- Sua barriga está linda! – Fay comenta quando estávamos
sozinhas.
- Obrigada! – digo e ela me olha de forma sugestiva, pego
sua mão e coloco no local onde David mais chutou nesses últimos dias. –
Desculpa sair de lá tão rápido!
- Eu já imaginava, e tudo bem, você veio para perto do pai
do seu filho e o que eu quero é sejam felizes! - foi tão rápido a minha saída
que nem conversamos direito, ela tinha ficado bem chateada comigo.
- Você vem nos visitar, não é? – abraço-a.
- Com certeza! Acha que vou deixar de mimar o meu sobrinho?
– abro um sorriso.
Às pessoas foram se aproximando ao redor da pista, Bruno foi
para o piano e eu fiquei ali mesmo, junto de Fay, Ben, Scott e sua namorada.
Enchi os olhos de lágrimas ao ver eles tão sincronizados ao
som único e meloso que o Bruno tocou no piano. Aos poucos os convidados iam
indo para o meio da pista. Às irmãs do Bruno se soltaram com seus pares, Fay e
Ben, Scott e a namorada foram também, alguns meninos da banda já estavam
juntinhos de suas acompanhantes.
- Se recusar a dança, ficarei chateado! – ouço sua voz no
meu ouvido e me viro.
- Só estava esperando o convite! – abro um sorriso. Bruno
estica sua mão e eu seguro-a. Ficamos na lateral mais próxima a piscina.
Encaixei minhas mãos em seu pescoço e ele na minha cintura,
David nos matinha distante por segurança. Bruno colocou sua mão esquerda na
minha cabeça e faz com que eu encoste a mesma em seu ombro. Meu Deus, eu já
estava louca de cansaço.
Tory não havia me contado a sua segunda escolha de música,
ela apenas disse que os casais deveriam prestar atenção porque ela era linda. E
realmente é. A forma como eu e Bruno dançamos agora,
David entre nós, a música
nos embalando faz meu coração apertar, eu sinto aquele bem conhecido nó na
garganta e uma imensa vontade de chorar. Aos poucos seus braços me apertam
mais.
So I'm gonna love you (Então, eu
vou te amar)
Like I'm gonna lose you (Como se
eu fosse te perder)
I'm gonna hold you (Vou te
abraçar)
Like I'm saying goodbye (Como se
estivesse dizendo adeus)
Wherever we're standing (Aonde
quer que a gente esteja)
I won't take you for granted
'cause we'll never know when (Não vou me livrar de você pois nunca sabemos
quando)
When we'll run out of time so I'm
gonna love you (Quando vamos ficar sem tempo, por isso vou te amar)
Like I'm gonna lose you (Como se
eu fosse te perder)
I'm gonna love you like I'm gonna
lose you (Vou te amar como se fosse te perder)
Faço como
Bruno, aperto a ponta dos meus dedos em suas costas e fecho os olhos. Eu podia
sentir alguns olhares para nós e não queria vê-los. Queria que fosse apenas
Bruno e eu.
In
the blink of an eye (Num piscar de olhos)
Just a whisper of smoke (Como uma fumaça)
You could lose everything (Você pode perder tudo)
The truth is you never know (A verdade é que você nunca sabe)
So I'll kiss you longer baby (Então eu vou te beijar longo, amor)
Any chance that I get (Qualquer oportunidade que eu conseguir)
I'll make the most of the minutes and love with no regrets (Aproveitarei os minutos e vou amar sem arrependimentos)
Just a whisper of smoke (Como uma fumaça)
You could lose everything (Você pode perder tudo)
The truth is you never know (A verdade é que você nunca sabe)
So I'll kiss you longer baby (Então eu vou te beijar longo, amor)
Any chance that I get (Qualquer oportunidade que eu conseguir)
I'll make the most of the minutes and love with no regrets (Aproveitarei os minutos e vou amar sem arrependimentos)
Sinto
a minha primeira contração. Bruno separa um pouco nossos corpos e uni nossas
testas, fico ainda de olhos fechados e de novo eu sinto uma dor. Não era forte,
mas me deixou desconfortavelmente nervosa.
