sábado, 10 de maio de 2014

Capítulo 51

  Tory nem havia levantado a cabeça quando eu comecei a falar, mas quando percebeu que era eu ela pulou da cadeira e veio correndo na minha direção, quase derrubou sua mesa.

- Meu Deus Liv! – Ela me abraçou. Meus olhos começaram a marejar novamente, mas dessa vez e me esforcei para não deixá-las cair. – Como você...? Quando você...? – Pergunta ela sem finalizar ao certo suas frases. Seus olhos estavam arregalados.

- Hum, quer uma água? Posso dar oi ao Scott também? – Perguntei e ele riu e ela deu passagem para e entrar!

- Olá Lívia, tudo bem? – Ele pergunta. Demos um abraço apertado e rápido.

- Tudo certo, e vocês? – Eu disse puxando a cadeira da minha antiga mesa que ainda está ali, aliás, estava sendo ocupada por outra pessoa, mas eu não conhecia, Tory não havia comentado comigo sobre isso!  

- Melhor agora! – Scott responde.

- E então, quem está aqui? – Eu aponto para minha mesa e reviro os olhos de brincadeira.

- Uma menina que trabalhava aqui, não sei se você lembra, mas a Linn, uma moreninha. Faz uma semana que passou para cá. – Tory tenta descrevê-la, mas não, eu não me lembro.

- Ah, não lembro! – Ergo a sobrancelha e ela sorri. – Bom, vocês estão liberados! Vamos? – pergunto.

- Antes, quando você chegou, cadê suas malas e porque diabos não me avisou sua praga? – Ela pergunta com aquele carinho que eu não via há tempos.

- Hoje, na verdade tem uma hora e meia. E não avisei para fazer surpresa!  E eu já passei em outro lugar, trouxe algo para usar só hoje! – Dou uma batidinha na bolsa.

- Ah, entendi, minha casa! Okay, tchau Scott! AH MEU DEUS, VOCÊ AQUI DE NOVO! – Ela pula em cima de mim e eu quase caio da cadeira. Nós gargalhamos.

- Se acalma mulher! - Digo rindo.

  Vou dar um tchau ao Scott e ela fica me apresando, prometo a ele de sair para jantar todos juntos enquanto eu estiver aqui, então ela me olhou com cara de “não veio para ficar?” e eu continuei. Saímos juntas da revista e fomos de táxi para a casa, já que ela ainda não tem o carro próprio, apenas porque não quer, enfim, não vem ao caso.

- Está em que Hotel? Porque poderia ficar na minha casa! – Ela pergunta fazendo um biquinho.

- Na verdade nenhum, eu passei em outro lugar antes! – Entramos no táxi.

- Isso quer dizer, no Bruno? – Tory pergunta como se estivesse na cara e eu ergo a sobrancelha. – Não vai dizer que pensava em não encontrar com ele?

- Eu não pensava! – Falo.

- Senhoritas, chegamos! – O motorista nos interrompe, eu abro a bolsa para pegar o dinheiro pagar o motorista, mas me impede Tory e paga mesmo com a minha cara feia.

  Descemos, entramos no prédio e subimos de escada mesmo até seu apartamento.

- Bom, sinta-se em casa! Agora me diz, quais os planos? – Pergunta ela indo até seu quarto, sigo-a, ela retira seus sapatos, eu faço o mesmo e ela troca de roupa.

- Bom, na verdade mesmo vim para decidir se coloco ou não a casa a venda, mas isso eu levo uma semana, já que é só doar e por fora algumas coisas, contratar alguém para limpar e deixar por a casa a venda, então tirei mais uma semana de folga para ficar aqui, sem nada certo a fazer! – Me estico em sua cama.

- Ótimo! Vamos preparar algo para comer, podemos ver filme e mais tarde pedir pizza! – Diz ela saindo do quarto, dou uma corridinha e a alcanço.

- Certo! – Diz ela e pega o celular. – Mensagem do Ryan. Hum... “Sabia que a Lívia voltou? Sabe se ela chegou a conversar com o Bruno? Beijos!” Vamos responder: “Sim, eu sei, ela está aqui comigo e por acaso eu acho que ela conversou e se acertou com o Bruno, pois o sorriso está de orelha a orelha”! – Tory diz.

- Não tínhamos o que acertar, mas se quer saber se conversamos, sim, conversamos!

- E o que conversaram? – Ela larga o celular na bancada e começa a retirar coisas da geladeira.

