quarta-feira, 17 de julho de 2013

Capítulo 1


- Bom dia Fred, muito atrasada? – Perguntei assim que entrei no escritório/redação da revista.

- Não, cinco minutos. Já volto. – Ele disse e se retirou da sala.

  Sentei na minha mesa, liguei notebook, e por sequência abri meu e-mail. Logo Fred voltou com dois copos de café na mão.

- E aí, novidades para nós? – Ele pergunta após me entregar o café.

- Nada ainda. Obrigada. – Agradeci e beberiquei o café.

- Onde a Tory se enfiou? Ela tá bem atrasada, e o Gregory não vai gostar, já pensou se ele entra... – Fred começou a falar e foi parado por que a porta se abriu e Tory entrou apressada.

- Desculpem, desculpem! Dormi de mais... E ei, quero café também! – Disse ela.

- Não foi à única, né Liv? – Disse Fred mais calmo.

- Tchau Fred! – Falei brincando e ele saiu rindo.

- Alguma novidade? – Ela perguntou referindo a possíveis trabalhos novos a algum de nós.

- Nada ainda. – Respondi e voltei-me a olhar o computador.

  Segundas-feiras é o dia que recebemos o planejamento do decorrer da semana, trabalhos novos ou não, por isso nossa ansiedade. Finalizei meu café.

- Como foi o final de semana? – Disse Tory puxando assunto.

- Só casa, e você? – Perguntei de volta a olhando por cima da tela do notebook.

- Também... Eu acho que já passou da hora de nós marcamos de sair novamente. – Ela disse enquanto organizava uns papéis em sua mesa.

- Concordo, e espero que me incluam nisso, se não, corto relações! – Disse Fred metido, entrando na sala.

- É claro que está, boy magia! Obrigada. – Brincou Tory e pegou seu café.

- Então, viu alguém importante pelos corredores? – Perguntei ao Fred.

- Não. Mas o Gregory acabou de chegar. – Ele disse e foi à direção de sua mesa, caso alguém entrasse de surpresa na sala.

- Não fomos às únicas atrasadas! – Tory mostrou língua.

  Voltei a olhar os e-mails, esperando algum novo chegar, sem sucesso. Abri o site e fiquei lendo as últimas matérias e notícias atualizadas. O telefone toca.

- Lívia, bom dia. – Falei após atender.

- Bom dia Lívia, desculpe o atraso. Estou a mandar o planejamento agora. – Disse Gregory.

- Sem problemas, obrigada! – Falei e desliguei.

  Os olhares curiosos de Fred e Tory se voltaram a mim, ri e mexi os lábios de um lado para o outro, com os olhos na tela do notebook a espera do planejamento atrasado. Chegou. Suspirei e abri.

- Bom... Capa do mês e matéria especial: Bruno Mars, por Lívia Kendrick. Atualizações sobre os famosos e moda por Vitória Ward, música e dicas extra por Fred Wells. – Falei calma tentando assimilar cada palavra que li.

- Grita! Grita porque isso é um sonho. Você entrevistará o Bruno Mars! – Disse Fred se abanando.

- Que sorte amiga... Aposto que a Sofia tá se mordendo de raiva! – Ela disse rindo.

- Pior... – Concordei com ela.

- Por falar nela, qual área é a dela? – Fred perguntou.

- Política, última e menor coluna da revista. – Falei rindo.

- Somos a cara da riqueza! – Disse Tory comemorando.

  Ri deles e confesso que não esperava por isso, não comigo e não com um dos melhores cantores atuais. Isso é de qualquer forma uma grande responsabilidade. Peguei minha agenda e caneta na segunda gaveta e me retirei da sala. Segui ao andar acima do meu, o quinto. Antes de entrar na sala do Gregory, dei duas leves batidinhas na porta.

- Estava a sua espera! Bom dia. – Ele disse sorrindo quando abri a porta.

- Bom dia. – Retribui o sorriso.

- Está tudo anotado aqui nessa folha o que você precisa fazer, sinta-se a chefe da edição. E não se esqueça de ainda hoje confirmar com o assessor do cantor a entrevista. – Ele disse me entregando a folha.

- Tudo bem, obrigada pela chance! – Agradeci e me levantei.

- Boa sorte. – Ele desejou e atribuí-o com um sorriso.

 Saí da sala lendo as coisas que estavam na folha. Ri sozinha ao ler que a foto de capa seria com uma pantera negra. Esses famosos criativos. – Pensei. Passei pela sala dos equipamentos e retirei uma máquina fotográfica e voltei à sala de redação.

