segunda-feira, 31 de março de 2014

Capítulo 43


  Acordei aquele dia bem mais disposto, na verdade, a cada dia me sinto melhor. Isso é ótimo. Tenho falado com a Tory todos os dias, ela me liga sempre de noite e passamos cerca de meia hora trovando. Sobre o Bruno, apenas sei que o show em Las Vegas foi um sucesso como todos os outros e ele está se preparando para o Super Bowl e Grammy’s, na premiação ele teve cinco indicações. Como eu sei? Porque além de ser atualizada eu tenho uma prima Hooligan, então...

  Hoje primeira segunda-feira do ano, dia seis, e meu primeiro dia de trabalho. Foi bem fácil encontrar, porque como a Marie trabalha num canal de televisão perguntei se ela não sabia de um lugar que precisassem de pessoas, e então ela descobriu a rádio local da cidade por meio de um colega.

  Levantei da cama às seis e meia, tomei um banho rápido e comecei a me arrumar. Vesti uma calça jeans escura, uma bota de cano curto, blusa preta de manga comprida e gola, casaco com detalhe em pelo de algum animal e um cachecol grande. Fiz um coque nos cabelos e deixei umas mechinhas soltas.  Batom cor de boca, blush rosado, rimel e delineador. 

  Ao descer encontrei a Mel preparando torradas. Dei um beijo em sua bochecha e me juntei com ela ao café. Terminamos, eu recolhi as coisas, voltei ao quarto para escovar os dentes e desci de novo.

- Minha linda, eu vou trabalhar! – Sorri.

- Tudo bem Liv, ainda lembra as coordenadas? Quer pegar o GPS? – Ela pergunta preocupada.

- Não, eu aprendi direitinho, obrigada meu amor. Até mais tarde, se cuida! – Beijei sua bochecha, peguei as chaves do carro da Marie e saí.

  Meu carro não chegou ainda, então Marie me emprestou o seu provisoriamente, mesmo eu tendo dito que não era necessário, a rádio não era tão longe da casa delas, mas tudo bem. Em dez minutos eu cheguei ao prédio da rádio e na hora lembrei-me da revista em Los Angeles, é o mesmo modelo de prédio.

- Olá. Sou Lívia Kendrick e estou aqui a pedido do Pierre, para a vaga na rádio. – Falei para a recepcionista.

- Ah, a senhora pode pegar o elevador e ir no quarto andar, sala três, o senhor Pierre está lhe esperando. – Responde ela e sorri. Agradeço e subo.

  Percorri o caminho todo e já sentia minhas mãos soando e tremando. Dei duas batidinhas na porta e entrei.  Fiquei cerca de quarenta minutos conversando com o Pierre, um homem de quarenta e quatro anos que só está realizando o próprio sonho e agora está a procura de um novo funcionário. Ele leu meu currículo e fez-me várias perguntas do motivo deu ter saído de uma empresa tão reconhecida em Los Angeles para vir para cá, na hora eu fiquei meio sem saber o que responder, ainda é recente e me choco toda vez que tenho que relembrar, mas fui obrigada a deixa tudo de lado ou caso contrário esse emprego não seria meu. 
E até que nem foi tão mal conversar com ele, que parece ser um cara legal.

- Bom, sei que chegou a pouco na cidade, então libero você para conhecer as coisas por aqui e se adaptar melhor, eu sei como é ruim sair de um lugar onde morou a vida inteira. Vamos combinar assim: Eu lhe apresento sua sala e colegas, eles te explicam tudo que deve ser feito e na segunda-feira que vem você começa como locutora junto com eles. O que acha? – Pergunta ele e eu sorrio de orelha a orelha.

- Ótimo! Muito obrigada mesmo senhor Pierre. – Respondo-o.

- Não há de que. Acho que vamos nos dar muito bem, pelo que vi você é muito competente e faz mais que o seu trabalho. A propósito, senhor está no céu, me chame apenas de Pierre, okay Lívia? – Ele sorriu.