- Me
deixa cuidar de vocês, por favor, volta para mim? – ele fala carinhosamente.
-
Bruno... Eu... Preciso ir ao banheiro! – falo nos separando e saindo o mais
rápido que eu consigo da pista.
Entro desesperada na cabine e tranco a porta. Solto um
palavrão enquanto levanto o vestido para ver se tinha acontecido algo. E não
tinha. Eram só algumas dores, umas mais fortes e outras pouco mais fracas.
Aproveito para fazer a minha necessidade e saio depois de lavar as mãos.
- Aconteceu alguma coisa? – Bruno estava parado na porta de
olhos arregalados.
- Dores! – não abro um sorriso.
- Você quer sentar? – pergunta ele e eu fecho os olhos com
força e mordo meus lábios. – Isso não são contr...
- Talvez sejam contrações!
- Vai nascer? – seus olhos conseguem dobrar de tamanho.
- Não, a bolsa não estourou!
- Mas você tá sentindo dor!
- Não vai nascer Bruno! – falo e saio andando, devagar, como
se eu nunca tivesse sentido isso antes.
- Não me faz enfartar Lívia! – ele me segue e eu dou
risadas.
Era muito desconfortável, ela vinha e passava logo em
seguida e assim se repetiu umas quatro vezes, na hora eu me assustei porque
nunca havia sentido, achei que tivesse nascendo ou qualquer coisa assim, mas
não, não tinha nada errado.
Às vezes eu me canso do Bruno assim no meu encalço, mas eu
sei que ele está preocupado e tudo mais e agora eu sei que ele quer uma
resposta e eu também quero lhe dar ela, mas ainda não estou pronta para isso.
Eu prefiro quando ficamos em silêncio e nos entendemos por olhares.
Vamos juntos para a área de descanso atrás da piscina, Bruno
senta-se e aponta para si, eu sento e me encosto em seu peito. Tomo a liberdade
de afrouxar o nó de sua gravada e ele a retira por completo, sabia que aquilo
estava o incomodando, ele como um bom Havaiano não gostava muito de coisas em
seu pescoço.
- Pode dormir se quiser! – ele diz baixo.
- Obrigada! – viro minha cabeça e fico com os lábios quase
encostados em seu pescoço.
O tempo ia passando, ainda não era tarde e nem o final da
festa, mas algumas pessoas já estavam se despedindo e parabenizando os noivos.
Eu os olhava de longe, cada qual com um sorriso maior. Eu estava tão feliz por
eles. E as dores estavam iguais, porém eu já estava mais acostumada, apenas
mordia os lábios e esperava passar.
- Quem é a noiva mais linda? – pergunto alto para o Bruno
quando vejo ela se aproximar, ele ri e responde baixinho que seria eu, reviro
os olhos.
- Cansei! – ela se joga ao meu lado.
- Levanta essa bunda gorda e vai dançar mais! – empurro seu
braço e ela da risada.
- Só se dançar comigo! – ela coloca-se de pé rapidamente e
me oferece a sua mão.
- Ei, não vou sobrar e ter que dançar com o Ryan! – Bruno
reclama.
- Não disse para ir dançar com o meu marido! Fique longe
dele! – ela aponta o dedo para Bruno e depois da risada.
Fomos nós duas juntas para o centro da pista, e apesar de
cansada e com dor eu estava fazendo o que ela queria. O DJ tocava “A Sky Full
of the Stars”. Ficamos movendo nossos corpos em união, enquanto nossas mãos mantinham-se
grudadas.
- Obrigada por ser a minha melhor amiga sempre! – ela para
de repente.
- Obrigada por ser a minha melhor amiga sempre! – repito sua
frase e nos abraçamos.
