- Tá legal, quer que eu te culpe? Que eu diga o quanto
eu sofri? O que mais? Quer que eu diga o quanto senti a sua falta? Que eu chorei? Feio não é? Mas aconteceu por
sua causa! Você saiu daqui sem me dar nenhuma explicação, eu tive que abaixar a
cabeça e aceitar o fato de que talvez eu nunca mais fosse te ver outra vez! – Ele veio na minha direção, seus olhos
estavam marejados.
- Não, eu ao quero isso! Eu não tinha o que explicar
Bruno, foi a minha decisão. Eu também tive que abaixar a cabeça e aceitar o
fato de que eu nunca mais vou ver meu pai! – Respondi pouco mais alto.
- Eu realmente te entendo, mas em todos os momentos eu
estive aqui e eu iria continuar aqui, mas você não pensou em momento algum como
eu me sentiria, você não pensou em momento algum em tudo que eu estava fazendo
para te ver feliz! – Ele diz também mais alto, as lágrimas estavam correndo por
meu rosto e nossa conversa se transformava em briga.
- Era a minha vida, minha felicidade e a sua também,
era melhor eu ir, você precisava seguir, não era sua obrigação fazer tudo que
fez, por isso eu fui, eu precisa de coisas novas, precisava de certa forma
crescer! – Digo e dou uma secada no meu rosto. – Você não tem ideia do quanto
foi difícil, de quantas vezes eu pensei em voltar, pensei em você, você merecia
mais do que aquilo, eu merecia, minha vida merecia. Ah, eu não te devo
explicações, nós passamos um ano sem comunicação, eu só sabia que estava bem
por causa da rádio, pois mesmo que eu tentasse esquecer-me da sua existência
meu trabalho fazia questão de me lembrar e de tudo, pois nunca foi só você! Não
temos direito de exigir explicações de nenhum dos dois, a vida andou Bruno e as
coisas mudaram, eu mudei! – Digo convicta, eu não vim para chorar, mesmo que eu
tenha que até aquela casa.
- Eu senti sua falta, por favor... Eu preciso que
fique aqui! – Ele disse mais calmo. Eu via em seus olhos a culpa sobre algumas
palavras, e eu também a sentia.
- Eu não vim definitivamente, só estou aqui para
acertar as coisas da casa e ver se realmente irei colocá-la para vender. Eu
tenho uma vida lá agora! – Respondo.
- Você tinha uma vida aqui também. – Ele retruca.
- Bruno, não dificulta as coisas! – Eu não iria ceder,
não mais. Bruno se aproximou mais e segurou meu rosto com as duas mãos.
- Esperei tanto para finalmente te rever que não posso
deixar nós estragarmos tudo de novo, por favor, podemos esquecer algumas coisas
e agir como melhores amigos que sentiram falta um do outro por um ano? Amigos
que erraram e falaram o que não deveria, que sabem que estão errados! Por
favor! – Ele diz. Eu só quero estar bem aqui, mesmo indecisamente eu quero
tornar as coisas melhores.
- Eu senti sua falta! – Digo finalmente, olho dentro
daqueles olhos amendoados que eu tanto queria ver novamente e aquele sorriso
que me fazia bem fez-se presente de novo.
- Eu também! – Ele disse e me abraçou. Seu calor sendo
sentido novamente era a coisa mais incrível que poderia acontecer, ele me faz
sentir mais preparada e segura do que antes mesmo cheia de dúvidas. – Olha para
mim. – Ele pede. - Promete que não vai embora? E se for, vai manter contato
como se estivesse por aqui? Que vamos voltar a ser como antes? Que aquele eu te
amo que disse no natal se fará presente outras vezes? Que sempre que precisar
vai conversar comigo? Eu preciso saber que estará bem onde quer que esteja para
eu estar bem também! – Bruno diz segurando minha mão esquerda. Eu sorri.
- Prometo!
- Tudo bem, estou melhor agora... O que você faria
assim que chegasse aqui em Los Angeles? – Pergunta ele.
- Largaria as coisas no Hotel e iria fazer uma surpresa
para a Tory! – Digo sorrindo, eu estou ansiosa por isso.
- Tudo bem, faremos isso! Posso te fazer uma pergunta
antes? – Ele pede e eu respondo positivamente com a cabeça. – Você tinha planos
de me encontrar?
- Sinceramente? Eu queria, mas não queria, não me
sentia preparada e até pensei que talvez você nem se lembrasse mais de mim, mas
agora, eu tenho certeza que aconteceu a coisa certa! – Digo e sorrio, ele
também.