- Claro Pierre. Eu faço tudo que eu posso! – Concordo com ele e seguimos até a minha mais nova sala.

  Conforme íamos indo, ele me dizia o que era cada sala e quem estava nela, eu achei complicado, mas ele disse que com o tempo eu aprendo tudo.  Finalmente entrei na minha futura sala, ele me apresentou os novos colegas, Ben e a Fay que não estava no momento.

- Bem, sabe o que fazer não é? – Pierre pergunta e ele concorda. – Boa sorte Lívia, tenha um bom dia. – Continua ele e saí da sala.

  Ben começou a me explicar algumas coisas, como por exemplo, os horários que o programa musical vai ao ar, das 09:00 às 10:00, depois das 16:00 às 17:00 horas, e como funciona, que é basicamente como na revista, ficamos um determinado tempo fazendo pesquisas e escolhendo as músicas para o programa ir ao ar, e no final da tarde podemos ir embora assim que acabar. Nada mal.

- Quem você pensa que é para estar aqui na minha sala garota? – Uma mulher alta e loira entrou feito furacão na sala e eu pulei da cadeira. Ela começou a falar grossamente comigo e eu mal sabia o que responder, olhei para o Ben e ele me olhava como se aquilo fosse normal.

- Eu... Ah... Ham... – Não consegui pronunciar se quer ma palavra e os dois caíram na gargalhada. Olhei séria para o Bem e ele continuava rindo.

- É brincadeira Lívia! Prazer eu sou Fay! Seja muito bem vinda! Acho que te assustei um pouco não é? – Ela pergunta rindo.

- É, sim... Um pouco! – Digo.

- Desculpa Lívia, ela tem um senso de humor ótimo, eu a aguento a dois anos, então se prepare! – Diz Ben e Fay da uma risada e em seguida oferece a ele o dedo do meio.

  Conversei mais um pouco com eles e fui embora. Pelo pouco de tempo que fiquei ali foi muito fácil de notar o quão forte é a conexão deles, os são muito amigos e isso me lembrou eu a Tory e o Fred, éramos iguais e de certa forma deu um aperto no coração e vontade de chorar, mas logo espantei esse desânimo com uma música bem animada e alta dentro do carro.

  [...]

  Esses meus dois primeiros meses aqui passaram muito rápido e foi incrível, não tenho do que reclamar, a não ser da falta que a Tory faz, mas isso matamos por telefone quase todos os dias. Já os outros, eu não tenho mais nenhuma notícia, não sei do Bruno, nem dos meninos da banda e muito menos das meninas, eu perdi contato com todos, na verdade não tenho corajem de tentar contato, então fico só eu e a minha falta deles aqui, até porque a Tory nem toca no assunto, acho que ela acha que é melhor eu ficar sem notícias, o que é mentira, mas tudo bem coisas da vida.

  Fay e Ben são uns amores, eu tenho me tornado cada dia mais amiga deles, somos chamados da gangue de trio. Porque sempre almoçamos juntos e sempre que dá nos encontramos então alguns conhecidos da rádio nos apelidaram de gangue de trio.

  Hoje é sábado e vou com a Fay e a Mel (que se adoraram, e eu senti ciúmes, claro) a procura de um apartamento.  Já estou bem estabilizada então é hora deu ter o meu primeiro cantinho, algo só meu, que eu possa mandar e desmandar, arrumar ou bagunçar, sabe, fazer o que eu quiser. Ou seja, acordei muito animada, espero achar algum lugar logo, espero que o que eu vi pela internet seja realmente perfeito. Aww!

- Bom dia! – Eu disse no primeiro piso da casa.

- Bom dia pessoa que vai me abandonar! – Mel disse fazendo bico.

- Meu amor, eu apenas vou sair daqui para um lugar próximo daqui e você vai ter livre acesso lá, mas está na hora deu ter meu cantinho! – Falei sentando ao lado dela no sofá.

- Eu sei, mas eu queria que ficasse aqui. – Ela disse deitando no meu colo.

