terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Capítulo 39


 Ele esticou sua mão direita e esboçou um sorriso simples, aceitei sua mão e sorri também. Bruno nos guiou silenciosamente até o segundo piso, mais precisamente ao seu quarto. Entramos e ele trancou a porta.

- Bruno? O que vai fazer? – Cortei o silêncio, sou uma pessoa curiosa. E também, pensei que ele estivesse revoltado comigo.

- Shiu! Olha me desculpa por mais cedo, eu fiquei nervoso por ver você se martirizando daquela maneira. Ta? Desculpa! – Sentou-se ao meu lado na beirada da cama.

- Tudo bem, eu entendo! – Sorri e ele concordou com a cabeça.

- Então... Eu passei os últimos dias preparando o seu presente, com muita dificuldade eu invadi seu computador, mas foi por uma boa causa. – Bruno falou nervosamente e eu arregalei os olhos.  Ele levantou e foi ao seu coset, voltou com uma caixinha toda azul com um top de seda azul mais escuro e me entregou.

  Abri a caixinha meio desconfiada, retirei o papel crepom e desembalei o que parecia um álbum de fotos. Na verdade era. Meus olhos se encheram de lágrimas assim que vi. A primeira foto era uma minha quando criança, ah Deus, como ele fez isso? Havia só fotos minhas, algumas com o meu pai, algumas na adolescência, outras já adulta com a Tory e o Fred e duas com o próprio Bruno, a qual eu mal me lembrava de ter tirado. Passei os olhos rapidamente pelas fotos e percebi que cada uma havia um recadinho, mas li apenas o da nossa foto. 
Ele dizia:

“Perguntei-me por diversas formas o que era uma amizade e a única explicação exata que e encontrei foi que amizades são um dos sentimentos mais puros, eles jamais são traídos ou quebrados, é um sentimento sobre uma pessoa que você não consegue explicar, mas consegue se por no lugar dela em qualquer momento se for para ajudá-la. Então descobri que isso é tudo que eu venho fazendo, nossa amizade formou-se de uma forma diferente, ela firmou-se pela dor e sempre será assim, então se entregue e confie em mim, não nos decepcionaremos juntos. Se você sorrir, eu sorrirei.”

  Fugiram algumas lágrimas e eu as sequei rapidamente. Meu sentimental já estava todo revirando e o Bruno vai lá e faz isso. Foi um presente tão simples, mas que me deixou completamente sem fala. Só o que eu conseguia era ficar olhando para aquelas fotos com um leve sorriso no rosto . Respirei fundo e finalmente o olhei, ele estava curioso.

- Muito obrigada! Eu estou sem palavras! – Disse.

- Ufa, por um momento pensei que não tivesse gostado! – Ele fez uma carinha fofa. E eu neguei com a cabeça.

  Puxei o ar para lhe agradecer de novo e ele fez o gesto de silêncio, levantou-se da cama e me puxou para levantar também. Sorri brincalhona e saímos do quarto. Descemos as escadas e estavam todos espalhados pela sala abrindo seus presentes.

- Os pombinhos voltaram! – Disse Tahiti com um sorriso travesso nos lábios e uma embalagem rosa nos braços

- Já mandei você à merda? – Bruno disse com falta de educação e Pete o mandou calar a boca fazendo as crianças rirem deles.

- Vem comigo Liv, esse mal educado não merece minhas palavras! – Tahiti respondeu com o nariz empinado e o Bruno gargalhou. Fomos para perto das crianças.

  Eu lhes entreguei os meus presentes. Eu já tinha aberto os meus. Um relógio de ouro da Cindia e do Eric, uma corrente solitária das meninas e uma blusa de verão das crianças, eles mesmos que escolheram. Nem preciso dizer que adorei adorei né. Por último faltava eu entregar o do Bruno.

-  Ual! Como sabe que eu...  Ah! – Ele olhou para a pilha de filmes ao lado da tevê. – Muito obrigada! Assistiremos juntos! – Ele disse me dando um abraço e um beijo na testa.

- Talvez! – Eu disse.

  Havia lhe dado às duas temporadas que faltavam para completar a coleção da sua série favorita, Game of Thrones, sessenta episódios ao total.

  Depois de toda função, as crianças foram dormir e os adultos se reuniram na sala para conversar e beber vinho, até o Bruno dar a ideia de uma brincadeira e prontamente ser aceita por  todos. Ela se chama “eu nunca”. Pelo que entendi alguém fala algo que nunca tenha feito e que quem já vez bebe uma quantidade de whisky.

