sábado, 13 de junho de 2015

Capítulo 78

Assim que desembarquei, por volta de onze horas eu e Tory compramos comida e fomos ao seu antigo apartamento. Ela me contou que suas coisas já estavam na casa nova e ali nas caixas espalhadas pela sala só tinham coisas que ela iria doar, e o resto tudo ficaria, era muita coisa. 

Num dos quartos tinham presentes para o bebê, várias roupinhas, algumas meias e muitos sapatinhos que eu tinha vontade de usar de chaveirinho.

- Quero dizer que essas roupinhas não vão sair daqui a não ser que você m...

- Elas não vão precisar sair, outras vão vir! – eu olhava ao redor do quarto enquanto estava de costas a ela. 

- Eu não quero pressionar, eu sei que é errado, só que...

- Você fala de mais, Tory!  Eu decidi não se preocupe com isso! Nós viremos antes do seu casamento! – viro para ela. 

- Você de volta é o melhor presente de casamento que eu poderia ganhar! – ela solta um suspiro de alívio e eu abraço-a da melhor forma possível. 

- Obrigada por ser a amiga mais insistente que existe! Por fazer mais o que deve, por ser mais do que parece ser! – olho em seus olhos brilhantes. 

- É por isso que o Tio Tony sempre disse que eu era a filha adotiva dele! – ela fala do meu pai e eu fico emocionada, a gravidez é um saco por causa dos hormônios.

- Eu estive pensando, o bebê terá apenas um Vovô! – fomos para a sala e sentamos-nos no tapete.  

- Aqui ele terá um, mas sempre será lembrado de duas Vovós, um Vovô e outro Tio! – ela cita o Fred. 

Parei no tempo com a frase. O Fred. Ninguém imagina o quanto ele me faz falta, ele e o meu pai claro, foram acontecimentos tão rápidos que quando eu lembro sinto uma dor inexplicável. Penso em como seria se eles estivessem aqui no nascimento do meu filho, no quanto o Fred seria presente e o quanto o meu pai seria babão. 

[...]

Acordei no dia seguinte com uma chata dor de cabeça e não tive muito tempo, tínhamos que estar na Igreja o mais cedo possível e agora eu não tinha como esconder a barriga de ninguém, as roupas não deixavam mais. Eu não tinha mais chances de ter qualquer pensamento rápido antes de ver o Bruno.  

Saí do quarto, pronta e os dois tomavam café da manha juntos na cozinha. 

- Bom dia amor da Titia! – Tory manifesta sua animação logo de cara. Contorno a mesa e dou beijo no Ryan, em seguida nela. – Posso? – diz colocando a mão na barra da minha blusa e puxa um pouco para cima. 

- Se concentra Victoria! – eu falo séria. 

- Um dia ele descobre Liv! – Ryan se manifesta. Abaixo minha roupa e sento para tomar café com eles. 

- Se você abrir a boca eu corto seu reprodutor fora! – aponto uma faca na direção dele. 

- Se toca garota, se você engravidou a culpa não foi do meu noivo! – Tory o abraça e lhe dá um beijinho, começo a rir.

Tomamos café sem demorar muito, eu comi uma fatia de pão de forma com pasta de amendoim e um copo de leite e definitivamente aquela foi a minha pior ideia. Pasta de amendoim? Merda! 

Na Igreja, conforme nós nos aproximávamos da entrada eu ouvia a voz dos meninos, perguntei aonde era o banheiro assim que parei na porta e voei para lá sem dar-lhes oi. Senti o café da manhã voltar de novo, tranquei a respiração por alguns segundo e depois respirei fundo, passando a mão tremula na testa. 

Minha cabeça latejava e meu café da manhã estava em modo roda gigante dentro de mim. Passei a mão pela barriga e respirei fundo várias vezes, mas não funcionava até que num rápido gesto eu me abaixei e coloquei tudo para fora, sentindo um alivio instantâneo. Isso só aconteceu uma vez desde que os vômitos pararam de acontecer e isso é devido a nervosismo. 

Não levou segundos para sua voz aparecer do outro lado da porta e milhares de coisas serem ditas sem parar.

- Quando eu descobri que a grávida era você eu pesquisei muito sobre essas coisas de semanas e meses e gestação, e então fiquei feliz. Meu cálculo não estava errado, o filho é meu, é nosso Lívia! Eu não poderia cometer um erro melhor, eu não poderia ter sido um filho da puta melhor, porque eu nunca faria isso se não você com você! O que eu quero dizer é que eu não escolheria mãe melhor para essa criança que não fosse você, apesar dos pesares. Só fiquei chateado que conforme os dias iam passando eu continua sem receber um sinal seu.  – a cada palavra era mais difícil eu conseguir segurar as lágrimas. – Quando eu olhei para você hoje, ah, eu não sei explicar a sensação. Porra, eu vou ser pai. Eu queria ter sido o primeiro a ficar sabendo, eu tinha esse direito, mas eu entendo o seu lado, infelizmente. – ouço uma batida leve na porta e logo depois suspiros do Bruno. 

Lavo a minha boca e fico numa briga interna de abrir ou mandá-lo embora e no fundo eu sabia que eu tinha perdido a briga a partir do momento que ele me viu, ele tinha todos os direitos e eu não tinha como fugir, e nem queria a essa altura. Destranco a porta e ele toca a maçaneta, a segurando e logo 
depois empurrando a porta. Seus olhos param por um tempo na barriga.