- Bom, meio que tivemos uma discussão, mas por fim decidiu-se que eu ficaria lá ao invés do Hotel, então provavelmente conversaremos mais. – A ajudo a pegar as coisas.

- E o Sean? Ele sabe? Porque até onde eu sei vocês ficaram!

- Não sabe e nem vai saber, o que acontece lá fica lá, o que aconteceu aqui fica aqui! – Respondo, na verdade eu espero que seja assim. – E o Ryan, o que tá havendo entre vocês?

- Ele é meu amigo, sabe, desde que fez seis meses que você foi nós nos aproximamos muito, eu não sei se era para ele ter notícias suas para contar ao Bruno ou se será por vontade própria, mas independente disso está sendo legal, estou vendo ele com outros olhos!

- Eu acho que ele se arrependeu... – Falo e prendo meu cabelo, aqui dentro está meio quente.

   Comemos e passamos horas conversando, já eram quase nove horas quando decidimos pedir a pizza e assistir ao um filme. Eu escolhi “primeiro da classe”, não sei sobre exatamente o que era, mas parecia divertido, algo a ver com sonhos.

  Quando estava começando, meu celular vibrou, era um sms do Bruno.

  “Já fofocou muito com a fifi aí? Pensei em fazermos uma janta na casa do Phil amanhã para todos poderem te ver, o que acha? Se já estiver dormindo, uma boa noite! Beijos.”

  Li e dei risada, Tory perguntou o que era e eu disse que o Bruno a chamou de Fifi fofoqueira, ela revirou os olhos e depois riu. Respondi-o.

  “Bastante! Hum, eu acho melhor esperar um pouco, deixa passar essa semana, pode ser? Uma boa noite Bruno, beijos.”

  Larguei o celular e voltei a ver o filme.

[...]

- Ter certeza que quer mesmo ir? – Tory pergunta.

- É melhor, já anoiteceu, fica chato eu não ir, Bruno até me deu as chaves! – Eu disse abrindo a porta do táxi.

- Tudo bem então! E ah, não pensa de mais se não sai faísca! – Ela disse rindo, mandei-a a merda e o motorista arrancou. Avisei-o onde era.

  Foi maravilhoso passar esse tempinho com ela, nós conversamos a noite toda, hoje acordamos tarde e fomos ao shopping, ela tinha que comprar um presente para a menina que está trabalhando com ela que estará de aniversário semana que vem. E eu comprei um  look quase completo, calça, blusa e sapato.

- Pronto senhorita! – Avisa o senhor.

- Muito obrigada! – Dei o dinheiro e desci do carro.

  Caminhei por uns minutos e entrei na casa dele, a sala estava totalmente escura, mas tinha um pouco de luz no corredor da escada. Subi, ele estava em casa, porém, no quarto. Larguei as coisas no quarto de hóspede e voltei até o seu, dei uma batidinha na porta e ele me mandou entrar.

- Boa noite! Trouxe para você! – Eu disse mostrando a caixa de bombons que comprei no shopping mais cedo.

- Hum... Obrigado! – Diz ele. – E aí, como foi lá? – Ele nem tirou os olhos da televisão.

- Tudo certo, planos para hoje? – Eu pergunto de volta.

- Eu pedi comida, está no micro-ondas, é só pegar! – Ele disse seriamente. Eu ergui a sobrancelha.

- Tá emburrado assim porque teve que jantar sozinho? – Perguntei segurando o riso.

- Não! – Ele responde ainda sem me olhar.

- Ah Bruno, não seja infantil! – Eu disse. Fiz cócegas nele e nós dois sorrimos.

- Eu pensei que jantaria comigo já que não fomos ao Phil! – Diz ele agora me olhando.

- Desculpa, mas eu tinha muito que conversar com a Tory, mas prometo que enquanto estiver aqui vou jantar com você todos os dias!  - Coloco as mãos na cintura e ele mostra as covinhas.

- Promete? – Ele ergue sua mão com o dedo mindinho esticado para eu enrolar o meu no seu. Solto uma risada e faço isso, como fazia quando era criança.

  Bruno me puxa e eu caio em cima dele, acerto o cotovelo em sua barriga e nós dois começamos a rir, ele se vira e fica sobre o meu corpo e começa a me faz cócegas.

- Para, por favor Bruno! Chega! – Eu não aguentava mais rir e ele não parava.

- Só se você ficar aqui e comer chocolate comigo! Ou melhor, vamos ver um filme?