  Acomodei a máquina ao lado da minha bolsa e fui para minha mesa.

- E aí? – Perguntou Fred.

- Olha as exigências! – Falei e entreguei a folha.

- Pantera negra? – Disse Fred aos risos.

- Criativos... – Resmunguei.

  Peguei o telefone e disquei o número que me passaram, chamou uma, duas... E finalmente me atenderam.

- Bom dia, gostaria de falar com Ryan Keomaka. – Falei.

- É ele. Quem fala? – Perguntou de volta.

- Redação da Weekly, Lívia Kendrick. Gostaria de confirmar a entrevista com o Bruno Mars. – Falei.

- Ah, sim. Bom dia Lívia. Será na casa dele mesmo, tudo bem para você? – Ele perguntou.

- Sim, preciso de mais informações. – Pedi.

- Passo tudo por e-mail. Okay? – Perguntou ele.

  [...]

  Já recebi o e-mail do Ryan. A entrevista foi marcada para amanhã às nove horas, na própria casa do cantor, a pedido dele que queria algo descontraído. Avisei Gregory e fui pesquisar mais sobre a vida do Bruno Mars. Fred e Tory me ajudaram, mandando algumas curiosidades interessantes, pois tinha menos de vinte e quatro horas para montar uma entrevista, que pelo visto seria longa.

  Finalmente hora do almoço, saímos eu Tory e Fred, ponto da felicidade? Lanchonete na frente do prédio da revista. Rápido, prático e não saldável para uma segunda-feira.

- Você bem que poderia me levar junto, né Liv... – Manhoso Fred pediu.

- Quem dera eu pudesse, seria melhor. Estou nervosa. – Concordei bebendo o suco de laranja.

- Fica calma, ele é só um cantor. Ouvi dizer que ele é uma comédia, então será mais fácil para você! – Disse Tory com sua solução.

- Assim eu espero. – Sorri.

  Quarenta minutos passados voltamos para a redação. Eu ainda tinha muito que estudar sobre o Bruno Mars, Tory sobre famosos e moda, e Fred sobre música e dicas extra. Assim nossa produtiva tarde voou. Peguei o papel das exigências Mars e guardei juntamente ao notebook.

- Boa sorte Liv, não se preocupa, vai dar tudo certo! – Disse Fred, quando nos despedimos.

- É... Pensa positivo e se precisar sabe nossos contatos. – Disse Tory.

  Agradeci a eles e passei na sala do Gregory novamente.

- De saída? – Ele perguntou dando uma olhada em seu relógio.

- Sim, tenho muito que ler ainda sobre o Bruno Mars. – Sorri.

- Isso mesmo. – Concordou ele.

- Amanhã e depois eu não apareço por conta da entrevista, tudo bem? – Perguntei para confirmar.

- Sim. Boa sorte Lívia, e boa noite também! – Ele respondeu sorrindo.

- Obrigada, igualmente Gregory. – Respondi da mesma forma.

  Saí de sala dele direto para o estacionamento, chaves em mãos entrei no carro e fui para casa. Rádio ligada e por coincidência tocava uma música do Bruno, pelo que sei é a última que foi lançada, Treasure. Um ritmo baladinha dos anos 80. Prestei atenção na letra, é divertida. Logo cheguei em casa. Estacionei e entrei.

  Apenas a luz da sala ligada, e o silêncio por todo primeiro piso da casa. Entrei a procura do meu pai, que provavelmente deve estar trancado no escritório resolvendo algum dos problemas, não mencionei, mas vida de advogado não é fácil, e meu pai sabe bem disso. Parei frente à porta, dei uma batidinha e abri-a.

- Cheguei pai. – Falei.

- Oi meu amor, como foi seu dia? – Ele disse empurrando um pouco sua cadeira de rodinha e vindo em minha direção, dando-me um beijo na testa.

- Tranquilo! Tenho entrevista nova amanhã. – Falei sorrindo.

- Jura? Quem será o sortudo da vez? – Descemos as escadas.

- Bruno Mars, conhece? – Perguntei.

- Claro, sou um velho, mas graças a você sei das coisas! – Ele disse e eu ri.

- Pois é. Estou nervosa, mas me falaram que ele é simpático! – Falei me jogando no sofá.

- Ai dele que não seja! Posso prendê-lo! – Meu pai brincou.

