sexta-feira, 17 de julho de 2015

Capítulo 82

- Sua barriga está linda! – Fay comenta quando estávamos sozinhas.

- Obrigada! – digo e ela me olha de forma sugestiva, pego sua mão e coloco no local onde David mais chutou nesses últimos dias. – Desculpa sair de lá tão rápido!

- Eu já imaginava, e tudo bem, você veio para perto do pai do seu filho e o que eu quero é sejam felizes! - foi tão rápido a minha saída que nem conversamos direito, ela tinha ficado bem chateada comigo.

- Você vem nos visitar, não é? – abraço-a.

- Com certeza! Acha que vou deixar de mimar o meu sobrinho? – abro um sorriso.

Às pessoas foram se aproximando ao redor da pista, Bruno foi para o piano e eu fiquei ali mesmo, junto de Fay, Ben, Scott e sua namorada.

Enchi os olhos de lágrimas ao ver eles tão sincronizados ao som único e meloso que o Bruno tocou no piano. Aos poucos os convidados iam indo para o meio da pista. Às irmãs do Bruno se soltaram com seus pares, Fay e Ben, Scott e a namorada foram também, alguns meninos da banda já estavam juntinhos de suas acompanhantes.


- Se recusar a dança, ficarei chateado! – ouço sua voz no meu ouvido e me viro.

- Só estava esperando o convite! – abro um sorriso. Bruno estica sua mão e eu seguro-a. Ficamos na lateral mais próxima a piscina.

Encaixei minhas mãos em seu pescoço e ele na minha cintura, David nos matinha distante por segurança. Bruno colocou sua mão esquerda na minha cabeça e faz com que eu encoste a mesma em seu ombro. Meu Deus, eu já estava louca de cansaço.

Tory não havia me contado a sua segunda escolha de música, ela apenas disse que os casais deveriam prestar atenção porque ela era linda. E realmente é. A forma como eu e Bruno dançamos agora, 
David entre nós, a música nos embalando faz meu coração apertar, eu sinto aquele bem conhecido nó na garganta e uma imensa vontade de chorar. Aos poucos seus braços me apertam mais. 

So I'm gonna love you (Então, eu vou te amar)
Like I'm gonna lose you (Como se eu fosse te perder)
I'm gonna hold you (Vou te abraçar)
Like I'm saying goodbye (Como se estivesse dizendo adeus)
Wherever we're standing (Aonde quer que a gente esteja)
I won't take you for granted 'cause we'll never know when (Não vou me livrar de você pois nunca sabemos quando)
When we'll run out of time so I'm gonna love you (Quando vamos ficar sem tempo, por isso vou te amar)
Like I'm gonna lose you (Como se eu fosse te perder)
I'm gonna love you like I'm gonna lose you (Vou te amar como se fosse te perder)

Faço como Bruno, aperto a ponta dos meus dedos em suas costas e fecho os olhos. Eu podia sentir alguns olhares para nós e não queria vê-los. Queria que fosse apenas Bruno e eu.

In the blink of an eye (Num piscar de olhos)
Just a whisper of smoke (Como uma fumaça)
You could lose everything (Você pode perder tudo)
The truth is you never know (A  verdade é que você nunca sabe)
So I'll kiss you longer baby (Então eu vou te beijar longo, amor)
Any chance that I get (Qualquer oportunidade que eu conseguir)
I'll make the most of the minutes and love with no regrets (Aproveitarei os minutos e vou amar sem arrependimentos)

Sinto a minha primeira contração. Bruno separa um pouco nossos corpos e uni nossas testas, fico ainda de olhos fechados e de novo eu sinto uma dor. Não era forte, mas me deixou desconfortavelmente nervosa.

- Me deixa cuidar de vocês, por favor, volta para mim? – ele fala carinhosamente.

- Bruno... Eu... Preciso ir ao banheiro! – falo nos separando e saindo o mais rápido que eu consigo da pista.

Entro desesperada na cabine e tranco a porta. Solto um palavrão enquanto levanto o vestido para ver se tinha acontecido algo. E não tinha. Eram só algumas dores, umas mais fortes e outras pouco mais fracas. Aproveito para fazer a minha necessidade e saio depois de lavar as mãos.

