terça-feira, 8 de abril de 2014

Capítulo 44


  Bruno POV’S

  Os dias estavam passando, as semanas e os meses mais rápido ainda, daqui a pouco fará três meses que eu não falo mais com a Lívia e só de imaginar que não tenho previsão alguma de quando a verei de novo meu peito dói. Já peguei o telefone para ligar várias vezes, cheguei a digitar o número com código restrito, mas quando ouvi sua voz eu desisti. Eu não sou covarde, okay?

  Minha intenção era deitar e dormir, porque recém saímos de um show e tanto, aliás, todos têm sido incríveis, nós voltamos com tudo. Mas Phil apareceu no meu quarto e começou a me comprar para sair. Ele disse que estou ficando deprimido por não sair mais tanto quanto antes e ainda disse que isso é efeito colateral de paixão, um absurdo, eu sei.

- Bruno, nós estamos fazendo show há quase três meses, e eu tenho certeza que já fomos a pelo menos umas trinta festas e disso tudo você só foi a duas... Qual é cara? – Ele fala e gesticula com as mãos me fazendo rir.

- Eu to cansado, tá legal? Eu pulo e canto a noite toda sobre um palco! – Eu imito suas gesticulações.

- Que incrível, eu também, e mesmo assim to animado para curtir com os meus amigos. – Ele retruca e eu bufo. Abusado!

- Tá legal, Phil, mas amanhã, se me acordar eu vou dar um pé na bunda. – Eu falo seriamente e ele solta uma gargalhada, qual é, eu dou mesmo!

- Aham... Vai se arrumar logo Bruno. – Phil fala e sai do quarto.

  Tomei um banho rápido para espantar o sono, cansaço e preguiça e comecei a me vestir. Calça jeans preta, flanela xadrez verde e um casaco de couro preto por cima. Nos pés pus o all star e nos cabelos passei as mãos para arrumar e coloquei o chapéu, já que a única forma de usá-lo totalmente solto é com escova.

  Desci.

- E aí valentão, pensei que ia demorar mais um pouco! – Phil fala.

- Bruno valentão? Vish! – John comenta alto de mais.

- Ele quer me dar um pé na bunda! – Phil continua e todos riem.

- Briga, briga, briga! – Eles gritam em couro. Phil fica em posição de ataque, com o braço esticado pronto para dar um soco. Eu rio e puxo seu braço em direção a van.

- Sem graça! – Jam resmunga logo atrás.

  Eles realmente queriam ver uma briga, mesmo que de mentira. Sabe aquela animação antes de uma festa? Pois é, os meninos têm de sobra e me contagiaram, eu to mesmo a fim de curtir, ainda mais com uma música alta dessa maneira dentro de uma van, é impossível não se animar.

  No club eu fui direto ao bar, pedi whisky e fui nem dançar, por causa do horário a pista ainda nem estava cheia, só tinha uns casaizinhos dançando, o que é sem grassa. Voltei para os pufs com os meninos.

- Valentão, porque não quis brigar? – Phred pergunta rindo.

- Porque eu quero curtir! – Digo bebendo outro gole do meu whisky.

- Graças a quem? A eu mesmo, o Super Phil! O que te atura te tira da fossa e te ama! Eu sou o cara, falem aí. – Phil faz voz de gay e arranca risos.

  Estava divertido. Música alta, dança, bebida, mulheres. Eu nem dei bola para as pessoas que às vezes me olhavam sem acreditar e algumas garotas perceberam isso rapidamente, tanto que vieram dançar mais perto. Eu apenas sorria e me mexia conforme a música. Também nem me lembrava em qual copo de bebida estava, já misturei de tudo, mas ainda sei fazer um quatro. A há!

  Comecei sentir minha cabeça a rodar, pedi licença para as meninas e fui ao banheiro, nada a fim de ficar bêbado, só curtir numa boa. Não tinha ninguém, então aproveitei para passar uma água no rosto. Sorri para mim mesmo e saí. Antes deu cruzar a porta para as pistas de dança alguém me puxa e eu quase caio.

- Ei, volta aqui! – Uma das meninas que estavam na rodinha dançando comigo fala. Sorri. – Aqui está quente de mais não acha? – Diz ela com suas mãos macias sobre os botões da minha camisa, ela tenta abrir e eu a impeço. – O cantor não me quer? Posso ir embora? – Ela pergunta e eu nego, claro.

  Foi rápido de mais, eu neguei e no mesmo instante eu senti seus lábios nos meus, sua boca tinha um gosto estranho, eu mal podia acreditar que isso era... Ah! Eca, que nojo! Eu a empurrei.