- Eu preciso tomar um banho antes de jantar sozinha, mas depois podemos ver um filme sim! – Sorrio saindo debaixo dele.

- Eu posso jantar de novo! – Ele comenta olhando para os lados.

- Você é muito idiota! Vou tomar banho Bruno, escolhe e arrumas as coisas para vermos o filme! – Digo e levanto da cama. Ele resmunga algo que não entendo fazendo eu rir sozinha. Saí do quarto e fui ao de hóspedes.

  Separei minhas roupas íntimas e o pijama de mangas e calça comprida. Apesar de estar no final do inverno, ainda dão noites bem geladas como hoje e durante o dia fica um clima agradável e justamente essas últimas noites, o frio aumentou bastante, mas só durante a noite, vai entender...

  Não lavei o cabelo, então saí do banho rapidamente, vesti minhas roupas íntimas e passei o creme corporal, depois vesti meu pijama. Fiz um coque nos cabelos, peguei minha toalha e saí do quarto em direção à cozinha para estender a mesma no varal da lavanderia.

- Eu faço isso! – Bruno aparece de repente, tira a toalha do meu ombro e vai para lavanderia. – Vai comer!

  Abri o micro-ondas, retirei a comida e servi num prato, ainda estava quente. Sentei-me na bancada e comecei a comer. Estava distraída vendo a parede da sala e nem percebi que ele estava estalando os dedos n minha frente, sorri.

- Desculpa!

- Escolhi terror: Invocação do Mal. – Ele diz animado e eu arquei as sobrancelhas rapidamente.

- Terror? – Repto em tom de pergunta e suspiro, eu morro de medo.        

- É só um filme. – Diz ele. – Terminou? – Bruno oha para o meu prato vazio e o retira da minha frente, eu iria lavar, mas ele não deixou, então subimos até seu quarto e nos deitamos na cama, um de cada lado para começar a assistir ao filme.

  Dei play no filme e tudo tranquilo de início, mas, ah, é um filme de terror, conforme as cisas iam acontecendo eu ficava mais tensa, principalmente com os barulhos da televisão chiando, o segundos do relógio passando, o barulho do assoalho da casa antigo fazendo barulho, as crianças tendo seus pés puxados, a mãe aparecendo com hematomas, a cada umas da malditas senas eu me encolhia ou dava um pulo a mais, vez ou outra tapava meu rosto com as mãos.

- Lív, está bem? – Bruno pegou o controle e pausou o filme, agradeci mentalmente.

- Eu não gosto disso! – Murmurei ainda com as mãos no rosto, olhando para a televisão entre meus dedos.

- É só um filme Liv! – Bruno disse e eu continuei na mesma, então ele retirou a caixa de bombons entre nós e me abraçou, como nos velhos tempos.

  Voltei a prestar atenção no filme, eu ainda estava tensa, mas ao menos a cada susto eu era abraçada mais forte e me sentia um pouco mais segura, uma coisa que eu não sentia a mais de um ano. Eu conseguia ouvir os batimentos do coração do Bruno, eles se aceleravam conforme as cenas do filme e também tinham seus carinhos em meu braço ou um beijo na cabeça, apesar de tudo, eu estava segura, eu acho.


  Meus olhos foram pesando e em meio as cenas de terror, tinha algo bom ali e era o carinho dele, não aguentei, meus olhos se fecharas e eu dormi.

6 comentários:

  1. ALA CRISTE QUE PANAIA! Tô injuriada com isso, guria. Achei que um beijo fosse sair, um selinho sequer, ou um "estava com muitas saudades disso", sei lá, mas não, tu é ruim e não fez isso como sempre né! Então, já que não fez um beijinho pelo menos, acho que a gente merece um capítulo mais rápido, não é? Merecemos! Então trate de postar :p dinosandosian amei <3

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  2. Esse momento "eu te amo , você me ama , mas não iremos assumir isso , então continuaremos sendo amigos" ushaushuahsuhausasua Acho que está passando da hora de acontecer um beijo porque veja , um ano longe , e quando eles se reencontram rola ou que rolou , acho que merece um beijo , um chaca na butchaca logo suahsuahsuha Não demore , please

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  3. Liv e Bruno 4ever <3!!Amei!! *-*

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  4. Como assim ela dormiu , faça ela acorda porque eu quero ver hot entre eles Ruun' kk

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  5. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
    Meu DEEEUS
    Comaasim ela dormiu?
    To revoltada. Kkkkkkkkk
    Continua Juuuu

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