- Okay, quer ir sozinha ou prefere que eu vá com você?
– Pergunta ele.
- Acho melhor ir sozinha, se importa se eu passar a
noite com ela? – Eu pergunto.
- Só se não for para o Hotel! – Diz Bruno com a
sobrancelha erguida.
- Tá bom, Bruno! – Falo. Eu estava decidida a não
ceder, mas eu sempre vou ceder, em tudo na vida, eu sou assim. Tá, nem tudo!
Bruno me
ajudou a subir a mala para um dos quartos de hóspedes e disse para eu ficar a
vontade e desceu em seguida. Olhei no relógio e eram cinco horas, eu precisava
separar uma roupa logo e ir para a revista, pois a partir das cinco e meia o
pessoal saia e isso não deve ter mudado.
Eu estava com
uma bolsa grande, então coloquei tudo que precisaria lá e desci as escadas
rapidamente. Bruno estava sentado com os braços cruzados olhando para a rua
pela porta de correr da sala, ele parecia longe, então fui avisá-lo. Estalei os
dedos perto dele e o chamei.
- Oi, desculpa! – Ele sorri.
- Estou indo, pode conseguir o número de um táxi, por
favor? – Peço.
- Posso te deixar lá, vou ao Phil! – Ele diz e eu
aceito. – Aqui tem as chaves de casa quando quiser voltar! – Ele me entrega um
molho com seis chaves e um alarme, acho que são as chaves reservas.
- Obrigada! – Digo e ele dá uma piscadinha.
Seguimos em
silêncio, o caminho até lá não era muito longo então chegamos logo, faltavam
dez minutos para dar cinco e meia. Eu precisava ser rápida, ainda tinha que
falar com George. Lembram? Meu ex-chefe.
- Muito obrigada, nos falamos! – Digo enquanto solto o
cinto, me viro para ele e lhe dou um beijo na bochecha, destranco a porta do
carro para sair e ele me chama.
- Se cuida! – Diz ele.
- Você também. – Sorrio, dou as costas e vou à direção
do prédio da revista.
Dei uma
abaixada no short que usava e uma arrumadinha na camisa. Coloquei a bolsa no
ombro entrei na recepção da revista.
- Olá, em que posso ajudá-la? – Não era a mesma
recepcionista.
- Boa tarde, gostaria de conversar com o senhor
George, pode avisar que a Lívia Kendrick está aqui! – Eu disse, ela me olhou
com uma cara de “ e daí que você é a Lívia”, mas pegou o telefone e ligou para
ele.
- Tudo bem dona Lívia, pode subir, é o andar...
- Eu sei onde é, trabalhei aqui! Obrigada! – Sorri para
não parecer grossa de mais, mas foi o troco por me olhar daquela forma, aff! Subi de elevador, alguma pessoas me
reconheceram e deram um “oi”, cheguei à sala dele dei uma batidinha e entrei.
- Boa tarde! – Eu disse sorrindo.
- Que ótima visita! – Ele diz mostrando-me a cadeira.
- Não é rapidinho. Posso atrapalhar a Tory e o Scott
hoje? – Sorri e ele também.
- Só porque foi uma ótima funcionária! Aliás, voltou
mesmo? – Pergunta ele.
- Não, vim resolver umas coisas sobre a casa que era
do meu pai e em duas semanas eu volto! – Digo simplesmente.
- Ah, tudo bem! Vai lá, prazer revê-la! - Diz George.
-Obrigada, prazer! Tchau! – Sorri e saí de sua sala.
Peguei o
elevador e desci uns andares, segui firmemente até minha antiga sala e dei uma
batidinha na porta e mandaram entrar.
#CONTINUA? COMENTEM!
Que bom que eles se acertaram <3
ResponderExcluirAin meu Deus, quando que eles vão admitir um para o outro que eles se amam, que se gostam? Espero que o panaca aí não deixe ela ir embora dessa vez, e tu para de enrolar e posta logo o próximo porque eu quero ver a reação da Tory e do Scott. E que role sexo entre os dois nessas duas semanas, amém dinsandsindsa! \õ
ResponderExcluirSuper apoio o hot lol lol lol
ExcluirTambém apoio hehe'
Excluir<3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 ESTOUREM OS CHAMPAGNES!
ResponderExcluirQue lindo os dois juntos *-* Chorei litros
Só falto beijo, né?!!! HM
Continue!
Owwwwwwwwwwwn *-*.....Juntos de novo!!Haja coração!!
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