- Peço para ele dirigir! – Sorri.

  Fomos saindo da pista e indo na direção dos meninos, reparei que uns caras quase comiam a Lívia com os olhos, e isso me deixou furioso mas respirei fundo.

- Aquilo foi um show de sedução, têm caras comentando! – Ryan disse discretamente para mim.

- Eu sei, e você foi um né, mané! – Dei um tapa nele.

- Que isso, só apreciei, com todo respeito! – Respondeu.

  Despedimo-nos do pessoal e saímos, Dre nos esperava na rua de trás da boate, saímos pelos fundos do estacionamento, menos movimentado. Como sou um cavalheiro em forma de Bruno Mars, assim que vi ela se arrepiar, retirei meu casado e coloquei nela abrasando-a em seguida. Mais alguns passos e ali estava o Dre, escorado no carro. Acomodamo-nos no banco de trás enquanto ele dirigia. Entreguei-lhe seu celular que havia guardado antes da festa e pedi para que avisasse seu pai irá dormir na minha casa, já que está tarde e é longe daqui. Ela digitou uma mensagem e me devolveu o celular e o guardei.

  A boate não é muito perto nem da minha casa, então demoraríamos certo tempo até chegar e esse silêncio está me incomodando... Será que eu fiz algo errado? Não deveria ter falado para ela dormir lá em casa? Será que ela ficou triste por termos ido embora? Quero e vou saber o que aconteceu, mas não agora com o Dre aqui. Apenas abracei-a fazendo repousar a cabeça no meu peito e esperei chegar em casa...

- Obrigada Dre, boa noite! – Agradeci.

- Boa noite! – Respondeu e saiu.

  Entramos em casa e ela sentou no sofá retirando logo seu sapato, largando um profundo suspiro de alívio, será esse o motivo do silêncio?

- Tudo bem? – Perguntei sentando ao seu lado.

- Claro! Só estava com dor nos pés! – Respondeu sorrindo.

- Ah! Pensei que tivesse feito algo errado. – Não a olhei nos olhos.

- Que? Claro que não! Nunca me diverti tanto numa festa! Foi incrível, obrigada. – Me olhou sorrindo sem mostrar os dentes.



  Já disse que o sorriso dela é lindo? Até mesmo esse de timidez, sem mostrar os dentes... E principalmente quanto os lábios delas são carnudos? E os olhos claros marcantes, travessos? Ah... 

- Bruno? – Me tirou dos pensamentos.

- É, de nada! – Ri. – Desculpa, viajei aqui...

- Posso tomar um banho? – Perguntou tímida.

- Claro!

[...]

- Dorme comigo? – Pedi.

  Ela ficou em silêncio, provavelmente pensando na minha resposta...

- Sim! – Sorriu.

  Deitei e a chamei para deitar-se ao meu lado, assim feito a puxei para mais perto de mim, fazendo repousar sua cabeça em mim novamente...

  Acordei com a claridade no quarto, Liv dormia serenamente, mas não abraçada a mim como quando nos deitamos. Levantei, fechei mais a cortina e voltei para cama virada para ela e fiquei a olhando. Já passou pela sua cabeça hipóteses de como ficaria sua vida se uma pessoa lhe deixasse? Pois é, não consigo me ver longe da Lívia, dos conselhos, gargalhadas, abraços, carinhos, e principalmente nossos beijos, mesmo sendo eles pouquíssimos. É um misto de sentimentos quando vou vê-la, ou quando falam dela, sorrisos brotam de meus lábios... – PARA BRUNO! PARA! – Meu consciente me contraria de novo...

- Oi. – Ela disse.

- Bom dia!

- Sabe cadê meu celular? – Perguntou com a mão na cabeça.

  Levantei e peguei o no bolso do meu casaco sobre a cadeira, entrei a ela que agradeceu...

  Lívia POV’s


  Acordei com a minha cabeça latejando, parecia que ia estourar, olhei para o lado e o Bruno estava me fitando, com um sorriso fofo nos lábios... Pedi meu celular, estava sem completa noção de tempo, olhei eram onze e meia, relativamente cedo para que foi dormir quase cinco horas da manhã. Desbloqueei o celular e tinham duas mensagens.

  1ª: “Tudo bem minha filha, se cuidem. Até amanhã, amo você” – Resposta do meu pai quando eu o avisei que dormiria aqui no Bruno.

  2ª: “Bom dia Liv, olha só, minhas férias mudaram esse ano, elas serão em agosto, às duas primeiras semanas, sei que estou te pressionando assim, mas eu não aguento mais, minha mãe disse que eu vou acabar parando num hospital de tanta ansiedade. Desculpa, até mais!” – Mel e sua ansiedade. Acabei rindo, pretendo conversar com o Bruno hoje, espero que não seja um abuso.

  Bruno disse que ia preparar o café enquanto eu me arrumava, assim feito desci para ajuda-lo.

- Cheiro bom! – Sorri. – Quer ajuda? – Perguntei.

- Não, já tá pronto! – Ele disse colocando o café na bancada.

- Tem remédio para dor de cabeça? – Pedi tímida.

- Também de ressaca? – Riu de mim. – Ontem... Você estava meio bêbada ou era só para me provocar? – Ele perguntou sério, era brincadeira, queria testá-lo, mas foi culpa da bebida.

- Culpa do álcool! – Respondi com um sorriso amarelo.

- Isso não se faz, quase não aguentei! – Ele disse e minhas bochechas passaram de rosadas para vermelho sangue.

- Desculpa! – Falei baixo sem olhá-lo e ele riu.

  Tomamos café em silêncio, ainda sinto vergonha do que fiz nada santo para uma mulher de quase vinte e sete anos, provocar o amigo... Merda!

  [...] * Semanas depois. 20 de Julho.

- MINHA LINDA TÁ FICANDO MAIS VEEEEEEEEELHA!!! – Tory pulava na minha cama.

- Vaca! – Xinguei-a.

- Pode me xingar, mas levanta se dá um jeito pra não matar ninguém do coração e desce! – Ela disse saindo do quarto.

  Levantei e uma dor de cabeça me tomou, e isso foi culpa da Tory, não é assim que se acordam pessoas que estão ficando velhas! Fui para o banheiro, fiz minha higiene e saí. Não fiz questão de trocar de roupa. Peguei meu celular e desci.

- Posso te dar os parabéns decentemente agora? – Tory sorriu.

