sábado, 21 de março de 2015

Capítulo 73

- Não! – respondo e volto a ligar para outro número.

- Esquece Lívia, é uma hora da madrugada! Vamos, eu te dou uma carona! – Bruno ainda insiste.

- Não haja como se isso fosse de grande importância para você! – digo friamente.

- Não precisa falar assim também, estou tentando ser gentil! – sua mão toca a minha, entrelaçando-as.

- Não tente, não seja! – solto-as e ele suspira.

- Vai, vamos, não tem táxi há essa hora e eu sei que você não quer atrapalhar a noite deles. –eu já estava ficando irritada pela insistência e pela sua voz que ainda me dava certos arrepios. Bufo e saio andando na frente, passo pelo portão e parando ao lado do seu carro, e sem trocar uma palavra, seguimos até o Hotel que eu sei que ele sabia qual era.

- Obrigada Bruno, passar bem! – tiro o cinto e quando vou abrir a porta ele a tranca.

- Não seja apressada! Eu posso subir? Poderíamos ficar conversando durante a noite e comedo doces, como fazíamos antigamente. Eu tenho um violão aqui... Posso levá-lo também! – ele dizia baixo enquanto passeava suas mãos pelo meu braço e rosto. – Vamos relembrar os velhos tempos. – Bruno passa seus lábios em minha bochecha e depois a língua, mas sem beijar, apenas fazendo um carinho.

- Não, Bruno... – minha voz já falhava.

- Ou podemos nos divertir mais! – ele mordisca minha orelha.

- É errado, você, hm, sabe!

- Sim, meu amor, eu sei, mas as coisas erradas são as melhores! – levo outra mordida e descemos do carro, com rapidez e urgência, tamanha que mal eu reconhecia, ou melhor, conhecia muito bem.

A pouca movimentação do Hotel fez com que eu me preocupasse menos com o amasso dentro do elevador, mas quando paramos no meu andar eu fui obrigada a usar o resto de sanidade que eu ainda tinha para afastar nossos lábios e andar no corredor como uma pessoa normal.

- Senta aí, só um segundo! - Bruno aponta para a cama no meio do quarto e vai até o banheiro.

Ouço o barulho do chuveiro sendo ligado e automaticamente a banheira sendo cheia. Fico brincando com os meus dedos nervosamente e por segundos libero meus pensamentos e reparo na merda que eu estou prestes a fazer, são rápidos segundos de sanidade que se perdem quando eu levanto o olhar e vejo o Bruno encostado na porta do banheiro apenas de cueca com seu sorriso mais safado estampado. Sem pensar duas vezes eu vou em sua direção e grudo nossos lábios mais uma vez. Suas mãos deslizam sem pudor e com muita agilidade ele abre a minha calça e começa a empurrá-la para baixo, ajudo-o me livrando por completo dela e da parte de cima da roupa.

- Vem porque eu senti muita falta desse seu corpo. - Diz ele e me puxa para dentro do banheiro.

Eu retiro minhas peças íntimas e entro na banheira, a água morna e a espuma me fazem relaxar até Bruno entrar por completo nela e começar com seus beijos de novo. Suas mãos correm pelo meu corpo e ao mesmo tempo em que me banha, ele se aproveita da situação para ir além dos limites, deita-se sobre o meu corpo e acaricia tudo o que pode e eu seguro um gemido entre os lábios. As carícias não dão um tempo.

- Precisamos ir para a cama! - Bruno fala baixo e rente ao meu ouvido. Eu concordo.

Saio primeiro e ele logo cola seu corpo quente e molhado no meu e me acompanha até a cama, sem ao menos parar de me tocar. Sento na beirada da cama e ele permanece de pé na minha frente, passo meus olhos por todo o seu corpo e de novo a sanidade bate, e parecendo perceber Bruno toma meus lábios, agora com mais calma e no mesmo ritmo seu corpo pesa sobre o meu e finalmente deito por completo na cama.

Sem aviso prévio, os dedos dele encontram a minha intimidade e começam a fazer um carinho torturante, por falta de fôlego eu paro nossos beijos e arqueio um pouco o pescoço e Bruno aproveita para descer seus beijos deixando um rastro de selinhos pela minha barriga, nas minhas coxas e pouco antes de chegar no meu sexo, o qual ele beija antes de começar a massagem com a língua.