- Pensa que agora você terá duas casas! Quando enjoar daqui, corre para lá, prometo deixar uma chave com você! Agora desarma esse bico e vai se arrumar, a Fay está nos esperando! – Falei e ela subiu sorrindo.

  Desde que eu toquei no assunto de “sair” daqui ela anda meio jururu comigo, ela é o tipo de pessoa que se apega rápido de mais, mas longe disso ser uma separação, mas é bem provável que iremos nos ver bem menos, enfim, não vem ao caso, ainda iremos conversar mais sobr o caso.

  Permaneci na sala vendo TV até a Mel se arrumar e então finalmente saímos. Busquei a Fay na casa dela e seguimos para onde as anotações e anúncios nos levavam. Passamos a manhã inteira vendo casas e apartamentos, vimos ao total seis, três de cada e no geral nenhum me agradou. Uns eram caros, feinhos e mal localizados, outros bem localizados, porém casas, e eu não quero casa, estou atrás de apartamentos. Resumindo, me desanimei muito.

- Gente, eu apoio uma pausa para o almoço! – Diz Fay e Mel concorda de cara.

- Suas gordas! – Eu digo e elas riem. – Tudo bem, onde vamos gordas?

- Posso escolher? – Mel pede empolgada com as palmas das mãos unidas.

- Pode. – Eu e Fay dizemos juntas e rimos na hora.

- Vamos comer Yakisoba! – Ela fala e ao mesmo tempo lambe os lábios e fecha os olhos como se já estivesse comendo.

- Menina, você é de mais! Isso aí! – Fay toca a mão dela.

  Mudamos o caminho de imobiliárias para o shopping bem no centro a cidade e fomos para o restaurante de comida chinesa. Nos acomodamos, fizemos os pedidos e ficamos discutindo sobre os lugares que visitamos até meu celular interromper a conversa. Olho no visor era um número restrito. Penso em não atender, mas desisto.

- Alô? – Eu disse. – Alô? – Repeti. – Tem alguém aí? Alô... Alô... Alô! – Falo diversas vezes e de repende desligam. Fico olhando para o nada com o celular no ouvido.

- Tá tudo bem? Quem era? – Mel pergunta.

- Restrito, acho que era engano. – Respondo e ela dá de ombros.

  Voltamos a conversar, nossos pedidos chegaram e eu dei uma aula de como segurar nashi, o palito de madeira, para a Fay. Ela disse que nunca havia comido com palito, só com garfo, totalmente sem graça. De novo meu celular toca, olho e é a Tory.

- EU TÔ COM SAUDADE! – Assim que eu atendo Tory fala gritando, e eu começo a rir.

- Eu também! – Concordo com ela.

- Eu sei que não, sei que me trocou pela Fay, eu stalkeio teu instagram! – Diz ela. Imagino a Tory fazendo um bico.

- Eu só tenho duas fotos com ela, aliás, estou almoçando com ela.

- Eu não falei, eu já sabia! Você me troca na cara de pau. Lívia, isso é feio sabia? – Ela parece indignada, mas sei que é brincadeira. Fay toma o celular da minha mão e diz: Eu adoro a Lívia, mas você ainda é a melhor amiga dela. Tory diz alguma coisa e faz Fay rir então pego meu celular de volta.

- E então? – Pergunto e ela ri.

- Que amorzinho. Só liguei para saber como está mesmo e dizer que eu não aguento de saudade! – Fala a Tory.

- Eu também e aqui tudo bem. – Respondo.

- Que bom... Vou deixar você almoçar, um beijo, amo você.

- Beijo, te amo também. – Falo e desligo.

  Continuei almoçando, fechamos a conta e seguimos a direção de outra imobiliária. Olhamos mais três apartamentos e para falar a verdade, eu estava bem desanimada, não havia olhado nada que eu realmente tenha gostado, sabe, aquele lugar que você se vê morando, pois é, não senti  isso. Já passava das três da tarde quando eu recebi mensagem de um aluguel direto com o dono, retornei avisando-o que estava indo olhá-la. Era um apartamento muito bem localizado e mobilhado, até então perfeito para mim.