- Claro! – Nos abraçamos.

- Meu amor, sei que você sabe que eu te desejo tudo de bom, mas eu vou dizer mesmo assim, quero você seja muito feliz, tenha sempre saúde e esse humor que contagia todos, esse carisma que cativa, e nunca tire esse sorriso lindo dos lábios... E claro, não posso esquecer de dizer o quanto eu te amo! Parabéns Liv! 

- Muito obrigada, por tudo! Mas me fazer chorar não vale! – Respondi secando as lágrimas.

- Chorona, toma café aí, vai! – Mandou.



  Sentei-me na banca frente a ela e tinha preparado um verdadeiro banquete...  

  Esse mês quem fez a entrevista especial foi a Tory, com o pessoal do The Walking Dead, ela ficou super feliz, a matéria ficou ótima e as fotos nem se falam, mas mesmo assim não bateu o record de vendas da edição com o Bruno... E por falar nele, já está tudo certo para o encontro dele com a Melody, mas sem detalhes agora. Nos falamos e encontramos quase sempre, menos essa semana que foi corrido para ele, ensaios, lançamentos e entrevistas...

  Hoje é meu aniversário, vinte e sete anos e sabe aquela animação? Não está em mim! Meu pai está trabalhando hoje, saiu cedo, pleno sábado, o Bruno parece que não se lembrou, o Fred também não, pelo jeito será apenas eu e a Tory... Terminei de comer, estava uma delicia, tudo que eu mais gosto e engorda... 

  - Seu preeeeseeenteee! –  Tory berrou no meu ouvido. 

- Obrigada, mas não sou surda! –  Falei olhando para o celular pela milésima vez. 

- Ele não deu sinal ainda? –  Ela percebeu, neguei com a cabeça. - Ele vai ligar, ainda é cedo! - Me animou. 

  Peguei a linda caixa de presente e desfiz o laço, só por fora eu já gostei, uma embalagem com detalhes azul e branco, Tory sempre acerta em tudo! Abri, uma blusa azul clara lisa e uma saia de seda preta mais um colar dourado com pedras em tons de azul, perfeito! 

- Acertou de novo! Muito obrigada, é lindo! –  Abracei-a de novo. 

- Sou diva meu amor! Agora vai experimentar enquanto eu arrumo as coisas! –  Mandou. 

  Peguei as embalagens de presente e roupas e subi, larguei sobre a cama vesti-as em seguida, me olhei no espelho, modéstia parte ficou lindo, as combinações que a Tory escolheu são ótimas, eu amei. Dobrei as roupas, vesti a minha e desci, ela terminava de lavar a louça. Peguei meu celular e nada, nem sinal, de ninguém, pai, Fred ou Bruno! 

  [...]

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Capítulo 10


  • A foto da personagem nova já se encontra na aba dos personagens do blog. 
  • Obrigada pelos comentários anteriores!!! 


- Liv... Liv! Seu celular tá tocando! – Bruno me acordou.

  Tateei a mão pelo criado e atendi-o sem olhar quem era.

- Alô? – Eu disse.

- Lívia, é a Marie. – Disse.

- Oi, nossa, quanto tempo! Como vai? – Perguntei depois de reconhecê-la.

- Pois é, tempo mesmo. Então, lembra da Melody?

- Claro, como ela tá?

- Bem, e querendo falar com você a mais de um mês, espera um minuto aí. – Ela disse.

  Marie é um pouco mais velha que eu, e quando eu nasci foi à mãe dela que ajudou meu pai, que teve que aprender a cuidar de mim sozinho. De toda família, tanto por parte de pai e mãe, a Tia Elena foi à única que ajudou, mesmo com a distância e pouca renda, serei eternamente grata a ela. Fazem mais de três anos que a Tia Elena morreu e eu acabei perdendo contato com elas, principalmente a Melody minha prima de segundo grau, filha da Marie.

- Liv? – Saudades da voz doce da Mel.

- Oi Mel, como vai? – Perguntei.

- Vou bem, e com saudades de você! Olha só, eu amei a sua entrevista com o Bruno, diferente das outras. – Ela disse.

- É? Como assim diferente das outras? – Perguntei e olhei para o Bruno.

- Sou uma Hooligan, e como todas, não aguentava mais as mesmas perguntas sendo feitas para o Bruno, você diferenciou, foi ótimo, descobrimos algumas coisas a mais sobre ele. – Ela respondeu e eu entendi onde ela quer chegar.

- Fico feliz por ter agrado vocês... Posso adivinhar o que você quer?

- Você é inteligente! – Rimos. – Ah Liv, sei que é chato, pareço interesseira, mas por favor! Faz algo!

- Tá, eu prometo que vou tentar, mas antes você tem que estar bem na escola, para sua mãe deixar você vir para Los Angeles. – Respondi.

- Ela deixa, mas vou ter que arrumar um emprego!

- Não se preocupa com isso! Olha, tenho que desligar, mas se preocupe só com a escola, quem sabe nas suas férias mês que vem!

- Ai meu coração! Não faz isso comigo Lívia Kendrick.

- Bobinha, de quem é esse número? Da Marie mesmo? – Perguntei.

- É sim, pode salvar! Bom, até mais! E obrigada!

- Nada meu amor! – Desligamos.

  Larguei o celular no lugar e me espreguicei. Ah Mel, mais três anos sem falar com ela, esse menina é um anjo, mais carinhosa que ela nunca vi igual, fiquei feliz por ela ter corrido atrás de seu sonho, atrás de ajuda para realiza-lo. Já disse que irei fazer o possível para ajudar minha prima? Pois é, vou. Não será tão difícil.

- Algum problema? – Bruno perguntou.

- Não, nenhum! Dormi muito? – Perguntei sorrindo.

- Não sei, porque eu dormir também!

- Que cara de pau! – Falei e ele soltou uma risada gostosa.

- Que horas são?

- Quase cinco horas da tarde! – Respondi.

  Bruno ia falar alguma coisa, mas seu telefone não permitiu. Ele suspirou e atendeu. Eu levantei da cama e fui para o banheiro, minha cara deveria estar assustadora, cabelos bagunçados, rosto inchado... Lavei o rosto e voltei para o quarto, Bruno já havia desligado o celular e estava fitando o chão.

- Quer ir numa festa comigo? – Foi direto.

- Festa?

