quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Capítulo 33


  Phil assegurou-se algumas vezes de que eu daria conta de dar um jeito no Bruno e bom, nunca tive que cuidar de pessoas bêbadas, mas realmente espero que seja tão difícil. Entrei com ele no banheiro e suspirei pela não sei, talvez décima vez naquela noite, o cheiro forte de Whisky estava se empregando a mim e era nojento assim como todas as mulheres que dançavam com ele a uma hora atrás.

- Tá gelada... - Ouvi ele balbuciar feito criança.

- Para tirar o efeito do álcool! - Respondi largando a toalha limpa sobre o vaso. - Termina aí e vai deitar! - Eu disse o deixando sozinho para que terminasse o banho que na realidade eu não tinha tanta certeza se conseguiria sozinho.

  Como já estava tarde e ele ainda demoraria a desocupar o banheiro eu vesti meu pijama, retirei a maquiagem com removedor e algodão e me deitei no canto da cama. Sinceramente eu gostaria de ter ido embora com as meninas pois cada vez que eu via uma garota com vestido curto e mãos nervosas perto dele eu sentia meu peito arder e minha mente praguejá-las pelo ato e sim, eu não deveria me sentir assim, ainda mais tratando-se do Bruno, mas era como se eu não tivesse comando e eu sentisse... Ciúmes? É, talvez.

  Escutei um barulho estrondoso vindo do banheiro e me levantei rapidamente, ele estava com a mão na testa e a toalha mal enrolada em volta de sua cintura.

- Ai! - Ele disse quando me viu e eu acabei rindo.

- Bruno... - Trinquei os dentes depois e ele parecia muito mais sóbrio do que quando chegamos.

- Desculpa... Se eu ao menos conseguir sair de dentro do box sem quebrar a cabeça, ficaria feliz! - Resmungou com cara feia e finalmente saiu. Talvez abrir a porta de vidro do box ajude. Segui logo atrás dele para ter certeza que não aconteceria nada.

  Ele guiou-se até sua mala vezes ou outra tropeçando em seus próprios pés e respirando fundo para seguir enfrente. Deitei-me virada para janela dando liberdade para que ele se trocasse logo ali e eu sei que estando virada ou não para janela ele se trocaria sem problemas bem onde estava.

  Deitou-se ao meu lado aparentemente de boxes e uma camisa, senti ele tentar alinhar-se a mim mas me mantive quieta onde estava, aquela sensação estranha ainda estava dentro do meu peito e porque? Ela não deveria, não mesmo!

- Lív? - Resmungou baixinho e eu respondi apenas um "hum" simples. - Porque não dançou comigo? - Perguntou com a voz mais firme.

- Estava conversando com seu pai e irmãs e era o que você deveria ter feito também! - Respondi grosamente.

- Eu queria dançar... - Ia continuar mas calou-se.

- E dançou, com várias. Então boa noite! - Mantive-me firme e de costas a ele que insistiu em maior contado soltando um risinho baixo.

- Tá com ciúmes Lívia? - Perguntou e eu senti todo meu estômago congelar, virei-me para ele e neguei.

- Apenas me preocupei com a quantidade de bebida que você tomou. - Respondi, o que de fato era também uma verdade.

- Eu senti ciúmes de você lá no bar quando aquele homem se aproximou. - Ignorou meu comentário anterior.

- Não deveria, eu disse que não dava chances a esse tipo de homem. Ah, esquece isso! - Eu disse respindo fundo.

- Ter ciúmes significa que a pessoa é importante para você - Ele disse me olhando. - Agora não sei se sou importante para você. - Fez um biquinho torto.

- Você é importante para mim Bruno! - Respondi analisando todo seu rosto e senti suas mãos invadirem meu corpo puxando-me para perto de si, virei de costas a ele novamente e formamos uma conchinha.

 Ele não duvidou em momento nenhum sobre sua importância para mim, ele só queria saber se eu senti ciúme e usou a "importância" para descobrir. Acabei dormindo logo em seguida. Me acordei durante a noite várias vezes com os barulhos da descarga, provavelmente o Bruno estaria pondo toda bebida para fora e agora definitivamente eu acordei, e com uma dor de cabeça das fortes, imagina se eu realmente tivesse bebido ontem... Vi Bruno deitado ao meu lado assistindo tv.

- Bom dia. - Eu falei com as mãos na cabeça.

- Bom dia. Dor de cabeça? - Perguntou e eu assenti de leve. - Quer um remédio?

- Eu tenho, obrigada! - Falei e me levantei.

  Fui direto ao banheiro tomei um banho rápido e fiz higiene bucal. Saí enrolando o cabelo em um coque no alto da cabeça, senti os olhos do Bruno me seguirem, mas não liguei. Peguei minha bolsa no canto do quarto e fucei até achar os comprimidos, tomei um e quando larguei a garrafinha de água na mesinha ao lado senti mãos agarrarem minha cintura.

- Para de me ignorar! - Ele pediu roçando os lábios em meu pescoço.

- Eu não tô fazendo nada Bruno! - Virei-me para ele.

- Então me diz tudo que tá pensando e sentindo, eu não quero continuar nessa situação com você, me desculpa. - Disse sincero.