  Estacionei na frente do prédio e de cara me apaixonei pela fachada, ele era lindo, parecia bem novo.

- Olá, boa tarde. Dona Lívia? – Um homem muito bonito fala.

- Isso, boa tarde! – Cumprimento-o com um aperto de mão.

- Sou o Cilas, prazer! Então, vamos ver o apartamento?  - Ele pergunta e eu concordo com a cabeça.

  Era no nono andar, tinha elevador, estacionamento, salões de festa e piscina, como disse era bem localizado e parecia ser um prédio novo. Adentramos ao apartamento e eu mal acreditei, ele era lindo. Entramos pela sala, do lado uma varanda e logo atrás a cozinha. Num quadrado tinham três portas para dois quartos e um banheiro, era lindo. Eu realmente tinha amando, era esse.

  Conversamos sobre valores e de fato era meio caro, mas eu sei quem melhor que isso eu não vou achar por mais barato. O senhor Cilas disse que ele estava totalmente mobilhado, e algumas coisas seriam levadas com a família, como a fronhas, vasos de flor, louças, quadros e cortinas.  

- Eu adorei! – Digo feliz da vida.

- Que bom... E aí? Fechamos contrato? – Pergunta ele.

- Claro! Fechadíssimo! – Falo.

  Combinamos que em duas semanas eu posso me mudar, tempo para recolherem as coisas da casa, arrumar os documentos e passar as coisas para o meu nome. Deixei meus contatos e ele concordou em organizarmos tudo por email.

- Espero que possa aproveitar aqui como eu! – Diz Cilas.

- Irei. Mas a propósito, porque está se mudando? – Pergunto, vai que tem algum problema.

- Minha esposa está grávida do nosso segundo filho, precisamos de uma casa maior, com pátio para as crianças. – Responde ele e eu concordo. Criar duas crianças num apartamento é complicado, mesmo que seja bom, tenham piscina e tudo, elas precisam de pátios para correr e brinquedos maiores.

- Parabéns! – Desejo-o.


  Tudo certo! Saí do prédio, as meninas adoraram o apartamento, principalmente porque é perto da casa dela, ela pode vir sozinha e terá um bom quarto para si. Deixei a Fay no meio do caminho e fomos para casa da Mel, já estava quase na hora da Marie chegar da emissora.


  • Não se preocupem, eu não vou deixar de postar, tá? Demorei por cauda da escola e porque saí no final de semana. Foi corrido, mas voltei com esse cap bem grade! :3 Espero que tenham gostado e que comentem! 

10 comentários:

  1. Ebaaa voltou :) o/ ! Aposto que esse numero restrito é do Bruno kk'

    ResponderExcluir
  2. Quer apostar quanto que esse número é o Bruno e que no Bruno Pov's vai mostrar ele pensando nela e morrendo de saudades? Eu sei que ela teve que sair de Los Angeles, mas ele poderia pensar nele um pouquinho que seja, né? Nada se apaga assim rapidamente... ou a Mel poderia dizer alguma novidade :p nidosanodsa amei <3 Beijos, te amo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Leitora não só de fics, como de pensamentos! aushah

      Excluir
  3. Não to feliz por ela tá ~lê eu emburrada kkkk Eu sei que era ele no telefone eu seeeeei auahsuhsuh Entendo o que ela está passando e sei o quanto alivia se desligar das coisas, mas não acredito que ela já não esteja morrendo de saudade dele :/ Posta logo mais, quero ver ele indo atrás dela e tocar a campainha com um lindo buquê de flores na mão :') (Pat)

    ResponderExcluir
  4. AHHHHHH POR FAVOR NÃO DEMORA MUITO PRA PODER POSTAR :/

    ResponderExcluir
  5. Mais Mais Mais e Muito mais

    ResponderExcluir