-É, um amigo do Ryan será o DJ e ele deu os ingressos vips para gente... Quero que vá comigo! – Ele disse.

- Claro, faz tempo que não vou à uma festa!

  [...]

- Liv, vai demorar muito? Tenho que me arrumar também! – Bruno disse do quarto.

- Só mais uns minutos! Estou terminando! – Falei colocando meus brincos. 


  Confesso que quando o Bruno me convidou pensei em negar, pois festas como esse não são para amigos, mas desisti, minha resposta saiu mais rápida do que eu imaginei. Bruno pediu para eu me arrumar logo, pois passaríamos na casa dele, jantaríamos, ele se arrumaria e só aí iríamos para festa. 

  Já disse que o Bruno é meio impaciente? Ele é, de mais! Já é a terceira vez que ele me pergunta se estou pronta em quarenta minutos, e isso me fez pensar que ele não conhece uma mulher prestes a ir a uma balada. Só faltava os brincos para eu terminar, os coloquei e saí do banheiro. 

- Meu Deus! Que responsabilidade a minha, tomar conta desse mulherão! – Ele disse com a mão no peito e um sorriso safado.

- Obrigada se isso foi um elogio! – Fiquei corada.

- Vamos então? – Perguntou ele meio nervoso.

- Vamos! 

  Dei uma abaixada no vestido e nós descemos, já tinha avisado meu pai que sairia hoje, até o convidei e como de costume ele não quis, disse que está velho de mais para isso.

- Pai, estamos indo! – Avisei.   

- Que vestido curto! – Ele diz.

- Também acho. – Bruno se meteu concordando.

- Ai como vocês são chatos! Parecem que nunca foram a uma festa! – Reclamei.

- Tá filha, sei que não adianta eu pedir, então Bruno, cuida dela, por favor!

- Me cuido sozinha gente! – Eu disse.

- Pode deixar senhor Antony! – Bruno me ignorou!

- Obrigada, boa festa! Se cuidem! – Meu pai me ignorou também, bufei e nós saímos.

  Eu odeio quando meu pai faz esse teatrinho na frente das pessoas, é legal ser protetor, mas isso é demais, qual é, é uma festa, século vinte e um, como ele acha que mulheres vão a festas hoje em dia? Se ele acha ruim eu vestida assim, imagina o que iria pensar dos microvestidos de outras mulheres?

- Tá brava? – Bruno perguntou quando já estávamos no carro.

- Dá para notar? – Perguntei.

- Aham! – Riu.

- Eu odeio esses teatros que meu pai faz! – Reclamei.

- Ele é seu pai, pais são assim! – Bruno tentou me acalmar.

  Ficamos conversando por mais um tempo, e finalmente chegamos a casa dele. Bruno foi direto ver o que tinha para comer reclamando de fome.

- Só tem sanduiche congelado, pode ser? – Perguntou ele.

- Pode sim!

- Quer beber o que? – Bruno perguntou de novo.

- Você escolhe!

  Ajudei o Bruno a preparar os sanduíches, que era só por no micro-ondas por 3 minutos. Feito isso, pegamos uma latinha de soda para cada um e fomos para a sala.

- Simples, rápido, prático e bom! – Ele disse dando um mordida enorme no sanduíche.

- Bom mesmo! – Concordei.

  Na televisão passava um filme, mas nem prestei atenção, meus pensamentos estavam na festa, estou ansiosa por ela, sinto que será divertido. Terminamos de comer e o Bruno levou as coisas para cozinha...

- Quer subir? Minha vez de ficar gostoso! – Ele disse então eu estou gostosa? Safado.

- Aham! – Respondi o contrário do que eu queria, não irei dar motivos para coisas que não devem acontecer.

  Sentei-me em sua cama e ele foi pro banheiro, enquanto ouvia-o cantarolar lá dentro, suspirava pelo perfume forte e gostoso dos seus produtos de banho. Tempo depois ele desligou o chuveiro e eu me arrepiei toda, pois o aroma dos seus produtos caros estavam cada vez mais forte, e são ótimos! Meu Deus! 

- Isso é um banho rápido! E não o seu! - Ele disse quando saiu com uma toalha enrolada na cintura.

-Bruno! Vai se vestir logo! - Pedi, era provocação de mais. 

  Ele deu uma gargalhada alta e gostosa e foi para o seu closet, já disse que o cheiro dos produtos de banho dele são ótimo? Eu sei que já, mas é só para deixar claro que a culpa não é minha, ele que está fazendo isso, e de propósito, tenho certeza. 

  Bruno voltou do closet devidamente vestido, all star, calça jeans escura, camisa amarelo queimado, casaco de couro, seu óculos, chapéu e colocares inseparáveis. Preciso dizer que ele tá lindo? É, acho que não. 


- Pra que óculos escuro Bruno? - Perguntei rindo. 

- Para esconder meu rosto, por causa dos fotógrafos! - Ele disse sério. 

- Como se não fosse fácil saber quem é o Bruno Mars! - Ri mais. 

- Às vezes resolve... - Riu. - Vamos!

  Descemos, reparei numa coisa que não deveria, na bunda do Bruno, na verdade na bunda que ele não tem, tive que me concentrar e respirar fundo para não gargalhar e ser chamada de louca. Entramos no carro, ele ligou o rádio baixinho e em questão de meia hora já estávamos estacionando no local, lotado, grande e muito bem iluminado. Ele desceu do carro e abriu a porta para mim, achei muito fofo isso. Entregou sua chave para o manobrista e nós entramos, pelos fundos.

- É lindo aqui! – Falei passando por uns corredores escuros.

- Lá dentro é muito mais! – Respondeu-me.

  Antes de chegarmos dentro da boate já era possível ouvir o som alto, e sim, estamos meio atrasados, a festa já começou. Assim que passamos pela porta do lateral, um segurança indicou o lado onde o resto da banda estava, mais fácil para gente.

- E aí! – Bruno disse para os meninos.

- Demorou hein! – Phil disse.

- Mulheres! – Bruno cochichou para ele, mas consegui escutar.
  
  Cumprimentei todos e fui puxada para pista de dança.

- Aproveita! – Bruno disse dançando.

  Aproveitar?! Palavra chave da noite. Os meninos se aproximaram de nós e formamos uma rodinha, me senti estranha, só tinham homens ali, sei que eles não são malucos, mas mesmo assim, fiquei meio envergonhada, para me salvar só uns drinks!