Aos poucos outras mulheres foram se aproximando, deixando
seus parceiros olhando tudo de longe.
Antes do final da música Tory saiu
correndo segurando a ponta de seu lindo vestido e foi falar com DJ e quando
voltou começou a tocar uma música de Bruno, e
que fazia o maior sucesso mesmo depois de tantos anos, Uptown Funk.
Muito mais animadas do que antes as mulheres continuaram a
dançar, Kameron e Philip repetiram alguns passos do vídeo para chegar ao meio
da pista, Bruno veio depois, ficando no meio deles, Eric, Jamero, John, Dway e
o Jay entraram na onda também. Gritos e aplausos eram ouvidos enquanto eles
dançavam. Ryan arriscou alguns passos também. As pessoas ao redor deles
repetiam alguns passos, outras inventavam seus próprios, outras ajudavam animar
com palmas e assovios. Bruno e os meninos tinham uma conexão incrível.
- Que galera animada! – diz o DJ.
Ríamos e movíamos nossos corpos como dava. Eu sentia os
olhos de Bruno e o ignorava, sabia algumas pequenas partes da coreografia, mas
não iria lhe mostrar isso agora, preferia dançar diferente.
Parei. Olhei direto para Bruno e arregalei meus olhos,
depois olhei para o chão. Ainda estava no meio da música e sem emitir som
nenhum, falo sobre a bolsa e ele vem na minha direção rapidamente. Tory e
várias pessoas viram-se para mim. Eu estava morrendo de vergonha, a bolsa tinha
estourado no meio da pista de dança e todos me olhavam. Vejo Ryan acenar para o
DJ e ele parar a música.
- Agora nasce! – aperto os ombros de Bruno com a volta
daquelas dores.
- Eu... Eu, vamos sentar Lívia! – suas mãos tremiam ao redor
do meu corpo.
- O quê? Seu filho vai nascer e você quer que eu sente?
- Hospital Bruno! Hospital! – Tory sai gritando, eu a sigo
andando mais devagar e segurando a minha barriga.
- Bruno, vai buscar o carro que eu vou com ela até a frente!
– Jaime fala, ela e Tahiti ficam do meu lado. Meu Deus, que vergonha.
- David, meu filho, você poderia ter esperado mais um pouco,
querer nascer no meio de uma dança não foi muito legal da sua parte! – reclamo
e as duas dão risada da minha cara.
O caminho até a frente do Hotel foi demorado, às vezes eu
parava no meio do caminho, apertava a mão de cada uma das meninas e depois de
um tempo andavam mais um pouco. Às contrações não tinham um tempo certo e ainda
eram suportáveis.
- Dispensa o pessoal, amor! – Tory beija o Ryan.
- Ei... Não! Curte mais, deixa as pessoas aproveitarem mais.
- Cala boca e entra no carro do Bruno! – ela fala nada
educada e eu reviro os olhos, ultimamente eu não tinha muitas escolhas.
Deito a cabeça no banco e tento me acalmar. Meu corpo estava
quente mesmo com o tempo mais fresco, a adrenalina me tomava conta e o
nervosismo me dava mais medo. Depois que chegamos no Hospital não demorei para
ser atendida, fiz alguns exames e mandaram eu ficar de repouso e tomar o soro
que estimula as contrações. As dores apenas pioravam. Eu tinha quatro cm de
dilatação em duas horas de contrações, era bom, mas eu precisava de mais.
- Seu pai, David, é um filho da puta! – falo entre dentes e Bruno
arqueia a sobrancelha.
- Por quê?
- Você, me, engravidou! Ah! – agarro o ferro da cama e jogo
a cabeça para trás.
Eu tinha vontade de segurar o pescoço do Bruno entre as
minhas mãos nessa hora, era uma puta dor que vinha de tempos em tempos e sumia.