Aos poucos eu sinto minhas pernas amoleceram e um gemido sair por entre os meus lábios e Bruno acelerar seu trabalho de limpar tudo lá em baixo. Ele sorri satisfeito e gruda os meus lábios novamente. Uma de suas mãos seguram meus cabelos com dificuldade, já que estamos deitados, e a outra ele deixa apoiada na cama e seus lábios tomam meus seios. Era uma briga frenética que ele tinha com sigo mesmo sobre qual dos meus seios eram melhor e a rapidez com que ele movia a língua mostrava sua ansiedade.

Minha respiração não ajuda e vários gemidos escapam da minha boca, assim como meus olhos não permanecem abertos por muito tempo. Aquilo era de mais para mim.

- Você continua a mesma! - diz entre dentes, e volta a sugar meus seios completamente enrijecidos.

- Você... Também! - mordo meus lábios e puxo seus cabelos com a minha mão, fazendo-o olhar diretamente nos meus olhos.

Bruno sorri e vai levantando seu corpo aos poucos, posicionando entre as minhas pernas. Eu presto atenção em cada movimento, até que com rapidez ele me invade por completo, solto um grito de dor, fazia algum tempo que eu não tinha relações sexuais e isso realmente doeu.

- Desculpa, eu não resisti! - Ele sorri novamente.

Seus movimentos insanos diminuem a velocidade quando ele percebe que eu não estou completamente à vontade, e por fim para, mas sem retirar seu membro de mim. Bruno aproxima seu corpo do meu e toma meus lábios e com um pouco mais de delicadeza volta a mexer-se. Passo as unhas em suas gostas e se arrepia, meus olhos reviram-se e prendo seus lábios entre meus dente com um pouco de força, aquele era o primeiro orgasmo.


Bruno colaca-se de joelho na beirada da cama e eu fico com a melhor visão de seu corpo nu e seu membro animado, esperando apenas para ser usado novamente. Engatinho em sua direção e começo com levez carinhos apenas com a mãos, depois leves lambidas, outras mais extensas e outras mais rápidas, fazendo-o desejar meus lábios em seu membro. Forço seu membro na minha boca até o máximo que consigo e o tiro, Bruno solta um gemido ajuda e no procedimento, mais algumas vezes eu o empurro até a garganta e tiro para que então eu possa finalmente satisfazê-lo com movimentos mais rápidos.

- Por favor... Hm...O dente machuca! - Bruno reclama.

Meus dentes mal o tocavam e eu sei aquilo era bom, estava longe de machucar, mas ele tinha medo que eu o fizesse. Eu sabia também que ele já não aguentava mais o vai e vem e logo se libertaria dentro da minha boca e apesar de nojo, eu deixaria.

- Meu Deus! - ele passa a mão na testa depois eu paro de brincar com seu membro.

Não era o fim, pelo contrário estávamos recém começando a disputa de quem tortura mais. Bruno respirou fundo algumas vezes e me chamou, ajudou eu a levantar da cama e ficar de pé encostada-se à parede, eu não acreditava que ele estava prestes a fazer aquilo, ele se abaixou na minha frente e abriu um pouco as minhas pernas e começou a passar a língua por tudo novamente. Eu não tinha nem onde segurar se caso as minhas pernas enfraquecessem, e isso estava acontecendo. Às vezes meu corpo escorregava um pouco pela parede e o Bruno empurrava sua língua mais para dentro, ou então ele sugava minha intimidade e eu puxava seus cabelos, definitivamente eu não aguentava mais.



- Hm Bruno! Eu não aguento... Aaaaah... Hmm... Por favor. - minha voz enfraquecia tanto quando as minhas pernas.

- Diz que você precisava disso! - ele fala sem dar um tempo lá em baixo, quando não é sua língua são seus dedos.

- Eu... Você sabe Bruno! - mordo meus lábios a ponto de quase cortá-los.

- Não, eu não sei e preciso que me explique! - ele fala calmo e enfia seu dado indicador.

- Aaaah! – resmungo e passo as minhas unhas fortemente em seu braço.

- Eu tenho a noite toda. - Diz ele e coloca seu segundo dedo.

- Não... Precisamos disso!

- Eu preciso Lívia, eu preciso de muito mais. Por favor! - coloca seu terceiro dedo e minhas pernas fraquejam, ele se delicia com toda a cena.

- Porra Bruno... Hmm... Eu precido... Aaaah... De você! - minhas palavras saiam em gemidos e quase não dava para entender.

- Eu acho que estou entendendo. - com sua oura mão começa a fazer outra penetração, a qual eu nunca tinha feito.

- Isso dói! - abro os olhos no instante que ele toca lá.