- Vou buscar uma bebida! – Bruno disse saindo de perto, e Ryan foi com ele.
  
  Continuei dançando e mesmo com vergonha um pouco de vergonha, deixei meu corpo responder por mim, se balançando de um lado para o outro. Já disse que Crazy Kids da Kesha tem um refrão grudento? É ótimo para dançar, animada, mas o refrão fica na cabeça depois.

[...]

  Três e meia da madrugada! Nunca dancei tanto, e o pior é que recém começou a festa, agora que o pessoal está animado. Aproveitei que o Bruno foi fazer um brinde com o DJ, para descansar. Saí caminhando em meio às pessoas até a área dos fumantes, me escorei no parapeito e fiquei olhando a rua. Que noite, que festa, que companhias, tudo tão perfeito! Há muito tempo não me divertia como hoje, e confesso que estou cansada...

- Porque tá aqui? – Bruno me abraçou.

- Que susto! Ah, descansando o corpo! – Falei sem olhai-o.

- Que fraca! – Ele riu e eu me arrepiei.

- Desacostumei com esse ritmo de festa! – Falei, agora virada para ele, e presa por seus braços.

- Vida do Bruno Mars é assim! – Convencido. 

  Ele sorriu e eu sorri em seguida, e só notei que aquilo era um pedido nudo para um beijo quando seus lábios se aproximavam dos meus. Tarde de mais. Correspondi, ele sugava e vasculhava minha boca, parecia que tinha um tesouro ali dentro e ele precisa recuperá-lo. O beijo tinha gosto de Whisky misturado com drink de morando, não posso negar que está ótimo. Sem ar ele cortou o beijo com selinhos, desde minha boca, à bochecha e pescoço... 

- Bru... Bruno! - Disse quase sem voz e toda arrepiada. 

- Desculpa, sei que eu não deveria! - Ele disse. 

- Aproveita! - Sorri e o puxei para a pista de dança de novo. 

  Espera...O que tá acontecendo comigo? Aproveitar? 



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Capítulo 9


  • Muito obrigada pelos comentários anteriores, e desculpem pela demora. 


- Já de salto minha filha? – Meu pai implicou quando me viu. 

- Claro, tenho visitas em casa! – Respondi e sorri ao Bruno.

- Não tem como negar, é o clone da mãe! – Ele resmungou e eu ri.

   Bruno ficou em silêncio, apenas observando meu pai, segui para cozinha e ele foi atrás...

- Eu trouxe chocolate, está no carro. – Ele disse baixo.

-Pode falar normal, Bru! E não precisava, mas obrigada! Quer beber alguma coisa? – Perguntei a ele.

- O mesmo que você! – Ele disse.

- Caipirinha de maracujá, já bebeu?

- O que é isso? – Riu.

- Você vai gostar.

  Peguei a coqueteleira no armário, em seguida o maracujá, três pedras de gelo, e a vodka, adicionei tudo na coqueteleira e bati, por ultimo acrescentei às três colheres de açúcar, bati mais um pouco e servi num copo e coloquei o canudo. Entreguei ao Bruno para que ele experimentasse.

- Isso é bom. De que país é isso? – Perguntou ele.

- Não sei, foi uma amiga minha que me ensinou a uns anos atrás, dá para fazer de vários sabores, mas maracujá é o meu favorito. – Respondi.

   Fomos para sala e meu pai engatou numa conversa com o Bruno, acabei ficando de fora, pois eles falavam sobre jogos de basquete e esse não é meu assunto favorito, tempo depois de conversa e eu “boiando” a campainha tocou, até que enfim. – Pensei. Levantei, abri a porta.

- Cheguei! – Tory disse animada.

- Ah, não me diga! – Rimos e ela me abraçou, em seguida o Fred, mas foi um abraço diferente, ele puxou minha cintura delicadamente para mais perto dele, mas me desvencilhei e fechei a porta.

- O galã já tá aí? – Tory arregalou os olhos.

- Sim. – Ri.

  Fui para sala com eles, todos se cumprimentaram normalmente, porém Fred está meio fechado, mas não diminuiu o interesse em conversar com meu pai e excluir o Bruno, ou talvez eu tenha entendido mal. Ficamos conversando, e pude sentir o incomodo do Bruno...

  [...]

- Liv, vou ter que ir! – Fred aviou.

- Por quê? O almoço já vai ficar pronto! – Eu disse.

- Desculpa, mas é importante. – Ele disse e tossiu.

- Você tá bem? – Coloquei minha mão em seu rosto.

- Tô sim, mas preciso ir, bom almoço para vocês! – Falou e saiu.

  Pouco tempo depois de conversa, eu e Tory fomos para cozinha preparar o almoço, e consequentemente Bruno teve que dar seu jeito de se enturmar. O prato de hoje seria carne assada com batata, arroz e salada. Estávamos lavando a salada para servir o almoço, quando um celular começou a tocar, em seguida a voz do Fred pedindo licença, e agora ele veio aqui se despedir.

- Fred tá meio estranho... – Tory comentou.

- De mais, esses dias o ouvi falando de hospital no telefone.

- Hospital? Será que ele tá doente?

- Não sei, mas fiquei preocupada. – Falei.

  Finalizamos o assunto e colocamos a comida à mesa.  Almoçamos em silêncio, acho que a fome era tanto que ninguém se deu o trabalho de falar...

- Muito bom filha! - Meu pai disse. 

- Muito mesmo! - Bruno concorda. 

- Desculpa, Tony, mas eu fiz mais que ela! - Tory avisou meu pai, na maior intimidade e cara de pau que só ela tem. 

- Você quis dizer a salada né? - Brinquei. 

- Para de esfregar na minha cara que eu não sou tão boa na cozinha quanto você! - Disse Tory. 

  Rimos e terminamos de almoçar, Tory disse que só porque eu esfreguei na cara dela que sei cozinhar ela não vai me ajudar a arrumar as coisas, dei ombros pois Bruno se propusera a ajudar. Recolhi as coisas da mesa e Bruno foi lavando a louça. 

- Acho que seu amigo não gostou muito de mim. - Bruno comentou enquanto lavava as coisas. 

- Não Bruno, na verdade não sei o que tá acontecendo com ele... - Encostei na pia. 

- Gosta dele né? - Perguntou sério. 