- Aconteceu alguma coisa? – Bruno estava parado na porta de olhos arregalados.

- Dores! – não abro um sorriso.

- Você quer sentar? – pergunta ele e eu fecho os olhos com força e mordo meus lábios. – Isso não são contr...

- Talvez sejam contrações!

- Vai nascer? – seus olhos conseguem dobrar de tamanho.

- Não, a bolsa não estourou!

- Mas você tá sentindo dor!

- Não vai nascer Bruno! – falo e saio andando, devagar, como se eu nunca tivesse sentido isso antes.

- Não me faz enfartar Lívia! – ele me segue e eu dou risadas.

Era muito desconfortável, ela vinha e passava logo em seguida e assim se repetiu umas quatro vezes, na hora eu me assustei porque nunca havia sentido, achei que tivesse nascendo ou qualquer coisa assim, mas não, não tinha nada errado.

Às vezes eu me canso do Bruno assim no meu encalço, mas eu sei que ele está preocupado e tudo mais e agora eu sei que ele quer uma resposta e eu também quero lhe dar ela, mas ainda não estou pronta para isso. Eu prefiro quando ficamos em silêncio e nos entendemos por olhares.

Vamos juntos para a área de descanso atrás da piscina, Bruno senta-se e aponta para si, eu sento e me encosto em seu peito. Tomo a liberdade de afrouxar o nó de sua gravada e ele a retira por completo, sabia que aquilo estava o incomodando, ele como um bom Havaiano não gostava muito de coisas em seu pescoço.

- Pode dormir se quiser! – ele diz baixo.

- Obrigada! – viro minha cabeça e fico com os lábios quase encostados em seu pescoço.

O tempo ia passando, ainda não era tarde e nem o final da festa, mas algumas pessoas já estavam se despedindo e parabenizando os noivos. Eu os olhava de longe, cada qual com um sorriso maior. Eu estava tão feliz por eles. E as dores estavam iguais, porém eu já estava mais acostumada, apenas mordia os lábios e esperava passar.

- Quem é a noiva mais linda? – pergunto alto para o Bruno quando vejo ela se aproximar, ele ri e responde baixinho que seria eu, reviro os olhos.

- Cansei! – ela se joga ao meu lado.

- Levanta essa bunda gorda e vai dançar mais! – empurro seu braço e ela da risada.

- Só se dançar comigo! – ela coloca-se de pé rapidamente e me oferece a sua mão.

- Ei, não vou sobrar e ter que dançar com o Ryan! – Bruno reclama.

- Não disse para ir dançar com o meu marido! Fique longe dele! – ela aponta o dedo para Bruno e depois da risada.

Fomos nós duas juntas para o centro da pista, e apesar de cansada e com dor eu estava fazendo o que ela queria. O DJ tocava “A Sky Full of the Stars”. Ficamos movendo nossos corpos em união, enquanto nossas mãos mantinham-se grudadas.

- Obrigada por ser a minha melhor amiga sempre! – ela para de repente. 

- Obrigada por ser a minha melhor amiga sempre! – repito sua frase e nos abraçamos.

Aos poucos outras mulheres foram se aproximando, deixando seus parceiros olhando tudo de longe. 
Antes do final da música Tory saiu correndo segurando a ponta de seu lindo vestido e foi falar com DJ e quando voltou começou a tocar uma música de Bruno, e que fazia o maior sucesso mesmo depois de tantos anos, Uptown Funk.

Muito mais animadas do que antes as mulheres continuaram a dançar, Kameron e Philip repetiram alguns passos do vídeo para chegar ao meio da pista, Bruno veio depois, ficando no meio deles, Eric, Jamero, John, Dway e o Jay entraram na onda também. Gritos e aplausos eram ouvidos enquanto eles dançavam. Ryan arriscou alguns passos também. As pessoas ao redor deles repetiam alguns passos, outras inventavam seus próprios, outras ajudavam animar com palmas e assovios. Bruno e os meninos tinham uma conexão incrível.

- Que galera animada! – diz o DJ.

Ríamos e movíamos nossos corpos como dava. Eu sentia os olhos de Bruno e o ignorava, sabia algumas pequenas partes da coreografia, mas não iria lhe mostrar isso agora, preferia dançar diferente.