- Eu preciso ir ao banheiro de novo! – Disse. Virei às costas e entrei rapidamente, corri para pia e fiz uns três gargarejos e nada daquele gosto sair. Eu podia até sentir o cheiro de... Credo! Eu não acredito que fiz isso, não mesmo.

  Saí bufando do banheiro, a garota nem estava mais lá. Peguei um copo de tequila no bar e bebi no tudo de uma vez, e ainda assim não adiantou nada. Pedi outra bebida e fui ao encontro dos meninos, eu preciso ir embora, só isso.

- Hum, sumido! – John comenta com voz de tarado que só ele sabe fazer.

- Não me lembra disso cara, por favor! – Digo fazendo careta e ele ri.

- Traveco meu? – Ryan chega do meu lado e pergunta.

- Volta lá para as suas mulheres e não fala merda! – Não quis ser grosso, mas o Ryan é muito metido. – 
Dre, me leva embora? – Peço e ele apenas diz que sim, pega suas chaves e vai saindo. Eu vou atrás.

- Bruno, Bruno! Espera, onde vai? – Phil pergunta.

- Embora, amanhã conversamos. – Disse e segui caminho.

  Deitei-me na van e fomos para o hotel, era cerca de vinte minutos de distância. Agradeci ao Dre e fui direto para o quarto, abri minha mala atrás das roupas e achei outra coisa, a caixinha do anel que eu iria dar a Lívia, pois é eu levo sempre comigo mesmo que não devesse. Peguei-o na mão e me sentei na cama.

  Perdi a noção do tempo olhando para a janela com aquele anel na mão, eu fiquei imaginando como seria sem que ela visse aquela notícia na TV, seu sorriso quando visse o que lhe esperava e os milhares de momentos bons se eu tivesse reagido antes de tudo acontecer.

Me atirei para trás na cama e adormeci com a roupa mesmo e o gosto de degustação corporal na boca.

  [...] Uma semana depois.

  Lívia POV’S

  O celular estava despertando pela sexta vez, e eu não estava nem afim de levantar, por mim virava de novo pro lado, abafava o som e voltava a dormir, mas eu vou me atrasar... VOU NÃO, JÁ ESTOU!

  Pulei da cama e comecei a me arrumar, nem tomei banho. Vesti uma roupa um pouco mais leve, já que o frio está cessando e dando vida a primavera. Pus uma calça jeans, um blusa fina e um casaco não muito grosso, um sapato de salto alto, meus cabelos eu apenas penteei e os joguei pro lado e saí correndo.  

- Bom dia Mel, tchau Mel! – Eu disse pegando as chaves e batendo a porta da frente, eu nem ouvi se ela respondeu, mas sei que sim.

  Entrei no carro e sete minutos depois eu já estava na rádio. Cumprimentei algumas pessoas e fui direto para a sala. Fay e Ben estavam rindo de algo e pararam assim que me viram entrar feito foguete.

- Calma Li, vai morrer sem ar aí. – Fay ri da minha cara, para variar.

- Quer uma aguinha? – Ben fala ironicamente. Eu mereço!

- Já mandaram vocês tomar naquele lugar? Se não, eu mando agora, vão! – Eu disse sentando na minha mesa e colocando a mãos na cabeça. Nunca havia subido escadas tão rápido, até dor de cabeça deu.

  Além de dor de cabeça eu podia sentir o sono ainda em efeito, meus olhos estavam pesados. Eu realmente não deveria ter ficado jogando vídeo game com a Melody até tão tarde.

- Ansiosa pela chave do apartamento? – Ben pergunta de repente, me fazendo acordar, eu cochilei com a cabeça nas mãos.

- Hum... Sim! – Bocejo. – O EMAIL! – Falo mais alto. Eu me esqueci de checá-los para ver se o Cilas conseguiu organizar as coisas para eu poder pegar a chave amanhã.

  O dia não passou nada rápido, mas eu finalmente podia ir pegar a chave do meu novo apartamento, estava tudo certo. Ah, eu não comentei, mas acho que é óbvio de mais, meu carro chegou!

- Lívia, que você faça um ótimo proveito do apartamento! Se quiser cancelar o aluguel ou qualquer outra coisa, sabe como me encontrar! – Cilas diz sorrindo. Ele parece bem animado com isso.

- Muito obrigada Cilas! Até logo! – Eu disse. Despedimos-nos normalmente e ele me deixou sozinha no apartamento.

  Fui olhar os quartos e banheiros de novo. Retiraram roupas de cama, travesseiro, e coisas decorativas, ficaram apenas os abajures, bancos e tapetes. Na cozinha todos os armários e geladeira estavam vazios. Eu tenho muito o que arrumar, não é? Exato, mas não agora, não hoje! Preciso comer e dormir.

