Ele esticou sua mão
direita e esboçou um sorriso simples, aceitei sua mão e sorri também. Bruno nos
guiou silenciosamente até o segundo piso, mais precisamente ao seu quarto. Entramos
e ele trancou a porta.
- Bruno? O que vai fazer? – Cortei o silêncio, sou uma
pessoa curiosa. E também, pensei que ele estivesse revoltado comigo.
- Shiu! Olha me desculpa por mais cedo, eu fiquei nervoso
por ver você se martirizando daquela maneira. Ta? Desculpa! – Sentou-se ao
meu lado na beirada da cama.
- Tudo bem, eu entendo! – Sorri e ele concordou com a
cabeça.
- Então... Eu passei os últimos dias preparando o seu
presente, com muita dificuldade eu invadi seu computador, mas foi por uma boa
causa. – Bruno falou nervosamente e eu arregalei os olhos. Ele levantou e foi ao seu coset, voltou com uma
caixinha toda azul com um top de seda azul mais escuro e me entregou.
Abri a caixinha meio
desconfiada, retirei o papel crepom e desembalei o que parecia um álbum de
fotos. Na verdade era. Meus olhos se encheram de lágrimas assim que vi. A primeira foto era
uma minha quando criança, ah Deus, como ele fez isso? Havia só fotos minhas, algumas com o meu pai, algumas na adolescência, outras já adulta com a Tory e o
Fred e duas com o próprio Bruno, a qual eu mal me lembrava de ter tirado. Passei
os olhos rapidamente pelas fotos e percebi que cada uma havia um recadinho, mas
li apenas o da nossa foto.
Ele dizia:
“Perguntei-me por diversas formas o que era uma amizade e a
única explicação exata que e encontrei foi que amizades são um dos sentimentos
mais puros, eles jamais são traídos ou quebrados, é um sentimento sobre uma
pessoa que você não consegue explicar, mas consegue se por no lugar dela em
qualquer momento se for para ajudá-la. Então descobri que isso é tudo que eu
venho fazendo, nossa amizade formou-se de uma forma diferente, ela firmou-se
pela dor e sempre será assim, então se entregue e confie em mim, não nos
decepcionaremos juntos. Se você sorrir, eu sorrirei.”
Fugiram algumas
lágrimas e eu as sequei rapidamente. Meu sentimental já estava todo revirando e
o Bruno vai lá e faz isso. Foi um presente tão simples, mas que me deixou completamente
sem fala. Só o que eu conseguia era ficar olhando para aquelas fotos com um
leve sorriso no rosto . Respirei fundo e finalmente o olhei, ele estava
curioso.
- Muito obrigada! Eu estou sem palavras! – Disse.
- Ufa, por um momento pensei que não tivesse gostado! – Ele
fez uma carinha fofa. E eu neguei com a cabeça.
Puxei o ar para lhe
agradecer de novo e ele fez o gesto de silêncio, levantou-se da cama e me puxou
para levantar também. Sorri brincalhona e saímos do quarto. Descemos as escadas
e estavam todos espalhados pela sala abrindo seus presentes.
- Os pombinhos voltaram! – Disse Tahiti com um sorriso
travesso nos lábios e uma embalagem rosa nos braços
- Já mandei você à merda? – Bruno disse com falta de
educação e Pete o mandou calar a boca fazendo as crianças rirem deles.
- Vem comigo Liv, esse mal educado não merece minhas
palavras! – Tahiti respondeu com o nariz empinado e o Bruno gargalhou. Fomos
para perto das crianças.
Eu lhes entreguei os
meus presentes. Eu já tinha aberto os meus. Um relógio de ouro da
Cindia e do Eric, uma corrente solitária das meninas e uma blusa de verão das
crianças, eles mesmos que escolheram. Nem preciso dizer que adorei adorei né. Por último
faltava eu entregar o do Bruno.
- Ual! Como sabe que
eu... Ah! – Ele olhou para a pilha de
filmes ao lado da tevê. – Muito obrigada! Assistiremos juntos! – Ele disse me
dando um abraço e um beijo na testa.
- Talvez! – Eu disse.
Havia lhe dado às
duas temporadas que faltavam para completar a coleção da sua série favorita,
Game of Thrones, sessenta episódios ao total.
Depois de toda
função, as crianças foram dormir e os adultos se reuniram na sala para conversar
e beber vinho, até o Bruno dar a ideia de uma brincadeira e prontamente ser
aceita por todos. Ela se chama “eu
nunca”. Pelo que entendi alguém fala algo que nunca tenha feito e que quem já
vez bebe uma quantidade de whisky.