- Que? Não... Fred e a Tory são como irmãos que nunca tive! E como me apego muito rápidos as pessoas, me preocupo mais com elas do que comigo! - Expliquei.

- Admiro isso em você! - Sorriu.

  Continuamos conversando e arrumando a cozinha, ouvia-se as gargalhadas da Tory conforme algo engraçado que meu pai dizia, é incrível como eles se dão tão bem... Terminamos e fomos para sala.

- Vou buscar o chocolate! - Bruno disse.

- Tô vendo interesse em agradar as pessoas aqui, hein! - Tory disse.

- Tory cala a boca! - Mandei e meu pai riu.

  Fui com o Bruno até seu carro, ele pegou o chocolate e me entregou, uma caixa de Ferrero Rocher Collection. Como ele sabe que são meus favoritos?

- Você sabia que são meus favoritos? - Perguntei intrigada.

- Na verdade não! Comprei porque são os meus! - Ele riu.

- Ótimo gosto! Obrigada! - Agradeci e voltamos para dentro de casa.

  Ele seguiu para sala e eu para cozinha, abri o pote de acrílico e coloquei todos os bombons numa taça de vidro grande, coloquei os plásticos no lixo e fui para sala.

- Collection? Gente famosa é outro nível! - Brincou Tory.

 [...]

- Ai que sono! - Eu disse.

- Quer que eu vá embora para você dormir? - Bruno perguntou.

- Claro que não! - Sorri.

- Então deita, e dorme! - Ele bateu a mão ao seu lado da cama.

  Tory havia ido embora, disse que sua mãe a esperaria para sair, e meu pai foi deitar um pouco, e eu convidei o Bruno para assistir um filme, porém meu sono é maior que a vontade de ver filme. Retirei meus sapatos e os guardei, voltei a cama, ao lado do Bruno.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Capítulo 8



  • Atualizações: Mudei as folgas, agora são segundas, terças e quartas durante as manhas. E o aniversário da Lívia, ao invés do dia 20 de Outubro, será 20 de Julho. Então estamos no início do mês de Junho. (: 


- Trouble, troublemaker yeah. That’s your middle name. Oh, oh, oh, I know you’re no good you’re stuck in my brain… - De novo esqueci-me de desligar o despertador e acordei às sete horas da manha.

  Levantei, pois pessoas chatas como eu não conseguem voltar a dormir. Abri a janela como de costume e um lindo sol clareou o quarto. Resolvi tomar banho, sem lavar os cabelos, só para acordar. Saí, vesti uma legging cinza, uma blusa branca de alcinha, coloquei uma meia e meus tênis. Fiz um coque na cabeça, peguei meu óculos de sol, mp4 e desci.




  Farei uma coisa que não faço a alguns meses, caminhada pela quadra, talvez eu me anime a ponto de dar uma corridinha.

- Bom dia! – Sorri para o meu pai quando o vi na cozinha.

- Bom dia, não trabalha hoje? – Perguntou ele servindo-se de café.

- Ah é, esqueci-me de te contar, agora segundas, terças e quartas trabalho só à tarde. – Contei.

- Que mordomia em! – Rimos.

- Pois é... Então, vou dar uma caminhada, porque manter o corpão é bom! – Falei rindo.

- Isso mesmo! – Ele concordou.

  Peguei uma ameixa encima da bancada e saí. Liguei meu MP4, selecionei a lista de músicas, fiz um rápido alongamento e comecei minha caminhada. Faz alguns meses que relaxei, eu tinha uma vizinha que me acompanhava e se mudou, então perdi a companhia e o animo, mas agora pretendo voltar, ainda mais sabendo que terei três manhas livres. Dei três voltas pela imensa quadra, estou bem animada até, aproveitei a música Girl On Fire da Alícia para correr, mais uma volta pela quadra e está ótimo.

  [...]

- Pai, compra a carne para eu assar amanhã no almoço? – Pedi.

- Claro, quais?

- Ah, escolhe lá! Vou trabalhar, beijos! – Falei saindo sem ao menos esperar sua resposta.

  Sexta-feira!!! Nada de novo, só que ontem (quinta-feira), eu fui fotografar um shopping novo que abriu no centro de Los Angeles, teve uma festa de abertura, até alguns famosos e eu fui a encarregada de tirar as fotos para postar no site, nada de mais.

  Estacionei o carro, e subi. Duas pessoas estão atrasadas. – Pensei, ao ver que a sala estava vazia. Fui para minha mesa, organizei uns papeis fora do lugar, liguei meu notebook...

- Boom diiia! – Tory e Fred me assustaram entrando e falando juntos.

- Bom dia! – Sorri.

- Tudo certo para amanhã? – Fred perguntou indo para sua mesa, ligando seu notebook também.

- Claro! – Afirmei.

- Você convidou o Bruno? – Tory perguntou, o Bruno, esqueci dele.

- Putz, esqueci-me dele.. Pera ai, vou mandar um sms para ele. – Disse pegando meu celular para digitar mensagem.

  “Bom dia Bru, tudo bem? Farei um almoço lá em casa amanhã, ficaria feliz com sua presença. Beijos.” – Mandei.

  Não esperei sua resposta, acho até que ele esteja dormindo essa hora. Concentrei-me no trabalho e todas as atualizações que devo fazer hoje. Até não consigo intender porque os famosos insistem em lançar coisas novas sempre nas sextas e juntos, ou então porque as coisas resolvem dar problema no mesmo dia, e acham que a culpa é nossa!

  Editei tantas fotos que nem vi o tempo passar e o relógio marcar meio dia. Saímos para almoçar, aqui na frente do prédio da revista mesmo, a lanchonete de sempre, não demoramos e voltamos para o escritório, Fred disse que não poderia demorar porque está esperando uma ligação de confirmação. No caminho, aproveitei para olhar meu celular, desde a hora que mandei a mensagem para o Bruno esqueci-o. E como imaginei, sua resposta estava ali. 

  "Hum, quem vai?" 

  Grande resposta... Respondi-o.

  “Desculpa à demora. Irão a Tory, o Fred, meu pai e eu.”

  Em seguida sua resposta veio.

  “Tem certeza? Nem os conheço, e seu pai? Vai que ele não goste de mim... L
 
  “Larga de ser chato, eles são meus amigos, e meu pai é legal. Bom, pensa e me avisa, ficaria mais feliz se você fosse, agora tenho que trabalhar, se não posso não sair daqui hoje. Beijos!”