Parei. Olhei direto para Bruno e arregalei meus olhos, depois olhei para o chão. Ainda estava no meio da música e sem emitir som nenhum, falo sobre a bolsa e ele vem na minha direção rapidamente. Tory e várias pessoas viram-se para mim. Eu estava morrendo de vergonha, a bolsa tinha estourado no meio da pista de dança e todos me olhavam. Vejo Ryan acenar para o DJ e ele parar a música.

- Agora nasce! – aperto os ombros de Bruno com a volta daquelas dores.

- Eu... Eu, vamos sentar Lívia! – suas mãos tremiam ao redor do meu corpo.

- O quê? Seu filho vai nascer e você quer que eu sente?

- Hospital Bruno! Hospital! – Tory sai gritando, eu a sigo andando mais devagar e segurando a minha barriga.

- Bruno, vai buscar o carro que eu vou com ela até a frente! – Jaime fala, ela e Tahiti ficam do meu lado. Meu Deus, que vergonha.

- David, meu filho, você poderia ter esperado mais um pouco, querer nascer no meio de uma dança não foi muito legal da sua parte! – reclamo e as duas dão risada da minha cara.

O caminho até a frente do Hotel foi demorado, às vezes eu parava no meio do caminho, apertava a mão de cada uma das meninas e depois de um tempo andavam mais um pouco. Às contrações não tinham um tempo certo e ainda eram suportáveis.

- Dispensa o pessoal, amor! – Tory beija o Ryan.

- Ei... Não! Curte mais, deixa as pessoas aproveitarem mais.

- Cala boca e entra no carro do Bruno! – ela fala nada educada e eu reviro os olhos, ultimamente eu não tinha muitas escolhas.

Deito a cabeça no banco e tento me acalmar. Meu corpo estava quente mesmo com o tempo mais fresco, a adrenalina me tomava conta e o nervosismo me dava mais medo. Depois que chegamos no Hospital não demorei para ser atendida, fiz alguns exames e mandaram eu ficar de repouso e tomar o soro que estimula as contrações. As dores apenas pioravam. Eu tinha quatro cm de dilatação em duas horas de contrações, era bom, mas eu precisava de mais.

- Seu pai, David, é um filho da puta! – falo entre dentes e Bruno arqueia a sobrancelha.

- Por quê?

- Você, me, engravidou! Ah! – agarro o ferro da cama e jogo a cabeça para trás.
Eu tinha vontade de segurar o pescoço do Bruno entre as minhas mãos nessa hora, era uma puta dor que vinha de tempos em tempos e sumia. Eu estava toda suada e Bruno passava um pano em minha testa e pescoço, o que não adiantava muita coisa.

- Meu Deus, filho! – passo a mão em minha barriga dura.

Quatro horas e meia já havia se passado desde que entrei aqui e nada da dilatação aumentar, os quatro cm mantinham-se intactos. Depois de alguns frascos do soro me perguntaram se eu queria tomar um banho, ou se eu queria usar a bola de exercícios, optei por um banho mesmo quando tudo que eu queria era que o bebê nascesse logo.

- Pai, faça lhe massagem nas costas! – a enfermeira diz a Bruno e eu vou para o pequeno banheiro disponível ali.

Enquanto a água morna umedecia meu corpo eu deixei as lágrimas caírem, Bruno fazia uma massagem boa nas minhas costas, mas não aliviava nada, só me deixava mais nervosa por estar nua na sua frente.

- Eu não quero mais! – choramingo para ele.

- Eu queria pegar toda sua dor, mas eu não posso, então seja forte pelo nosso menino. – Bruno diz, eu desligo a água e pego uma toalha para tapar meu corpo e sair dali, mas não consigo, outra contração vem.

- Respira! – ele fala. Apoio minha cabeça em seu peito mantendo meu corpo inclinado e meu peso todo nele, eu não tinha mais força.