- Eu começo, a casa é minha, whisky é meu e a ideia também!
– Ele disse colocando o copinho e a garrafa no centro da mesa.
- Anda logo Bruno! – Eric deu um tapa na cabeça dele.
- Eu nunca realizei nenhum fetiche sexual! – Ele disse e
todos se entreolharam. – Qual é, vai dizer que vocês não tem um desejo
diferente não realizado? – Ele disse segurando o riso.
- Eric! – Cindia entregou o copinho para o Eric. Ele bebeu e em seguida era fez de seu pai.
- Tá! Eu nunca... gravei profissionalmente! – Disse Pete
entre risos, ele sabia que o Bruno beberia.
- Ah, é assim? Sacanagem! – Ele disse e bebeu tudo numa
golada só.
Era a vez da Tiara,
ela olhava nos olhos de cada um como se fosse aprontar algo e fazer todos
beber.
- Eu nunca beijei meu melhor amigo! – Disse ela.
- Claro, ele é gay! – Presley disse fazendo todos rir. –
Bruno! Vai fundo, tem bastante bebida! – Continuou.
- Eu não bebo sozinho! – Ele retrucou e me entregou um
copinho.
Senti meu rosto
inteiro arder. Todos fizeram um coral de “hum”. Além de eu e o Bruno, Presley também bebeu. A brincadeira continuou,
já estávamos quase no final do whisky e eu nem me lembro mais quantas vezes
fiquei vermelha. Era a última rodada e eu finalizaria com a última “eu nunca”.
- Eu nunca... Eu nunca fiz homenagens emocionantes! – Falei
e o Bruno me olhou de canto de olho e sorriu. Ele seria o último a beber.
- Foi um bom jogo e eu preciso dormir! – Eric disse
enroladamente e Cindia se colocou de pé ao seu lado. Despedimos-nos e eles
foram para os quartos de hóspedes.
Às meninas e Pete se
despediram e subiram tabém, restando apenas eu e ele ali. Recolhi as coisas da
mesa e coloquei na pia, amanhã lavarei tudo já que ficarei porque por não estar em condições de ir embora.
- Acho que vou me acostumar a dormir perto de você! – Bruno
disse.
- Não deve! – Eu disse.
Ficamos em silêncio
e fomos para o quarto dele. Eu tomei um banho rápido e deitei encolhidamente em
meio às cobertas quentinhas e aconchegantes dele. Não demorou muito eu peguei no sono.
Bruno POV’S
Depois que a Liv
saiu do banho eu entrei. Não tive vontade de sair daquela água quentinha, mas
logo desliguei o chuveiro. Coloquei uma calça de moletom e uma blusa de manga
comprida e voltei para o quarto. Que bela visão, pensei.
Lívia estava toda
encolhida na beirada da cama de frente para a janela. Não sei se de frio ou de aconchego,
apenas achei bonitinha. Deitei-me ao seu lado e me encolhi junto dela, unindo
nossos corpos.
Lívia POV’S
Acordei ouvindo as risadas das crianças no corredor.
Espreguicei-me e levantei. Olhei no relógio e era uma hora da tarde, motivo
para eu estar sozinha na cama. Separei minha roupa e tomei um banho, lavei meus
cabelos e saí em seguida. Um choque térmico envolveu todo meu corpo quando
entrei em contato com o fresco do quarto. Vesti as roupas rapidamente, penteei
meus cabelos e saí. Dei de cara com o Liam.
- Bom dia Titia! – Ele disse e saiu correndo, sem dar tempo
de eu ao menos responder. Sorri e desci.
Estavam todos na
cozinha, inclusive o Ryan, Phil e família, mais a banda e Jaime com marido e
filhos. Dei boa tarde no geral e encostei-me à batente da porta. Era muita
gente numa cozinha e parecia que eles recém tinham chego.
-Dormiu bem? Com fome? – Bruno chegou na minha frente e
perguntou.
- Muito e muita! – Sorri.
- Preparo uma torrada para você, tá?
- Obrigada! – Eu disse e saí.
- Loirinha! – Phil me chamou. Sorri e nos abraçamos.
- Tudo bem? E essa menina linda? – Perguntei passando a mão
nos cabelos enroladinhos dela.
- Tudo ótimo! Essa é a Zaima! Dá oi para a Titia filha. –
Ele disse e ela apena acenou e colocou a cabeça no pescoço dele. – Não liga, já
já ela se solta! – Sorriu.