Eu estava toda suada e Bruno passava um pano em minha testa e pescoço, o que
não adiantava muita coisa.
- Meu Deus, filho! – passo a mão em minha barriga dura.
Quatro horas e meia já havia se passado desde que entrei
aqui e nada da dilatação aumentar, os quatro cm mantinham-se intactos. Depois
de alguns frascos do soro me perguntaram se eu queria tomar um banho, ou se eu
queria usar a bola de exercícios, optei por um banho mesmo quando tudo que eu
queria era que o bebê nascesse logo.
- Pai, faça lhe massagem nas costas! – a enfermeira diz a
Bruno e eu vou para o pequeno banheiro disponível ali.
Enquanto a água morna umedecia meu corpo eu deixei as
lágrimas caírem, Bruno fazia uma massagem boa nas minhas costas, mas não
aliviava nada, só me deixava mais nervosa por estar nua na sua frente.
- Eu não quero mais! – choramingo para ele.
- Eu queria pegar toda sua dor, mas eu não posso, então seja
forte pelo nosso menino. – Bruno diz, eu desligo a água e pego uma toalha para
tapar meu corpo e sair dali, mas não consigo, outra contração vem.
- Respira! – ele fala. Apoio minha cabeça em seu peito
mantendo meu corpo inclinado e meu peso todo nele, eu não tinha mais força.
Ao todo até agora foram seis horas e meia de contrações, eu
havia chego aqui no Hospital às três e pouca da madrugada e agora eram sete da
manhã. Meu corpo inteiro estava ficando mole, eu estava cansada da festa,
cansada das contrações, estava com dor e medo de acontecer algo com o meu
filho. Eu li milhares de coisas sobre isso, sabia que algumas mulheres chegavam
a ter quatorze horas de trabalho de parto, mas como uma mãe de primeira viagem
eu tremia de medo. O bebê estava na posição certa, o caso se reverteu com toda
a movimentação antes e durante a festa de casamento, mas eu não tinha o espaço
que ele precisava e isso estava me matando.
- Ela tá sentindo dor há horas, porque porra vocês não podem
fazer nada? – eu ouvia a voz do Bruno do lado de fora do quarto.
Tahiti entra no quarto, mesmo que eu tenha pedido que apenas
ele e os médicos entrassem.
- Bruno esta tão nervoso como você, mas é comum tudo. – ela
senta na ponta da minha cama.
- Eu sei. Mas eu acho que é o meu primeiro extinto mais
forte de mãe. – respondo a ela.
- É sim! De agora em diante eles só pioram, acredite! –
Tahiti sorri calma. Sinto minha barriga endurecer e fecho os olhos prevendo
outra contração e ouço a enfermeira entrar na sala e começar a falar.
- Você não teve o espaço até agora, então sua cesárea foi
marcada para as nove, daqui a duas horas.
Nós precisamos desse tempo e não se
preocupe. – diz enquanto ela chega o equipamento dos meus
batimentos e sai de
novo.
- Pelo menos sabemos que em duas horas ele nasce! – Tahiti
me dá um beijo na ponta da cabeça e passa a mão na barriga. – Aguenta firme,
Hernandez não desistem com facilidade! – sorri e sai do quarto.
Fico em dúvida se ela me chamou de Hernandez, ou chamou o
David, que na verdade já é um Hernandez, dou de ombros. Enfermeiras entravam e
saiam da sala, o Bruno andava em círculo e toda vez que eu gemia ele colocava
as mãos na cabeça, se não fosse tão dolorido eu iria rir dele.
Bruno POV’s
As enfermeiras me mandaram sair do quarto e esperar no
corredor, que assim que preparassem a Lívia, viriam me chamar para entrar. Meu
filho iria nascer, finalmente, depois de nove meses e oito horas de nervosismo.