  Voltei para a casa da Marie e as duas estavam jantando. Cheguei do lado delas e antes que pudessem falar qualquer coisa balancei o molho de chaves do apartamento.

- Eu tenho uma segunda casa! – Mel fala e continua a comer, sei que ela ainda é meio contra a isso.

- Pois é! Então... Mudo-me em alguns dias, depois que tudo estiver organizado por lá. Tudo bem? – Eu pergunto diretamente para Marie.

- Claro! Sabe que será sempre bem vinda aqui... – Diz ela.

- Eu sei, aliás, muito obrigada por tudo! Eu não sei o que faria sem vocês! – Sorri. – E Mel, eu preciso da sua super ajuda para comprar as coisas que faltam lá, posso contar com você? – Pergunto.

- Sim, claro! – Responde Mel sem ao pior olhar.
- Ei! – Me agacho do seu lado. – Nós já conversamos sobre isso, lembra? E é bem pertinho daqui você sabe o caminho melhor do que eu! – Argumento e ela sacode a cabeça positivamente.

  Conversei mais um pouco e avisei que iria tomar um banho, assim fiz. Aquela água morda me fez relaxar mais ainda e só o que eu precisava era da minha cama, mais nada. Vesti meu pijama e saí do banheiro e voltei para o quarto. Estava me organizando para dormir quando a Mel aparece no quarto.

- Liv, posso ficar aqui com você essa noite? – Pergunta ela.

- Claro que sim, meu amor! – Respondo e ela sorri. Termino de guardar o que eu arrumei e deito. Ela se deita ao meu lado e eu passo meu braço em baio de seu pescoço, para que ela use de travesseiro.

- Eu te amo Liv! – Diz ela com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu também! – Sorrio e retiro os seus cabelos do rosto. Ela apenas fica me olhando e eu fecho meus olhos. – Boa noite! – Acaricio sua cabeça.

- Boa noite.

  Ficamos nos olhando por um tempo até que ela finalmente pega no sono. A  algum tempo atrás eu disse que ela se apega muito rápido aos outros, mas na verdade não é só ela, eu nem sei como isso é possível, eu a conheci muito pequena e depois nos falamos algumas vezes até ela ir lá para casa, e agora eu morar aqui, nós ficamos ainda mais grudadas, até acho que a Marie sente um pouco de ciúmes. Hoje eu me sinto mais do que uma prima distante, talvez uma irmã, eu me importo com ela, com sua saúde, sentimentos, amizades, tudo, eu me preocupo toda vez ela que ela diz que vai sair talvez eu seja mais chata que a Marie nesse ponto.


  Quero que meu filho se pareça com ela, mas isso não vem ao caso, é cedo para pensar em ser mãe sem ao menos ter um namorado! Boa noite! 

  • Desculpa a falta de criatividade, mas foi o que deu! :/ Eu estou tentando melhorar, mas é que essa fase da fic é chatinha mesmo. Desculpem! Espero que gostem mesmo assim e comentem, por favor. Até a próxima! <3 
  • Já ia esquecendo, eu não diminui o tamanho do capítulo, ao contrário, aumentei um pouco, mas também mexi na largura do post para poder acrescentar a aba do "apartamento". Fiquem a vontade para olhar lá, Ben e Fay também já estão na aba dos "personagens". 

5 comentários:

  1. Uma coisa me chamou atenção mais que tudo: o final! Como assim ela não quer ter filho e nem namorado agora? Isso tem que mudar u.u diosandosai Sobre o Bruno ter sentido esse gosto nojento: eca, equinha! Lív tem que voltar para Los Angeles de passeio, ou pelo menos a trabalho pra ela e o Bruno se verem e a chama da paixão reacender. Adorei o apartamento, e o Ben é bem lindo hein :v já pego bdsuaibndisoa Ah, advertência: Não comentarei mais, porque tu não comenta minha fic há tempos né meu bem! Só observo. Farei greve de comentários por aqui.
    Adorei <3

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  2. Verdade bem que ela podia voltar pra Los Angeles nem que fosse pra passeio .. <3

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  3. Hummm...
    Meu deus que agonia isso me da..:/
    Quero ver os dois junto logo !
    Vc gosta de mexer com nossa mente e o emocionL ne...
    Mais apesar de tudo nao tem cmo nao amar a sua fic! Gostei desse cap..mais vou torcer (cmo sempre) pra o proximo ser melhor e mais animado!
    Maravilhosa!
    Bjos

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  4. Ecaaaaaaaaa udshgfiabsudhfgbasuhdbfguahsdnfoshbdfguhsb <33

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