  Guardei o celular e voltei as minhas edições, finalizando do as, digitei a matéria falando sobre a abertura do novo shopping, algumas curiosidades, alguns famosos que passaram por lá e seus comentários positivos sobre o mesmo, além de ideias do que fazer quando for ao shopping.

- Falou com ele? – Tory perguntou tempo depois.

- Falei, ele tá com medo de vocês e do meu pai. – Rimos.

- Avisa para ele que eu não mordo, e o Fred muito menos. – Tory respondeu e Fred revirou os olhos.

   Ri dela e voltei ao trabalho. Atualizei o site sobre os últimos e próximos shows que terão em Los Angeles, valor dos ingressos, tipos de compra... Finalmente o final da tarde, e hora de ir embora. Hoje superou as manhãs que fiquei sem trabalhar, minha cabeça está a mil, tentei atualizar tudo, sem esquecer de nada, mas a sensação de que falta algo é como me sinto, e quer saber, azar! Deu meu horário e estou indo embora.

- Que horas amanhã? – Fred perguntou enquanto arrumávamos nossas coisas para ir embora.

- Há hora que acordaram e tiverem a fim de ir, sem compromisso e horários. – Respondi.

- Não fala assim, ele pode acabar chegando na hora do jantar! – Tory o zoou e ele a deu o dedo do meio.

- Ai, ai! Espero vocês amanhã, para o almoço! – Ri. – Beijos.

- Até. – Responderam e eu saí.

  Entrei no carro e fui para casa, na rádio só tocava os clássicos, anos 80, boas lembranças. Cheguei a casa, estacionei e desci.

- Oi. – Falei trancando a porta.

- Cansada? – Meu pai perguntou depois deu me atirar no sofá.

- De mais. – Sorri.

- Comprei as carnes. – Avisou.

- Brigada, vou tomar um banho e deitar! – Avisei também.

- Bom descanso!

- Igualmente. – Disse e subi.

  Larguei as coisas na cama e fui direto para o banheiro, tomei um banho rápido e saí, vesti meu pijama, recolhi as coisas da cama, as coloquei dentro do armário, dei uma arrumada no quarto, separei as roupas que estavam no sexto para amanhã desse-las para lavar. Liguei a tv e deitei. Já sentiu quando seus olhos se fecham e parece que tem areia? Pois é, estou assim, passei o dia na frente de um computador, e isso cansa.

- All I knew this morning when I woke. Is Iknow something now… - Taylor começou a cantar anunciando que meu celular está tocando. Tateei a mão pela cama até encontrá-lo, atendi.

- Oi. – Eu falei.

- Que voz triste, o que aconteceu? – Bruno perguntou.

- Nada, só tô cansada. Como vai? – Perguntei enquanto coçava os olhos.

- Tadinha... Então, vou ir amanhã, quer que leve alguma coisa? E que horas?

- Oba! Não precisa de nada, só sua presença. – Falei e imaginei aquele sorriso dele.

- Dessa vez quem tomou o chá de romantismo foi você! – Rimos.

- Não, tomei chá de cansaço mesmo! – Disse e ele riu.

- Vou deixar você descansar, até amanhã.

- Té... – Ficamos em silêncio. – Bruno?

- Oi?

- Ah, nada, Beijos! – Falei e ele riu, desligamos.

  Fiquei feliz por saber que ele virá, e meio confusa. Porque eu o chamei, mesmo sabendo que ele estaria ali? Eu hein, que retardadeza a minha! Preciso dormir. Larguei o celular e dormi, com a luz acesa e tv ligada mesmo.

[...]

- Filha, levante, já, já seus amigos chegam! – Meu pai me acordou.

- A-ham... – Virei para o lado.

- Voltou a ser criança para fazer isso? – Ele perguntou tentando puxar as cobertas.

- Eu tô com sono. – Resmunguei.

- Ok, quando eles chegarem, mando todos subir!

- Nãão, tá, estou indo! – Falei sentando-me na cama. 

  Ele riu, deu um beijo na minha testa e saiu do quarto. Me espreguicei, levantei, abri a janela e um sol forte invadiu o quarto. Fui para o banheiro. Saí, parei em frente ao guarda-roupa e fiquei pensando no que vestir, pensei, pensei e optei por um vestido azul. Terminei de vesti-lo e escutei a campainha, em seguida meu pai descendo as escadas. 

 - FILHA, O BRUNO! - Meu pai gritou. 

- Ah, sobe aqui, tô terminando de me arrumar! - Abri minha porta e respondi. - Pera, Bruno esse é meu pai, Antony, e pai esse é o Bruno. - Gritei de volta e ouvi eles rindo. 

  Deixei a porta aberta e corri para o banheiro. Passei a escova nos cabelos, fiz um coque e ouvi os toques na porta.

- Posso entrar? - Bruno disse e segui para encontrá-lo. 

- Oi, claro! - Nos abraçamos, suas mãos tomaram minha cintura e meus braços seu pescoço, pude sentir seu gostoso perfume masculino. 

- Seu abraço vicia! - Ele disse no meu ouvindo, antes de nos desvencilharmos. 

- Bobo. - Sorri. - Fica a vontade, vou terminar de me arrumar. - Disse ele foi sentar na minha cama. 

  Corri para o banheiro, passei o delineador, coloquei os brincos, arrumei meu coque e voltei ao quarto, passei pelo guarda-roupa, peguei minha ankle boot  azul e sentei-me próximo ao Bruno, para colocá-la.


- Cheguei cedo de mais né? - Ele perguntou me olhando. 

- Não, eu que acordei tarde. Vamos? - Levantei e ele respondeu sim. 

  Descemos. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Capítulo 7




- Bom dia de novo! – Bruno disse passando a mão nos cachinhos molhados do banho.

- Bom dia. – Sorri

- Ficou muito tempo aí me esperando? – Ele perguntou sendo ao meu lado.

- Uma hora! – Afirmei.

- Nossa, desculpa... – Torceu os lábios. – O que ficou fazendo? – Perguntou curioso.

- Sem problemas! Fiquei vendo o amanhecer! – Respondi.

- Nossa, tedioso! Agora vamos comer! – Ele disse levantando-se e indo para cozinha.

- O que tem de bom aí? – Perguntei apoioando meus braços na bancada.