Na sala de espera do Hospital estavam Phil e Urbana, Ryan e
Tory, Eric e Cindia, os amigos do trabalho dela da Carolina do Norte, minhas
irmãs e meu já tinha chego também. Era bastante gente. Os padrinhos eram Ryan e
Phil, Tory e Jaime e no fim David ganhou o marido da Jaime e Urbana de brinde.
- Peter Hernandez, por favor! – a enfermeira me chama e eu
vou quase que correndo.
Passo por uma sala onde higienizo meus braços, mãos e rosto
e visto uma roupa verde do Hospital, me senti um médico, sorri e entrei. A sala
com uma luz principal mais baixa e alguns focos de luz estrategicamente
posiciona sobre a barriga dela.
Havia algumas enfermeiras, dois médicos e alguns residentes.
Dou a volta em todos eles e vou para o lado da Lívia, beijo sua testa e ela
sorri agradecendo por eu estar ali, seguro uma de suas mãos. Eles começam a
cortar a barriga dela e eu tento não olhar, mas não aguento. Usam várias
ferramentas para chegar ao bebê, eu não sabia que tinham tantas camas assim de
pele e derivados.
- Papai, olhe esses cabelinhos! – o médico passa o dedo pela
cabeça do meu filho e eu abro um sorriso enorme.
- No três. – outro médico diz alto depois de encaixar o
fórceps. – Um, dois, três! – o puxam rapidamente.
- Papai, quer cortar? – o médico pergunta enquanto o entrega a uma enfermeira, respondo
positivamente.
Com as mãos tremulas eu passo a tesoura no cordão umbilical.
Seu pequeno corpinho é entregue a outra pessoa e começam passar mil e uma
coisas nele, não entendo nada. Olho para a Lívia e ouvimos seu choro estridente
logo em seguida. Às lágrimas tomaram conta de nós dois. Beijo novamente o topo
da cabeça dela e lhe dou os parabéns. Lívia toca meu rosto com uma mão e o
aproxima do seu, nossos lábios se tocam em um selinho demorado.
- Eu amo você! – eu falo por impulso, porém de coração.
Lívia apenas abre um sorriso e eu também
- Nasceu! Nasceu! – é só o que eu consigo dizer quando saio
da sala e encontro com todos. Meu pai é o primeiro abraçar, em seu ombro eu me
permito chorar um pouco mais.
- Como ele é? – Tory pergunta enquanto esta nos braços do
Ryan, com os olhos lacrimejados.
- Ah, ele é lindo, forte e... Mas vai ficar no oxigênio até o final da
tarde, seus pulmões enfraqueceram durante as horas de esperada da dilatação dela.
– sento ao lado do Eric.
Domingo, dia 05 de Outubro de 2016, às 09:55 da manhã, com 48 cm e 3,065 g David Kendrick Hernandez vem ao mundo.
[...]
- Como se sente mamãe? – depois de horas de descanso e
algumas visitas, o medico em conversar comigo.
- Ansiosa para ter o meu bebê nos braços! – respondo.
- Vou manda trazê-lo em breve, ele esta muito bem e não
precisará passar mais tempo longe da mamãe! – o doutor diz e eu abro um
sorriso. – Amanhã faremos mais alguns exames em vocês e se tudo estiver certo,
na manhã seguinte terá alta.
- Obrigada doutor! –
agradeço e ele logo sai do quarto.
O pessoal estava ansioso para ver a gente e como o bebê iria
demorar a sair da incubadora, eu pedi para todos irem embora, descansar e assim
que desse eu ligaria para avisá-los. Bruno bateu pé para ficar, mas eu queria ficar
um pouco sozinha também.
Eu havia tomado a decisão em relação a minha vida assim que
o meu filho nasceu, e agora, horas depois eu só tenho mais certeza do que eu
quero. Ligo para o Bruno, já no meio da tarde pedindo para ele vir, sem muita
demora ele chega.
- Veio correndo? – pergunto sentando-me melhor na cama e ele
responde que sim.