- Eu... Eu posso? – ele troca olhar entre os meus olhos e barriga. Levanto a camiseta e seu toque quente me faz arrepiar, Bruno se abaixa e deixa sua boca próxima a minha barriga. – Eu estou tão feliz por você estar bem aí dentro, você tem uma mamãe muito boa e olha bebê, o papai e a mamãe erraram, mas quero que saiba que a partir de agora eu quero as coisas certas para você. Eu... Eu amo você! – fecho os olhos com força e mordo os lábios ao sentir a boca dele tocar minha pele. 

- Bruno! 

- Podemos conversar em outro lugar? – ele se levanta e eu abaixo a roupa e seco o meu rosto. 

- Não Bruno! Eu sei o que você quer e eu lhe mandarei fotos da barriga toda semana e sempre lhe contarei como serão as consultas e quando o bebê nascer você pode ficar uns dias lá em casa, e quando você voltar para sua casa e o bebê estiver maior nós dois nos revezamos as viagens para você poder vê-lo. Certo?  

Bruno POV’S

- O que? – pisco várias vezes e tento assinalar suas palavras que agora eram totalmente frias. 

- Você entendeu! – Lívia fala e sem rodeios sai andando pelo corredor e eu sinto milhares de socos na barriga.

Se isso não foi uma forma de impedir que eu me aproxime da criança, eu não sei então que foi. Bem, eu não imaginava que ela voltaria correndo para os meus braços ou que sei lá, mas eu também nunca iria imaginar tamanha frieza vindo dela depois de tudo que eu falei, e pior, que ela iria virar as costas e sair andando sem mais detalhes. 

Voltei para aonde estava tento o curso, que já havia começa há tempos, e me posicionei ao lado do Phil. Não prestei atenção em nada. Às horas iam passando e às vezes eu a olhava e via concentrada em algo que não estava ali, com a mão posicionada na barriga ela olhava a um ponto fixo qualquer dali. Ao ver ela ali quem saiu fora de órbita foi eu. Uma criança com os traços da Lívia e alguns meus, correndo na minha casa na beira da piscina e ela gritando para tomar cuidado enquanto no domingo nós almoçávamos juntos na rua. 

Era hora do almoço, às mulheres foram buscar comida num restaurante próximo e nós ficamos sentados nos carros, uns dentro e outros escorados do lado de fora. 

- E aí, Bruno, você saiu com uma cara daquele banheiro que parecia que tinha comido merda! – Phil fala.

- Não comi, mas ouvi! – bufo e coloco a cabeça entre as pernas. 

- Cara, eu espera isso, na verdade conversei com a Tory e ela disse que esse dilema de contar ou não da gravidez foi grande, ela está insegura com relação a esse mundo novo então vai à calma, uma hora ela vai ser mais flexível. – Ryan fala. 

- Flexível? Ela simplesmente disse que cederia uns dias na casa dela quando o bebê nascesse e depois que eu fosse embora e ele estivesse maior nos iríamos revezar as viagens. Eu nem sei o sexo do bebê, quer dizer, eu sei, mas queria que ela me contasse! – amasso uma garrafinha de água vazia que tinha na mão. 
- Não vai ser assim, você vai ver! – Ryan se cala e as meninas voltam com as comidas compradas. 

Almoçamos daquele jeito mesmo, uns dentro do carro e outros na calçada e logo voltamos para dentro da igreja para o resto do curso, que por sinal era uma bobagem, depois de sabermos nossas posições o resto era mero detalhe. 

Eu era o par da Jenifer, uma amiga da Tory e a Lívia era fazia par com o Mett e eles trocavam sorrisos às vezes e cada vez que eu via ficava mais irritado, será de provocação? Não, da Lívia não, ela não é assim. Philip apenas observava tudo com a Madson pendurada em seu braço. Depois de várias entradas na Igreja todos acertaram os passos e finalmente poderíamos ir embora. 

Despedi-me rapidamente dos caras e fui embora logo, não por mal, mas não aguentava mais ficar ali.


Cadê os meus comentário? :'( uahsuah mentira. Sei que estavam ansiosas por esse acontecimento quase épico, então espero que tenham gostado e que comentem! :P Confesso que o próximo está bem amorzinho!

Até mais! 



3 comentários:

  1. Juuuuhh ! Mdsss por que ela fez isso cara ? eles precisam voltar e criar esse filho juntos! hahahah espero pelo proximo ansiosa mente e torcendo q ela o perdoe e volte pra ele! (Carine)

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  2. JULIA SUA CARA DE PAU!!!! Isso é tamanho de capítulo? Af! Só não te bato porque tu tá dormindo aqui do meu lado. Eu tinha lido essa parte pequena do final, mas não sabia que eu ia ficar tão.... tão.... eu não sei a palavra?! Mas eu senti a dor do Bruno daqui, e a Lívia ta sendo bem turrona com ele, que isso :o dnisandioa quero mais, meu amor. Ta perfeito like always

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  3. Eu aqui lendo de novo pq da outra vez meus olhos estavam embaçados auhsuhas <3 não é justo, a alguns dias eu queria quebrar as duas pernas dele e agora... Vc quebrou as minhas (Pati)

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