Ao todo até agora foram seis horas e meia de contrações, eu havia chego aqui no Hospital às três e pouca da madrugada e agora eram sete da manhã. Meu corpo inteiro estava ficando mole, eu estava cansada da festa, cansada das contrações, estava com dor e medo de acontecer algo com o meu filho. Eu li milhares de coisas sobre isso, sabia que algumas mulheres chegavam a ter quatorze horas de trabalho de parto, mas como uma mãe de primeira viagem eu tremia de medo. O bebê estava na posição certa, o caso se reverteu com toda a movimentação antes e durante a festa de casamento, mas eu não tinha o espaço que ele precisava e isso estava me matando.

- Ela tá sentindo dor há horas, porque porra vocês não podem fazer nada? – eu ouvia a voz do Bruno do lado de fora do quarto.

Tahiti entra no quarto, mesmo que eu tenha pedido que apenas ele e os médicos entrassem.

- Bruno esta tão nervoso como você, mas é comum tudo. – ela senta na ponta da minha cama.

- Eu sei. Mas eu acho que é o meu primeiro extinto mais forte de mãe. – respondo a ela.

- É sim! De agora em diante eles só pioram, acredite! – Tahiti sorri calma. Sinto minha barriga endurecer e fecho os olhos prevendo outra contração e ouço a enfermeira entrar na sala e começar a falar.

- Você não teve o espaço até agora, então sua cesárea foi marcada para as nove, daqui a duas horas. 
Nós precisamos desse tempo e não se preocupe. – diz enquanto ela chega o equipamento dos meus 
batimentos e sai de novo.

- Pelo menos sabemos que em duas horas ele nasce! – Tahiti me dá um beijo na ponta da cabeça e passa a mão na barriga. – Aguenta firme, Hernandez não desistem com facilidade! – sorri e sai do quarto.

Fico em dúvida se ela me chamou de Hernandez, ou chamou o David, que na verdade já é um Hernandez, dou de ombros. Enfermeiras entravam e saiam da sala, o Bruno andava em círculo e toda vez que eu gemia ele colocava as mãos na cabeça, se não fosse tão dolorido eu iria rir dele.

Bruno POV’s

As enfermeiras me mandaram sair do quarto e esperar no corredor, que assim que preparassem a Lívia, viriam me chamar para entrar. Meu filho iria nascer, finalmente, depois de nove meses e oito horas de nervosismo.

Na sala de espera do Hospital estavam Phil e Urbana, Ryan e Tory, Eric e Cindia, os amigos do trabalho dela da Carolina do Norte, minhas irmãs e meu já tinha chego também. Era bastante gente. Os padrinhos eram Ryan e Phil, Tory e Jaime e no fim David ganhou o marido da Jaime e Urbana de brinde.  

- Peter Hernandez, por favor! – a enfermeira me chama e eu vou quase que correndo.
Passo por uma sala onde higienizo meus braços, mãos e rosto e visto uma roupa verde do Hospital, me senti um médico, sorri e entrei. A sala com uma luz principal mais baixa e alguns focos de luz estrategicamente posiciona sobre a barriga dela.

Havia algumas enfermeiras, dois médicos e alguns residentes. Dou a volta em todos eles e vou para o lado da Lívia, beijo sua testa e ela sorri agradecendo por eu estar ali, seguro uma de suas mãos. Eles começam a cortar a barriga dela e eu tento não olhar, mas não aguento. Usam várias ferramentas para chegar ao bebê, eu não sabia que tinham tantas camas assim de pele e derivados.

- Papai, olhe esses cabelinhos! – o médico passa o dedo pela cabeça do meu filho e eu abro um sorriso enorme.

- No três. – outro médico diz alto depois de encaixar o fórceps. – Um, dois, três! – o puxam rapidamente.

- Papai, quer cortar? – o médico pergunta enquanto o  entrega a uma enfermeira, respondo positivamente.

Com as mãos tremulas eu passo a tesoura no cordão umbilical. Seu pequeno corpinho é entregue a outra pessoa e começam passar mil e uma coisas nele, não entendo nada. Olho para a Lívia e ouvimos seu choro estridente logo em seguida. Às lágrimas tomaram conta de nós dois. Beijo novamente o topo da cabeça dela e lhe dou os parabéns. Lívia toca meu rosto com uma mão e o aproxima do seu, nossos lábios se tocam em um selinho demorado.

