quarta-feira, 7 de maio de 2014

Capítulo 50


- Tá legal, quer que eu te culpe? Que eu diga o quanto eu sofri? O que mais? Quer que eu diga o quanto senti a sua falta?  Que eu chorei? Feio não é? Mas aconteceu por sua causa! Você saiu daqui sem me dar nenhuma explicação, eu tive que abaixar a cabeça e aceitar o fato de que talvez eu nunca mais fosse te ver outra vez!  – Ele veio na minha direção, seus olhos estavam marejados.

- Não, eu ao quero isso! Eu não tinha o que explicar Bruno, foi a minha decisão. Eu também tive que abaixar a cabeça e aceitar o fato de que eu nunca mais vou ver meu pai! – Respondi pouco mais alto.

- Eu realmente te entendo, mas em todos os momentos eu estive aqui e eu iria continuar aqui, mas você não pensou em momento algum como eu me sentiria, você não pensou em momento algum em tudo que eu estava fazendo para te ver feliz! – Ele diz também mais alto, as lágrimas estavam correndo por meu rosto e nossa conversa se transformava em briga.

- Era a minha vida, minha felicidade e a sua também, era melhor eu ir, você precisava seguir, não era sua obrigação fazer tudo que fez, por isso eu fui, eu precisa de coisas novas, precisava de certa forma crescer! – Digo e dou uma secada no meu rosto. – Você não tem ideia do quanto foi difícil, de quantas vezes eu pensei em voltar, pensei em você, você merecia mais do que aquilo, eu merecia, minha vida merecia. Ah, eu não te devo explicações, nós passamos um ano sem comunicação, eu só sabia que estava bem por causa da rádio, pois mesmo que eu tentasse esquecer-me da sua existência meu trabalho fazia questão de me lembrar e de tudo, pois nunca foi só você! Não temos direito de exigir explicações de nenhum dos dois, a vida andou Bruno e as coisas mudaram, eu mudei! – Digo convicta, eu não vim para chorar, mesmo que eu tenha que até aquela casa.

- Eu senti sua falta, por favor... Eu preciso que fique aqui! – Ele disse mais calmo. Eu via em seus olhos a culpa sobre algumas palavras, e eu também a sentia.

- Eu não vim definitivamente, só estou aqui para acertar as coisas da casa e ver se realmente irei colocá-la para vender. Eu tenho uma vida lá agora! – Respondo.

- Você tinha uma vida aqui também. – Ele retruca.

- Bruno, não dificulta as coisas! – Eu não iria ceder, não mais. Bruno se aproximou mais e segurou meu rosto com as duas mãos.

- Esperei tanto para finalmente te rever que não posso deixar nós estragarmos tudo de novo, por favor, podemos esquecer algumas coisas e agir como melhores amigos que sentiram falta um do outro por um ano? Amigos que erraram e falaram o que não deveria, que sabem que estão errados! Por favor! – Ele diz. Eu só quero estar bem aqui, mesmo indecisamente eu quero tornar as coisas melhores.

- Eu senti sua falta! – Digo finalmente, olho dentro daqueles olhos amendoados que eu tanto queria ver novamente e aquele sorriso que me fazia bem fez-se presente de novo.

- Eu também! – Ele disse e me abraçou. Seu calor sendo sentido novamente era a coisa mais incrível que poderia acontecer, ele me faz sentir mais preparada e segura do que antes mesmo cheia de dúvidas. – Olha para mim. – Ele pede. - Promete que não vai embora? E se for, vai manter contato como se estivesse por aqui? Que vamos voltar a ser como antes? Que aquele eu te amo que disse no natal se fará presente outras vezes? Que sempre que precisar vai conversar comigo? Eu preciso saber que estará bem onde quer que esteja para eu estar bem também! – Bruno diz segurando minha mão esquerda. Eu sorri.

- Prometo!

- Tudo bem, estou melhor agora... O que você faria assim que chegasse aqui em Los Angeles? – Pergunta ele.

- Largaria as coisas no Hotel e iria fazer uma surpresa para a Tory! – Digo sorrindo, eu estou ansiosa por isso.

- Tudo bem, faremos isso! Posso te fazer uma pergunta antes? – Ele pede e eu respondo positivamente com a cabeça. – Você tinha planos de me encontrar?

- Sinceramente? Eu queria, mas não queria, não me sentia preparada e até pensei que talvez você nem se lembrasse mais de mim, mas agora, eu tenho certeza que aconteceu a coisa certa! – Digo e sorrio, ele também.  