- Mas é muito escalada, né? Pode vim me ajudar! – Bruno reclamou.

- Não, sou visita, se vira aí gnomo! – Zombei da cara dele.

- Há não, me chamar de gnomo dentro da minha casa e sair impune? Não aceito! Vai ficar sem café! – Ele disse fingindo chateação.

- Então, tchau! – Falei virando as costas para sair da cozinha.

- NÃO! – Ele disse me puxou pela cintura. – Estava brincando! – Falou no meu ouvido me fazendo arrepiar.

- Gnomo! – Retruquei-o.

  Terminamos nossa “discussão” ali, ajudei o Bruno a arrumar as coisas para tomarmos café, pois em seguida tenho que ir para casa e depois trabalhar. Conversávamos animadamente, afinal ainda existem várias coisas desconhecidas sobre cada um. Terminamos, ajudei-o a organizar a cozinha e decidir ir embora.

- Bru, vou indo, tá? – Perguntei.

- Não tá, não! Eu não quero e não vou deixar! – Ele disse se atirando no sofá.

- Uia, bravo assim? – Ri.

- Eu que mando! – Ergueu a mão.

- Não em mim! – Retruquei. – Vou ir mesmo! – Torci os lábios.

- Posso te levar? – Perguntou.

- Eu tô de carro! Lembra?!

- Você não facilita mesmo... – Revirou os olhos e eu ri.

  [...]

  Cheguei em casa, abri a porta e aquele silêncio chato estava presente, larguei as chaves na mesa e fui para o meu quarto, antes dei uma parada no escritório...

- Cheguei! – Anunciei para o meu pai, assim que abri a porta e vi-o ali.

- Bom dia! –Virou seu pescoço e sorriu!

- Bom dia. Vou me arrumar! Beijos! – Falei e fechei a porta, apenas o ouvi dizer beijos.

  Entrei no quarto, larguei minhas coisas sobre a cama e abri a janela, como de costume quando acordo de manhã. Tirei meus sapatos e guardei, aproveitei para escolher a roupa que irei vestir hoje, um dia relativamente agradável, separei a roupa deixando-as sobre a cama. Fui para o banheiro, tomei banho rápido e saí enrolada na toalha. Quando peguei a calça para vestir, meu celular tocou. Atendi.

- Fala Tory. – Disse ao ver quem era.

-Eu e o Fred vamos almoçar no Othon, quer ir? – Perguntou.

- Claro, recém saí do banho! – Avisei.

- Estou saindo de casa, te esperamos lá! – Respondeu.

- Okay, beijos. – Desligamos.

  Joguei o celular na cama e me vesti, calça jeans preta e a blusa azul que eu já havia separado, peguei meu sapato azul quase da cor da blusa e calcei. Penteei meus cabelos, passei o rímel, coloquei meus brincos e anel.


  Peguei as coisas que eu precisaria para hoje a tarde no trabalho e saí, antes passei no escritório de novo para falar com meu pai. 

- Paizinho, tô indo almoçar com a Tory e o Fred! - Falei de pressa. 

- Tudo bem, bom almoço, e bom trabalho. - Respondeu sorrindo. 

- Obrigada, igualmente! - Fechei a porta e desci correndo. 

  Entrei no carro e fui para o restaurante. Meia hora dirigindo finalmente meu destino. Desliguei o carro e desci. Já tinha ouvido meu celular apitar umas três vezes anunciando mensagem, mas como já estava perto ignorei. Entrei no restaurante e logo os vi. 

- Que demora para se arrumar, né! - Implicou Tory. 

- Oi, tudo bem comigo e você? - Ignorei-a. 

- Bem feito! Oi. - Disse Fred me dando um beijo na bochecha. 

- Desculpa, oi. - Tory disse me dando também um beijo na bochecha, sentei-me. 

[...]

Bruno POV’s

  Sabe quando apenas uma pessoa toma o seu pensamento e de uma forma mágica alivia todos os seus problemas? Estou assim, a Lívia tem um sorriso lindo, uma forma de lavar a vida que é impossível não contagiar quem está próximo, ela me faz ver as coisas de um jeito mais simples, ela não é qualquer amiga, ainda mais depois de um beijo, e por alguns instantes pensei que tivesse pisado na bola, mas não, ela também queria... Mas foi o momento, somos apenas amigos!

  Lívia dormiu aqui e foi embora agora a pouco, e eu irei dar uma passada no estúdio, afinal não irá me ajudar em nada ficar trancado sozinho dentro de casa. Peguei meu celular, carteira, cigarro e as chaves e saí. Dirigir nas ruas de Los Angeles quase onze horas da manhã é quase um pedido de engarrafamento, mas não quando se mora a doze anos aqui, coisas tipo cortar caminho se aprende com o tempo. Assim fiz, cortei caminho por umas ruas pouco movimentadas e cheguei no estúdio, estacionei e desci. Entrei.

- E aí cara? – Phil perguntou assim que me viu.

- Porque tá aqui? – Perguntei de volta.

- Tenho que assinar uns documentos da produtora. – Explicou.

- Ah, Okay... Vou tocar um pouco. – Falei e fui para sala de instrumentos.

- Ei, espera. Como você tá?

- Melhorando! – Sorri.

- E a Lívia? – Perguntou e eu sorri.

- Dormiu lá em casa ontem...

- E...?

- Nos beijamos! – Sorri abertamente ao lembrar do gosto dos lábios dela.

- Olha Bruno... Sei que vocês são amigos, que você ainda tem o mesmo pensamento de antes sobre “viver a vida“, mas vai com calma tá legal? Pensa em todas as garotas que você pegou, e quantas delas iriam para sua casa te ver chorar, sem nenhum interesse, apenas por apoio. Ou melhor, nas quantas que você não pegou e iriam para sua casa... – Avisou.

- Eu sei... Mas somos amigos e livres! – Reclamei.

- Sabe até que ponto o coração dela está livre? 

- Não...

- Pois é, vai com calma para não fazer merda, porque alguém como ela que se importa com você, nunca vi! – Disse Phil dando um tapinha no meu ombro e saindo da sala.

  Além deu ser um homem com conflitos internos, tenho o Phil, que às vezes ao invés de ajudar, me confunde mais. Mas uma coisa que aprendi é que um casal não vai para frente sozinho, então não adianta eu tentar sozinho, e outra que ainda é cedo!