- Com carinho e amor não! Fica calma! - ele beija o interior das minhas coxas e eu solto outro gemido.

- Não... Aguento! – eu falo e sem tirar os dedos lá de dentro me leva até a cama e me faz deitar de costas.

- Eu sempre quis fazer isso e você vai ver que é bom! - Bruno fala. Ele umedeci seu dedo e vai colocando na minha entrada ainda virgem, e só ali eu já estava quase chorando de dor.

- Por favor, não! Bruno, não! - eu pedia e ele continuava a forçar.

- Me desculpa! - volta a si e para. - Eu sinto muito, me desculpa. - diz ele e eu me viro, ficando de frente para ele.

- Tudo bem! – já sentada na cama eu beijo seus lábios.

Aquilo era o que precisávamos para toda a tensão ir embora e o fogo voltar. Minhas mãos brincavam nos cabelos de Bruno e as unhas arranhavam suas costas sem qualquer delicadeza enquanto ele se mexia sobre o meu corpo e seu membro dava rápidas pinceladas no meu sexo.

Sem pressa, e com muito mais calma ele me penetrou pela segunda vez, como se quisesse guardar o momento para sempre. E eu, claro que me entreguei mais uma vez aos desejos dele.

- Vem aqui! - Bruno vira-se na cama ficando por baixo e me ajuda a ajeitar sobre seu corpo e começar outra penetração.

Com os joelhos na cama e os seios próximos aos lábios do Bruno, eu comecei a me movimentar sobre seu membro. Os gemidos ecoavam por todo o quarto e eu não me importava com os outros hospedes, o quarto inteiro cheirava a sexo e se eu pudesse colocaria todo esse ar que se confunde aqui numa garrafa e guardaria para sempre.

- Hmm, você é muito boa! - sua voz de sai abafada entre os meus seios.


Acelero o vai e vem com a sua ajuda e atinjo outro orgasmo, desta vez junto com ele, outra vez seu jato quente dentro de mim. Olho seus olhos brilhantes e sua expressão satisfeita, porém cansada e grudo nossos lábios. Deito-me ao lado do Bruno que fica encarando o teto e eu fico quieta esperando minha respiração se acalmar, sem deixar de prestar atenção em seu peito que sobe e desce com rapidez. Minutos depois, ambos mais calmos, Bruno levanta da cama, recolhe suas roupas e se veste rapidamente e para na frente da porta do quarto.

- Eu sinto muito, mas... Irei cumprir o que eu te prometi, desculpa! –ele suspira lentamente e sai, sem dizer mais nada, me deixando na cama como se eu fosse seu objeto sexual.


 - Eu te odeio Bruno, como nunca achei que odiaria! – viro para o lado e meus olhos já ardiam.

Eu me sinto suja e usada, como nunca havia sentido. Ao mesmo tempo em que eu sei que se ele me pedisse o perdoaria porque no fundo eu o amo e o amor nos enfraquece no momento que mais precisamos ser fortes. 

Little do you know how I'm breaking (Você mal sabe que estou desmoronando)
While you fall asleep (Enquanto você cai no sono)
Little do you know (Você mal sabe)
I'm still haunted by the memories (Que ainda sou assombrada pelas memórias)

Eu me odeio acima de tudo, me odeio por quem eu deixei ser transformada por esse amor que eu acreditei ser verdadeiro. Me odeio por relembrar os momentos e acreditar naquelas palavras que vinham junto do “eu te amo”. Tão estúpido!

Little do you know (Você mal sabe)
I'm trying to pick myself up (Estou tentando me reerguer)
Piece by piece (Pedaço por pedaço)
Little do you know I need a little more time (Você mal sabe que preciso de um pouco mais de tempo)

Odeio a forma que o Bruno acha que pode entrar e sair e depois eu vou agir normalmente, como se nunca tivesse acontecido, como se fosse fácil apagar e começar de novo. Eu só quero saber qual é a porra do problema dele!

Underneath it all, I'm held captive (Lá no fundo, estou cativa)
By the hallowed sight (Da visão santificada)
I've been holding back by the feeling (Estou me segurando pelo sentimento)
You might change your mind (De que você pode mudar de ideia)

I'm ready to forgive you (Estou pronta para te perdoar)
But forgetting is a harder fight ( Mas esquecer é uma batalha mais árdua)
Little do you know I need a little more time (Você mal sabe que eu preciso de um pouco mais de tempo)

Era a verdade, eu só queria que ele dissesse o que eu gostaria de ouvir e então eu o perdoaria, não digo esquecer por isso vai muito além de qualquer coisa, mas estava disposta a recomeçar e fazer valer apena, mas outra verdade é que nada pode voltar a ser como antes, nada depois que acaba de verdade vale apena novamente e eu sou apenas uma tola que cai nessa de apenas uma noite.