- Okay, quer ir sozinha ou prefere que eu vá com você? – Pergunta ele.  

- Acho melhor ir sozinha, se importa se eu passar a noite com ela? – Eu pergunto.

- Só se não for para o Hotel! – Diz Bruno com a sobrancelha erguida.

- Tá bom, Bruno! – Falo. Eu estava decidida a não ceder, mas eu sempre vou ceder, em tudo na vida, eu sou assim. Tá, nem tudo!  

  Bruno me ajudou a subir a mala para um dos quartos de hóspedes e disse para eu ficar a vontade e desceu em seguida. Olhei no relógio e eram cinco horas, eu precisava separar uma roupa logo e ir para a revista, pois a partir das cinco e meia o pessoal saia e isso não deve ter mudado.

  Eu estava com uma bolsa grande, então coloquei tudo que precisaria lá e desci as escadas rapidamente. Bruno estava sentado com os braços cruzados olhando para a rua pela porta de correr da sala, ele parecia longe, então fui avisá-lo. Estalei os dedos perto dele e o chamei.

- Oi, desculpa! – Ele sorri.

- Estou indo, pode conseguir o número de um táxi, por favor? – Peço.

- Posso te deixar lá, vou ao Phil! – Ele diz e eu aceito. – Aqui tem as chaves de casa quando quiser voltar! – Ele me entrega um molho com seis chaves e um alarme, acho que são as chaves reservas.

- Obrigada! – Digo e ele dá uma piscadinha.

  Seguimos em silêncio, o caminho até lá não era muito longo então chegamos logo, faltavam dez minutos para dar cinco e meia. Eu precisava ser rápida, ainda tinha que falar com George. Lembram? Meu ex-chefe.

- Muito obrigada, nos falamos! – Digo enquanto solto o cinto, me viro para ele e lhe dou um beijo na bochecha, destranco a porta do carro para sair e ele me chama.

- Se cuida! – Diz ele.

- Você também. – Sorrio, dou as costas e vou à direção do prédio da revista.

  Dei uma abaixada no short que usava e uma arrumadinha na camisa. Coloquei a bolsa no ombro entrei na recepção da revista.


- Olá, em que posso ajudá-la? – Não era a mesma recepcionista.

- Boa tarde, gostaria de conversar com o senhor George, pode avisar que a Lívia Kendrick está aqui! – Eu disse, ela me olhou com uma cara de “ e daí que você é a Lívia”, mas pegou o telefone e ligou para ele.

- Tudo bem dona Lívia, pode subir, é o andar...

- Eu sei onde é, trabalhei aqui! Obrigada! – Sorri para não parecer grossa de mais, mas foi o troco por me olhar daquela forma, aff!  Subi de elevador, alguma pessoas me reconheceram e deram um “oi”, cheguei à sala dele dei uma batidinha e entrei.

- Boa tarde! – Eu disse sorrindo.

- Que ótima visita! – Ele diz mostrando-me a cadeira.

- Não é rapidinho. Posso atrapalhar a Tory e o Scott hoje? – Sorri e ele também.

- Só porque foi uma ótima funcionária! Aliás, voltou mesmo? – Pergunta ele.

- Não, vim resolver umas coisas sobre a casa que era do meu pai e em duas semanas eu volto! – Digo simplesmente.

- Ah, tudo bem! Vai lá, prazer revê-la! - Diz George.

-Obrigada, prazer! Tchau! – Sorri e saí de sua sala.

  Peguei o elevador e desci uns andares, segui firmemente até minha antiga sala e dei uma batidinha na porta e mandaram entrar.

- Vim avisar que estão liberados! – Eu disse sorrindo. 


#CONTINUA? COMENTEM! 

6 comentários:

  1. Que bom que eles se acertaram <3

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  2. Ain meu Deus, quando que eles vão admitir um para o outro que eles se amam, que se gostam? Espero que o panaca aí não deixe ela ir embora dessa vez, e tu para de enrolar e posta logo o próximo porque eu quero ver a reação da Tory e do Scott. E que role sexo entre os dois nessas duas semanas, amém dinsandsindsa! \õ

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  3. <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 ESTOUREM OS CHAMPAGNES!
    Que lindo os dois juntos *-* Chorei litros
    Só falto beijo, né?!!! HM
    Continue!

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  4. Owwwwwwwwwwwn *-*.....Juntos de novo!!Haja coração!!

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