Ele a mandou ir
atrás da mãe e assim foi feito. Sentamo-nos no sofá pertinho de onde as
crianças brincavam com o G.
- Está melhor? – Ele perguntou.
- Com um pouco de dificuldade, sim, estou! – Olhei para área
tapada de neve a nossa frente. Eu não queria falar disso.
- Sei como é, mas isso vai passar. Nada
acontece em vão na vida! – Diz ele e eu sorrio.
- Sábias palavras! – Concordei e o Bruno apareceu com uma
torrada e um copo de suco.
- Uva, gosta? – Ele perguntou me entregando as coisas.
- Sim, obrigada! – Sorri e ele sentou-se do nosso lado.
- Porque não fala com a Tory para ela vir para cá?
- Hum, boa ideia! – Falo após engolir um pedaço da torrada.
Phil e Bruno
engataram numa conversa e eu no meu café. Enquanto comia peguei o celular no
bolso do casaco e digitei uma mensagem para ela que prontamente respondeu
pedido o endereço, lhe passei e ela avisou que logo chegaria e agradeceu-me por
tirá-la do tédio. Antes que eu guardasse o celular de volta ele apitou mensagem
e dessa vez era da Marie, minha prima. Eu já tinha decido a sua resposta, mas
não sei se estou totalmente preparada para isso. Respondi-a e guardei o celular. Terminei de comer e fui organzar as coisas na cozinha antes de sair olhei para o lado vi Bruno com os olhos brilhantes e isso
definitivamente me cortou o coração.
Depois de terminar de limpar as coisas resolvi dar atenção as crianças, pelo menos assim eu esquecia sobre a mensagem da Marie. Sentei-me no tapete e eles se animaram ainda mais, riam toda hora e isso acendia uma pontinha de luz dentro de mim, talvez um dia eu brinque assim com os meus filhos... TÁ! Esquece isso Lívia, foco aqui. Pensei comigo mesma.
- Tia, vamos brincar na neve? – Jaimo pediu e os outros
concordaram.
- Aposto que sou mais rápida do que vocês! – Falei e corri para fora da casa.
G fez a maior festa,
ele corria mais do que todos nós, latia e mexia seu cotoco de rabo
freneticamente.
Ensinei as crianças a fazer anjo na neve e por último fizemos
uma guerrinha, Ryan entrou na brincadeira também e me sujou toda, apenas ri assim como as crianças. Vi que o Bruno ria e nos olhava brincar.
Era incrível tamanha energia daqueles meninos. Zyah mesmo sendo
o mais novinho ria, caia e corria atrás dos outros com um pouquinho de neve nas
mãos.
- O que vocês estão fazendo aí? – Tahiti pergunta com a mão
na cintura.
- GUERRA! – Nyjah e Zyah gritaram e correram até ela cheios
de neve nas mãos.
- Não! Nyjah e Zyah, não! – Ela tentou os impedir de jogar
gelo. Tarde de mais.
Tahiti correu atrás
deles até conseguir os pegar e enchê-los de cócegas. O resto das crianças faziam um boneco de neve chapado, porque
ele tinha os olho de uma frutinha vermelha... Saímos do frio, trocamos nossas
roupas e só então percebi que a Tory já estava ali. Aproximei-me dela e
abracei-a pelas costas, ela se virou e apertou mais ainda nosso abraço.
#COMENTEM
EU CONHEÇO ESSE JOGO HEIN :P ndiosandisandisoa enfim, Xulha, ela tá muito grossa com ele, não tô gostando disso hein u.u quero que ele roube um beijo dela. E ah, eu amei o presente dele pra ela, essa ideia do álbum de fotos foi fantástica, e o que ele escreveu pra ela foi lindo <3 Vê se não demora guria u.u
ResponderExcluirFiquei com vontade de jogar esse jogo ahaushsjshsjahuu ai cara voce mata meus sentimentos desta maneira sabia ? Nao se pode fazer isso . Chorei com o presente do Bruno pra ela e ao mesmo tempo sorri com ela brincando com as criancas . Esta na hora deles viverem um romance . E nao demore um seculo obrigada
ResponderExcluirVoltade de jogar esse jogo :v POSTA LOGO MULIER!!
ResponderExcluirVoltade de jogar esse jogo :v POSTA LOGO MULIER!!
ResponderExcluirVoltade de jogar esse jogo :v POSTA LOGO MULIER!!
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