Bruno POV'S

I'll wait, I'll wait (Eu esperarei, esperarei)
I'll love you like you never felt (Te amarei como se você nunca tivesse sentido)
The pain, I'll wait (A dor, eu esperarei)
I promise you don't have to be afraid (Eu prometo você não tem que sentir medo)
I'll wait, love is here and here to stay (Eu esperarei, o amor está aqui para ficar)
So lay your head on me (Então deite a sua cabeça em mim)

Todos sabem que eu me arrependo de ter acabado com o nosso relacionamento, principalmente depois de saber os motivos dela. Naquela época eu senti medo, muito mais medo de quando o pai dela morreu, e então eu tive a dor, todas as dores que já havia sentido voltando para o meu peito, hoje eu tenho tudo, além de arrependimento o medo e a dor porque eu sei que depois dessa noite ela voltar atrás vai ser o trabalho mais árduo.

Little do you know, I know you're hurt (Você mal sabe, eu sei que você está machucada)
While I sound asleep (Enquanto eu finjo dormir)
Little do you know all my mistakes (Você mal sabe que todos os meus erros)
Are slowly drowning me (Estão me afogando aos poucos)

Levar ela para a cama e fazer como faço com groupies foi instinto raivoso por ela dizer friamente que fingi que eu não existo e ainda por cima mandar eu fazer o mesmo. Eu jamais conseguiria mesmo que tentasse. Todo prazer que sentimos a cada segundo o essa noite estão me sufocando, vai muito além de uso ou covardia, eu sei. 

Little do you know, I'm trying to make it better (Você mal sabe que estou tentando melhorar as coisas)
Piece by piece (Pedaço por pedaço)
Little do you know I, I love you 'til the sun dies (Você mal sabe que eu te amarei até que o sol morra)

Eu não sei como eu sou capaz de machucá-la tanto, eu faço isso sem nem perceber, e depois a consciência apenas pesa e não me deixa esquecer-se da possível dor que ela está sentindo. Mas quer saber o que é pior? Dor e medo são superados com o tempo.

Há um tempo eu tentei me desculpar, me redimir, mas tudo que eu consegui foi que ela se estressasse mais e pedisse que eu a esquecesse, e bem, foi o que eu tentei fazer, aceitar seu pedido, por que parar de amar não é algo que esteja ao meu controle. Então continuo aqui sentindo a dor que eu mesmo causei até que ela finalmente esteja pronta para perdoar, e que agora eu sinceramente não acredito que vá acontecer, porque sempre que eu tenho a chance eu afundo mais ainda o pé na merda e quanto mais isso acontece mais difícil é de voltar atrás.

Isso tudo ainda é amor?



Voltei, um pouco atrasada, mas em compensação com um hot maravilhoso que a Deh me ajudou a escrever a um tempão atrás, hauahsau, obrigadão Deh, quem sabe te contrato! :P
Olha, eu não sei se vou conseguir postar essa semana porque tenho três provas, então já sabem né, vou ter que estudar, mas de qualquer forma recompenso depois ou antes se der! 
Beijooos até mais! 

6 comentários:

  1. Desculpa, não vi antes, mas esta adicionada! 😝

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  2. Nossa comecei a ler a fic a uma semana e já cheguei no 73 amei!!
    Parabéns,pra fazer isso tem q ter talento...
    Se vc tiver outras fics ou alguma sugestão me avisa por favor

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  3. Tenho uma outra finalizada, que eu acho uma bosta, mas se quiser ler é esse o link fanfichoolicats.blogspot.com.br
    a ehc já está entrando em faze de despedida auhsuha mas em breve tem uma nova <3333 e obrigada Mariana!

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  4. Essa eu li,nem sabia que era sua,pq eu leio pelo celular e não aparece a foto..
    Não achei ruim,gostei mt da Bê e do Bruno e da maneira como a história começou,não foi de repente,eles já se conheciam desde novinhos e isso foi bacana...vc escreve mt bem..Se tiver outra dica me manda por favor..bjs

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  5. Preciso saber quem é você, sério shaushau, obrigada por ter lido. Eu tenho duas shorts fics, The Reason e Um momento inesquecível. Se tiver facebook me adiciona, Julia Mondadori, é mais fácil conversar por lá! ❤

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