  Peguei o violão e fiquei tocando, saíram algumas melodias legais, talvez um dia eu use-as para alguma música, anotei todas as notas no caderno e resolvi entrar no twitter, pois desde ‘o acontecido’, nunca mais apareci no twitter. Liguei o notebook, digitei minha senha de usuário e entrei no twitter. Li alguns recados, e todos me fortalecem, é estranho, mas apenas uma palavra vinda das fãs me faz bem.

- Estou muito grato a todo amor durante o momento mais difícil na minha vida. Vou estar logo de volta ao chão. Era o que minha mãe queria, ela me disse. – Twettei e senti meus olhos marejarem, além do nó na garganta.

  Apoiei meu cotovelo sobre a mesa e a cabeça sobre as mãos, em forma de abafar tudo que senti e espantar a dor. Levantei, desliguei o notebook e saí da sala de instrumentos.

- Que foi cara? – Phil perguntou.

- Entrei no twitter para agradecer os recados que recebi. – Tentei sorrir.

- Sei que é difícil cara, mas você tem que se esforçar para sair dessa, tem uma carreia pela frente, fãs, clipes, tour... E a Lívia! – Ele disse e sua última palavra me fez sorrir.

- Engraçadinho. – Debochei.

- Vai dizer que não é? É só eu falar no nome dela que você sorri!

- Vai à merda cara! – Ri.

- Não, vou para casa almoçar, quer ir? – Perguntou.

- Não, vou para a minha!

  Nos despedimos e saímos juntos, cara um para um lado. Na verdade não vou para casa, vou no apartamento do Ryan buscar o Geronimo...

[...]

Lívia POV’s

- O que acham de fazer um almoço lá em casa sábado? - Dei a ideia. 

- Eu acho ótimo! Levo o refrigerante! - Fred concordou. 

- Levo a salada! - Respondeu Tory. 

- Ok, nos combinamos durante a semana! Vou indo, beijos! - Disse pegando minhas coisas para sair da revista. 

  Eles acenaram e mandaram beijos, com minhas coisas em mãos fui para o carro... Nosso almoço foi bem divertido, o que não é para menos, porque esses dois juntos não existe tempo ruim, na volta, quando íamos para o trabalho dei carona para a Tory, porque o Fred ia passar em algum lugar antes de ir para revista, a conversa foi e voltou e eu acabei contando para ela que dormi na casa do Bruno, e nós nos beijamos, ela insistiu em dizer que estamos nos apaixonando e nos merecemos, já eu neguei falando que foi apenas o momento, porque somos só amigos, bons amigos. 

  Cheguei em casa, estacionei e entrei. 

- Boa noite! - Disse ao meu pai, depois que o vi na cozinha. 

- Como foi no trabalho? - Perguntou. 

- Tranquilo, e o senhor? - Educadamente retribui. 

- Cansativo! - Fez careta. 

- Mudando de assunto, o que acha de um almoço aqui? Eu, você, a Tory e o Fred? - Perguntei. 

- Ótimo! Mas não farei o almoço. 

- Eu faço! - Falei pegando uma maçã na cesta de frutas sobre a bancada. 

- Melhor ainda! - Respondeu ele sorrindo. 

- Tudo eu nessa casa. - Brinquei. - Vou tomar um banho e descansar, té mais! - Falei e dei um beijo na bochecha dele. 

- Té. 

  Sumi as escadas devagar, não que eu esteja cansada, porque quase não fiz nada hoje, não houveram notícias suficientes para me cansar, ainda mais por eu ter trabalhado só meio turno. Larguei as coisas sobre a mesa e me deitei, liguei a tv e fiquei assistindo o canal musical, top 5. Tocou Slow Down da Selana Gomez, depois Love Somebore do Maroon 5 , na sequência passou o clipe Crazy Kids - Ke$ha, o vídeo da Pink com o Nate Ruess - Just Give Me Reason e por último o Bruno, com When I Was Your Man. Peguei meu celular para mandar um sms para ele.

  "Pelo visto você se martiriza por não ter sido perfeito para uma garota que foi especial em sua vida... Seu clipe When I Was Your Man ficou em primeiro lugar no Top 5. Parabéns. E ah, você fica muito bonito de terno, com cara de homem sério. :P " - Digitei e mandei.

  Larguei o celular do meu lado, terminei de assistir o clipe e fui tomar banho. Despi minhas roupas e entrei no box, paz foi o que senti com a água morna correndo pelo meu corpo, lavei meus cabelos, finalizei o benho e saí enrolada na toalha, vesti meu pijama e voltei para o quarto, aproveitei para ver o Bruno tinha respondido, e sim, respondeu.

  "Não mais, esqueci algumas coisas quando te conheci, e continuo esquecendo a cada dia que passa. Obrigada. E ah, eu sou mais homem sério do que gnomo! O que faz?"

  "Awn, você não parece ser "idiota" como deixa transparecer na música, olha o que você acabou de me mandar... Deitei-me agora, e você?" - Mandei.

  " Repito, aprendi muita coisa, umas com a vida e outras com você! Estou deitado com o Geronimo do meu lado..."

  "Onde vende esse chá de romantismo que você bebeu? Aww, ele parece ser querido! *0*" - Respondi.

  "Você conseguiu acabar com meu romantismo agora! Sou muito mais querido do que ele! *-*"

  "Não mesmo, você é um gnomo."

  "Desisto, não dá para teimar com você... Você tem as respostas na ponta da língua e... Dedos! :("

  "Cada um banja do que pode! Haha. Irei dormir agora Bruno, boa noite, até mais. Beijos" - Mandei.

  Sua resposta não veio de imediato, fiquei esperando e o que veio foi uma ligação dele.

- Oi! - Falei rindo.

- Não quis dormir sem ouvir sua voz. - Imaginei seu bico.

- O que você anda tomando? Preciso disse também, quero ser mais romântica! - Respondi.

- Você é o meu chá. - Ele disse e eu fiquei em silêncio. - Liv? - Perguntou tempo depois.

- Oi? - Respondi.

- Constrangedor? - Perguntou ele.

- Um pouco! - Respondi e ele deu uma risada gostosa.

- É brincadeira boba! Então... Boa noite! - Ele disse.

- Boa noite, até mais! - Falei.

- Beijos. - Ele disse e eu desliguei.


  Ri dele, larguei o celular no criado mudo e dormi.