- Eu amo você! – eu falo por impulso, porém de coração. Lívia apenas abre um sorriso e eu também

- Nasceu! Nasceu! – é só o que eu consigo dizer quando saio da sala e encontro com todos. Meu pai é o primeiro abraçar, em seu ombro eu me permito chorar um pouco mais.

- Como ele é? – Tory pergunta enquanto esta nos braços do Ryan, com os olhos lacrimejados.

- Ah, ele é lindo, forte e...  Mas vai ficar no oxigênio até o final da tarde, seus pulmões enfraqueceram durante as horas de esperada da dilatação dela. – sento ao lado do Eric.


Domingo, dia 05 de Outubro de 2016, às 09:55 da manhã, com 48 cm e 3,065 g David Kendrick Hernandez vem ao mundo.

[...]

- Como se sente mamãe? – depois de horas de descanso e algumas visitas, o medico em conversar comigo.

- Ansiosa para ter o meu bebê nos braços! – respondo.

- Vou manda trazê-lo em breve, ele esta muito bem e não precisará passar mais tempo longe da mamãe! – o doutor diz e eu abro um sorriso. – Amanhã faremos mais alguns exames em vocês e se tudo estiver certo, na manhã seguinte terá alta.

 - Obrigada doutor! – agradeço e ele logo sai do quarto.

O pessoal estava ansioso para ver a gente e como o bebê iria demorar a sair da incubadora, eu pedi para todos irem embora, descansar e assim que desse eu ligaria para avisá-los. Bruno bateu pé para ficar, mas eu queria ficar um pouco sozinha também.

Eu havia tomado a decisão em relação a minha vida assim que o meu filho nasceu, e agora, horas depois eu só tenho mais certeza do que eu quero. Ligo para o Bruno, já no meio da tarde pedindo para ele vir, sem muita demora ele chega.

- Veio correndo? – pergunto sentando-me melhor na cama e ele responde que sim.

- Cadê o nosso filho? – pergunta.

- Já deve estar vindo! – ele senta na poltrona do lado da minha cama e fica em silêncio. – Bruno?

- Eu!

- Você pode cuidar de nós o quanto quiser... E, hm, eu também amo você! – mexo nas minhas próprias mãos e ele vem pra perto da cama.

- Não sabe o quanto eu esperei por essas palavras! –  sorri, ele passa as mãos em meus cabelos.

Dou-lhe espaço na cama para deitar comigo e enfim podermos unir nossos lábios como a muito tempo não fazíamos. Era o nosso melhor beijo, com saudade, carinho, boas vindas.

- Mamãe papai, cheguei com muita fome! – a enfermeira, após bater na porta, entra empurrando o berço dele, David já chega chorando.

Pego meu pequeno embrulho branco pela primeira vez, dou-lhe meu seio e instantaneamente ele se acalma. Passo a mão em seus pequenos cabelos escuros, em seu rostinho, suas mãozinhas e não aguento segurar as lágrimas. Ergo seu pequeno bracinho e o encho de beijos. Ele era tão lindo. Tão perfeito



- Eu te amo tanto! – falo baixinho, enquanto o Bruno toca sua cabeça.

- Que pais babões você, filho! – Bruno passa os dedos abaixo de seus olhos e ri.

Termino de amamentá-lo e o entrego para o Bruno, pela primeira vez. Eu não conseguia explicar a quão apaixonada eu estava pelo meu bebê, eu poderia passar o resto dos meus dias apenas olhando-o. 
Assim como Bruno.

- Vamos ligar para suas Tias loucas? E suas madrinhas? – Bruno senta na poltrona e tira o celular do bolso e já vai discando para as meninas.

- Brunooo! – ouço a voz da Presley.

- Fala baixo porque está no alto falante e meu filho está dormindo em meus braços. – ele responde todo bobo.

- David está com eles, Jaime! – Tahiti quem diz, parece que lá está no alto falante também.

- Chegamos em poucos minutos, Bruno! Beijos! – Pres responde e desliga. Bruno ri e faz piadinha das irmãs e em seguida avisa Phil e Ryan sobre o bebê.

- Meu amor, acabou o nosso sossego! – ele beija as bochechas de David.