- Eu começo, a casa é minha, whisky é meu e a ideia também! – Ele disse colocando o copinho e a garrafa no centro da mesa.

- Anda logo Bruno! – Eric deu um tapa na cabeça dele.

- Eu nunca realizei nenhum fetiche sexual! – Ele disse e todos se entreolharam. – Qual é, vai dizer que vocês não tem um desejo diferente não realizado? – Ele disse segurando o riso.

- Eric! – Cindia entregou o copinho para o Eric. Ele bebeu e em seguida era fez de seu pai.

- Tá! Eu nunca... gravei profissionalmente! – Disse Pete entre risos, ele sabia que o Bruno beberia.

- Ah, é assim? Sacanagem! – Ele disse e bebeu tudo numa golada só.

  Era a vez da Tiara, ela olhava nos olhos de cada um como se fosse aprontar algo e fazer todos beber.

- Eu nunca beijei meu melhor amigo! – Disse ela.

- Claro, ele é gay! – Presley disse fazendo todos rir. – Bruno! Vai fundo, tem bastante bebida! – Continuou.

- Eu não bebo sozinho! – Ele retrucou e me entregou um copinho.

  Senti meu rosto inteiro arder. Todos fizeram um coral de “hum”. Além de eu e o Bruno, Presley também bebeu. A brincadeira continuou, já estávamos quase no final do whisky e eu nem me lembro mais quantas vezes fiquei vermelha. Era a última rodada e eu finalizaria com a última “eu nunca”.

- Eu nunca... Eu nunca fiz homenagens emocionantes! – Falei e o Bruno me olhou de canto de olho e sorriu. Ele seria o último a beber.

- Foi um bom jogo e eu preciso dormir! – Eric disse enroladamente e Cindia se colocou de pé ao seu lado. Despedimos-nos e eles foram para os quartos de hóspedes.    

  Às meninas e Pete se despediram e subiram tabém, restando apenas eu e ele ali. Recolhi as coisas da mesa e coloquei na pia, amanhã lavarei tudo já que ficarei porque por não estar em condições de ir embora. 

- Acho que vou me acostumar a dormir perto de você! – Bruno disse.

- Não deve! – Eu disse.

  Ficamos em silêncio e fomos para o quarto dele. Eu tomei um banho rápido e deitei encolhidamente em meio às cobertas quentinhas e aconchegantes dele. Não demorou muito  eu peguei no sono.

  Bruno POV’S

  Depois que a Liv saiu do banho eu entrei. Não tive vontade de sair daquela água quentinha, mas logo desliguei o chuveiro. Coloquei uma calça de moletom e uma blusa de manga comprida e voltei para o quarto. Que bela visão, pensei.

  Lívia estava toda encolhida na beirada da cama de frente para a janela. Não sei se de frio ou de aconchego, apenas achei bonitinha. Deitei-me ao seu lado e me encolhi junto dela, unindo nossos corpos.

  Lívia POV’S

  Acordei ouvindo as risadas das crianças no corredor. Espreguicei-me e levantei. Olhei no relógio e era uma hora da tarde, motivo para eu estar sozinha na cama. Separei minha roupa e tomei um banho, lavei meus cabelos e saí em seguida. Um choque térmico envolveu todo meu corpo quando entrei em contato com o fresco do quarto. Vesti as roupas rapidamente, penteei meus cabelos e saí. Dei de cara com o Liam.

- Bom dia Titia! – Ele disse e saiu correndo, sem dar tempo de eu ao menos responder. Sorri e desci.

  Estavam todos na cozinha, inclusive o Ryan, Phil e família, mais a banda e Jaime com marido e filhos. Dei boa tarde no geral e encostei-me à batente da porta. Era muita gente numa cozinha e parecia que eles recém tinham chego.

-Dormiu bem? Com fome? – Bruno chegou na minha frente e perguntou.

- Muito e muita! – Sorri.

- Preparo uma torrada para você, tá?

- Obrigada! – Eu disse e saí.

- Loirinha! – Phil me chamou. Sorri e nos abraçamos.

- Tudo bem? E essa menina linda? – Perguntei passando a mão nos cabelos enroladinhos dela.

- Tudo ótimo! Essa é a Zaima! Dá oi para a Titia filha. – Ele disse e ela apena acenou e colocou a cabeça no pescoço dele. – Não liga, já já ela se solta! – Sorriu.