- Que horror! – Resmunguei.

- Ih, já está apaixonada? – Ele disse rindo.

- Nossa pai! Claro que não né! – Falei rindo e toquei uma almofada nele.

- Cuidado princesinha! – Disse carinhoso.

- Não tenho mais seis anos! – Resmunguei de novo. – Bom vou subir porque ainda tenho que estudar o caso desse cantor de sorriso bonito! – Falei e meu pai riu.

- Começa por sorriso bonito e depois coração partido. – Ele falou alto, ri.

- Até rimou! – Gritei da escada.

  Meu pai é um galã de cinquenta e um anos, é advogado e em minha opinião já poderia estar aposentado, ele faz além do que precisa. E é conhecido por um ótimo advogado... Aquele que tem como principal intuído fazer o que é certo com as pessoas. Homem de bom coração!

  Larguei minhas coisas na cama e fui para o banho. Despi minhas roupas e deixei a água morna levar meu cansaço. Sequei-me, pus meu pijama, fiz um coque nos cabelos e saí. Peguei o notebook e sentei-me na cama para pesquisar um mais sobre Bruno. Deixei uma sequência de músicas dele tocando baixinho, e admito que tenho umas músicas no celular. Just The Way You Are, Billionaire, Count On Me e uma de suas novas, When I Was Your Man. Todas com um ritmo legal, e letra romântica.

  Mais algumas horas e meu celular anuncia mensagem, Tory.

Boa noite amor, não se preocupa, sei do quanto essa entrevista é importante para você, e sei também que você irá se sair muito bem, assim como tudo que você faz. Boa sorte, Liv. Amo-te!“

  Sorri ao ler essas palavras. Respondi.

Muito obrigada, Tory. Não sei o que seria da minha vida sem suas palavras doces nos meus comentos de nervosismo. Boa noite, te amo.”

  Mandei, desliguei o notebook. Larguei acima da mesinha e desci. Parei no escritório para falar com meu pai.

- Ei senhor. Não acha que chaga de trabalhar por hoje? – Falei após abrir a porta e entrar.

- Oh filha. Chega sim! – Ele sorriu deligou à tela do computador e saímos do escritório.

- Acho que o senhor anda trabalhando de mais, pai. – Comentei com ele enquanto íamos à cozinha.

-É preciso meu amor. – Ele respondeu.

- Se divertir um pouco também, sabia? Quanto tempo faz que não jantamos juntos? Que você vai dar uma volta? Olha os dias lindos que tem dado ultimamente. – Argumentei.

- Eu sei, eu sei... Desculpe andar meio distante de você, pequena! – Falou triste.

- Não pai, não se desculpe, não comigo! Mas com você! Se de chances, conheça pessoas novas, passeie, ame, se divirta! Sei que você pensa na mamãe, e ela deve fazer o mesmo em relação a você, e sabe que tenho razão. Eu só quero que o senhor seja feliz! – Falei com calma.

- Você falando assim parece sua mãe. – Riu.

- Talvez porque sou filha dela... – Ironizei.

- Bobinha! – Disse ele.

  Comemos e eu logo fui deitar. Escovei os dentes, arrumei o despertador e dormi aconchegada em meus travesseiros fofos.


14 comentários:

  1. Okay, vou falar de uma coisa por vez:
    1- Adoreeeeei *--*
    2- Quando falou do assessor do Bruno (Minha índia) comecei a pular, paixão aguda <3
    3- Que dia vai postar mais? Vai postar um por dia?
    4- Continue logooo!

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    1. Awwn. Hahah, gostei do " paixão aguda ". Não sei se um por dia. Tenho vários capítulos prontos, mas depende dos comentários!
      Obrigada Carol! <3

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  2. Owwwn *u* Juh, sabe que apesar que eu ter visto a prévia do capítulo, é bem melhor ler assim, quando tu postou oficialmente <3 Amei muito o capítulo e já digo que quero mais! Ahhhh, essa fic promete <3

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  3. Ansiosa já pra essa entrevista :) gostei muiiitooo

    by Mah

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  4. Posta logo o segundo auhsuahsuas (Pat)

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  5. aaaanw :3
    Apaixonei,mto bem escrita. Gostei, mto criativa. Parabéns :3

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  6. criativo como sempre, Juh !
    Perfeito, amei

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  7. Ju super criativa como sempre <3 tá maravilhosa barra perfeita absvbavsdba

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