Aos poucos as pessoas iam chegando. Às irmãs do Bruno trouxeram balões e flores. Ryan e Tory trouxeram um ursinho de pelúcia para enfeitar o quarto. E assim eles iam se espalhando e babando o nosso filho.

Olho o bebê passar de mãos em mãos de tempo em tempo e fico sorrindo. Bruno deita ao meu lado e me beija, na frente de todos, agora eu não me importava mais.  Eu estava feliz e realizada com o meu filho, com o homem que eu amo, com a família que estava crescendo e com todo o amor que transbordava naquele quarto.

- Obrigado, por tudo isso, amor! – Bruno fala.

FIM.

Bem minhas amoras, esse é o capítulo final, na semana que vem eu vou postar um pequeno epílogo para complementar essa parte e também um agradecimento especial. 
Hoje tentarei ser direta, agradecei especialmente a Cassia por todo apoio e dedicação que ela me deu nesse parto, e por seu uma boa mãe, porque tenho certeza que ela é. 
E por fim, o motivo pelo qual decidi "finalizar" a fanfic hoje, dia 17 de Julho. Há exatos dois anos atrás, apenas poucas horas mais cedo eu postei o primeiro capítulo, liberei a vocês muitos acontecimentos da minha vida, muitos sonhos meus, mágoas e simples acontecimentos do dia. Fico feliz que tenha dado certo e principalmente por cada um que leu, obrigada! Bom, isso é tudo o que eu posso falar por enquanto, afinal acabou, mas falta uma parte! 

Espero que tenham gostado, de coração! <3 Deixem seus comentários, por favor! 

5 comentários:

  1. OWMMMMMMMMMMMM muito obrigada meu amor, eu tento ser as melhor mãe possível.
    Imagina meu bem, eu que tenho que agradecer a paciência,e carinho que esta tendo comigo, o respeito, e atenção com o meu trabalho, retribuir lhe dedicando a minha atenção e respeito, foi um privilegio. Estarei aqui sempre.
    Eu li a sua fic desde o inicio. Ma realidade eu li, mas parei, e ja te o pq, -vc demorava horrores, e eu estava quase infartando de ansiedade- kkkkkkkkk Enfim, valeu a pena esperar, afinal eu li todos os caps em pouco mais de uma semana, e eu n me arrependi, por que eu ri, chorei, ru de novo, chorei ma is uma vez, me emocionei com a partida do pai dela, quando ela deixou o bruno uma, duas vezes. Eu me apaixonei, odiei, amei, sonhei, com eles, foi muito bom, de vdd.
    Parabéns pela linda historia, foi realmente muito linda.
    Tomara que volte muito em breve,e consiga postar com mais frequência...
    Bjs e ate o epilogo.

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  2. Bom, eu já começo reclamando e como tu sabe que eu sofro de antecipação, irei simplesmente ler tua próxima fic quando tiver no capítulo final, porque julha do céu, tu demora ANOS pra postar e ainda me vem com capítulo pequeno ¬¬
    Acho que hoje foi maior só porque é o último. :p
    Ainda me recuso que tenha acabado, me recuso a despedir-me da fic agora. Quero o epílogo, e nele quero dizer tudo que passei. POrra Julha, dois anos? Vá se catar u.u
    E FINALMENTE ESSES DOIS PARARAM DE CU DOCE E ADMITIRAM QUE SE AMAM <3 MEUS AMORES

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  3. OMG!!Como pode a pessoa chorar no capítulo final de uma fic como se fosse uma novela ??rsrsrs
    Ah,pena que acabou,mas td na vida acaba :(
    Foi um prazer poder ler essa fic tão intensa e emocionante
    .
    Quem dera que a realidade do nosso ídolo fosse assim!
    Parabéns Juh,vc é muito criativa e escreve mt bem!

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  4. Cadê a outra parte??Necessito!!Please.
    Preciso encerrar esse ciclo kkkk

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  5. Ei gente, estou viva! auhsuahsuh. Passando para avisar que eu não vou bostar o epílogo. Eu tenho uma cena em mente, mas não consigo escrevê-la, então desisti! Espero que mesmo assim tenham gostado da fic.
    Obrigada por ler e até a próxima. <3

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