  Ele a mandou ir atrás da mãe e assim foi feito. Sentamo-nos no sofá pertinho de onde as crianças brincavam com o G.

- Está melhor? – Ele perguntou.

- Com um pouco de dificuldade, sim, estou! – Olhei para área tapada de neve a nossa frente. Eu não queria falar disso.

- Sei como é, mas isso vai passar. Nada acontece em vão na vida! – Diz ele e eu sorrio.

- Sábias palavras! – Concordei e o Bruno apareceu com uma torrada e um copo de suco.

- Uva, gosta? – Ele perguntou me entregando as coisas.

- Sim, obrigada! – Sorri e ele sentou-se do nosso lado.

- Porque não fala com a Tory para ela vir para cá?

- Hum, boa ideia! – Falo após engolir um pedaço da torrada.

  Phil e Bruno engataram numa conversa e eu no meu café. Enquanto comia peguei o celular no bolso do casaco e digitei uma mensagem para ela que prontamente respondeu pedido o endereço, lhe passei e ela avisou que logo chegaria e agradeceu-me por tirá-la do tédio. Antes que eu guardasse o celular de volta ele apitou mensagem e dessa vez era da Marie, minha prima. Eu já tinha decido a sua resposta, mas não sei se estou totalmente preparada para isso. Respondi-a e guardei o celular. Terminei de comer e fui organzar as coisas na cozinha antes de sair olhei para o lado vi Bruno com os olhos brilhantes e isso definitivamente me cortou o coração.


  Depois de terminar de limpar as coisas resolvi dar atenção as crianças, pelo menos assim eu esquecia sobre a mensagem da Marie. Sentei-me no tapete e eles se animaram ainda mais, riam toda hora e isso acendia uma pontinha de luz dentro de mim, talvez um dia eu brinque assim com os meus filhos... TÁ! Esquece isso Lívia, foco aqui. Pensei comigo mesma. 

- Tia, vamos brincar na neve? – Jaimo pediu e os outros concordaram.

- Aposto que sou mais rápida do que vocês! – Falei e corri para fora da casa.

  G fez a maior festa, ele corria mais do que todos nós, latia e mexia seu cotoco de rabo freneticamente. 
Ensinei as crianças a fazer anjo na neve e por último fizemos uma guerrinha, Ryan entrou na brincadeira também e me sujou toda, apenas ri assim como as crianças. Vi que o Bruno ria e nos olhava brincar.



 Era incrível tamanha energia daqueles meninos. Zyah mesmo sendo o mais novinho ria, caia e corria atrás dos outros com um pouquinho de neve nas mãos.

- O que vocês estão fazendo aí? – Tahiti pergunta com a mão na cintura.

- GUERRA! – Nyjah e Zyah gritaram e correram até ela cheios de neve nas mãos.

- Não! Nyjah e Zyah, não! – Ela tentou os impedir de jogar gelo. Tarde de mais.


  Tahiti correu atrás deles até conseguir os pegar e enchê-los de cócegas. O resto das crianças faziam um boneco de neve chapado, porque ele tinha os olho de uma frutinha vermelha... Saímos do frio, trocamos nossas roupas e só então percebi que a Tory já estava ali. Aproximei-me dela e abracei-a pelas costas, ela se virou e apertou mais ainda nosso abraço. 

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5 comentários:

  1. EU CONHEÇO ESSE JOGO HEIN :P ndiosandisandisoa enfim, Xulha, ela tá muito grossa com ele, não tô gostando disso hein u.u quero que ele roube um beijo dela. E ah, eu amei o presente dele pra ela, essa ideia do álbum de fotos foi fantástica, e o que ele escreveu pra ela foi lindo <3 Vê se não demora guria u.u

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  2. Fiquei com vontade de jogar esse jogo ahaushsjshsjahuu ai cara voce mata meus sentimentos desta maneira sabia ? Nao se pode fazer isso . Chorei com o presente do Bruno pra ela e ao mesmo tempo sorri com ela brincando com as criancas . Esta na hora deles viverem um romance . E nao demore um seculo obrigada

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  3. Voltade de jogar esse jogo :v POSTA LOGO MULIER!!

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  4. Voltade de jogar esse jogo :v POSTA LOGO MULIER!!

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  5. Voltade de jogar esse jogo :v POSTA LOGO MULIER!!

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