- Cadê o nosso filho? – pergunta.
- Já deve estar vindo! – ele senta na poltrona do lado da
minha cama e fica em silêncio. – Bruno?
- Eu!
- Você pode cuidar de nós o quanto quiser... E, hm, eu
também amo você! – mexo nas minhas próprias mãos e ele vem pra perto da cama.
- Não sabe o quanto eu esperei por essas palavras! – sorri, ele passa as mãos em meus cabelos.
Dou-lhe espaço na cama para deitar comigo e enfim podermos
unir nossos lábios como a muito tempo não fazíamos. Era o nosso melhor beijo,
com saudade, carinho, boas vindas.
- Mamãe papai, cheguei com muita fome! – a enfermeira, após
bater na porta, entra empurrando o berço dele, David já chega chorando.
Pego meu pequeno embrulho branco pela primeira vez, dou-lhe meu seio e
instantaneamente ele se acalma. Passo a mão em seus pequenos cabelos escuros,
em seu rostinho, suas mãozinhas e não aguento segurar as lágrimas. Ergo seu
pequeno bracinho e o encho de beijos. Ele era tão lindo. Tão perfeito
- Eu te amo tanto! – falo baixinho, enquanto o Bruno toca sua
cabeça.
- Que pais babões você, filho! – Bruno passa os dedos abaixo
de seus olhos e ri.
Termino de amamentá-lo e o entrego para o Bruno, pela primeira
vez. Eu não conseguia explicar a quão apaixonada eu estava pelo meu bebê, eu
poderia passar o resto dos meus dias apenas olhando-o.
Assim como Bruno.
- Vamos ligar para suas Tias loucas? E suas madrinhas? –
Bruno senta na poltrona e tira o celular do bolso e já vai discando para as
meninas.
- Brunooo! – ouço a voz da Presley.
- Fala baixo porque está no alto falante e meu filho está
dormindo em meus braços. – ele responde todo bobo.
- David está com eles, Jaime! – Tahiti quem diz, parece que
lá está no alto falante também.
- Chegamos em poucos minutos, Bruno! Beijos! – Pres responde
e desliga. Bruno ri e faz piadinha das irmãs e em seguida avisa Phil e Ryan
sobre o bebê.
- Meu amor, acabou o nosso sossego! – ele beija as bochechas
de David.
Aos poucos as pessoas iam chegando. Às irmãs do Bruno
trouxeram balões e flores. Ryan e Tory trouxeram um ursinho de pelúcia para
enfeitar o quarto. E assim eles iam se espalhando e babando o nosso filho.
Olho o bebê passar de mãos em mãos de tempo em tempo e fico
sorrindo. Bruno deita ao meu lado e me beija, na frente de todos, agora eu não
me importava mais. Eu estava feliz e realizada
com o meu filho, com o homem que eu amo, com a família que estava crescendo e
com todo o amor que transbordava naquele quarto.
- Obrigado, por tudo isso, amor! – Bruno fala.
FIM.
Bem minhas amoras, esse é o capítulo final, na semana que vem eu vou postar um pequeno epílogo para complementar essa parte e também um agradecimento especial.
Hoje tentarei ser direta, agradecei especialmente a Cassia por todo apoio e dedicação que ela me deu nesse parto, e por seu uma boa mãe, porque tenho certeza que ela é.
E por fim, o motivo pelo qual decidi "finalizar" a fanfic hoje, dia 17 de Julho. Há exatos dois anos atrás, apenas poucas horas mais cedo eu postei o primeiro capítulo, liberei a vocês muitos acontecimentos da minha vida, muitos sonhos meus, mágoas e simples acontecimentos do dia. Fico feliz que tenha dado certo e principalmente por cada um que leu, obrigada! Bom, isso é tudo o que eu posso falar por enquanto, afinal acabou, mas falta uma parte!
Espero que tenham gostado, de coração! <3 Deixem seus comentários, por favor!