- Eu pensei que...Que talvez você tivesse um pouco de respeito em relação a mim, porque... Porque me esforcei para passar seu aniversário ao seu lado e porque você fez parte de vários momentos especiais na minha vida e de repente você estava ali na minha frente dançando com todas elas como se... Se nada tivesse acontecido, e acredite, me senti sendo molhada por um balde de água fria. Mas eu disse, esquece isso, até porque era para sermos só amigos e acho que nos precipitamos naquela manhã.- Não sei de onde saia aquelas palavras, elas apenas vinham explicando exatamente como eu me sentia e talvez não quisesse acreditar. Ele ficou me olhando, apenas abaixei minha cabeça e saí de perto.

  Eu não quero que ele venha, diga que me ama e peça-me em namoro, eu quero apenas que entremos em um bom senso, nada de magoas e sofrimento. Se for para tocar seus lábios uma vez e depois me sentir assim, eu prefiro nunca mais tocá-los e ter apenas sua amizade e a certeza de não sentir isso nunca mais.

  Me sentei na beirada da cama e senti meus olhos úmidos, não, isso não, eu deveria ter imaginado. TPM filha duma... Tratei de secar a maldita umidade em meus olhos e fui me arrumar para tomar café. Agasalhei-me e saí do quarto, Bruno fez menção de se levantar e me acompanhar mas eu neguei num sinal tempo, ele intendeu e voltou para cama.

  Bruno POV'S

  Me diga, como é que alguém pode ser capaz de estragar tudo? Porque logo eu fui ter essa merda de dom? Estava indo tudo tão bem... Apenas estava! Joguei meu corpo para trás e fechei os olhos fortemente quando senti meu corpo se chocando com o colchão, mas abri em seguida  pelos toques de alguém na porta. Levatei meio sem vontade e dei uma espiada no olho mágico, Phil. Abri a porta e voltei para cama.

- Que cara é essa Bruno? - Phil disse encostado na porta, apenas suspirei, ele fechou a mesma e se aproximou! Vish, que gay. - Kam bem que tentou te avisar ontem, mas você como sempre não ouviu.

- Tá legal, vai esfregar na minha cara ou vai me ajudar? - Perguntei sem paciência.

- Vou dar a minha inútil opinião. - Ele disse e eu bufei. - Vocês acham que mandam no coração, mas não! E você, Bruno, acha que protege a Lívia mantendo essa amizade colorida de vocês, quando ao invés você está ferrando com os sentimentos dela. Qual é cara, todo mundo sabe o que vocês já aprontaram, tá na hora de firmar essa relação ou então acabar com tudo de vez, o que eu acho difícil. Olha, não estou colocando praga, mas pode ser que quando você ache que seja a hora certa seja tarde de mais e aí, não tem volta. A Lívia é uma mulher linda, por dentro e por fora e alguém vai acabar descobrindo isso e sendo mais corajoso que você, e aí negão, já era. - Ele disse eu senti meu coração parar por alguns segundos, isso não é questão de coragem, é questão de... Ah.

- Eu sinto como se tivesse que descobrir mais dela, sinto como se apenas a tivesse como amiga e não sei se isso é o certo e quando deve ser feito! - Fui sincero.

- Então, aproveita e descobre essas coisas junto com ela. Eu tava na minha ontem, mas eu vi de longe os suspiros que ela dava enquanto aquela morena de vestido vermelho tentava passar as mãos em você, assim como vi você fechar os punhos de raiva quando o homem se aproximou dela no bar, e no final dava para ver os alívio de vocês quado finalmente estávamos indo embora. - Phil falou e eu me peguei relembrado da noite em busca dos sinais que ele disse, mas foi em vão.

- Eu não quero seja uma obrigação! - Balbuciei baixinho.

- Não estou te obrigando, apenas dei um conselho inútil de amigo. - Ele disse e saiu do quarto.

  Não que eu não goste dela, eu gosto e para falar a verdade eu me senti agoniado quando por motivos dos nossos horários fui impedido de falar com ela, eu me vi sem saída, com desejo e aquele sentimento de falta, mas também não senti amor, só o que sinto é essa coisa estranha enquanto penso nela ou quanto tocam em seu nome de uma forma negativa ou positiva, eu não sei explicar. Mas no final, será que ela sente essas mesmas coisas? Eu não posso correr atrás de algo sozinho.

  [...]

#COMENTEM

Merry Christimas!!!

21 comentários:

  1. Bruno tem que pedir logo a Liv em namoro. necessito de mais, to amando.

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  2. Caraca..as vezes brunito vacila heim..''/ tomara que ele tome jeito e se decida cm relacao a liv..nenhuma mulher gosta de se sentir assim cmo ela. Mais enfim esta mt bon! #ansiosa por um cap. Cheioo de açao e mt emocao! Auahuahua posta logo o proximo capitulo!
    Bjoos :)

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    1. Cheio de ação e muita emoção, olhe, até rimou! Estou postando agora! *--*

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  3. Continua o bru tem que pedir
    ela em namoro logo

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  4. muito bom.. continue :)

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  5. Puta que pario, esse blog ta de palhaçada comigo! Comentei duas vezes e o comentário não foi! Que ódio, essa é terceira e última também u.u to bolada dnusabdnoisandsa enfm, o Bruno tem que se tocar que se ele agir assim ele vai perder ela, e ele pensa que não gosta dele, mas porque ele não tenta? *u* E ele tem que fazer isso antes que a Lívia arranje alguém que dê o devido valor e ele fique chupando dedo. Tipo em WIWYM <3 sempre amo a cada capítulo mais, te amo Julha <3

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    1. Sempre! D: Copia o comentário, assim não tem que escrever de novo! When I Was Your Man ainda será trilha sonora! <3 Te amo Dri! Thanks

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  6. Esqueceu que tem uma fic foi Juh?

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